quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Um sapato no jantar de Acção de Graças?

Em entrevista emitida na CNN a 15 de Novembro último, defendendo-se de acusações de hipocrisia que lhe foram feitas, entre outros, por John «Jeb» Bush, devido ao facto de colocar as suas crianças em escolas privadas ao mesmo tempo que faz a apologia do ensino público, Matt Damon afirmou que «comeria o meu sapato se ele pudesse nomear um Bush que alguma vez tivesse entrado (frequentado) (n)uma escola pública».
Porém, e «infelizmente»… sim, é verdade: um membro da família Bush esteve mesmo n(um)a escola pública. Aliás, até foi mais do que um: o próprio Jeb, o irmão George W., e as filhas deste, Barbara e Jenna, foram aluno(a)s em diferentes escolas não privadas do Texas, além de que a mãe daquelas, Laura, foi professora, e bibliotecária, num outro estabelecimento de ensino público. Pelo que se «aguarda» a todo o instante a confirmação de que Matt Damon cumpriu a sua «promessa» de comer um dos seus sapatos, de preferência o mais caro. Hoje, o jantar do dia de Acção de Graças (Thanksgiving) com a sua família poderia ser uma ocasião apropriada para tal. Uma peça de calçado seria sem dúvida um complemento – uma sobremesa? – original numa refeição previsivelmente recheada de pratos apetitosos, refinados e dispendiosos. Se o actor tiver dificuldades e/ou dúvidas sobre como degustar a «iguaria», pode recorrer ao exemplo e às «instruções» de um grande – talvez o maior – mestre do cinema. E, depois, para ajudar a engolir, Damon pode beber um café Nespresso, um produto que ele recentemente publicitou durante 20 segundos a um preço de três milhões de dólares, sem dúvida por sugestão do seu amigo George Clooney.    
Matt Damon não é, evidentemente, a primeira celebridade esquerdista a falar mais do que devia e a fazer promessas que dificilmente poderia cumprir… ou, por outras palavras, a fazer figuras tristes. Bill Maher, em Janeiro deste ano, declarou que ofereceria cinco milhões de dólares a uma instituição de caridade escolhida por Donald Trump se este provasse que não é filho de um orangotango. Resultado? O magnata apresentou a sua certidão de nascimento e meteu um processo em tribunal ao «cómico» depois de se tornar evidente que aquele não honraria a palavra dada… Não satisfeito com o «susto» que então apanhou, Maher, qual maníaco compulsivo que não consegue controlar-se, disse na semana passada que, quando Ronald Reagan foi eleito presidente pela primeira vez, «Sarah Palin tinha pouco mais de 16 anos, estava provavelmente grávida, mas ainda na terceira classe». Das três «asserções» só a primeira está certa…  
Todos os liberais «progressistas» norte-americanos partilham em política, como tem sido aqui exaustivamente e concludentemente comprovado, uma predilecção pela fantasia, pela ficção, e uma aversão aos factos, mas essas características são particularmente evidentes, como não podia deixar de ser, nos da Califórnia e de Hollywood. Não são só Damon e Maher. Harvey Weinstein acredita que não é Barack Obama que é embaraçoso mas sim o país. Jeffrey Katzenberg, outro produtor que é também admirador do actual presidente, vai ao ponto de se (tentar) imiscuir na próxima eleição para senador pelo Kentucky, contribuindo ele próprio, e pedindo os contributos de outros, para a opositora democrata de Mitch McConnell! Vale a pena ler os comentários neste artigo do Hollywood Reporter sobre o assunto …
Barack Obama agradece a adulação e o apoio que recebe na Costa Oeste voando regularmente até lá… para angariar mais dinheiro para os seus «camaradas» (só esta semana foram mais dois «peditórios» e uma «visita presidencial» à Dreamworks de… Katzenberg!) e para «engarrafar» ainda mais o trânsito já de si difícil de Los Angeles e dos arredores. Jimmy Kimmel salientou isto mesmo, acrescentando que o Sr. Hussein, que é capaz de «transformar (o Oeste de LA) no equivalente, em tráfego, do sítio do “ObamaCare”», é como «um estudante universitário que só vai a casa para lavar a roupa e roubar restos do frigorífico».
Não há notícias de problemas causados por George W. Bush e pela esposa quando se deslocaram, na semana passada, à «cidade dos anjos» para participarem no «The Tonight Show» com Jay Leno. A audiência não só não atirou sapatos ao anterior presidente como, pelo contrário, o aplaudiu bastante. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Desmistificar JFK

(Uma adenda no final deste texto.)
Hoje assinalam-se (é incorrecto, e até insultuoso, dizer «celebram-se» ou «comemoram-se») os 50 anos da morte – do assassinato – de John Kennedy. Não têm faltado, nas últimas semanas e especialmente hoje, e em todo o Mundo, todo o tipo de peças mediáticas sobre a vida, a obra, a carreira do 35º presidente dos EUA, quase todas, previsivelmente, laudatórias, entusiásticas, encomiásticas. Porém, a bem da verdade, mesmo que tenha de se ser iconoclasta e fazer de «advogado do diabo», impõe-se igualmente desmistificar JFK…
… Referindo, recordando, revelando, aspectos menos conhecidos e/ou menos agradáveis da sua biografia. Antes de mais, e inevitavelmente, o facto de ter sido um adúltero inveterado e impenitente; mas também o de ter manifestado, durante a juventude, simpatia para com Adolf Hitler, o Partido Nacional socialista alemão e o nazismo; e de a sua eleição em 1960, com uma victória sobre Richard Nixon, ter estado envolvida em suspeitas e em irregularidades. Não faltou quem, posteriormente, desvalorizasse os fracassos e valorizasse os sucessos dos seus (menos de) três anos enquanto presidente, enfim, quem tentasse reescrever a História. No entanto, a verdade é que ele, como democrata, pouco ou nada teria a ver com os seus «camaradas de partido» de hoje: era a favor da diminuição de impostos (que efectuou) e de uma política externa e de defesa intervencionista (autorizou o ataque da «Baía dos Porcos» a Cuba e iniciou a presença norte-americana no Vietname), além de que, sendo católico, nunca concordaria com o aborto e com o «casamento» entre pessoas do mesmo sexo. E, para «cúmulo», foi membro da National Rifle Association!
Em última análise, John Kennedy acaba por destacar-se favoravelmente quando comparado com outros «grandes» presidentes democratas do século XX. Woodrow Wilson não só introduziu o imposto sobre o rendimento mas também, o que foi muito mais grave, practicamente anulou as políticas de integração racial e de não discriminação implementadas após a guerra civil. Franklin Delano Roosevelt não só dificultou, com o «New Deal», a efectiva recuperação económica do país após a Grande Depressão, mas também, o que foi muito mais grave, autorizou a construção de campos de concentração nos EUA e o internamento neles de cidadãos nipo-americanos; há inclusivamente quem alegue que ele era um anti-semita que não fez tudo o que podia e devia para salvar os judeus europeus. Harry Truman autorizou o lançamento de bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki – ou seja, sobre (duas) cidades, sobre populações civis. Isto quanto aos antecessores «azuis» de JFK. Quanto aos sucessores: Lyndon Johnson, para além de continuar a ser acusado, por alguns, de ter sido cúmplice ou até mandante no assassinato de Kennedy (e culpado de muitos outros crimes, incluindo corrupção, fraude eleitoral e outros homicídios), instituiu o conjunto de medidas contra a pobreza conhecido como «Grande Sociedade» que, pelo contrário, muito viriam a prejudicar as famílias afro-americanas; Jimmy Carter, que «evoluiu» de racista sulista «convencional» para adversário de Israel e apologista de palestinianos e outros muçulmanos; e Bill Clinton, que, pior do que ter dado várias «facadas no matrimónio» com Hillary, também teve o seu quinhão de escândalos, e não apenas de índole sexual. Tendo em consideração tudo isto, toda a história (mais ou menos) recente do país, mais ridículo se torna falar dos «escândalos» dos republicanos, e em especial, e repetidamente, de Watergate. Muito antes deste, e como ficou claramente demonstrado, a América já perdera a sua «inocência».
Entretanto, Barack Obama muito se tem «esforçado» por ser um «membro» de pleno direito do «clube azul da infâmia», através da suas sucessivas tentativas de destruição por dentro… perdão, de «transformação fundamental» dos EUA. Nesse processo ele não tem qualquer pudor em evidenciar as suas preferências, as suas prioridades… partidárias. A 19 de Novembro não teve tempo para se deslocar a Gettysburg, na Pensilvânia, e homenagear Abraham Lincoln nos 150 anos do famoso «address»; mas teve tempo no dia seguinte – e 48 horas antes da data exacta! – para ir ao cemitério de Arlington, na Virgínia, para homenagear John Kennedy a propósito dos 50 anos da morte daquele. Confirma-se o que eu escrevi: para o Sr. Hussein o comportamento é diferente consoante se tenha um «D» ou um «R» a seguir ao nome.
A circunstância, e a coincidência, de duas efemérides tão importantes terem ocorrido com tão poucos – dois! – dias de intervalo poderia ter constituído uma excelente oportunidade para o actual presidente promover a unificação do país. Todavia, ele prefere fomentar a desunião – os exemplos disso têm-se acumulado desde que tomou posse – e o diferente respeito para com dois antecessores já nem é o mais recente. A decisão, ontem, dos democratas do Senado, liderados por Harry Reid, de alterar regras, e uma tradição, com mais de 200 anos, ao eliminarem (com hipocrisia porque no passado criticaram esta hipótese) a possibilidade de «filibuster», ou seja, a necessidade de haver uma maioria qualificada (mais de 60 votos) para determinadas decisões, e substituindo-a por uma maioria simples, é, mais do que um atentado, do que um «tiro» à/na Constituição, uma autêntica declaração de guerra à oposição.
(Adenda - Ainda sobre John Kennedy, ler este artigo de Miguel Castelo-Branco.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Matar Lincoln, outra vez

Hoje assinalam-se os 150 anos do denominado «Gettysburg Address», discurso, ou dedicatória, que Abraham Lincoln proferiu aquando da inauguração do cemitério onde foram enterrados os soldados que pereceram na batalha da guerra civil norte-americana travada, em 1863, na cidade com o mesmo nome, na Pensilvânia. Apesar da sua brevidade (menos de 300 palavras em menos de cinco minutos), é uma das mais famosas, influentes e notáveis peças de oratória da história dos Estados Unidos da América, contendo a famosa expressão «um governo do povo, pelo povo e para o povo», e está reproduzida integralmente numa das paredes do memorial em honra do 16º presidente em Washington.
Naturalmente, a efeméride foi evocada condignamente hoje, e a sua preparação já se prolongava há algum tempo. Porém, uma ausência marcou a cerimónia: a do actual presidente dos EUA. Aliás, há pelo menos mais de uma semana que se sabia, que estava anunciado, que Barack Obama iria faltar. O que não deixa de ser surpreendente em alguém que, mais do que uma vez, afirmou admirar Abraham Lincoln, e até utilizou (jurou sobre) o exemplar da Bíblia daquele nas duas vezes em que tomou posse. Logicamente, o Nº 44 não pode alegar ignorância da data – os assessores encarregados da agenda, se competentes, avisariam com a antecedência necessária; nem falta de mobilidade – o Sr. Hussein não hesita em viajar no Air Force One regularmente, quantas vezes em férias e/ou para iniciativas partidárias de angariação de fundos. Mais: ele foi uma de 61 «celebridades» que participaram, lendo as famosas palavras, na filmagem de um documentário sobre o tema, pelo que não restam quaisquer dúvidas de que ele sabia perfeitamente que o grande dia se aproximava!
É por tudo isto que a «desculpa» que veio hoje da Casa Branca se torna ainda mais ridícula: ele não foi por causa dos problemas com o «ObamaCare» e com o sítio na Internet respectivo! Na verdade, não foi a Gettysburg porque achou mais importante ocupar este dia encontrando-se com senadores para tentar que o Congresso não imponha mais sanções ao Irão, onde vigora um regime obscurantista e terrorista – ou seja, uma atitude contrária ao «espírito» do discurso do seu antecessor de há século e meio! No entanto, e em última análise, o motivo principal da sua não comparência poderá, provavelmente, ser este: Abraham Lincoln era republicano, e o seu opositor Jefferson Davis, líder da Confederação, cujo exército foi derrotado em Gettysburg, era democrata. Elogiar, homenagear o «honesto Abe» só não deslustra um «azul» quando não está em causa uma comparação imediata e inequívoca entre as «partes», e, em simultâneo, a celebração de uma e a condenação de outra. Que foi o que aconteceu também no evento de hoje. Barack Obama mais não fez do que confirmar de que «lado» é que está: daquele dos esclavagistas, dos segregacionistas, dos racistas; enfim, do seu partido. Reconheça-se-lhe a «coerência».
Não se está a afirmar que (algum)as pessoas não podem mudar, que não haja arrependimentos, correcções, mudanças de opinião, de posição. Mesmo que tal leve muito tempo… leve anos. Muitos. 150 anos, no caso do jornal Patriot News (antes The Patriot & The Union) de Harrisburg (cidade próxima de Gettysburg), que este mês, e finalmente, assumiu que errou, e por isso pediu desculpa, por em editorial da edição de 24 de Novembro de 1863 ter criticado e desvalorizado o discurso de Abraham Lincoln. No entanto, aquele periódico não deixou de, em 2012, apoiar Barack Obama e apelar à sua reeleição. Aparentemente, há ali uma «tradição» - de más avaliações – que é para manter…
Todavia, pior do que o jornal The Patriot News, comportou-se – e ainda se comporta – a Universidade de Illinois Nordeste, em Chicago, que tem num dos seus edifícios uma placa em que se afirma que o presidente Abraham era «democrata». Não se trata só de uma falsificação, de um revisionismo da História; trata-se de um vil, reles, insulto. É como que, simbolicamente, matar Lincoln, outra vez. Já chegou a primeira, a verdadeira, em 1865; em que o assassino foi John Wilkes Booth… um democrata.  

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Criminosos convictos

Charles Krauthammer tem a sua própria definição do que, na sua opinião, é um liberal: alguém que «não só repete um programa falhado como o torna universal» (o «ObamaCare» é um «bom» exemplo disso). É uma definição que parece derivar de uma outra, famosa, de Ronald Reagan, sobre a atitude do governo – ou, mais especificamente, de um governo de esquerda – perante a economia: «Se algo se move, taxem-no. Se continua a mover-se, regulem-no. Se parar de se mover, subsidiem-no.» 
Se mudarmos o enfoque dos assuntos económicos e sociais para as atitudes, poder-se-ia adiantar outra designação de um liberal: alguém que atribui a conservadores os maus comportamentos que só ele próprio é que tem. Numa palavra: projecção. Já por mais de uma vez foi referido no Obamatório a tendência que os democratas têm de (quase) «chamar a polícia» por causa de atrocidades, crimes e outros desastres alegada e deliberadamente cometidos por republicanos, quando na verdade são eles que contam nas suas fileiras com vários e notórios indivíduos que se colocam à margem da lei, já com cadastro ou em vias de o ter. Os exemplos de ambas as instâncias não param de se acumular, e eis mais alguns…
… E pode-se começar com Nancy Pelosi – sempre ela! – a afirmar que os republicanos querem «coleccionar os escalpes de idosos como troféus»; a seguir, Jan Schakowsky, que por sua vez acusou aqueles de terem «votado em cortes na despesa que literalmente tirarão comida das bocas de crianças esfomeadas» (a «crueldade» do GOP abrange todas as faixas etárias); Steny Hoyer, para quem as tácticas negociais dos republicanos são como «tomar o vosso filho como refém» (os mais novos «não estão» em segurança com os conservadores); Alan Grayson (sim, o estupor da Flórida regressou ao Congresso), para quem as tácticas negociais dos republicanos são «terrorismo legislativo»; Jerry Nadler, para quem aqueles são como «bandidos dos anos 30» que não se incomodam, se não tiverem o que querem, em tomar como «refém toda a economia» (há, de facto, um «padrão» nestes «argumentos»); Nina Totenberg («jornalista» da NPR), segundo a qual os conservadores «querem encostar uma faca à garganta de Hillary Clinton»; Mike Malloy (doente mental com um programa de rádio), que «acusa» Rush Limbaugh de querer «abrir câmaras de gás (…), encostar pessoas à parede e executá-las (…), destruir crianças (fazendo delas) parceiras sexuais»; e Karen Finney, ex-directora de comunicações do DNC e «comentadeira» na MSNBC, que, numa demonstração definitiva de (inconsciente) ironia, acusou os «branquelas doidos da direita» de usarem uma «linguagem odiosa». Faço notar que nenhum destes oito nomes é o de um cidadão comum que comenta num qualquer sítio na Internet, e os cinco primeiros são de representantes, enfim, deputados, políticos com elevada notoriedade e influência.
De qualquer forma, não há dúvida de que os esquerdistas não seguem o «apelo» de Barack Obama, lançado no seu discurso de inauguração a 21 de Janeiro, de se parar com o hábito de «chamar nomes» aos adversários políticos. Mas que motivação têm eles para isso quando é o próprio Sr. Hussein a dar o (mau) exemplo? Não esqueçamos que ele afirmou que os republicanos não se importam que os americanos tenham «ar e água mais sujos» e que as «crianças com autismo e Síndroma de Down fiquem entregues a elas próprias». Posteriormente, insinuou que o GOP, na sua ânsia de proteger os ricos, está preparado para «infligir mais dor à classe média» e deixar os socorristas sem meios de resposta… Quem acreditar em todas estas balelas pode perguntar-se como é que os republicanos, se são pessoas tão más (péssimas!) e desprezíveis, não só ainda não foram presos mas também continuam a concorrer a, e a ganhar, eleições? Aliás, e segundo Chris «a mais estúpida de 2012» Matthews (doente mental com um programa de televisão), a partir de agora as victórias do GOP em votações só serão possíveis através da fraude.
Mais uma vez… projecção: de facto, são os democratas que costumam adulterar resultados eleitorais, e uma das recentes «protagonistas» dessa práctica chama-se Melowese Richardson, que, no último plebiscito presidencial, terá votado não «apenas» duas vezes, como chegou a admitir (!), mas sim seis vezes (!!) em Barack Obama! Ao mesmo tempo, a victória de Patrick Murphy sobre Allen West suscitou muitas suspeitas de irregularidades. E assim como há os «azuis» que preferem… adicionar votos, há outros que preferem… subtrair dinheiro. Destes, o maior destaque vai para Jesse Jackson Jr., ex-representante pelo Illinois, que admitiu perante um juiz ser culpado de, durante sete anos, ter desviado cerca de 750 mil dólares de fundos de campanha para despesas pessoais; poderá passar cinco anos na prisão. Também em Chicago, William Beavers foi julgado também por desvio de fundos partidários e evasão fiscal. Há ainda Ray Nagin, ex-mayor de Nova Orleães, acusado de 21 crimes de corrupção; poderá passar 15 anos na prisão. Há Mary Landrieu, actual senadora pelo Louisiana (cujo irmão, Mitch, é o actual mayor de Nova Orleães), que, apesar de apelar a que se aumentem os impostos, devia mais de 1200 dólares em multas fiscais. Há Tyrone Freeman, que, já declarado culpado em julgamento, provavelmente não será um… homem livre nos próximos 180 anos (!), porque, enquanto dirigente da central sindical SEIU, apropriou-se de dinheiro das quotizações dos trabalhadores que representava. Há Maureen O’Connor, ex-mayor de San Diego, que gastou cerca de um bilião de dólares ao jogo (!), incluindo, ilegalmente, vários milhões de uma organização de beneficência criada pelo seu falecido marido. Mas que não se diga que a «redenção» não é possível: no ano passado, em Detroit, Brian Banks foi eleito como um dos representantes estaduais do Michigan, e o novo congressista conta no seu «currículo» com oito condenações por fraudes financeiras! É de admirar que a «motor city», com tantos «detritos», tenha sido considerada pela Forbes a «cidade mais miserável dos EUA»? E isto antes de ser declarada falida!
Porém, diga-se em abono da verdade que já é muito bom quando os democratas se limitam a caluniar, difamar, insultar, a não pagar o que devem e/ou a roubar e/ou a falsificar eleições; efectivamente, o pior é quando passam para o assédio sexual, a agressão, o rapto, a violação e até para o homicídio. Exemplos nestas «categorias» serão dados aqui proximamente, e incluem um dos mais (tristemente) célebres assassinos em série dos EUA que foi um orgulhoso – e eleito! – democrata! Seja em palavras ou em actos, latentes ou declarados, os democratas são criminosos convictos (percebem? «Convictos» por convicção mas também «convicted», condenado…;-)) Aliás, nunca é demais recordar que os seus crimes vêm de longe, da escravatura, do Ku Klux Klan, da segregação. O Partido Democrata é a maior e a mais antiga organização criminosa do país… sim, mais do que a Máfia.
Barack Obama afirmou este ano que, se fossem concretizados os cortes orçamentais através da chamada «sequestração» de que ele acusou os republicanos de serem culpados (mas que, na verdade, constituiu uma proposta sua), haveria a possibilidade de, entre outras consequências, muitos criminosos deixarem de estar… sequestrados, e serem soltos. Se tal de facto acontecesse, o mais provável seria que entre eles estivessem muitos «camaradas» de partido do Sr. Hussein. Actuais ou futuros: Janet Napolitano chegou a garantir que teria que libertar (mais) imigrantes ilegais devido à «sequestração». Uma «secretária da Segurança Doméstica» a ver-se «forçada» a soltar criminosos por causa de uma inexistente, ou insignificante, redução de verbas? Com os democratas todos os contra-sensos, todos os paradoxos, são possíveis.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Escândalos à escolha (Parte 3)

(Três adendas no final deste texto.)
Indo directamente ao assunto (principal), ao que (mais) interessa, sem «preliminares» nem rodeios: a CGI, empresa que obteve a empreitada, a que foi atribuído o projecto de produzir o sítio healthcare.gov, a partir do qual todo o processo de aplicação do Affordable Care Act, ou «ObamaCare», se inicia, tem como vice-presidente Tony Townes-Whitley, uma amiga e ex-colega de universidade de Michelle Obama; as duas, enquanto estudantes, estiveram envolvidas em actividades radicais, promovendo a visita de um extremista palestiniano e entrando em conflito com colegas judeus; já adultas, ambas (re)encontraram-se na Casa Branca com os respectivos maridos.    
Mesmo que o sítio tivesse funcionado bem desde o início, que nunca tivesse registado os muitos e graves problemas que o têm de facto afectado, isso em nada diminuiria a gravidade desta «ligação perigosa» que agora foi revelada. Os mais «ingénuos», e/ou os aduladores habituais e impenitentes, poderão dizer que tudo não passa de uma coincidência. Porém, eles que respondam a esta pergunta: por que motivo a tarefa foi entregue a uma companhia canadiana – ainda por cima com um «mau currículo», que inclui uma gestão deficiente dos fundos de apoio às vítimas do furacão Sandy – em vez de para uma das várias e excelentes, com provas dadas, empresas norte-americanas de alta tecnologia? E, para cúmulo, por «ajuste directo», sem concurso público? Tal como no famigerado «caso Solyndra», estamos perante mais um exemplo de «crony capitalism», em que amigos, apoiantes e/ou familiares são agraciados como compensação pela sua fidelidade e/ou por «serviços prestados». Numa palavra: corrupção.
Este (novo) escândalo, mais um de muitos a conspurcar Barack Obama e a sua administração, mais não é, no entanto, do que uma parte de outro escândalo maior que é… a própria lei, o próprio «ObamaCare», a sua forma e conteúdo, como foi elaborado, apresentado, votado e implementado. E nesse processo ressalta neste momento, e com cada vez maior evidência, não apenas a incompetência de Kathleen Sebelius, secretária da Saúde e dos Serviços Humanos, (ir)responsável nominal pelo programa, e que, enquanto governadora do Kansas, acumulara um «cadastro» pessoal deplorável em termos de gestora de projectos de tecnologias de informação que a desaconselharia para o cargo e para a função; ressalta principalmente a enorme mentira que o próprio presidente repetiu dezenas de vezes: a de que «se gostar do seu plano de saúde poderá mantê-lo». Milhares, milhões de norte-americanos sabem agora que tal não é verdade, ao receberem cartas das suas seguradoras avisando-os de que as suas apólices foram canceladas – e as que são propostas em substituição são muito mais caras. Uma vez mais, os «suspeitos do costume» poderão dizer que ele não sabia, que exagerou, que é daquelas coisas que se dizem para ganhar eleições… Todavia, também se sabe agora que estudos, estimativas, projecções, do governo federal já avisavam para a possibilidade de muita gente ficar sem a protecção que escolhera. Até Bill Maher e Clarence Page concordam que ele não disse, deliberadamente, a verdade.
E que faz Barack Obama? Reconhece que errou? Que mentiu? Não, pelo contrário, insiste e insulta mais, novamente, de maneira diferente, os seus compatriotas. Agora ele (e os seus comparsas) culpa(m), além dos republicanos(!), não só as companhias de seguros – que foram obrigadas a mudar as apólices existentes porque não cobriam todas as exigências estipuladas (e estúpidas) pelo ACA (como idosos a terem de pagar por concepção e maternidade) – mas também os próprios cidadãos que informam, denunciam e se queixam de que os seus seguros, que eles escolheram, que eles queriam, foram anulados; eles, segundo o Sr. Hussein, é que estão a «enganar exageradamente» («grossly misleading»)! Entretanto, o «if you like your plan you can keep it» - porque, afinal, «no, they can’t» - foi alterado, «actualizado», para «just shop around in the new marketplace». Aliás, ele alega que nem fez aquela promessa… tal como a fez: havia um «se»… que mais ninguém ouviu, a não ser ele! Isto já é mais do que completo descaramento, do que não ter qualquer vergonha na cara; é, como diz Charles Krauthammer, «viver num universo (paralelo) em que a retórica se sobrepõe à realidade»; o mesmo acontece com alguns «jornalistas» que insistem que a actual administração é «livre de escândalos»!
O «ObamaCare» tem pelo menos a «vantagem» de dar uma nova – e correcta – perspectiva do recente shutdown do governo federal. Recorde-se que os republicanos foram – aliás, continuam a ser – acusados de encerrar o governo… o que não é verdade. Mas, fossem ou não, nesse processo o seu objectivo era que não se implementasse, primeiro, e que não se financiasse, segundo, o «ObamaCare»; depois, queriam apenas adiar o mandato individual, isto é, a obrigação de inscrição/aquisição de seguro de saúde sob pena de se pagar uma multa; enfim, os «malandros» dos «elefantes» foram vencidos e lá se «reabriu» o governo – na verdade, nunca esteve fechado – e o Affordable Care Act seguiu o seu curso. Só que este revelou-se, obviamente, um desastre. De dimensões colossais. Com um custo – ou seja, desperdício de dinheiro – no valor, para já, de um bilião de dólares… por um sítio na Internet! A enorme anedota – de mau gosto, sem graça – que é o ACA (só a designação «affordable» já é uma piada) conseguiu ser mais ridícula do que um sketch do «Saturday Night Live», em que se acertou no número de pessoas inscritas no primeiro dia: seis! E agora, ironia das ironias, são vários os democratas que, aparentemente, estão a transformar-se em tea partiers «racistas, extremistas e raptores» ao quererem, também, o adiamento da entrada em vigor da lei! O «problema» é que todos os «burros» votaram, antes, contra todas as tentativas de adiamento propostas pelos republicanos…
A nível interno, é a acelerada desagregação: como se não bastasse a catástrofe que é o «ObamaCare», o Nº 44 e os seus cúmplices têm de se haver com novas revelações, reportagens, relatos, relativos a outros escândalos, como (a reacção ao ataque a) Benghazi e o (tratamento discriminatório dado a organizações conservadoras pelo) IRS – como eu já referi antes, são «a morte e os impostos», os dois mais graves, mais revoltantes, a comprometerem a actual administração. A nível externo, e como admitiu Jon Stewart depois de mais algumas sessões pueris de ataque ao GOP, «todos nos odeiam». O que está longe de ser um exagero, se «somarmos» aos ataques com drones as escutas realizadas em diversos países, incluindo a chefes de Estado de países aliados… e até o próprio Papa! Nem a Arábia Saudita quer mais ter um relacionamento diplomático privilegiado com a América de Obama! Que é feito da ideia, da promessa «obamista» de que o Mundo iria gostar mais dos EUA depois da saída de George W. Bush? Onde isso já vai…
Como realçou Bill O’Reilly, há um padrão no comportamento de Barack Obama e da administração: face a vários erros e escândalos, ele promete quase sempre que vai investigar a fundo, que as responsabilidades serão atribuídas… o que nunca acontece. O que, em última instância, pode dar – e tem dado – origem a todo o tipo de abusos. Ou, numa palavra, ao socialismo. E acaso é credível a «teoria» de que ele nada sabe, ou que é o último a saber? A mais bem-humorada síntese deste estado de coisas talvez tenha sido dada por Jay Leno: a melhor solução seria colocar os técnicos da NSA a gerir o «ObamaCare» e o sítio healthcare.gov… porque, afinal, eles já têm todas as informações sobre toda a gente!
(Adenda – O «problema» com os escândalos é que, quando começam a afectar determinado indivíduo ou instituição, parecem replicar-se, multiplicar-se. E com Barack Obama e a sua administração, com o Partido Democrata, as «broncas» não têm fim. Eis mais uma: 100 mil dólares foram pagos por ajuste directo à SS+K, uma empresa de comunicação onde trabalham antigos colaboradores do presidente, pela concepção e consecução do programa «Let’s Move». É outra «prenda para amigos» que, porém, parece insignificante quando comparada com mais uma alteração ao ACA para que os sindicatos não sejam (tão) prejudicados pelas taxas inerentes ao «ObamaCare», cujos respectivos sete «factos devastadores» podem agora ser enunciados. Entretanto, mais uma prova surgiu de que o Sr. Hussein mentiu conscientemente quando garantiu que quem quisesse manter o seu seguro de saúde o poderia fazer: numa reunião em 2010 com congressistas republicanos admitiu que entre oito a nove milhões de pessoas teriam de alterar a sua cobertura. Já Max Baucus, senador democrata, parece querer juntar-se aos «extremistas, inimigos domésticos e terroristas», pois sugeriu que o sítio healtcare.gov fosse fechado… sim, «shut it down»!)
(Segunda adenda – David Limbaugh pergunta: quem cometeu a maior fraude, Barack Obama ou Bernard Madoff? A resposta é indiscutível… Entretanto, na MSNBC e no New York Daily News continua a demonstrar-se que os seus «jornalistas» se integrariam perfeitamente na televisão da Coreia do Norte.)
(Terceira adenda – Até já Bill Clinton critica abertamente Barack Obama, afirmando que o Nº 44 deveria «honrar o compromisso que fez» de os norte-americanos poderem manter o seu seguro de saúde se gostassem dele! E Kurt Schrader, representante democrata pelo Oregon, considera que o presidente «enganou exageradamente» («grossly misleading») os seus compatriotas; falta pouco para lhe chamar «mentiroso». Entretanto, Sean Hannity perguntou a Ellen Qualls, ex-conselheira do Sr. Hussein e de Nancy Pelosi, e que duvida da qualidade das apólices canceladas, se ela é ou não «pró-escolha».) 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Tirar as «máscaras»

Já há algum tempo que deixei de me irritar com o branqueamento que, em Portugal, alguns (bastantes) fazem – ou tentam fazer – dos erros, fracassos, incompetências, e, porque não dizê-lo, crimes da presidência de Barack Obama. Agora, quase me limito a rir.
Nas últimas semanas, então, o ridículo tem atingido novos cúmulos: há quem não pare de mencionar a «divisão» no Partido Republicano, as «derrotas» – reais ou imaginárias, presentes ou previstas – dos republicanos, o «extremismo» do movimento Tea Party e dos seus membros. «Convenientemente», referem-se umas notícias mas omitem-se outras, divulgam-se umas sondagens mas «esquecem-se» outras, mostram-se umas caricaturas e escondem-se outras. Ou, para se (tentar) fingir que neste momento não existem (cada vez mais) escândalos que afectam o «ídolo», resolve-se «fugir para a frente»… literalmente, falando dos possíveis candidatos presidenciais para 2016! Porque, «de facto», nada de mais premente, de mais relevante, há para falar! Há até quem seja pago (que bom!) por um trabalho semanal de propaganda sob a capa de informação.
Hoje, após mais um dia de Halloween, mais uma «Noite das Bruxas» nos Estados Unidos da América, poderia ser uma boa altura para muitas pessoas decidirem tirar as «máscaras» e assumirem-se, neste âmbito, como de facto são, ou seja, adeptos apaixonados incapazes de um módico de profissionalismo e de honestidade intelectual. Nas três estações de televisão portuguesas – que representam como que a ABC, a CBS e a NBC «tugas» (a falta que faz cá uma «Fox News», e não só para o noticiário internacional…) – pululam esses adeptos. A SIC, em especial, que hoje mostrou imagens de Barack Obama e da família a confraternizarem com convidados na Casa Branca entre abóboras, doces e adereços mais ou menos fantasmagóricos… mas que também não costuma mostrar os «esqueletos no armário» que abundam na actual presidência, atingiu no passado dia 2 de Outubro uma marca «notável» de baixo nível. Nessa data o Primeiro Jornal do terceiro canal apresentou uma peça sobre o recente shutdown do governo federal, e alegou-se, na introdução, que o GOP recusava o financiamento dos serviços públicos (mentira) e, mais incrível ainda, que era, é, «contra a prestação de cuidados de saúde aos mais necessitados»! Que «monstros»! E, evidentemente, não faltou Obama em discurso directo, mas nenhum representante do PR apareceu a falar. Parece que em Portugal os republicanos (norte-americanos) substituíram no imaginário os comunistas, de quem se dizia que comiam criancinhas ao pequeno-almoço!
Na verdade, do outro lado do Atlântico está em curso, desde que o Sr. Hussein tomou posse, uma (tentativa de) «caça às bruxas», em que quem é conservador se arrisca a ser «queimado na fogueira»… da calúnia e da discriminação. Já não são só os insultos, e as ameaças ou os desejos de morte: agora também se promovem petições exigindo que aqueles de quem se discorda ideologicamente, e que exercem democrática e legalmente os seus direitos e prerrogativas de opinião e de oposição, sejam presos e julgados por «sedição»! Os democratas estão a transformar os EUA num «filme de terror»; está mais do que na altura de lhes fazer frente e de parar com estas «fitas».