domingo, 28 de julho de 2013

Rolar na «merdich»

Aviso prévio aos leitores: neste texto vou revelar o enredo de um filme estreado recentemente, pelo que se não quiserem conhecê-lo, devem parar de ler agora…
… Mas espero, e peço, que continuem a ler, porque se não viram, e se não forem ver «White House Down», o mais recente filme realizado por Roland Emmerich, não perderam, e não perderão, grande coisa. Este último projecto do autor de, entre outros, «Independence Day», «The Day After Tomorrow» e «2012» tornou-se, logo no seu fim-de-semana de estreia, um dos maiores fracassos de 2013. E porquê? Porque tem um tema idêntico ao de outro filme lançado este ano, «Olympus Has Fallen»? Porque muitos norte-americanos estão cansados, fartos, de ver este alemão a destruir a paisagem dos EUA, e em especial a Casa Branca, nos outros filmes acima citados? Ou, o que é mais provável, porque «White House Down» alienou à partida cerca de metade da sua audiência potencial por colocar como «herói» uma «réplica» de Barack Obama (James Sawyer, personagem desempenhada por Jamie Foxx) e como «maus da fita», como os terroristas que atacam a presidência e o país, cidadãos norte-americanos, brancos, conservadores, de direita, pertencentes às forças armadas e/ou com ligações à indústria de defesa?         
Sem dúvida que fazer arte, no que se inclui também fazer cinema, envolve frequentemente dar (grandes) asas à imaginação, alterar a realidade, deixarmo-nos guiar pela fantasia… mas, por vezes, convém não abusar. Em especial quando os factos vão totalmente contra a história que se quer contar: nos EUA, e não só, os terroristas continuam a ser, quase sempre, estrangeiros e muçulmanos, como se viu novamente, e infelizmente, no ataque à maratona de Boston em Abril; e se são cidadãos a cometer actos de violência é invariavelmente da esquerda que eles provêm, como se viu com o movimento dos «Ocupas». E, longe de atentarem contra o governo, é este que tenta sabotar a actividade de indivíduos e instituições mais à direita, como ficou demonstrado num dos (vários) grandes escândalos que estão a afectar a administração de Barack Obama – a discriminação e a perseguição por parte do IRS a organizações que integram o movimento Tea Party.
Portanto, e uma vez mais, Roland Emmerich andou a rolar na «merdich». O que não surpreende quem conhece o seu percurso, quem sabe quais são as suas preferências. Afinal, estamos a falar de alguém que se recusou a fazer um «Dia da Independência 2» entre 2000 e 2008 porque não queria beneficiar, mesmo que indirecta e remotamente, um presidente republicano; que está disponível para oferecer 250 mil dólares à promoção do «casamento» entre pessoas do mesmo sexo; e que no seu filme «2012» - atenção, mais um spoiler! – teve medo de mostrar edifícios muçulmanos a serem destruídos, e que fez dos chineses os grandes heróis por terem construído navios que serviram de novas «arcas de Noé» para salvarem a Humanidade…   

sábado, 20 de julho de 2013

É crime ser branco?..

(Uma adenda no final deste texto.)
… É uma pergunta que, insólita e infelizmente, se pode e deve fazer cada vez mais nos Estados Unidos da América, que a eleição de Barack Obama supostamente fariam entrar numa nova era «pós-racial». Na verdade, abundam os exemplos recentes em que a palavra «branco» é utilizada de uma forma pejorativa, quase sempre por afro-americanos pertencentes ao (ou apoiantes do) Partido Democrata, e que assim «honram», continuam, a tradição de ódio iniciada pelos seus antecessores brancos esclavagistas e segregacionistas, que combateram (e perderam) a Guerra da Secessão e que criaram o Ku Klux Klan…
… E entre os instigadores contemporâneos, e negros, de racismo, logo «bons democratas», estão, entre outros: Don Lemon, apresentador da CNN, que sugeriu que os homens brancos deveriam ser discriminados preventivamente pelo seu perfil («profiling») como potenciais autores de tiroteios em massa; Touré Neblett, comentador da MSNBC, que, quando era estudante universitário, fundou um jornal que advogava a supremacia negra; Bobby Rush, representante do Illinois, que chamou ao senador (do mesmo Estado, mas republicano) Mark Kirk «rapaz branco elitista da classe média alta»; Karen Lewis, presidente do sindicato dos professores de Chicago, que culpou os «brancos ricos» pelos problemas das escolas da «windy city»; Eleanor Holmes Norton, representante do distrito de Columbia, que classificou o GOP como «partido branco de homens velhos»… Porém, nenhum destes tem o «cadastro» de Al Sharpton, que, já com sangue nas mãos por diversos casos de incitamento à violência contra brancos no passado, voltou agora a assumir-se e a impor-se, com o caso George Zimmerman-Trayvon Martin, como o agitador supremo do ódio racial nos EUA, embora «devidamente» assistido, «apoiado», por vários outros irresponsáveis como, por exemplo, Michael Eric Dyson
Muito simplesmente, aquilo que sempre foi um caso de confronto físico entre duas pessoas que culminou com a morte de uma delas por alegada autodefesa, um caso de polícia e de tribunal, foi transformado num processo racial de âmbito nacional porque o que morreu era negro e o que matou é branco… enfim, mais ou menos, porque é (meio) hispânico – e «branco» nos EUA habitualmente implica ser-se de ascendência anglo-saxónica. Conhecido, há uma semana, o veredicto do júri na Flórida, que declarou Zimmerman não culpado, as reacções foram tristemente previsíveis: declarações idiotas de figuras públicas e de cidadãos anónimos (ou nem tanto) protestando contra a «injustiça» de um julgamento justo, ameaças de morte contra o arguido e a sua família, e actos de agressão, violência, represália, motins, em vários pontos do país. Resultados inevitáveis de uma pressão crescente exercida – desde há cerca de ano e meio, quando o incidente ocorreu – pelos «suspeitos do costume», auxiliados, sem surpresa, pela «lamestream media» guiada por preconceitos e que não dá prioridade aos factos, ao rigor – e à reserva, à contenção – na informação. E por Barack Obama, que, em mais uma atitude irresponsável e indigna do cargo que ocupa, declarou então que «se tivesse um filho ele parecer-se-ia com Trayvon». Agora, veio hipocritamente apelar à «calma» e, ao mesmo tempo (não consegue controlar-se) a um maior gun control… e, não satisfeito, decidiu ir ainda mais longe no divisionismo racial: afirmou que ele próprio poderia ser Trayvon Martin, há 35 anos!  
O que nem o Sr. Hussein, nem Al Sharpton, nem Jesse Jackson, nem Eric Holder – que já ameaçou (ab)usar dos seus poderes e dos do Departamento de Justiça para continuar a perseguir George Zimmerman e a sua família – são capazes de fazer é empregar o mesmo empenho, os mesmos recursos, a mesma raiva, contra os muitos, mas mesmo muitos negros que matam outros negros, e não em auto-defesa, em Chicago e não só; e que, evidentemente, não pronunciam uma única palavra de protesto e de condenação quando são negros que matam brancos, e não em auto-defesa – é pouco provável que, por exemplo, Joshua Chellew venha a merecer alguma atenção por parte dos (selectivos e racistas, isto é, democratas) «indignados profissionais» sempre prontos, como diz Ann Coulter, para (tentarem) levar o país de volta aos anos 50 e 60, nostálgicos de lutas por direitos civis e contra – verdadeiras – injustiças em que não participaram, invocando – e conspurcando – pelo caminho o nome de Martin Luther King.
Eles parecem estar convencidos de que só os brancos podem ser racistas; o inenarrável, e inacreditável, Chris Matthews também pensa isso, e, ainda por cima, pede desculpa em nome de todos os homens brancos! Mas quem é que lhe passou «procuração» para tal? Deve ser por tudo isto que é proibido dizer e escrever nigger mas não cracker. E quando uma das vozes mais sensatas no meio de todo o barulho é nada mais nada menos do que… Charles Barkley (!), que mais há para dizer? Felizmente, nem todos os negros dos EUA se conformam em continuar a ser escravos dos democratas; nem todos se resignam a ser «Djangos (ainda) acorrentados».
(Adenda – Estou sempre disponível para esclarecer directamente – mesmo que virtualmente – os que, em Portugal, estão pouco e/ou mal informados sobre o que acontece nos EUA. Eis mais um exemplo.      

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A ver navios e a meter água

O Egipto passou – ou ainda está a passar – pela sua segunda revolução em pouco mais de dois anos. Na semana passada as forças armadas, em conjugação com milhões de cidadãos que protestavam nas ruas do Cairo e de outras cidades, destituiram Mohammed Morsi da presidência do país e practicamente ilegalizaram a Irmandade Muçulmana – muitos dos seus membros têm sido detidos.
Estas convulsões têm sido igualmente marcadas por um crescente sentimento anti-EUA, com Barack Obama a ser acusado por largos sectores da população – muitos cartazes nas manifestações mostravam isso mesmo – de apoiar «terroristas» (isto é, Morsi e os seus camaradas de partido); aliás, não foi assim há tanto tempo que Hillary Clinton, então ainda secretária de Estado, se deslocou à capital egípcia onde prometeu continuar a apoiar o regime que sucedeu à ditadura – pró-americana – de Hosni Mubarak, regime esse que preconizava, claramente, a islamização da sociedade através da imposição da Sharia, que muitos egípcios, precisamente, recusam. A embaixadora Anne Patterson, em especial, tem sido violentamente contestada, e muitos egípcios exigiram - e exigem - a sua expulsão do país.
A política da actual administração norte-americana para o Egipto (e não só) tem sido, na verdade, um «falhanço impressionante», como afirmou o senador Ted Cruz e muitos mais concordam. E provavelmente não existiu maior e melhor (ou pior…) exemplo deste desastre diplomático do que a dúvida sobre onde estaria John Kerry durante os dias culminantes desta mais recente crise na terra dos faraós. Muito simplesmente… estava a velejar no seu iate na costa do Massachusetts. Porém, mais grave do que o actual secretário de Estado não ter interrompido as suas férias para «estar no seu posto» em Washington, foi o desmentido inicial do seu departamento de que… ele andava a marear; depois, face às provas (fotográficas) irrefutáveis, foram obrigados a reconhecer… o óbvio. Ou seja, uma vez mais, e depois do ataque ao consulado de Benghazi no ano passado, o «ministério dos negócios estrangeiros» norte-americano foi apanhado a mentir. Até em Boston se admitiu que «isto parece mesmo mal».
Faltar sistematicamente à verdade há muito que se tornou o procedimento normal desta administração. E, a julgar por este último exemplo, a sua diplomacia já é mais do que macia… é líquida! Está, literalmente, a ver navios, e, figuradamente (por enquanto), a meter água. No entanto, e considerando que John Kerry, nas viagens ao estrangeiro que já efectuou, andou a falar e a prometer de mais, de tal maneira que se falou na necessidade de o «controlar», talvez o melhor seja mesmo ele continuar a passear de barco…     

quinta-feira, 4 de julho de 2013

«O maior vigarista na Casa Branca»

Barack faz uma visita à Europa… e farta-se de «dar barraca»: na Irlanda alude às divisões entre católicos e protestantes, e engana-se repetidamente no nome do ministro das finanças britânico – chama-se George Osborne, mas ele chamou-lhe «Jeffrey»; na Alemanha discursa para uma multidão… um «pouco» menor do que aquela para a qual discursou em 2008 (de 200 mil pessoas passou para cinco mil!), mas os que faltaram não perderam grande coisa, porque o Nº 44 falou em reduzir o armamento nuclear (isto é, quer a paz no Mundo!), combater o aquecimento global e ajudar os homossexuais em todos os países… ele não é um presidente dos EUA, é uma «Miss Universo»!
Barack faz uma visita a África… e farta-se de «dar barraca»: diz aos jornalistas norte-americanos que o acompanham para se «portarem bem»; diz aos africanos para terem cuidado com todas as potências estrangeiras… incluindo os EUA; alerta para os perigos que afectariam o ambiente do planeta se todos em África tivessem carro e ar condicionado; e aconselha os dirigentes daquele continente a terem mais respeito pelos homossexuais… tendo imediata resposta por parte do presidente do Senegal, que lembrou que nos EUA ainda há pena de morte e, basicamente, aconselhou o seu homólogo a não se meter onde não é chamado…
Barack está nos Estados Unidos… e, tanto antes como depois das suas idas ao estrangeiro, continua, juntamente com os seus «camaradas», a «dar barraca». Depois de ter declarado Abril (até parecia mentira…) como «Mês da Capacitação Financeira Nacional» de forma a ensinar aos mais jovens como «gastar responsavelmente», criou em Junho um «Conselho Consultivo para a Capacitação Financeira» também com o mesmo objectivo! Sim, aquele que mais gastou em toda a história do país arma-se em «professor de poupança»! No mesmo âmbito, e demonstrando que não aprenderam com (gravíssimos) erros anteriores, a administração decidiu pressionar bancos para concederem empréstimos à habitação a pessoas de reduzida capacidade financeira. Valha ao menos a promessa de «não taxar todos os negócios até à falência»! O do carvão não deve escapar – aliás, os democratas declararam-lhe «guerra»! – porque a (reiterada) agenda ambientalista fundamentalista de Obama assim o exige… e tão fundamentalista é que ele, que supostamente iria «unificar» os americanos, continua a insultar os que – acertadamente – não acreditam no «aquecimento global». Que não incluem, certamente, os milionários californianos com os quais (continua a) faz(er) campanha eleitoral e a angariar fundos para o Partido Democrata. Um convívio directo que, «infelizmente», não alargou a um pregador muçulmano radical com ligações a terroristas, deixando alguns dos seus subordinados para recebê-lo no Nº 1600 da Avenida da Pensilvânia; terá depois Shaykh Abdullah Bin Bayyah saído também pelas traseiras, junto aos caixotes do lixo, tal como aconteceu com o Dalai Lama?
Enfim, por tudo isto e muito mais, os Estados Unidos da América, hoje, nesta data em que celebram o seu principal feriado nacional, o seu Dia da Independência (ou será da dependência?), só podem estar «felizes» e «orgulhosos»: têm como líder alguém que Ralph Nader – insuspeito de ser conservador e direitista – (des)classifica como «o maior vigarista (que já esteve) na Casa Branca»; o mesmo Nader que já havia acusado Barack Obama de ser um «criminoso de guerra». Não seguindo a sugestão de Nancy Pelosi de «celebrar o ObamaCare» porque «captura o espírito dos pais fundadores», e não havendo muito dinheiro para fogo-de-artifício verdadeiro (indispensável em qualquer 4 de Julho), resta, com efeito, o retórico: não é só o veterano da defesa do consumidor que, à esquerda, tem vindo a criticar (caluniar?) cada vez mais violentamente o Sr. Hussein; também Noam Chomsky e até – imagine-se! – Bill Ayers o fazem; Clare Daly, uma deputada irlandesa (da «sinistra», claro), designou-o como candidato ao «prémio de hipócrita do século». Em «contrapartida», Wayne Simmons, ex-elemento da CIA, insinuou que o «comandante-em-chefe» não tem coluna vertebral, a julgar pelo modo (ou falta dele) como tem lidado com o «caso Edward Snowden» em geral, e com a Rússia em particular. Mas... qual é a surpresa? Não havia ele prometido a Dmitri Medvedev que iria ser «mais flexível» no segundo mandato?
Não que o «visado» esteja muito preocupado: ele já afirmou que acredita que as suas filhas terão sucesso, mesmo que o país não tenha. Sem dúvida um «modelo» de patriotismo a «exaltar» neste dia.