sábado, 30 de dezembro de 2017

Rever em baixa (Parte 16)

«Obama está de volta para arrasar o “TrumpCare”, e ele está pior do que nunca», Ben Shapiro; «Como a presidência de Obama destruiu o Partido Democrata de hoje», Victor Davis Hanson; «Do “livre de escândalos” Obama ao “praguejado com escândalos” Trump», Brent Bozell e Tim Graham; «O discurso de 4 de Julho que Obama não fez», Wesley Pruden; «Mais pessoas emigraram para o Canadá com Obama do que com Trump», Joseph Curl; «O discurso de Trump na Polónia é o prego final no caixão da era de Obama», Adam Shaw; «Obama é irrelevante hoje», Lou Dobbs; «Os nossos media corruptos estão agora assombrados por todos os precedentes que estabeleceram enquanto estavam em conluio com Obama», John Nolte; «A “TV Trump” nem se aproxima da propaganda da Casa Branca de Obama», Larry O’Connor; «A “Trump TV” é apenas uma versão menos “artística” da “Semana da Ala Ocidental” de Obama, porque estão todos chocados com ela?», Mary Katharine Ham; «A esquerda culpa Trump por Charlottesville, aqui estão cinco assassínios pelos quais a imprensa não culpou Obama», Aaron Bandler; «”Homem do povo”, Barack Obama é o mais dispendioso ex-presidente de sempre», Jacob Airey; «Como a administração Obama contornou o Congresso para conceder na prática amnistia a jovens imigrantes ilegais», Aaron Klein; «O histérico texto no Facebook do Presidente Obama», Rich Lowry; «A administração Obama pôde intimidar opositores políticos», Stuart Varney; «Hipócrita, Obama está a encher-se em Wall Street», Hank Berrien; «Porque Obama realmente espiou Trump», Daniel Greenfield; «Parece que Obama espiou mesmo Trump, tal como aparentemente ele me espiou», Sharyl Attkisson; «As nossas quebradas forças armadas de Obama nem conseguem correr com traidores», Kurt Schlichter; «Alerta de hipocrisia – Os media que hoje arrasam Trump pensavam que era horroroso arrasar Obama em 2009», Rich Noyes; «Porque é que Hillary Clinton e Barack Obama estão silenciosos sobre Harvey Weinstein?», John Sexton; «Obama mentiu, o meu quarto plano de saúde morreu», Michelle Malkin; «Acabe-se com o mandato individual do “ObamaCare” – É cruel e inútil», Pat Toomey e Tom Cotton; «Riam alto – Obama avisa candidatos sobre o que “não funciona” em política (dica… ele deve saber!)», Doug Powers; «O escândalo “Uranium One” da administração Obama», Andrew C. McCarthy; «O mandato SSH sem excepções de Obama – Uma luta desnecessária que lhe explodiu na cara», James C. Capretta; «O IRS de Obama… o outro escândalo», Brad Shaeffer; «Zangado com o escândalo no DNC? Agradeça a Obama», Ryan Grim; «O mandato individual do “ObamaCare” está a revogar-se a ele próprio», Doug Badger; «Obama avisa que Trump levará a América ao genocídio como Hitler, os media bocejam», Kristine Marsh; «Obama compara Trump a Hitler», Greg Gutfeld; «Obama ainda não percebe – Optimismo, e não lamúrias, faz crescer uma economia», Liz Peek; «O New York Times afirma que Obama apenas disse 18 falsidades durante toda a sua presidência – Aqui estão 18 que ele disse só em 2009 ao vender o “ObamaCare”», Philip Klein; «O acordo com o Irão de Obama faz com que o “conluio” de Trump com a Rússia pareça brincadeira de criança», David Harsanyi; «A história secreta de como Obama deixou o Hezbollah à solta», Josh Meyer; «Como Obama apaziguou o Irão ao virar os olhos aos crimes do Hezbollah», David French; «Como Trump pode reparar os danos do falhanço de Obama contra o narcoterror», Jonathan Schanzer; «Desculpa, Obama – Trump deixa cair as alterações climáticas como “ameaça à segurança nacional”», Amanda Prestigiacomo; «Joe Biden afirma que Obama nunca teve quaisquer escândalos, ignora estes 11 escândalos maiores», Ryan Saavedra; «Por entre a histeria anti-Trump, a traição de Obama é exposta», Charles Hurt; «A biblioteca presidencial de Obama é mudança em que os chicagoanos não conseguem acreditar», Philip H. Devoe; «O Presidente Obama leu o “dossier Steele” na Casa Branca em Agosto do ano passado?», Lee Smith; «Lista do Ano Um - 81 grandes realizações de Trump, 11 itens do legado de Obama revertidos», Paul Bedard; «O “apagão” dos media no escândalo de Obama com o Hezbollah faz reviver a “câmara de eco” do acordo com o Irão», Jonathan S. Tobin; «As relaxadas políticas disciplinares de Obama tornaram as escolas mais perigosas», Paul Sperry; «As políticas de Trump para a aplicação da lei são uma bem vinda melhoria em relação às de Obama», Ron Hosko; «Barack Obama para o Príncipe Harry – As hashtags não trazem mudança», Joel B. Pollak; «Como Trump está a reverter o legado de Obama», Kaitlyn Schallhorn; «O primeiro presidente anti-americano», Michael Ledeen; «Humilhação liberal - Trump vs. Obama sobre o Irão», Roger L. Simon. 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Ainda sem respostas

Em Agosto último, referi aqui no Obamatório algumas perguntas que havia feito a outros «observadores» portugueses do panorama político-cultural dos Estados Unidos da América… e que, no momento em que escrevia, continuavam sem respostas…  o que continua a verificar-se agora. Entretanto, fiz outras perguntas… e também para elas ainda não há respostas.
A mais recente dessas perguntas constitui, na verdade, uma proposta (decente!) ao Jornal de Notícias. Em mensagem de correio electrónico que enviei no passado dia 12 de Dezembro, escrevi o seguinte: «Constatei que três artigos de opinião recentemente publicados pelo Jornal de Notícias, mais concretamente da autoria de Fernando Calado Rodrigues, de Manuel Carvalho da Silva e de Germano Almeida, todos eles tendo em comum os Estados Unidos da América, e em especial a actuação do Presidente Donald Trump, contêm erros, que eu estou disponível para assinalar e corrigir em artigo de opinião que proponho escrever e oferecer ao vosso jornal.» Fernando Calado Rodrigues é padre, Manuel Carvalho da Silva é o ex-secretário-geral da CGTP-Intersindical, e Germano Almeida é o meu «colega» da blogosfera, autor do blog Casa Branca (um pouco mais antigo do que o Obamatório), e que, apesar de não o actualizar desde Agosto de 2016 (!), em «compensação» continua a ser uma presença regular na imprensa, na rádio e na televisão nacionais a debitar os seus «bitaites» enquanto «analista de política americana» (a sua outra carreira, parelela à de jornalista desportivo)… apesar de pouca ou nenhuma credibilidade ter para isso desde que se tornou o autor de um dos dois livroseste é o outro – publicados em Portugal antes da eleição presidencial nos EUA no ano passado que davam como certa a vitória de Hillary Clinton! Entretanto, e pelo contrário, eu continuo sem conseguir até agora um único convite para participar como convidado, também enquanto «analista de política americana», num programa de rádio ou de televisão, não obstante as várias tentativas, contactos, da minha parte nesse sentido, informando da minha existência e da minha disponibilidade em colaborar sempre que possível…
… E nem quanto à imprensa posso afirmar actualmente que a minha liberdade de expressão é plena depois do que aconteceu com o meu artigo «Histeria histórica», que a actual Direcção do Público decidiu censurar (não publicar) e que três entidades de «regulação» da actividade jornalística entenderam não se pronunciar sobre o caso. Porém, isso não impediu que eu, ocasionalmente, enviasse posteriormente mensagens a jornalistas do jornal originalmente financiado – e, de certo modo, fundado – pelo recentemente falecido Belmiro de Azevedo, colocando questões e dando sugestões sobre a cobertura da actualidade política dos EUA feita por aquele. Como esta, enviada a 31 de Maio último: «É evidente que há um preconceito, um bias, na redacção do Público, contra o Partido Republicano, que já vem de trás, que não começou com Donald Trump. E, claro, esse bias estende-se, em Portugal, a praticamente todos os principais órgãos de comunicação social, com destaque “negativo” para as três principais estações de televisão, que frequentemente dão, neste âmbito, espectáculos ridículos... Por exemplo, hoje a SIC, no seu noticiário das 13 horas, dedicou para aí três minutos ao tweet do “covfefe”... Mas dos outros pouco ou nada quero saber. Do Público, sim, e é por isso que eu ainda me preocupo em enviar-vos, quando acho oportuno e relevante, as minhas notas, e, sim, as minhas correcções - sempre assentes em factos e não em “emoções”. Eu não sou apenas leitor... sou também jornalista, e sou colaborador do Público há mais de 20 anos. Ou era, porque, no passado mês de Fevereiro, o seu colega Nuno Ribeiro, actual editor de opinião, recusou publicar um artigo meu... depois de me ter dito que o faria. Sim, era um texto sobre a situação política norte-americana após a tomada de posse de Donald Trump, e, sim, era contra a “corrente” que aí é predominante. Motivo da censura? O meu artigo era “ofensivo”. Digamos que nem todos aceitam “críticas” e “dúvidas”... Agora, alguns breves apontamentos sobre casos específicos: o assassino de Portland em nenhuma circunstância pode ser associado a DT e à direita - e, claro, o racismo, em especial nos EUA, tem sido sempre, maioritariamente, esmagadoramente, uma característica da esquerda e do Partido Democrata (actualmente, e desde há algum tempo, a “moda” é o ódio anti-branco atiçado por afro-americanos radicais, que promovem inclusivamente a segregação); Kate Steinle pode ter sido atingida e morta por uma “bala perdida”, mas essa não era a principal questão... o atirador era, é, um imigrante ilegal, cadastrado, que já por várias vezes fora deportado e reentrara no país - uma situação infelizmente comum em Estados e em cidades sob domínio democrata, que fazem, de uns e de outras, “santuários” para criminosos; o atentado no Quebec não foi “ignorado” - Trump telefonou a Justin Trudeau oferecendo condolências e colaboração, e Sean Spicer comentou o caso numa das conferências de imprensa na Casa Branca; o actual presidente dos EUA não disse que tinha havido um ataque na Suécia “na noite passada” - ele referiu-se, sim, a um documentário televisivo que vira na noite anterior, e que revelava, ou relembrava, a onda de criminalidade (em especial violações em série) que surgiu e foi crescendo devido à entrada maciça de muçulmanos naquele país... aliás, curiosamente, poucos dias depois do comentário de Trump, houve mesmo (mais) um motim em Estocolmo. Enfim, nem todos conseguem ser imunes às “fake news”. ;-)» 
A esta mensagem não recebi qualquer resposta, tal como a outras três, mais breves e mais recentes, em que perguntava porque é que o Público até então não mencionara uma única vez – e a situação mantém-se – o julgamento, sob acusações de corrupção, de Robert Menendez, senador por Nova Jersey do Partido Democrata… isto ao mesmo tempo que se sucediam as peças sobre (e contra) Roy Moore, candidato do Partido Republicano ao Senado por Alabama, alvo de acusações não provadas de assédio e assalto sexual. O que não falta, no entanto e infelizmente, naquele jornal, e para além das notícias… algo enviesadas, são os artigos de opinião bastante inflamados sobre (e contra) decisões de Donald Trump e da sua administração. Por exemplo(s), dois de Diogo Queiroz de Andrade (director-adjunto que talvez tenha apoiado a não publicação do meu artigo), um sobre a reforma fiscal nos EUA, outro sobre o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, que demonstram, além dos previsíveis preconceitos ideológicos (diminuir os impostos é mau, defender os judeus é pior), a preocupação mínima e mesmo inexistente com os factos e até com a mais elementar sensatez.
Todavia, e «felizmente», para «alívio» (temporário) dos «flocos de neve» - portugueses e estrangeiros – que se «derretem» com qualquer palavra ou acto do Nº 45, existe o projecto de uma série de animação que tem como heróis, depois de devidamente «rejuvenescidos», Barack Obama e Joe Biden, a viajarem pelo passado para combaterem o crime e a injustiça… e tendo como vilão Donald Trump! Em última análise, nada que surpreenda: o ex-presidente e o ex-vice-presidente nunca representaram mais do que caricaturas de estadistas.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Escândalos à escolha (Parte 4)

Há mais de um ano – desde que Donald Trump foi eleito como 45º Presidente dos Estados Unidos da América – que tem sido o tema, a narrativa, a suspeita, a acusação, mesmo a obsessão principal (e várias outras têm existido) na comunicação social e na discussão política, norte-americana e até mundial: a Rússia interferiu no processo eleitoral que culminou na votação do dia 8 de Novembro de 2016, podendo mesmo ter determinado, com a aceitação, a cumplicidade, de um dos partidos, uma das campanhas, um dos candidatos, o resultado final. Pois bem, hoje eu próprio venho reconhecer, admitir, aceitar, que tal é verdade. Porém, não foram o republicano bilionário de Nova Iorque, e os seus colaboradores, a sua equipa, os «cúmplices»: foi a ex-secretária de Estado e o seu bando de admiradores e de servidores! Segue-se, de uma forma resumida, um «crash course» em «Russian collusion for dummies», que, obviamente, não é dado nos media nacionais… 
Hillary Clinton, a sua campanha e o Partido Democrata (através do DNC), encomendaram, financiaram, uma investigação/dossier a uma empresa especialista em «opposition research», Fusion GPS, que por sua vez contratou um (ex?) espião inglês, Christopher Steel, que por sua vez contactou russos que trabalha(ra)m no Kremlin, para Vladimir Putin (de salientar que a lei dos EUA proíbe o pagamentos a estrangeiros em campanhas eleitorais), que inventaram as mais incríveis, desgostosas mentiras sobre Donald Trump… e porque não o haveriam de fazer? Afinal, muito têm a agradecer a Hillary (enquanto Secretária de Estado), ao PD, à administração de Barack Obama, ter autorizado a compra da empresa Uranium One, e, logo, 20% das reservas de urânio dos EUA – o que se traduziu também em cerca de 150 milhões de dólares para a Fundação Clinton e em 500 mil dólares para Bill por um discurso em Moscovo. Sim, tal decisão, tal negócio, pode ser vista como autêntica alta traição… mas isso não é problema para os «burros», que, aliás, no passado, várias vezes procuraram entendimentos com os soviéticos (lembrar Edward Kennedy quando queria derrotar Ronald Reagan). Além de que tal venda aconteceu porque Obama e companhia (muito limitada) decidiram que estava na altura de uma nova fase nas relações com os russos, e estes passaram a ser amigos e até parceiros – veja-se o «botão de reset» (mal escrito), a «flexibilidade» prometida pelo Nº 44 a Dmitri Medvedev, a ridicularização de Mitt Romney por este ter apontado, em 2012, a Rússia como «principal rival geopolítico dos EUA», tendo BHO respondido com «os anos 80 ligaram e querem a sua política externa de volta», e acusado o então candidato republicano de ainda ter uma mentalidade típica da Guerra Fria. No entanto, e contrariando as expectativas das «elites», Trump venceu…
… E, num enorme, desavergonhado, exercício de projecção, mentira e cobertura, a Rússia voltou a ser o grande inimigo para os democratas, que, incapazes de assumir as suas culpas na derrota, não perderam muito tempo a acusar Moscovo de ter ajudado Donald a vencer, mas nenhumas provas disso existem até agora, e o facto de o então empresário ter organizado um concurso de «Miss Universo» em Moscovo não conta, tal como a reunião de Don Jr. com uma russa que lhe prometeu «dirt» sobre Hillary embora, afinal, não tivesse… e, significativamente, ela estava em contacto com a Fusion GPS, o que permite a suspeita de uma tentativa de armadilha. Pior, esse dossier, e as mentiras, os rumores contidos naquele serviram de desculpa, «justificação», pretexto, para o Departamento de Justiça «obamista», liderado por Janet Lynch, e o FBI de James Comey pedirem a um tribunal especial (FISA) autorização para vigiarem, escutarem, Donald Trump, a sua equipa, os seus colaboradores, aproveitando para fazerem o dito «unmasking», a revelação de pessoas «apanhadas» sem culpa nas escutas, e permitirem fugas de informação para a imprensa, invariavelmente com insinuações e alegações que se revelavam depois sem fundamento. Entretanto, para «esclarecer» o assunto, e em (mais) uma demonstração de cobardia, republicanos no Congresso e até na Casa Branca aceitaram fazer investigações e uma comissão respectiva para averiguarem a suposta «collusion», e para a liderar nomearam Robert Mueller… que foi director do FBI (quando a venda do urânio aconteceu) antes de Comey (que, depois de demitido, passou, talvez ilegalmente, informações a um amigo para as dar ao NYT e assim forçar a formação de uma comissão, o que aconteceu); Mueller encheu a sua comissão de democratas; após mais umas fugas de informação, apresentaram – a uma juíza nomeada por Obama e apoiante dos Clinton, e perante um grande júri reunindo pessoas de uma cidade (Washington) que vota 90% democrata – queixas contra três ex-elementos da campanha de Trump… mas nenhuma das queixas se relaciona com «conluio», colaboração com russos para alterar o resultado das eleições – aquelas prendem-se, essencialmente, com crimes fiscais, financeiros. Isto num processo cuja legalidade suscita muitas dúvidas a diversos juristas, que acreditam que os arguidos – que se declararam inocentes – terão boas hipóteses de serem ilibados e saírem em liberdade.   
Foi muita informação, muitos factos, muitas ligações em (relativamente) poucos caracteres? É melhor recuperarem o fôlego depressa, porque há mais. É de notar, e de realçar, que Hillary Clinton constitui quase sempre a personagem principal – frequentemente coadjuvada pelo marido Bill – em todos estes, mais recente(mente divulgado)s escândalos. Três deles são pelo menos ao nível de Watergate, e o casal exibiu um comportamento acima e/ou fora da lei habitualmente conhecido, tolerado e até apoiado por Barack Obama e/ou os seus (e deles) «camaradas». E como se não fosse suficiente ter feito – mesmo que indirectamente, mas não acidentalmente - «collusion» com a Rússia, Hillary Clinton e/ou a sua campanha fizeram «collusion» com o Comité Nacional Democrata durante as eleições primárias do PD, que foram «rigged», adulteradas, viciadas, e desde o início, em favor dela e em desfavor dos outros candidatos, com destaque para Bernie Sanders; e não foram direitistas, conservadores, a darem a notícia… foi sim Donna Brazile, operacional veterana do Partido Democrata, a fazer a espantosa revelação no seu novo livro! E Elizabeth Warren concordou e confirmou a batota! Entretanto, o parceiro da antiga primeira-dama nas presidenciais de 2016, o senador Tim Kaine, admitiu que o pagamento do famigerado dossier foi feito, pelo menos em parte, pela sua campanha! Não é pois de surpreender que, talvez em tentativas de controlo de danos e/ou de distracção, «progressistas» existem que preferem mudar de assunto… como o próprio senador por Vermont, que tem preferido não comentar a sabotagem de que a sua candidatura foi alvo, e que acredita que, actualmente, os americanos têm mais com que se preocupar além da interferência russa nas eleições. E Martin O’Malley, outro ex-candidato democrata, confessou que as tácticas eleitorais do Nº 44 – privilegiando a sua reeleição numa organização distinta (Organizing for America, OfA) em vez das estruturas existentes do PD – tiveram como efeito arrasar («wipe us out») aquele aos níveis estadual e local como um «mau fogo florestal»! OfA que, entretanto, também pagou à mesma sociedade de advogados - Perkins Coie - que, em nome do DNC e da campanha de HC, contratara os serviços da Fusion GPS!
Nestes últimos anos afirmei-o e previ-o várias vezes, e as confirmações sucedem-se: não só a administração de Barack Obama – e a actividade do Partido Democrata durante os seus dois mandatos – não foram, de todo, «scandal free», como adicionais pormenores… escandalosos vão sendo conhecidos com regularidade, como que estando à vista e à «escolha» de todos… As organizações conservadoras assediadas e discriminadas pelo IRS foram indeminizadas, e Lois Lerner, famigerada (ir)responsável da entidade fiscal sob a égide do Sr. Hussein, receia retaliações no caso de o seu depoimento deixar de estar em segredo de justiça (pois, porque será? «Mistério»)… No início deste mês soube-se que a Casa Branca sob BHO não divulgou, antes da eleição de 2012, quase 500 mil documentos (!) relativos à eliminação de Osama Bin Laden porque aqueles provavam que a Al Qaeda então não só não estava «dizimada» como tinha uma parceria com o governo do Irão – uma «verdade inconveniente» para quem queria assinar um acordo sobre energia (e armas) nuclear(es) com o regime dos «ai-as-tolas»… E soube-se que a Casa Branca sob BHO ameaçou, antes da eleição de 2016, um informador do FBI para o impedir de revelar as (dúbias) negociatas relativas à aquisição, por russos, de urânio norte-americano…
Jonathan Turley, professor de Direito insuspeito de simpatias direitistas, tem razão: há que investigar tanto Donald Trump como Hillary Clinton. De uma forma ou de outra, seja por quem for, isso já está a acontecer. 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Predador, porque esquerdista

Há um aspecto fundamental da vida e da carreira de Harvey Weinstein que não tem sido mencionado (tanto quanto eu me tenho apercebido, e, se estiver errado, agradeço a correcção) nos órgãos da comunicação social portugueses (e não só, certamente, deste lado do Atlântico) que têm abordado o (grave) caso, o (grande) escândalo, recentemente (este mês) eclodido, de assédio sexual perpetrado por um dos mais importantes, influentes, poderosos produtores cinematográficos de Hollywood, durante mais de 30 anos, a dezenas – e a lista vai aumentando quase diariamente, pelo que o número poderá em breve vir a ultrapassar a centena – de mulheres (maioritariamente actrizes, mas não só), e não apenas norte-americanas (autêntico adepto da «globalização», o co-fundador da Miramax também estendeu a sua lascívia a, pelo menos, britânicas, francesas e italianas): o de ele ser, e igualmente desde há muito tempo, um dos maiores apoiantes financeiros – doando o seu próprio dinheiro e organizando «colectas» junto de outras pessoas do meio – do Partido Democrata, de políticos, candidatos, democratas, de causas «liberais» e «progressistas». Aliás, é precisamente o facto de ele ser um esquerdista que explica porque é que conseguiu manter durante décadas o seu comportamento criminoso e não ser denunciado e punido mais cedo.
Um artigo de um «crítico de cinema» do Público, Jorge Mourinha, «Harvey Weinstein, ou o lado negro da lua», publicado no passado dia 12, é uma demonstração eloquente da incrível ignorância, ou enervante estupidez, que certas pessoas continuam a exibir, apesar de, supostamente, terem a obrigação de estarem, serem, mais e melhor informadas. Reparem em, e riam de, este excerto: «A pergunta, no entanto, continua sem resposta. Como é que um defensor das causas liberais, que não hesitou em ir contra os desejos dos seus patrões da Disney ao distribuir Larry Clark ou Michael Moore, que lançou as carreiras de Affleck, Damon, Gwyneth Paltrow, Roberto Benigni, era ao mesmo tempo um predador sexual?» Que a pergunta não continue sem resposta, que eu a darei: é exactamente por ele ser um «defensor das causas liberais» que mais confiante se sentiu em (pros)seguir a sua «carreira paralela» enquanto predador sexual; ele próprio admitiu que se tornou assim por ter crescido nos anos 60 e 70, em que a dita «revolução sexual» facilmente resvalava para a pura e simples, abjecta, libertinagem – de que, aliás, Larry Clark foi cronista, qundo não protagonista; e quando se é, como Harvey Weinstein, um aliado de abortistas e de LGBT’s, o que são uns apalpões, exibições e ejaculações para plantas senão uns pecadilhos sem importância? Porém, a surpresa, e mesmo o choque, de Jorge Mourinha perante a situação deveras escabrosa em que se encontra envolvido o homem que também lançou a carreira de Quentin Tarantino expressa(m)-se ainda numa outra perspectiva: «E para quem achava que eram só os republicanos e o seu eleitorado branco, idoso, conservador e temente a Deus a ter este tipo de comportamento e que o liberalismo da esquerda consciente e artística não era capaz disto – tcharã!» Seria interessante perguntar a este «crítico de cinema» do Público quantos republicanos, e não apenas brancos, idosos, conservadores e tementes a Deus (que, note-se, todos juntos não seriam suficientes para permitir o triunfo em especial de Donald Trump para a Casa Branca, e do GOP em geral a todos os níveis do poder dos EUA), ele conhece que tenham cometido – e não necessariamente a uma escala idêntica – os crimes cometidos por Weinstein; o mais provável é J. Mourinha estar a confundir a realidade com a ficção, a tomar como factos as – imaginárias – perversões de cristãos brancos direitistas frequentes em séries televisivas e filmes feitos em… Hollywood, por (argumentistas, produtores, realizadores, actores) esquerdistas; enfim, muito curiosos e reveladores exercícios de projecção, e em mais do que um sentido…
… E que mais não demonstram, em última análise, do que a vergonhosa (ou, mais correctamente, sem vergonha), ofensiva, descarada, hipocrisia dos «criadores» que fizeram da Califórnia a sua «reserva natural», de Los Angeles e de São Francisco as suas «coutadas de caça», muitos dos quais têm o atrevimento de, com regularidade, se permitirem admoestar os seus compatriotas que vivem nos «bárbaros» territórios situados entre as costas Oeste e Leste a propósito dos seus «antiquados» e «ofensivos» (pre)conceitos sobre casamento, imigração, impostos, armas – estas são sempre de mais nas mãos de cidadãos comuns e membros da NRA mas não das dos guarda-costas das «estrelas». No entanto, é de salientar e de saudar a (momentânea?) sinceridade de uma daquelas, Jessica Chastain, que admitiu que em Hollywood são muito rápidos a «apontar os dedos a outros» e que há uma grande diferença entre «o que se pratica e o que se prega». É curioso que seja uma das actrizes (relativamente) mais novas a ter esta atitude e não outras mais velhas, mais «veteranas», como Jane Fonda, Meryl Streep e Ashley Judd, que não só não denunciaram e não condenaram há mais tempo e com mais veemência Harvey Weinstein (e Judd foi uma das suas vítimas!) e todos os outros tarados que infestam as «fábricas de sonhos» do «Sunshine State» como se têm destacado pela estridência e pelo exagero – enfim, pelo ridículo – com que vituperam Donald Trump… que, nunca é demais referir, quando em 2005 (há doze anos!) falou em «grab them by the pussy» (até agora não está provado, e ele desmente-o constante e categoricamente, que tenha passado das palavras aos actos sem consentimento) era filiado no Partido Democrata!
O facto é que quase todos, ou mesmo todos, que em Hollywood e em Washington se movimentam nos ambientes que colocam em contacto o entretenimento e a política sabiam o que Harvey Weinstein fazia, e foram muito, muito poucos os que tentaram de alguma forma impedir ou avisar para o que estava a acontecer; e ele não é o único, e talvez até nem seja o pior. Todavia, mais do que aos «artistas», é aos «estadistas» que cabe a maior responsabilidade pelo agravar deste caso, e, entre os segundos, nenhuns o são mais do que os Clinton e os Obama, que (relativamente) tarde reagiram, e não muito convincentemente, às revelações sobre HW, de cujas ajudas financeiras foram os maiores beneficiados. Aliás, Harvey foi um dos que então contribuiu com o máximo valor possível para o «fundo de defesa» de Bill Clinton aquando do processo de impugnação daquele; depois, proporcionou a Hillary avultadas quantias nas corridas presidenciais em que participou. Por parte da ex-primeira-dama não espanta a sua forte ligação a outro agressor sexual – afinal, continua casado com um e como que manteve na sua órbita Anthony Weiner, (ex?) marido da sua assistente Huma Abedin, e que irá cumprir pena de prisão ao ter admitido conduta imprópria («sexting») com uma menor. Mas o que dizer do anterior Presidente dos EUA, que permitiu que a sua filha mais velha fosse estagiária na Weintein Company? Das duas uma: ou o Serviço Secreto demonstrou (inquietante) incompetência ao não descobrir e não comunicar os riscos de trabalhar naquela empresa, ou, conhecendo-os, os pais de Malia demonstraram (inquietante) indiferença pela segurança dela. De qualquer forma, Barack fica, mais uma vez, muito, mas mesmo muito mal visto.  

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Eles não «Irão» para o Céu (Parte 2)

Mais um dia 11 de Setembro que vem e vai no calendário, o que significa mais um (infeliz) aniversário do mais grave atentado terrorista da História; e também mais uma ocasião, mais um pretexto, como se tal ainda fosse necessário, para alertar contra o recorrente risco, o permanente perigo que constitui o extremismo islâmico. Antes daquela data em 2001 outros ataques perpetrados por seguidores de Maomé aconteceram, depois outros (mais ainda) aconteceram. Porém, muitos talvez não se apercebam de que os crimes cometidos por muçulmanos não se limitam às grandes mortandades, tentadas e/ou concretizadas, como as de Barcelona, Berlim, Bruxelas, Londres, Manchester, Moscovo, Nice, Paris… e, fora da Europa, as que regularmente ocorrem no Afeganistão, no Paquistão, em Israel, e não só. Em praticamente todos os dias se sucedem no Velho Continente desobediências, insultos, agressões, violações e homicídios «simples» perpetrados por obedientes ao Corão. A lista desses «incidentes» (que eu tenho vindo a compilar) é cada vez maior, mas raramente ou nunca eles são objecto de notícia na comunicação social (portuguesa, e não só).
A «fase moderna», mais recente, da «guerra santa», da jihad, declarada pelos adoradores de Alá contra o Ocidente judaico-cristão, começou em 1979 no Irão com o derrube do regime monárquico do Reza Pahlavi e a ascensão ao poder do ayatollah Ruhollah Khomeini e do seu bando de clérigos fanáticos. A então nova «república islâmica» não demorou a demonstrar as suas intenções, com o assalto à embaixada dos EUA, a fatwa contra Salman Rushdie e o apoio a organizações terroristas como o Hezbollah a caracterizarem um «modelo» de actuação que, infelizmente, vários viriam a adoptar e a expandir. Nos quase 40 anos que desde então passaram nenhuma administração norte-americana fez tudo o que podia – e devia – para combater e até destruir a ameaça vinda de Teerão. Porém, a inacção e a incompetência foram substituídas, nos mandatos de Barack Hussein Obama, por apologia e até colaboracionismo. A sua presidência ficou também marcada, no início, pelo desprezo demonstrado pelos que em 2009 se manifestaram no Irão contra o obscurantismo, e, no término, pelo «acordo» que, supostamente, suspenderia e até cessaria o programa nuclear dos «ai-as-tolas» - «acordo» esse que implicou o pagamento, por Washington, de quase dois biliões de dólares em «dinheiro vivo», isto é, em notas (carregadas em caixotes)!..
… E, como qualquer pessoa minimamente sensata (ou seja, sem ser de esquerda) seria capaz de prever, tal não diminuiu os ímpetos belicistas na ancestral terra persa. Em Janeiro de 2016, John Kerry garantiu que todas as vias de obtenção, por parte dos iranianos, de armas atómicas estavam «fechadas»; mas um ano e meio depois, e num «desafio directo» a Donald Trump, Teerão assegurou que poderia, se quisesse, retomar «em horas» o seu programa nuclear. Entretanto, no inicio deste mês, testou o seu sistema de «defesa» por mísseis de longo alcance, o que é considerado uma «prioridade de topo» pelos xiitas… também, presume-se, por aqueles poderem atingir Tel-Aviv em apenas sete minutos; e três cidadãos norte-americanos viram confirmadas as suas sentenças de dez anos de prisão, do que se pode deduzir que o dinheiro do «resgate» pago por Obama não chegou para libertar todos… mas talvez tenha sido suficiente para parar com os ataques informáticos ao Departamento de Estado. A semelhança entre o que acontece actualmente com o Irão e o que aconteceu com a Coreia do Norte há duas décadas não é totalmente coincidência: então também um presidente democrata (Bill Clinton) acreditou que seria possível «comprar» o bom comportamento de uma ditadura, e agora vê-se o que a dinastia Kim consegue fazer: nada mais nada menos do que detonar bombas de hidrogénio e disparar mísseis sobre o Japão. E – pormenor tragicamente ridículo – algumas das pessoas que «negociaram» com Pyongyang também «negociaram» com Teerão! Pior, os dois países estarão a colaborar um com o outro!
Se e quando o Irão fizer explodir uma bomba nuclear todos deverão dizer «obrigado, Obama!»… tal como se disse – e, se não, deveria-se ter dito - «obrigado, Clinton!» pela nuclearização da Coreia do Norte e por Osama Bin Laden não ter sido neutralizado antes de 2001. Ao Nº 44 devemos igualmente «agradecer»: no plano nacional, o agravamento das tensões raciais para níveis nunca vistos desde a década de 60; e, no internacional, a destruição do Estado líbio que causou o ataque mortal ao consulado de Benghazi (cujo aniversário, nunca esquecer, também se assinala hoje) e a invasão da Europa por milhares de imigrantes ilegais (entre os quais se esconde(ra)m bastantes terroristas), e os graves danos na saúde sofridos por funcionários da embaixada dos EUA em Havana, primeiro «benefício» assinalável do restabelecimento das relações diplomáticas com o regime castrista cubano. Não que o senhor Hussein reconheça e se arrependa do que (não) fez: na semana passada criticou o seu sucessor por este ter suspendido a aplicação da DACA – decisão completamente justificada porque aquela foi uma ordem executiva inconstitucional – e assim ter «devolvido» o assunto (reforma da politica de imigração) aos que têm legitimidade para tratar dele, ou seja, os congressistas na Casa e no Senado. O atrevimento, o descaramento de BHO é ainda de assinalar por, previamente, e várias vezes, ter declarado não ter autoridade legal para fazer… o que acabou por fazer, e, quando o fez, ter notado que se tratava de uma solução temporária!
A constante reversão de opiniões e de posições, a permanente hipocrisia, não é de admirar para quem acompanhou com atenção a política norte-americana entre 2009 e 2017. Afinal, o anterior presidente «destruiu a vergonha enquanto ferramenta política», viu «a realidade vencê-lo» e tem um «universo moral desequilibrado»; deixou atrás de si um «legado de mentiras e de morte» que «diminuiu a América» e que «quebrou (em pelo menos dez maneiras)» o seu sistema, ao liderar uma administração em que abundaram os escândalos, resultantes do abuso do poder estatal, em especial o recrudescimento da vigilância sobre os cidadãos. No entanto, para a posteridade ficarão igualmente afirmações como a de a chamada muçulmana para a oração ser «um dos mais bonitos sons da Terra» e a de que «o futuro não deve pertencer aos que caluniam o profeta do Islão». Palavras para recordar enquanto se reverem as imagens dos aviões a colidirem com as torres do World Trade Center.     

sábado, 19 de agosto de 2017

Sem respostas

Há exactamente dois meses - a 19 de Junho último - enviei mais uma mensagem a João Lopes, jornalista do Diário de Notícias e um dos «animadores» do blog Sound + Vision, por causa de «postas» dele naquele. Até agora, e sem surpresa, nenhuma resposta recebi... Eis o texto dessa mensagem. 
Não cesso de me surpreender - não devia, pois já sei, há bastante tempo, o que é que «a casa gasta», mas não consigo evitar - com a dualidade de critérios, a hipocrisia... ou, para não ser tão áspero, e optando por um tom mais... eufemístico, com a curiosa selectividade de que dá mostras no Sound + Vision no que se refere a temas da actualidade política e cultural dos EUA.
Já desisti de esperar que reconheça e que comente (negativamente?) o comportamento recente de Madonna, artista que o senhor idolatra, e que, antes da eleição de 8 de Novembro último, prometeu sexo oral a todos os homens que votassem em Hillary Clinton, e que, depois (e para além de se recusar a cumprir a promessa), revelou que pensava em fazer explodir a Casa Branca... após Donald Trump, a sua família e os seus colaboradores se terem mudado para lá. 
Este episódio foi apenas um entre as dezenas, quiçá centenas, protagonizados nos últimos sete meses por figuras mais ou menos públicas daquele país que tendem ideologicamente para a esquerda, e caracterizados por insultos e por apelos mais ou menos directos à violência contra o actual presidente e os seus apoiantes. Outros exemplos: uma representação, actualmente em cena no Parque Central de Nova Iorque, de «Júlio César», em que este tem o aspecto de Donald Trump, sendo repetidamente e violentamente «esfaqueado»; ou a fotografia de Kathy Griffin com a «cabeça» de DT na mão, decapitada, ensaguentada, a lembrar (e a homenagear?) os membros do Estado Islâmico. No caso de não a ter visto, deixo-lhe uma ligação para um artigo sobre a mesma, e da Slate, insuspeita de ser de direita... e pergunto-lhe: não é esta uma imagem a merecer uma «breve reflexão»? Mais, talvez, do que as de James Comey a depor no Congresso...
... E que, estranhamente (já que o ex-director do FBI confirmou ser um amedrontado, desonesto e parcial funcionário público), se traduziram na suposta «derrota televisiva de Donald Trump»? Não que a este preocupem muito as supostas «derrotas» nos ecrãs televisivos, pois onde mais importa - nas urnas (e máquinas) de votos - ele saiu vencedor. Na verdade, derrotados sucessivamente em eleições (nacionais, estatais, locais), aos democratas resta (tentar) retomar o poder pela força. Daí os motins e os ataques (físicos) aos opositores... de que o exemplo último, e mais grave, foi o tiroteio na semana passada, feito por um militante democrata, contra congressistas republicanos que treinavam para um jogo de baseball. São sons e imagens muito desagradáveis... mas que, evidentemente, por não se «encaixarem» numa determinada «narrativa», não convém reproduzir... e condenar.
Também ainda sem uma réplica está uma questão que – a 28 de Julho último – coloquei a Alexandre Guerra, do blog Delito de Opinião. Eis o texto do comentário onde aquela se inclui:
Desta vez, e fazendo um grande esforço de contenção e de paciência, vou limitar-me, por ora, a deixar uma pergunta ao autor desta «posta»: em que é que, concretamente, o «ObamaCare» representa «um dos mais importantes saltos civilizacionais da sociedade americana das últimas décadas»? Aguardo com curiosidade a resposta, prevendo que me vou rir bastante com a mesma. Entretanto, deve ser realçado um facto: John McCain, com este seu voto no Senado, comportou-se não como um «bravo lutador» e «sempre fiel aos seus valores e princípios», mas, pelo contrário, como um hipócrita e um traidor, ao seu partido e, pior, aos cidadãos que o elegeram. Tal como Susan Collins e Lisa Murkowski, mas destas nunca se esperou grande coisa.
E como não há duas sem três… eis um comentário que fiz – a 21 de Abril último – a um texto de Afonso Azevedo Neves no blog 31 da Armada, e que termina com uma pergunta… ainda sem resposta:
Barack Obama permitiu o envio de (muitos) milhões de dólares para os «ai-as-tolas» do Irão a pretexto de um «acordo» que, embora com o objectivo de limitar a capacidade nuclear daquele país, na verdade deixou-a intacta. Além de que em Teerão (e não só) continuam a organizar manifestações em que se apela à destruição e à morte dos EUA e de Israel. Por isso, e vendo bem, quem foi, ou é, o maior «maluco na Casa Branca»?

terça-feira, 4 de julho de 2017

Dia da Independência

Hoje, sim, pode-se falar, de novo e finalmente, da celebração de um Dia da Independência nos Estados Unidos da América. Depois de vários, um, dois, três, se não mais, «Dias da Dependência», depois de tantos anos – os correspondentes à presidência de Barack Obama – em que se receou que os norte-americanos estivessem a ficar menos livres e menos bravos, a eleição de Donald Trump possibilitou que a (má, perigosa, perversa) «transformação fundamental» da nação que o Sr. Hussein iniciou e que Hillary Clinton, caso tivesse vencido, sem dúvida continuaria e agravaria, esteja final e felizmente a ser revertida…
… Mas tal não se faz, infelizmente de um dia para o outro, rapidamente, em poucas semanas, poucos meses. A anterior administração teve muito tempo (quase dez anos!) para aplicar o seu nefasto programa, para alterar legislação, regulamentos, procedimentos, e, pior, deixou para trás muitos «resistentes» no governo federal, bu(r)rocratas, que tudo farão, e aliás têm feito, para atrasar e mesmo destruir a agenda do novo presidente. Porém, «ele persiste» ;-), tal como todos os que o acompanham, e vários, bons, significativos resultados dessa nova atitude e dessa nova acção já são visíveis, apesar de grande parte da comunicação social – nos EUA e no resto do Mundo – não o admitir, tentando fazer crer que o Nº 45 pouco mais faz do que participar em comícios e lançar tweets provocatórios, em especial contra «jornalistas»… que, efectivamente, pouco mais têm feito do que lançar as mais vis acusações, insultos e insinuações contra ele.
Vejamos alguns exemplos, entre outros possíveis: retirada do «acordo de Paris sobre as alterações climáticas» - uma decisão que é suficiente para justificar a sua eleição e considerar a presidência de Donald Trump um sucesso;  implementação do chamado «travel ban», restrições de viagem e de entrada no país a seis países de maioria muçulmana, confirmada unanimemente pelo Supremo Tribunal dos EUA e assim revertendo as – ridículas – suspensões decididas por activistas democratas disfarçados de juízes; ainda quanto ao ST, nomeação e aprovação para aquele de um juíz conservador – Neil Gorsuch – em substituição de Antonin Scalia (e outros se deverão seguir); reimposição de sanções a Cuba – que não deixou de ter uma ditadura apesar de todas as cedências de Barack Obama aos Castro; maior e melhor combate à imigração ilegal, incluindo a aprovação da «Lei de Kate» - e a muralha na fronteira com o México vai mesmo ser construída; abolição de regulações restritivas que impediam o crescimento e o desenvolvimento económicos; inicío das reformas dos sistemas de saúde (o «ObamaCare» até que está a autodestruir-se) e fiscal; maior firmeza nas políticas externa e de defesa – a partir de agora as «linhas vermelhas» são para serem respeitadas; relançamento da exploração espacial, reorientando a NASA para a sua missão original e afastando-a de fraudes científicas como o «aquecimento global»…        
… E são estas mudanças, já concretizadas e ainda por concretizar, que enlouquecem, enfurecem, os democratas, que, de todo impotentes para as impedir, ainda insistem nas acusações de colaboração com a Rússia por parte de DT, isto quando não promovem motins contra republicanos, e até tentativas de assassinato, como a de 14 de Junho último na Virgínia, em que um admirador de Rachel Maddow e apoiante de Bernie Sanders disparou sobre vários congressistas do GOP que treinavam para um jogo de baseball, tendo feito vários feridos, entre os quais Steve Scalise, Nº 3 dos «elefantes» na Casa. O próprio Barack H. Obama, provando mais uma vez – como se tal fosse necessário – que não tem a classe e a dignidade do seu antecessor, não se coibiu de, em mais do que uma ocasião, pronunciar-se recentemente e publicamente contra (decisões tomadas pel)o seu sucessor e a administração deste, em especial o abandono do acordo de Paris e a revogação do «ObamaCare». E, no que há algo de inquietante, parece comportar-se como a «sombra» de Donald Trump, tendo-se encontrado com a chanceler alemã e o (novo) presidente sul-coreano com poucos dias de diferença dos encontros do Nº 45 com os mesmos estadistas (antes com a primeira, depois com o segundo), deste modo como que confirmando as acusações, feitas por John Hayward e Paul Sperry, de estar a tentar sabotar a presidência de DJT. Assim demonstrando falta de vergonha, falta de «etiqueta», falta de respeito, se não com os opositores políticos, então com o país…
… País esse que, num momento em que celebra o seu dia nacional e se multiplicam, naturalmente (com excepção, claro, por parte dos esquerdistas mais assanhados), as manifestações de orgulho patriótico, recebe o seu aviso contra o excesso de… patriotismo, e a sua preferência por uma «ordem internacional liberal». Não há dúvida: só por o Sr Hussein já não estar na Casa Branca este já é o melhor, mais feliz, 4 de Julho da última década.

domingo, 18 de junho de 2017

Rever em baixa (Parte 15)

«A viciada comunidade da inteligência de Obama», Lawrence Sellin; «Obama sabia do ataque da Rússia durante a eleição, escondeu-o para ajudar Hillary», Joshua Yasmeh; «Uma nova maneira em que o Departamento de Justiça de Obama viola a lei», Ilya Shapiro e Thomas Berry; «Obama destruiu literalmente o Partido Democrata», Rush Limbaugh; «Trump estava certo em tentar parar Obama de atar as suas mãos sobre Israel», Alan Dershowitz; «Terrorismo diplomático na ONU, cortesia do Presidente Obama», Anne Bayefsky; «Obama apunhalou Israel pelas costas», Todd Starnes; «Como a administração Obama facilitou a violência palestiniana», David French; «O “plano” de paz para o Médio Oriente de Obama e de Kerry é simplesmente um acto de cobardia moral», Erick Erickson; «Os últimos dias de Barack Obama», Kevin D. Williamson; «Sou um democrata frustrado, não estou certo de que Obama poderia ter batido Trump, eis porquê», Bryan Dean Wright; «A hipocrisia de Obama quando se trata de interferência na nossa política», Benny Avni; «O momento final e mais vergonhoso do legado de Obama», Charles Krauthammer; «A presidência “pró-Israel” de Obama é notícias fingidas», Harry Khachatrian; «A birra de final de ano, espalhafatosa, de Obama», Liz Peek; «Se Donald Trump toma os jornalistas como alvos, agradeçam a Obama», James Risen; «18 escândalos maiores na presidência “sem escândalos” de Obama», John Hayward; «A administração “sem escândalos” de Obama na verdade foi enxameada de escândalos», Debra Heine; «A presidência falhada de Obama», Conrad Black; «A expansão ultrajante feita por Obama das verificações de antecedentes dos compradores de armas», John R. Lott Jr.; «”O Homem no Castelo Alto” da Amazon descreve a vida sob Barack Obama», John Nolte; «O "estofamento" feito no último minuto por Obama do seu legado em política externa», Jonah Goldberg; «O legado do Presidente Obama segue a sua sombra», R. Emmett Tyrrell Jr.; «Partidarismo mesquinho por parte de um Obama de saída», David Limbaugh; «Obrigado por finalmente falar publicamente sobre a violência preto-no-branco, Sr. Obama, mas…», Keith Ablow; «O desempenho do Presidente Obama no cargo», Bill O’Reilly; «A mensagem escondida no discurso de “despedida” de Obama», Bill Whalen; «Porque o discurso de Obama não me comoveu», Greg Gutfeld; «A despedida de Obama não pode esconder o seu legado desastroso», Sean Hannity; «O legado iliberal de Obama», Noah Rothman; «As ficções reconfortantes do discurso de despedida de Obama», David Harsanyi; «As políticas esquizofrénicas de Obama», Charles C. W. Cooke; «Obama desvanece-se enquanto Trump ri para os seus inimigos», Kurt Schlichter; «Tomando o peso do legado de Obama», Neil Cavuto; «Do “Obamacare” ao “Obergefell” – O legado problemático da administração Obama na liberdade religiosa», Andrew T. Walker e Josh Wester; «O legado da política externa de Obama – Os limites da contenção americana», Richard Fontaine; «Barack Obama, o deus que falhou», Joel B. Pollak; «Graças a Deus por Barack Obama (ele abriu o caminho a Donald Trump)», Arthur Herman; «Obama tem um último grande embuste para a América enquanto sai da Casa Branca», John Fund; «Bons ventos te levem – As sete piores asneiras em politica externa de Obama», Michael Qazvini; «Por favor saia – As nove piores asneiras em política doméstica de Obama», Aaron Bandler; «A recuperação de Obama e o impacto da intervenção do governo», Veronique de Rugy; «Barack Obama – O autor das nossas mágoas», Bill Whittle; «Recordação – Seis anos de suaves bolas de SuperBowl para Obama», Scott Whitlock; «A desgostosa dualidade de critérios dos media entre Obama e Trump», Tom Tancredo; «O presidente mítico de Jonathan Chait», Ben Domenech; «Ressaltos na estrada – Trump vs. Obama», Michelle Malkin; «Quem foi o maior crítico do “ObamaCare” nos últimos dias da eleição de 2016? O próprio Obama», Doug Wead; «Não, o “ObamaCare” não salvou vidas americanas», Oren Cass; «Aqui está a lista – mais de uma dúzia de vítimas provadas das muitas escutas feitas por Obama», Jim Hoft; «As galinhas de Obama voltaram a casa com o escândalo das escutas a Trump», Charles Hurt; «Os media, Obama e o “Estado profundo”», Robert Barnes; «Como a Casa Branca de Obama fez dos media uma arma contra Trump», Michael Duran; «Obama espiou, os media mentiram», Andrew Klavan; «O ataque de Trump à Síria alterou as percepções da sua presidência… e salientou os falhanços da de Obama», Jonathan S. Tobin; «O ataque aéreo de Trump na Síria desfere outro golpe no legado de Obama», Michael Goodwin; «O comparsa dos russos», Rich Lowry; «Obama é a versão americana de Stanley Baldwin», Victor Davis Hanson; «Os historiadores ainda estão a arruinar a memória mítica de Obama», Brent Bozell e Tim Graham; «As contradições de Obama quando fala sobre clima», Julie Kelly; «Obama odeia o aquecimento global… então, porque é que está a contribuir para ele?», Hank Berrien; «Tão triste – Patético “olhem para mim” Obama tenta tirar o protagonismo a Trump na primeira viagem deste ao estrangeiro», Joseph Curl; «As últimas notícias do presidente no exílio», Wesley Pruden; «Como a equipa de Obama tentou piratear a eleição», Paul Sperry; «Foi a espionagem ilegal feita pela administração de Obama pior do que Watergate?», Glenn Harlan Reynolds; «Sete vezes que a administração de Obama obstruiu a justiça», Ben Shapiro.

sábado, 20 de maio de 2017

O estilo e a substância

Houve em Portugal, recentemente, e à semelhança do que tem acontecido nos EUA por parte de muitos dos «suspeitos do costume» na lamestream media, quem assegurasse haver «um cheiro a Watergate em Washington, 45 anos depois», por causa da demissão (justificada e legal), por Donald Trump, de James Comey do cargo de director do FBI.
Muitos «narizes» dos dois lados do Atlântico devem ter estado afectados, constipados, nos oito anos anteriores, pois o «fedor» a escândalo e a corrupção alastrou na capital norte-americana, e não só, durante toda a presidência de Barack Obama. Este, recorde-se, foi considerado «a coisa mais próxima de Nixon» e também «o presidente que Nixon gostaria de ter sido» por, respectivamente, Pat Caddell e Jonathan Turley… ambos democratas! O segundo, aliás, e mais recentemente, tentou (inutilmente?) instilar algum juízo numa CNN cada vez mais tresloucada com tudo o que DJT diz e faz. Motivos não falta(ra)m para tais evocações do Nº 37 (injustas para ele) a propósito do Nº 44, incluindo perseguições e pressões: a jornalistas tais como James Risen do New York Times, James Rosen da Fox News, Charles Hurt do Washington Times… de tal modo que Glenn Thrush, antes no Politico e agora no New York Times, e que colaborou com a campanha de Hillary Clinton (assim o demostrou o Wikileaks), reconheceu que Donald Trump trata melhor a imprensa do que o seu antecessor (!); e a organizações conservadoras do movimento Tea Party, por ordem da famigerada Lois Lerner assediadas e discriminadas pelo serviço de IRS. E, sim, «escutas», vigilância, ao Nº 45, a membros da sua equipa… e até a congressistas: além do (democrata) Dennis Kusinich, Rand Paul afirma ter sido monitorizado, e acrescenta que a um colega seu terá acontecido o mesmo. Pior: o já falecido juíz Antonin Scalia terá acreditado que estava igualmente a ser «escutado» a mando de Obama!    
Entretanto, e para quem quer e consegue ler/ver e ouvir para além das «cortinas de fumo» e das barreiras de som (gritaria) levantadas por vários «liberais» e «progressistas» na política e na comunicação, são evidentes e crescentes – como eu, aliás, previ e anunciei – os erros, os escândalos, as incompetências e as insuficiências do Sr. Hussein e de todos os seus apaniguados durante os dois mandatos daquele. Até ao momento nada terá contribuído mais para acentuar a diferença – e a melhoria – entre uma e outra administração do que a decisão, concretizada a 6 de Abril último, de atingir, com 60 mísseis disparados de dois navios no Mediterrâneo, um aeroporto na Síria de onde teriam partido novos ataques químicos contra alvos civis daquele país. Ou seja, e na prática, Donald Trump fez respeitar a «linha vermelha» que o próprio Barack Obama não respeitou depois de a ter anunciado. Irónica e significativamente, diversos membros da prévia equipa presidencial concordaram com, e até elogiaram, a atitude tomada pelos seus sucessores e pelo chefe destes. Mais: criticaram, ímplicita ou mesmo explicitamente, o seu ex-«querido líder» BHO, pelas hesitações e inacções de que resultaram o aumento do atrevimento dos inimigos dos EUA! Expressaram-se nesse sentido Barry Pavel e Gary Samore, Michael McFaul (ex-embaixador na Rússia), e Leon Panetta (ex-director da CIA e ex-secretário da Defesa), que afirmou «quando se diz que se fará algo tem de se cumprir a palavra; caso contrário, envia-se uma mensagem de fraqueza ao Mundo»! Para piorar mais a situação, alguns «obamistas» admitiram que, ao contrário do que haviam apregoado, já sabiam então que o regime de Damasco não havia eliminado todas as armas químicas. Uma das figuras mais proeminentes a alegar o contrário foi… Susan Rice, que, decididamente, e após as falsidades que espalhou sobre o atentado em Benghazi, a conduta de Bowe Bergdahl e a vigilância à campanha de DJT, será para sempre o símbolo, a personificação máxima das mentiras propaladas pelos  «obamistas» durante quase dez anos.
Outros factos recentes como que denotam um certo desencanto com o Nº 44… por parte dos seus próprios partidários, directa e indirectamente, em relação a factos ocorridos quando ele estava na Casa Branca (para além da cobardia… perdão, inacção quanto à situação na Síria) mas também depois. Samantha Power, ex-embaixadora nas Nações Unidas, lamentou que o genocídio arménio não tenha sido reconhecido oficialmente. Keith Ellison, representante do Minnesota e vice-presidente do DNC, culpou o ex-presidente por parte das (muitas) derrotas do partido desde 2009. A Casa do Illinois – legislatura onde os democratas estão em maioria – não aprovou a elevação do dia do aniversário de Barack Obama a feriado estadual. Muitos à esquerda não compreendem e/ou não concordam que ele vá receber 400 mil dólares por um discurso em Wall Street… porque não sabem, ou fingem não perceber, que ele gosta do luxo, como se tem visto nas férias que tirou após deixar a Casa Branca: depois de Richard Branson, David Geffen foi o segundo multimilionário com quem ele esteve – e num iate gigantesco, juntamente com outros amigos e «estrelas», uma das quais Bruce Springsteen, esse «campeão dos operários», que terá aproveitado o cruzeiro para escrever uma canção… contra Donald Trump. BHO tem mostrado grande à vontade em dispor do dinheiro dos outros, seja ele de milionários… ou de contribuintes. Neste âmbito, as centenas de milhões de dólares que ele gastou com a Solyndra constituiram tão só um dos primeiros exemplos de despesismo duvidoso; entre os últimos, recentemente revelados, estão: três biliões de dólares para organizações activistas esquerdistas; 77 milhões de dólares para publicidade, em 2016, ao «ObamaCare»; 520 biliões de dólares em erros contabilísticos (!) no Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano…
… Que é agora liderado por Ben Carson, que, em Março, foi violentamente criticado à esquerda por ter equiparado os escravos a imigrantes. Algo que Barack Obama também fez… por (pelo menos) onze vezes! Porém, e obviamente, em nenhuma foi repreendido. O mesmo, na prática, está a acontecer agora em relação às acusações de que Donald Trump é alvo, concretamente as de colaboração com o governo russo para vencer a eleição presidencial, cedência àquele de informações secretas, e tentativa de terminar, ou de condicionar, uma investigação feita pelo FBI. Apesar das várias notícias, «revelações» – todas elas factos não confirmados, rumores, vindos de fontes anónimas – que com muito alarido apontam nesse sentido, nada, até agora, foi apurado de concreto, e muito menos prenunciam credivelmente a impugnação do Nº 45. No entanto, o senhor Hussein, e/ou membros da sua administração, com destaque óbvio para Hillary Clinton, fizeram de facto as coisas de que o seu sucessor apenas é «suspeito». Sabe-se que BHO declarou publicamente que HC nada tinha feito de ilegal (com o seu servidor e conta de correio pessoal), no que se afigurou claramente como uma tentativa de influenciar a investigação conduzida então pelo FBI e por James Comey; partilhou dados sensíveis com os russos, que depois disso se aproveitaram para atacar aliados dos EUA; a Casa Branca também identificou o chefe da delegação da CIA no Afeganistão, que depois teve de fugir, o médico paquistanês que auxiliou na localização de Osama Bin Laden, que depois foi preso, e a unidade – Equipa 6 dos SEAL da Marinha – que abateu o líder da Al Qaeda, 15 dos quais depois foram mortos num atentado terrorista. Recuando mais no tempo recordando autênticos actos de colusão, se não mesmo de traição, cometidos pelos democratas, realce-se a proposta de colaboração feita em 1984 por Ted Kennedy ao Kremlin para tentar impedir a reeleição de Ronald Reagan; e, claro, mais recentemente, os autênticos - e obscuros - negócios dos Clinton, e dos que lhes estão próximos, com os russosEpisódios vergonhosos que não são evocados por Maxine Waters e por Dianne Feinstein, congressistas (ridícula representante a primeira, sensata senadora a segunda) californianas, que são forçadas a reconhecer que não existe qualquer prova de «collusion» entre DJT e os russos. Entretanto, elas, bem como os seus camaradas, parecem não conseguir ou querer lembrar um facto bem mais recente: o de que, na sua última audição no Capitólio, no início de Maio, Comey afirmou – e estava sob juramento – que não havia sofrido qualquer pressão para terminar ou alterar a investigação. Todavia, e não é de admirar, todas estas «verdades inconvenientes» não são valorizadas pela grande maioria da comunicação social norte-americana, aliada efectiva - e cada vez mais assumida – do Partido Democrata, indiferente à sua evidente hipocrisia, à sua vergonhosa dualidade de critérios…
… Embora, no que respeita a Donald Trump, a diferença de tratamento em comparação com Barack Obama não se deva unicamente a ideologia. É algo que tem que ver também com atitude, com temperamento. Provando que são uns imaturos irresponsáveis e supérfluos, os «progressistas» na política e nos media confundem o estilo com a substância, a forma com o conteúdo, a aparência com o carácter, e vêem no idoso, deselegante (para não dizer feio) e agressivo (para não dizer boçal) empresário milionário de Nova Iorque como que a figura, a caricatura, a corporização perfeita do que é suposto ser um «mau da fita». Provavelmente não lhes ocorre que um (ainda relativamente) jovem, esbelto e sofisticado (tão «fit», tão «cool»!) organizador comunitário de Chicago possa ter uma personalidade e um comportamento prejudiciais aos superiores e últimos interesses dos seus concidadãos. É por isso que Stephen Colbert nunca diria que a boca do Sr. Hussein é como um «coldre de c*r*lh*» de Vladimir Putin… apesar de o primeiro ter prometido «mais flexibilidade» ao segundo. (Referência no Lura do Grilo.)   

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Sim, Obama «escutou» Trump

Não é novidade que é à esquerda do espectro politico que se encontram as pessoas mais crédulas, mais intelectualmente inseguras, enfim, mais estúpidas, sempre disponíveis para descartarem os factos mais básicos, sempre prontas para acreditarem nas maiores vigarices, nas mentiras, narrativas, teorias mais improváveis e mesmo ridículas, desde que tal confirme e/ou conforte os seus preconceitos, que desculpabilize os seus fracassos… e que contribua para construir e/ou conservar o mundo de fantasia em que vivem. Algumas dessas falácias são, pode dizer-se, como que comuns a todos os esquerdistas em qualquer ponto do planeta, tais como, por exemplo, a existência de aquecimento global antropogénico e a respeitabilidade do Islamismo enquanto religião «como as outras». E, o que nos interessa mais aqui, existem as falácias específicas da «sinistra» dos Estados Unidos da América, como a de que, talvez por «milagre», em finais dos anos 60 republicanos e democratas «trocaram de lugar» e os primeiros, e não os segundos, é que passaram a ser os grandes culpados pela escravatura e pela segregação…
… E a mais recente a animar as hostes «progressistas» do outro lado do Atlântico é a de que Donald Trump venceu Hillary Clinton e se tornou o 45ª presidente dos EUA devido à ajuda, à colaboração, à interferência, da Rússia e de Vladimir Putin. Muitos meses depois de esta atoarda ter sido atirada pela primeira vez, e repetida em crescendos de hilariante histeria, nada de concreto se apurou que de algum modo, mesmo que mínimo, a sustente. Agora, o que efectivamente se descobriu foi que, também numa tentativa de encontrar – ou de inventar – qualquer coisa que tornasse credível a alegada cumplicidade com Moscovo do GOP e do seu nomeado à presidência… que ganhou esta, a anterior administração, liderada por Barack Obama, promoveu e realizou, directa ou indirectamente, acções de vigilância e de recolha e de distribuição de dados e de informações sobre os seus opositores políticos. Sim, Donald Trump tinha (alguma) razão quando acusou o antecessor de o mandar «escutar». Mark Levin e Sean Hannity foram dos primeiros a apontar a existência de provas nesse sentido. Ironicamente, e até talvez algo involuntariamente, também o New York Times e o Washington Post o confirmaram. Dois membros do PD, um bem conhecido – Harry Reid – e outro algo desconhecido – Evelyn Farkas – praticamente admitiram que sabiam o que se passava, e quando o fizeram não foram muitos os que disso se aperceberam… O certo é que o processo começou cedo: o Departamento de Justiça, então liderado por Loretta Lynch, obteve uma autorização judicial para espiar… perdão, para monitorizar a campanha do milionário novaiorquino em Junho de 2016 (!); posteriormente, seria Susan Rice, uma das principais conselheiras – e amigas – de BHO a assumir um papel principal nesta «encenação», ao solicitar a «unmasking» (identificação) dos colaboradores de DJT «apanhados» nas escutas, e, mais do que isso, relatórios detalhados das movimentações daqueles; e finalmente, superando inclusivamente algumas das mais rebuscadas teorias da conspiração, a vigilância feita a republicanos envolveu agências de inteligência de outros países, no que constituiu uma dúbia acção de «cooperação internacional» coordenada pelo então director da CIA John Brennan!
Este é mais um, e talvez o maior, e final, escândalo protagonizado por Barack Obama e pelos seus cúmplices no governo federal, e constitui outro flagrante exemplo de um comportamento que, se não é ilegal, é pelo menos imoral. E não completamente surpreendente vindo das mesmas pessoas que, previamente, não hesitaram, além de criticarem publicamente e de condicionarem privadamente, em perseguir policialmente e em processar judicialmente jornalistas (algo que Donald Trump, apesar da sua retórica por vezes abrasiva, ainda não fez) e em discriminar, para isso utilizando o serviço de IRS, organizações conservadoras – uma indigna manobra de intimidação política de que, com o passar do tempo, mais pormenores vão sendo conhecidos.  Aliás, não são apenas pessoas do Partido Republicano a terem sido espiadas: Dennis Kusinich afirma que foi escutado, quando era representante (pelo Partido Democrata!), por ordem de elementos ligados ao anterior presidente, e no seu gabinete no Capitólio!
Uma outra demonstração de como a suspeita – e até a acusação – de «colaboração com os russos» feita aos republicanos é anedótica está em que até contactos, conversas, reuniões normais, regulares, feitas por políticos, em especial senadores, dos dois partidos – sim, incluindo os «burros» - com diplomatas e outros representantes estrangeiros – sim, incluindo os russos – são entendidas quase como actos de traição. O «problema» é que, por esse «critério», Barack Obama terá mais «culpas» do que Donald Trump, já que Sergey Kislyak, embaixador da Rússia em Washington, visitou a Casa Branca nada mais, nada menos, do que 22 vezes durante a vigência da anterior administração… talvez para aferir da «flexibilidade» prometida pelo Sr. Hussein a Vladimir Putin? E, quanto a uma interferência numa eleição em outro país para alterar o seu resultado, quem sem dúvida o fez foi o Partido Democrata, que aplicou recursos em Israel para tentar derrotar e destituir Benjamin Netanyahu. Enfim, e nunca é de mais repetir, quando nos EUA democratas acusam republicanos de algo quase sempre se trata de um – patético – exercício de projecção.