terça-feira, 29 de março de 2011

... E «justiça» para todos?

Não é novidade que o actual Departamento de Justiça dirigido por Eric Holder não tem como principal preocupação aplicar (um)a (verdadeira) justiça mas sim concretizar um programa político, uma «agenda» racial... ou mesmo racista. Comprova-o, entre outros exemplos, a oposição à lei do Estado do Arizona contra a imigração ilegal, e a não acusação dos elementos do Novo Partido dos Panteras Negras que causaram distúrbios em Filadélfia no dia das eleições presidenciais de 2008.
Agora, o que é de destacar é que o próprio attorney general acabou por admitir essa discriminação, ao afirmar que as acusações que lhe fizeram no «caso dos Panteras» constituiam como que uma forma de diminuir o «seu povo» (isto é, os afro-americanos) na sua luta secular contra a escravidão e a segregação. Ou, como Jonathon Burns fez notar, é practicamente o mesmo que dizer que os brancos não podem ser vítimas de injustiça racial porque não sofreram tanto quanto os negros. Esta (mais do que) aparente «selectividade» na aplicação da justiça está igualmente à vista nas actuais directivas do departamento quanto ao bullying, que como que «exclui» das suas potenciais vítimas quem seja homem... e branco.
É talvez também por esta «lógica» que se deverá «entender» a recente decisão da polícia de Dayton, no Ohio, em reduzir o grau de exigência dos seus testes de admissão de modo a poderem ser admitidos mais afro-americanos... decisão tomada após pressão do Departamento de Justiça! Neste, entretanto, e mais concretamente na Divisão de Direitos Civis, o tédio é tão grande por «falta» de actividade que muitos dos seus funcionários passam os dias a... jogar nos computadores. Aliás, deve ter sido por no DdJ «brincarem» ou até mesmo «dormirem em serviço» que Eric Holder, e até Barack Obama, foram aparentemente surpreendidos por uma operação de duvidosa legalidade que envolveu a passagem de armas pela fronteira entre os EUA e o México – operação essa, dizem eles, de que não não foram informados previamente nem à qual deram autorização. Porém, há quem duvide dessa suposta ignorância. 
A actual administração norte-americana parece querer dar um novo significado ao conceito de «justiça cega»... e, quem sabe, torná-la igualmente surda e muda.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Nem mais um cêntimo...

... De dinheiros públicos para a National Public Radio. Esta foi a decisão tomada, há uma semana, por uma maioria na Casa dos Representantes, depois de um vídeo oculto (em mais uma iniciativa do notável James O’Keefe) ter revelado uma conversa entre o então vice-presidente Ron Schiller e um grupo de pessoas que ele pensava serem membros de uma organização muçulmana.
E que disse ele a supostos defensores da Sharia? «Queixou-se» de que o Partido Republicano é actualmente dominado pelo Tea Party, ou, por outras palavras, por indivíduos «anti-intelectuais», «racistas» e «violentos»! E também «confessou» que a NPR não necessita de financiamento federal. Pois bem, fez-se-lhe a vontade! E, como «bónus», tanto Ron Schiller como a até agora presidente da NPR Vivian Schiller (não, não são casados, mas até parecem...) pediram a demissão.
Este caso mais não foi, na verdade, do que a «última gota» que fez transbordar o «copo» da (falta de) paciência de congressistas sensatos e responsáveis (que os há) para com uma entidade que, ao longo do anos, revelou sucessivamente os seus preconceitos esquerdizantes e «politicamente (in)correctos» – e em que o despedimento de Juan Williams constituiu um exemplo máximo da impunidade de que gozavam os «comissários» do Partido Democrata naquela estação de rádio.
Entretanto, é óbvio que os presentes inquilinos da Casa Branca lamentam o sucedido... é mais uma instituição aliada que é definitivamente desmascarada. Na verdade, já são três os bastiões da permissividade e promiscuidade «progressistas» - antes foram a ACORN e a Planned Parenthood – que são oficialmente desautorizados pela maioria dos representantes dos norte-americanos. Porém, ainda faltam outros... pelo que, como lembra Andrew Breitbart, a NPR constitui um «dano colateral» num combate que continua.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cobrir a re(c)taguarda

Passam hoje três meses - foi a 18 de Dezembro de 2010 - que o Congresso dos Estados Unidos da América revogou a directiva «Don’t Ask, Don’t Tell». Ratificada por Barack Obama quatro dias depois, a decisão foi efusivamente festejada por, entre muitos outros, Harry Reid... (n)um tweet para Lady Gaga! Enfim, já se sabia que o senador pelo Nevada está «gágá», mas não era necessário salientá-lo ainda mais... Pelo seu lado, Barbara Boxer decerto deixou de colocar a sua nação ao (baixo) nível da Coreia do Norte e do Irão no que se refere a «homofobia»...
O fim da «DADT» não implicou, ao contrário do que alguns ignorantes disseram, que os homossexuais passaram a poder servir nas forças armadas norte-americanas; já o faziam antes, mas agora podem fazê-lo abertamente. O mesmo é dizer que a melhor, a mais importante instituição do país passou a estar disponível para ser instrumentalizada pelos homossexualistas; ou, por outras palavras, para ser progressivamente fragilizada... e emasculada por um movimento supremacista que dá mais importância à imposição da sua ideologia desviante do que ao reforço, ou pelo menos à manutenção, da segurança e da defesa nacionais.
Exagero? Então atente-se na que é, neste domínio, a iniciativa mais importante... e insólita do Departamento de Defesa nestes novos «120 dias de Sodoma»: o anúncio da aplicação, junto de todas as tropas de combate do país e nos próprios territórios estrangeiros onde elas estejam colocadas, de um «programa extensivo de treino de sensibilização» para facilitar o processo de integração de homossexuais assumidos em todos os ramos e fileiras das forças armadas! E onde é que se vai começar a «sensibilizar» os militares para as idiossincracias de LGBT’s? No Afeganistão – o que vem mesmo a calhar, porque naquele país a pederastia é um fenómeno com uma dimensão considerável, e que tem originado conflitos e... incompreensões junto das forças britânicas e norte-americanas. Pode-se pois dizer que a expressão «cobrir a re(c)taguarda» passou a ter um novo – e preocupante – significado.
Enquanto na «América de uniforme» está aberto o caminho para, talvez num futuro próximo, os sóbrios desfiles de honra militar serem substituídos por exuberantes paradas de orgulho gay, na «América à paisana» prossegue a (tentativa de) subversão da sociedade e das suas instituições... que, se já é o que se sabe quando os republicanos ocupam a presidência, imagine-se agora com os democratas. O Departamento de Estado decidiu que as palavras father (pai) e mother (mãe) vão ser removidas dos impressos de requisição de passaportes e substituidas por «terminologia neutra de género», mais concretamente, «parent one» («progenitor um») e «parent two» («progenitor dois») – uma autêntica forma de reconhecimento oficial da existência de «casais» do mesmo sexo. E o Departamento de Justiça informou que deixou de dar suporte legal ao «Defense of Marriage Act». Motivo? A actual administração considera que aquela lei federal – assinada por Bill Clinton em 1996 – é «inconstitucional» porque estabelece que o casamento é - «escândalo»! - só entre um homem e uma mulher.
Claramente inconstitucional, e até causa para impugnação (impeachment), é sim, como referiu Newt Gingrich, esta gravíssima atitude por parte de um presidente que jurou, sobre a Biblía, na sua tomada de posse, fazer respeitar a Constituição e todas as leis da nação. Porém, e se procurarem mais e melhor, os opositores de Barack Obama talvez encontrem mais motivos para o destituir... e também os seus (anteriores?) apoiantes. Como Dennis Kucinich, que acusa o presidente de ter ignorado a Constituição ao ordenar ataques a um país estrangeiro (ou seja, a Líbia) sem obter a prévia autorização do Congresso (e - na opinião de outro «burro» - por causa do petróleo!) Algo que, segundo Joe Biden, seria motivo para pedir a impugnação de George W. Bush, caso este o tivesse feito (o que nunca aconteceu). Aguarda-se agora que o vice-presidente, e outros «democratas», demonstrem que não são hipócritas. É melhor esperar sentado...  

domingo, 13 de março de 2011

Só «lábia» para a Líbia?

Aqueles (e são muitos) que costumam criticar Barack Obama pelo que (não) diz e pelo que (não) faz no que respeita à política externa em geral, e no que se refere, mais concreta e recentemente, às sublevações populares no Norte de África em particular, têm de ter em atenção que (mais) uma gaffe da parte dele pode ter sérias consequências. Se ele parece ter só «lábia» diplomática para a Líbia em vez de «labor» militar, é talvez por recear cometer mais um erro do tipo... confundir o Iraque com o Afeganistão. Ou então ter que dar mais explicações sobre porque decidiu prolongar o Acto Patriota e manter aberta a prisão de Guantanamo... ao contrário do que prometeu. 
Porém, as hesitações e atrasos do presidente norte-americano em, mais do que criticar por palavras, retaliar por actos a violência cometida por Mouammar Kadhafi contra o seu próprio povo, podem dever-se a outros motivos. Antes de mais, o torcionário de Tripoli não é um «ditador suave» como eram Ben Ali na Tunísia e Hosni Mubarak no Egipto mas sim um facínora da estirpe de um Saddam Hussein no Iraque... pelo que «falar grosso» com ele não deve chegar para o convencer a abandonar o poder. Estará Barack Obama (ainda) inibido pelos elogios que o homem-que-dorme-em-tendas lhe fez? Estará (ainda) condicionado pelo Prémio Nobel da Paz que injustamente – ou, pelo menos, prematuramente – recebeu? Estará (ainda) convencido de que só a conversa é suficiente para lidar com o Islão e os seus diversos «profetas de desgraças»?
A Casa Branca está decidida a agir... mas em conjunto com os seus aliados europeus e nunca antes de falar com eles. É pois de surpreender que em Londres e em Paris exista quem demonstre ter uma capacidade de iniciativa e de liderança – e até de análise – que não parece existir em Washington? Quando já até a Liga Árabe se mostra favorável à criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, não há desculpa nem justificação para se manter a inacção. E se Mouammar Kadhafi triunfar, a responsabilidade por esse fracasso caberá, em última instância, à administração norte-americana. E esta até teria um motivo (e uma legitimidade) inquestionável para intervir: Lockerbie. No entanto, e sabendo-se que Barack Obama não se terá oposto à libertação de Abdelbaset al-Megrahi, nem é de surpreender este «lavar daí as mãos». Que, depois, estarão aptas para voltar a agarrar o taco de golfe

quarta-feira, 9 de março de 2011

Façam ódio, não a paz

Para todos aqueles que ainda não estão convencidos de que é pelos supostos «democratas», «liberais» e «progressistas» dos EUA que são protagonizados os verdadeiros, os maiores – e os piores – exemplos de (incitamento à) violência – verbal e física – e de (discurso de) ódio, aqui ficam mais alguns exemplos e demonstrações - além dos muitos que já (d)enunciámos aqui.
Por onde começar? Talvez pelos ataques sistemáticos aos afro-americanos conservadores, dos quais Clarence Thomas (juíz do Supremo Tribunal, nomeado por Ronald Reagan) continua a ser o mais vilipendiado – com apelos a que «volte para as plantações» ou até que seja «enforcado»; como «contraponto», há os afro-americanos (que de certeza não são republicanos...) que espancam brancos por jantarem com negros!
Quem chegou igualmente a vias de facto, e com gravidade, foi um extremista (adorador de Che Guevara) chamado Casey Brezik que, no ano passado, tentou assassinar Jay Nixon, governador (democrata!) do Missouri. Acaso este atentado se tornou omnipresente nos media? Claro que não, porque o perpetrador não é de direita... Tal como Greg Morelli, outro looser medíocre (e radiofónico) que, depois de atingir outras individualidades conservadoras, dirigiu os seus insultos para Scott Walker. Terá também o governador do Wisconsin motivos para recear pela sua segurança? Em especial agora, quando parece certa a sua vitória sobre os sindicalistas privilegiados... e aliados do Partido Democrata?  
Pode-se continuar com o «pacifismo sindical», concretizada numa recente agressão de um activista do Tea Party por um elemento do Teamsters – respondendo, sem dúvida, à arenga do congressista democrata Michael Capuano (um apelido siciliano?) proclamando que «de vez em quando há que ir para as ruas e fazer sangue quando necessário.» Com o «respeito inter-partidário e entre sexos», corporizado por um representante democrata (envolvido num crime de prostituição!) no estado do Wisconsin que disse a uma sua colega republicana que ela estava «f*d*d*m*nt* morta». E com a «tolerância pró-escolha» de Theodore Shulman, que após anos a ameaçar activistas anti-aborto foi finalmente preso pelo FBI.
Em outra área, a da comunicação social, um «convite» à confrontação foi o que também fez Lawrence O’Donnell, da MSNBC, quando deu aos seus telespectadores as moradas de caricaturistas que satirizaram Barack e Michelle Obama e lhes «sugeriu» que exprimissem o seu «desagrado»... directamente – ou seja, fez practicamente o mesmo que os islamitas fundamentalistas que «condenaram à morte» os que caricaturaram Maomé. Um comportamento que, nos media esquerdistas, tem sido inspirado, influenciado, incentivado e até encomendado (através de todas as entidades que financia) por George Soros – um colaboracionista nazi que se «queixa» de que a «estratégia» da Fox News tem semelhanças com a do partido de Adolf Hitler!
Será interessante observar se o recentemente criado (na Universidade do Arizona) Instituto Nacional para o Discurso Civil vai ter ou não alguma consequência no sentido de diminuir a... incivilidade. Poderia, e deveria, começar por tornar a discussão deste assunto menos desquilibrada, menos enviesada. Como diz Andrew Klavan, «este “ódio” da direita tem de parar antes que os democratas matem alguém»! Na verdade, muito decaiu o velho lema dos hippies (por culpa dos próprios e dos seus «descendentes», mesmo que ideológicos) «façam amor, não a guerra». Aliás, alguns até querem (um)a guerra. E há «alvos» que já foram «avisados».

sábado, 5 de março de 2011

«Choques» tecno(i)lógicos

Nunca é demais, na verdade, realçar os pontos em comum entre o «Barraca» e o «Socretino»... porque eles parecem ser cada vez mais! Ambos, em diferentes contextos, com diversos meios à sua disposição, mas por uma liderança «carismática», estão a (tentar) levar os seus países à falência; e, quando pouco mais há de positivo para mostrar, recorrem invariavelmente, para «reanimar» a opinião pública... aos «choques» tecno(i)lógicos.
Será que na Casa Branca se estuda o que se faz no Palácio de São Bento? É que Barack Obama também quer construir um TGV! E nem o «pequeno» pormenor de o projecto não ter viabilidade – económica, técnica e administrativa – não parece ser determinante para «arrefecer» o entusiasmo do presidente... e do seu vice, para quem o comboio de alta velocidade é uma forma de «agarrar (ganhar?) o futuro». Com um custo (inicial...) de 53 biliões de dólares! Previsivelmente, há republicanos que discordam e democratas que vão para tribunal... porque querem à força que seja construído! Em alternativa (ou complemento), poderão fazer-se transportar em carros eléctricos (outra obsessão do «Pinócrates») que ainda têm limitações em termos de custos e de autonomia, apesar dos subsídios para a implementação de uma rede de postos de carregamento.
Dinheiro – proveniente do famigerado «programa de estímulo à economia» - foi o que não faltou igualmente para apoiar um projecto de energia solar, a cargo da empresa (da Califórnia) Solyndra (cujo accionista maioritário, George Kaiser, foi financiador da campanha de Barack Obama), e que era suposto criar empregos... o que não aconteceu. Resultado? Uma investigação – por suspeita de fraude – promovida pela nova maioria republicana na Casa dos Representantes. Que também decidiu que a Comissão Federal das Comunicações não vai utilizar dinheiros públicos para implementar a directiva de «Neutralidade na Net», que tanto agradaria aos democratas.
Este é um tema que, eventualmente, foi discutido na «cimeira tecnológica» entre o presidente dos EUA e os líderes de quase todas as mais importantes empresas norte-americanas do sector, que decorreu a 17 de Fevereiro último. Tal como, provavelmente, as críticas que a actual administração tem feito à ICANN, pressionando-a para que permita uma maior intervenção na gestão dos domínios da Internet à Organização das Nações Unidas. E a ONU, reconheça-se, não tem propriamente revelado, em muitas áreas, coerência, competência... e lógica.