domingo, 28 de agosto de 2011

Os «fios» de Arianna

Nos últimos meses… ou anos, parece que da Grécia só surgem desgraças e más notícias. Primeiro, o triunfo no Campeonato da Europa de Futebol, em Portugal e frente… a Portugal. Depois… anarquia. Batalhas campais. Caos. Dívida e défices gigantescos. Falsificações e fraudes financeiras… monumentais. Manifestações e protestos contínuos. Até já se fala de uma «infecção» ateniense que «contamina» as economias dos países vizinhos… Porém, há pelo menos uma «praga» que se «propagou» das costas helénicas há ainda mais tempo, atravessou o Mediterrâneo e o Atlântico… e chegou aos EUA.
O seu nome? Arianna Stassinopoulos… mais conhecida como Arianna Huffington, depois de ter casado com o político republicano Michael Huffington. E, depois de se terem divorciado, ele revelou que era bissexual… e ela iniciou a transição de conservadora para liberal. Alguma conexão entre os dois factos? O certo é que, ocasionalmente, ela lá larga uma bujarda brejeira, como, por exemplo, dizer que, com os homens, «tudo é sobre quem tem o maior pirilau». O que por sua vez pode explicar porque, num recente artigo no sítio da America OnLine, já depois de esta ter adquirido o Huffington Post, se incentivava os homens a masturbarem-se!
Pensava provavelmente a «égua de Tróia» que aquele negócio decorreria sem problemas de maior, e que poderia contar e gastar tranquilamente as centenas de milhões de dólares que recebeu… mas enganou-se! Dois processos em tribunal contra ela, um movido por pessoas que alegam ter co-criado o HP e outro movido por pessoas que colabora(ra)m no HP, reclamam ambos uma distribuição mais equitativa, menos egoísta, do «espólio», e asseguram que Arianna se vai «ver grega» durante bastante tempo com problemas judiciais. E os «fios» de influência política e mediática que durante décadas, habilmente e pacientemente, teceu, não a deverão ajudar a sair do labirinto que ela própria construiu. Desta vez não há Minotauro… mas também não há Teseu.          

sábado, 20 de agosto de 2011

Conheçam os Klein

Klein é um apelido que, no panorama «me*diático» norte-americano, já se tornou sinónimo de disparate. Tal deve-se, principalmente, a Ezra Klein e a Joe Klein, jornalistas e colunistas que se «distinguem» nomeadamente, e respectivamente, no jornal Washington Post e na revista Time.
Ezra Klein já afirmou que: a Constituição dos EUA é «confusa»; também «jovens cristãos» fazem tiroteios nas escolas; a proposta do Partido Republicano para um orçamento equilibrado representa uma «má política económica»; Barack Obama, nas políticas domésticas e financeiras, é como um republicano moderado; os congressistas deveriam portar-se como «adultos» e aumentarem os impostos; é necessário mais um plano de estímulo (!). Na verdade, não parece perceber as leis do capitalismo  
Por sua vez, Joe Klein já afirmou que: «nada de mais aconteceu em 2010»; Paul Ryan deveria ser processado por «más prácticas políticas»; o triunfo de um democrata na eleição intercalar em Nova Iorque foi «uma vitória para o socialismo»; Barack Obama tem com os militares uma relação melhor do que a de George W. Bush – uma «asserção» que não tardou a ser desmentida por uma sondagem da Gallup. 
Atendendo às sua idades e às suas «ideias», Ezra bem que poderia ser «filho» (bastardo) de Joe Klein – se não biológica, pelo menos ideologicamente. E a «família» teria de incluir, naturalmente, a «filha» Naomi Klein, a jornalista e activista canadiana, autora, entre outros, dos livros «No Logo» e «The Schock Doctrine», que advoga, e que encarna, practicamente, todas as causas esquerdistas, fracturantes e «politicamente correctas» possíveis – é contra a globalização, contra a guerra no Iraque, contra Israel… e acredita no «aquecimento global». Enfim, um(a) autêntico(a) «modelo»!
Por falar em modelos, há que não esquecer o «tio» Calvin Klein. Cujas campanhas, apesar de serem frequentemente «chocantes», pelo menos não são (abertamente) políticas. Embora ele seja um financiador habitual do Partido Democrata…

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

BHO (negativo)

Barack Obama celebrou o seu 50º aniversário no passado dia 4 de Agosto. E, no dia seguinte, a agência Standard & Poor’s deu, a ele e aos Estados Unidos da América, uma enorme «prenda»: desceu a notação financeira do país de AAA (máximo) para AA+, o que acontece pela primeira vez na História… e contrariando as «previsões» do tão «competente» secretário do Tesouro Timothy Geithner. Bem que se pode dizer que «sim, ele conseguiu!»… finalmente, «baixar o nível» da nação mais poderosa do Mundo – ou seja, em consonância com a sua (falhada) presidência, a mais «virada à esquerda» de sempre. O «índice» é, cada vez mais, não do tipo A mas sim BHO (negativo).
E qual foi a justificação apresentada pela S&P para a sua decisão? Principalmente, a de que o plano de redução do défice passado pelo Congresso a 2 de Agosto «não vai suficientemente longe para estabilizar a situação da dívida do país, e a actividade legislativa não é tão estável e efectiva quanto necessário para enfrentar o corrente desafio económico». Este facto é importante por dois motivos: primeiro, os defensores das teorias da conspiração (da treta) são totalmente desautorizados – afinal, uma agência de rating norte-americana também se «atreve» a «atacar» os próprios Estados Unidos, e não só países europeus como a Grécia e Portugal; segundo, o movimento Tea Party e os seus adeptos têm toda a razão nas suas alegadas atitudes «intransigentes» e «irresponsáveis» - os seus argumentos coincidem, no essencial, com os da S&P. E será que os analistas desta empresa agora também vão ser comparados a «terroristas» (antes eram «racistas») que não só querem fazer «reféns» mas também pretendem, com «barras de dinamite» atadas aos corpos, fazer «explodir» a economia norte-americana?
Os impropérios, e até mesmo as ameaças, que liberais e «progressistas» continuam a atirar ao «Partido do Chá» em especial e ao Partido Republicano – e a todos os conservadores – em geral não são mais do que meros indicadores, embora importantes, que demonstram, sem deixar lugar a dúvidas, até que ponto o panorama político dos EUA foi a(du)lterado pela eleição do seu 44º presidente. Não é como no tempo de Bill Clinton, nem é como no tempo de Jimmy Carter! E os meus – inexperientes e ingénuos - «colegas» bloggers que, em maior ou menor grau, também «vão na corrente» e alinham na (falsa) narrativa de que os «culpados» são os «teabaggers» (esta, sim, uma expressão de ódio), ainda não se aperceberam, nem se convenceram, de que não foi o GOP que se «radicalizou»; os «burros», sim, é que extremaram as suas posições. Quando aqueles que estão, de facto, no mainstream, que são moderados, razoáveis, sensatos, são (des)classificados como criminosos por, simplesmente, não quererem que o seu país continue a endividar-se e entre em falência… então não há dúvida de que o ridículo atingiu uma nova dimensão. Já o descaramento democrata não tem mesmo limites: John Kerry e David Axelrod não hesitam em falar de um «Tea Party downgrade»!
Entretanto, Barack Obama, que cada vez mais fala de Washington como se nada tivesse a ver com o que se passa na capital, está cada vez mais em delírio, longe da realidade e num «mundo de fantasia»: não só afirma que os EUA serão sempre um país de «A triplo» (sim, como «messias», ele adivinha o futuro…) como até deveria ser de «A quadruplo»! E, obviamente, não assume qualquer responsabilidade pela situação; as culpas são de todos os outros excepto dele, e, provavelmente até tem uma «lista de inimigos». Exige-se-lhe liderança, mas ele não parece saber exercê-la num sistema político como o americano, queixando-se inclusivamente da sua «grande democracia, dura e confusa», e admitindo que é «tentador» ignorar o Congresso e «mudar as leis sozinho». Alguém falou em tendências ditatoriais? Não se deve, pois, ficar surpreendido ao saber que o Partido Comunista dos EUA apoia a reeleição do Sr. Hussein.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O «Rubicão», com Rubio

Não sou propriamente uma pessoa de fazer previsões para o futuro, mas esta arrisco: se nada de anormal acontecer entretanto, Marco Rubio será presidente dos Estados Unidos da América. E esta não é uma questão de «se» mas sim de «quando». Aliás, direi mesmo mais: se neste momento não há certezas sobre quem será o candidato (ou candidata…) a presidente pelo Partido Republicano nas eleições de 2012, poucas dúvidas existem sobre quem será a primeira escolha para candidato a vice-presidente: o (segundo) senador pela Flórida, eleito em 2010 numa votação em que ganhou ao independente (ex-republicano) Charles Crist e ao democrata Kendrick Meek por diferenças percentuais, respectivamente, de cerca de 20 e 30%. E note-se que, quando decidiu concorrer, registava nas sondagens desvantagens de dois dígitos!
Após tomar posse a 3 de Janeiro último, Marco Rubio manteve-se mais ou menos discreto durante quase seis meses, sem dúvida conhecendo os «cantos» à sua nova «casa» política (o Capitólio), adquirindo (mais) conhecimento, experiência, segurança. Até que, finalmente, e recentemente, a sua presença e intervenção públicas – ou seja, mediáticas – têm conhecido um crescendo. Por exemplo, levando a melhor sobre John Kerry. Mas, inevitavelmente, o «destinatário» principal das suas declarações tem sido Barack Obama. O actual presidente, que «usa linguagem de um líder de um país do terceiro mundo», está a «competir para o título de pior na história americana», quanto mais não seja porque «qualquer aspecto da vida na América está pior desde que Obama tomou conta» do poder. Representando como que o agregar de todos esses aspectos, a dívida, «que é em si o verdadeiro problema, e não o seu tecto», poderia começar a ser paga não através de «novos impostos, mas sim com novos pagadores de impostos». Os republicanos têm propostas, têm planos – como o de Paul Ryan. E «onde está o plano do presidente?»
Harry Reid, que é quase o exacto oposto de Marco Rubio - em idade, em ideologia, em dignidade, em inteligência - e que apela, sem se rir, ao «regresso ao tipo de disciplina fiscal dos democratas», já percebeu o perigo que constitui o filho de exilados cubanos. Tanto que avisou o senador pela Flórida de que ele «tem de compreender quem é». Mas… ele sabe: é como que uma demonstração definitiva de como alguém com «herança hispânica» pode (e deve) ser republicano. Com Rubio, o GOP – e os EUA – poderão atravessar um novo «Rubicão»: o de resgatar decisivamente a comunidade latina do divisionismo étnico (e não só) promovido pelos democratas. Não através da sorte: os «dados lançados» serão os da competência e da confiança.
(Adenda: Rush Limbaugh concorda comigo... ;-))