domingo, 28 de setembro de 2014

«Silly Season» (Parte 5)

(DUAS adendas no final deste texto.)
O Verão que passou foi, sim, uma época especialmente violenta, vista a partir dos EUA, e não só, com vários incidentes, conflitos, guerras… no Médio Oriente, na Ucrânia, em Ferguson no Missouri, invasão de imigrantes no Sul e com o surto de ébola em países da África Oriental a constituir como que um remate verdadeiramente assustador – e intercontinental – de um Estio inquietante… Todos esses eventos foram abordados aqui no Obamatório. Porém, não deixaram de existir, como é habitual, vários episódios risíveis que permitem que se fale, mais uma vez, de uma «Silly Season», porque nem tudo é inevitavelmente letal…
… E pode-se começar pela suposição (não necessariamente por supositório… ;-)) de qual é a verdadeira causa de tantas afirmações e acções incongruentes e incompetentes vindas da Casa Branca: o consumo constante de marijuana, que, afinal, Barack Obama não terá cessado quando era mais jovem. Mais do que Snoop Dogg a alegar que fumou «erva» no Nº 1600 da Avenida da Pensilvânia, é mais relevante a revelação de que se realizou uma reunião parcial do «Choom Gang», o grupo de amigos ganzados a que pertencia o Sr. Hussein no Havai. E os fumos emitidos devem ter sido muitos, intensos, espessos…
… Porque o Sr. Hussein chegou a oferecer-se para lavar os automóveis e passear os cães dos membros do Congresso em troca de trabalharem com ele; não há notícias de que a «oferta» tenha sido aceite, quase de certeza por – fundados – receios de que os animais acabassem servidos à mesa… Outras instâncias houve em que, claramente (ou nem tanto), o raciocínio do Nº 44 só pode ter sido toldado por substâncias ilícitas: declarou que «é bem difícil encontrar um indicador económico em que não estejamos significativamente melhor», ilusão que é partilhada pelo seu vice-presidente, que acredita que as empresas estão a contratar pessoal «a níveis históricos». Joe Biden, aliás, teve uma última semana de Verão «em cheio», pois foi uma asneira atrás de outra: insultou os judeus e os asiáticos; está convencido de que Wendy Davis vai ser a próxima governadora do Texas; e, num encontro de mulheres democratas, citou como sendo um político exemplar um antigo senador (republicano) que foi acusado de assalto sexual!
Michelle Obama também deve ser uma vítima do vício de fumar do marido e das substâncias nocivas que aquele acto liberta: indo na «onda» de Joe Biden, insultou os ciganos; afirmou que os «Pais Fundadores» não nasceram na América; e continua, aparentemente, a não se sentir muito, ou completamente, orgulhosa do seu país, onde o racismo e o sexismo ainda são, em seu entender, predominantes, porque, apesar dos triunfos do cônjuge, a eleição de (outro) afro-americano ou de uma mulher «não é um dado adquirido». Melhor seria que ela se preocupasse, neste período de regresso às aulas, com o seu programa que pretende «transformar fundamentalmente» os hábitos alimentares dos jovens norte-americanos nas escolas, que no ano lectivo anterior terá causado um desperdício diário de alimentos no valor de cerca de quatro milhões de dólares!              
Se o vice-presidente e a primeira-dama podem ser afectados pelos charros do presidente, isso também pode acontecer aos que trabalham para ele(s): uma mensagem da conta oficial de Twitter de Barack Obama indicava que a chegada à Lua havia sido em 1963(!); Tony Blinken, conselheiro nacional de segurança adjunto do Sr. Hussein, elogiou a (alegada) «liderança extraordinária» do seu chefe na abordagem ao conflito na Ucrânia… e na suposta capacidade dele de «pressionar» a Rússia; e Tim Geithner, ex-secretário do Tesouro (e delinquente fiscal), finalmente desobrigado de respirar eflúvios dúbios, admitiu que foi obrigado, pela administração a que pertenceu (e pelo presidente?) a mentir à comunicação social. O que não é propriamente uma surpresa...
O Sr. Hussein terá confessado, algo cripticamente, o abuso de drogas e as consequências daquelas na mente… e no corpo, ao dizer a apoiantes reunidos em mais um evento de angariação de fundos na Califórnia que eles estavam a fazer a crónica da «lenta deterioração de Barack Obama.» Nada que já não tivesse sido notado; embora, a bem da verdade, nunca houve inicialmente assim tanto e tão bom para deteriorar.
(Adenda – Obviamente, eu não sou o único nem o primeiro a interrogar-se sobre o que é que Barack Obama anda a fumar para além de cigarros «normais» com nicotina… porque, sim, ele acredita mesmo que os EUA estão muito melhores, economicamente e não só, agora do que antes de ele tomar posse. Ele também deve ter dado umas grandes «passas» em Nova Iorque, antes do seu recente discurso perante a assembleia geral das Nações Unidas, em que, mais uma vez, desculpabilizou o Islão, criticou Israel e confirmou que o seu (?) país não é perfeito… porque, por exemplo, aconteceu aquilo em Ferguson - aliás, ele já antes tinha feito o mesmo ao referir-se à Malásia. Não faltou quem, justificadamente, pensasse e afirmasse que ele estava a equiparar os assassinos do ISIS com polícias norte-americanos, isto é, a colocar no mesmo nível massacres em massa em países sem lei ou sob tiranias com incidentes policiais em regimes democráticos; de qualquer modo, os propagandistas de Teerão não perderam tempo a pegar na «deixa».)
(Segunda adenda – A «transparência» foi outra das grandes, principais promessas de Barack Obama enquanto candidato… e, claramente ;-), já se sabe que não foi cumprida, tanto que até se tornou um motivo de troça para os que seriam, supostamente, os seus principais destinatários. A causa poderá ser também o excesso de consumo de «erva» que veio tornar o ambiente algo… opaco? O certo é que as queixas de jornalistas contra a actual administração, e os casos concretos que demonstram a existência de… alguns conflitos, têm-se sucedido nos últimos meses. E incluem casos de (tentativa de) manipulação, ameaças às fontes, imposição de alterações nos textos, condicionamento de movimentos em eventos, entre outros incidentes que visam dificultar o trabalho dos membros da imprensa… e muitos deles, a grande maioria, são admiradores do presidente. Já este, em Agosto, e a propósito do que então estava a acontecer em Ferguson, declarou que a polícia não deveria amedrontar e prender jornalistas; pois não, porque esse é (era?) uma tarefa que cabe (cabia?) ao Departamento de Justiça liderado por Eric Holder, que apresentou a demissão no final de Setembro e cujo «consulado» à frente do DoJ será tema da próxima entrada aqui no Obamatório…) 

sábado, 20 de setembro de 2014

«Jogos» sem fronteiras

(Uma adenda no final deste texto.)
O recrudescimento da violência no Médio Oriente e o crescimento do número de imigrantes ilegais que atravessam – ou tentam atravessar – a fronteira Sul dos Estados Unidos da América são dois factos que estão ligados não apenas por uma coincidência temporal. Há outro factor a relacioná-los, muito mais inquietante: muitos muçulmanos, possivelmente terroristas, provavelmente até do ISIS (!), têm estado a entrar nos EUA vindos do México, aproveitando a porosidade da fronteira e o desinteresse das autoridades federais – leia-se administração de Barack Obama – em fechá-la e reforçá-la. Aliás, quatro muçulmanos efectivamente (ou, pelo menos, com ligações comprovadas a) terroristas foram mesmo detidos a 10 de Setembro. Antes, tinham sido encontradas mensagens contra Israel e a favor da Palestina em segmentos das vedações na fronteira, e até exemplares do Corão!
Porém, é evidente que não são necessários adoradores de Alá para tornar perigosa a zona que congrega o Sul dos EUA com o Norte do México. Não faltam assassinos, violadores, traficantes de droga e de pessoas, hispânicos, sempre à espreita e à espera de poderem entrar, mesmo à socapa, na «terra dos livres e casa dos bravos». Os criminosos, para os democratas, constituem um público-alvo prioritário, e tanto assim é que mais de 600 imigrantes ilegais condenados em tribunal foram libertados em 2013 por ordem do Departamento de Justiça. Aos guardas fronteiriços não é dito claramente para capturarem o máximo de «penetras» possível, antes pelo contrário. O IRS também mostrou ter para com os ii’s a simpatia e a tolerância que não exprime em relação a indivíduos e a instituições americanas conservadoras, e alargou até 2016 o prazo para os «trabalhadores não documentados» regularizarem a sua situação fiscal.
Deveria ser consensual que qualquer indivíduo que entre sem autorização num país que não o seu é, por definição, um criminoso… mas esta é uma definição que, no entanto, não é aceite por militantes e simpatizantes do PD, que, já se sabe, vivem num mundo alternativo, paralelo, de fantasia, com pouca ou nenhuma relação com a realidade. Em Nova Iorque, o mayor Bill de Blasio, que não tem – nem pediu – autorização de segurançasecurity clearance») para aceder a informação federal confidencial… sem dúvida por ser um comunista, não pensa que a atribuição de cartões de identificação a «indocumentados» contribua para facilitar actividades terroristas. Pelo seu lado, Barack Obama considera que os imigrantes ilegais «não deveriam estar a olhar sempre por cima do ombro», pelo que já decidiu que irá perdoar, amnistiar, por uma – inconstitucional – ordem executiva os cerca de 11 milhões actualmente a viver nos EUA… e fará isso depois das eleições de Novembro, acreditando, aparentemente, que o adiamento da decisão fará desaparecer provisoriamente, como que por artes mágicas, por ilusionismo, a questão, e que terá alguma influência positiva nos resultados dos «burros». Todavia, «receio» que vão sofrer uma desilusão em Novembro, maior do que a de há quatro anos
… E até lá continuarão a fazer «jogos» com a segurança – pessoal e profissional – dos (verdadeiros) cidadãos e com a integridade territorial do país. Não os afecta a hipocrisia (e pior do que isso) das suas afirmações e acções. Mark Zuckerberg não deverá aceitar o desafio de Laura Ingraham e «abrir as fronteiras» da sua mansão, o que seria coerente com o que propõe para a nação. Luis Gutierrez, que bem poderia ser um líder de um cartel «chicano» e não um representante vindo de Chicago, não tem hesitação nem vergonha em dizer que defender o reforço da fronteira antes da implementação de uma amnistia seria «faltar ao seu dever», o que, em circunstâncias normais, deveria acarretar-lhe a perda do seu mandato e até a prisão…
… Prisão que, também, deveria ser o destino dos juízes que deliberaram que estudantes norte-americanos podem ser proibidos de envergarem camisas com a bandeira dos EUA no dia de um feriado mexicano! Tal aconteceu, obviamente, na Califórnia, cujo governador, Jerry Brown, durante uma cerimónia aquando de uma visita do presidente Enrique Peña Nieto, declarou que todos os imigrantes, legais ou ilegais, são bem-vindos naquele Estado! JB, na práctica, mais não fez do que um – descomunal – incitamento ao crime, pelo que devia igualmente ser preso. E mostrou estar em consonância com Nieto, que disse que os EUA são «o outro México»! Alguns democratas do Arizona já levam a peito esse conceito, ao ostentarem a bandeira verde, branca e vermelha durante um desfile; nitidamente, preferem-na à «Stars and Stripes».
(Adenda – Entretanto, e já neste mês de Setembro, um jovem estudante foi forçado a tirar a sua bandeira norte-americana da varanda do seu apartamento pela administração do respectivo prédio porque aquela poderia, imagine-se, «ofender estrangeiros» (provavelmente mexicanos)! Foi na Califórnia, o que já não surpreende… Ele reagiu e a proibição foi revertida, mas este não deixa de ser mais um caso entre vários que demonstra que, incrivelmente, o símbolo maior dos EUA é algo de vergonhoso para muitos dos seus – execráveis, indignos – habitantes, o que é algo que aqui já demonstrei há três anos. Ao mesmo tempo, a Sul do Rio Grande, parece que se leva mais a sério a integridade da bandeira nacional, e Miley Cyrus descobriu isso de uma maneira desagradável… 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Não um mas sim dois

(DUAS adendas no final deste texto.)
11 de Setembro já não é apenas sinónimo de um ataque terrorista contra os Estados Unidos da América mas sim de dois. E, por culpa da administração de Barack Obama, o país perdeu nos últimos cinco anos grande parte da atitude, da firmeza, da vontade, da eficácia, que teve de adquirir para combater, moral e materialmente, os fundamentalistas islâmicos na sequência dos atentados de 2001 em Nova Iorque, Washington e Pensilvânia. Isso viu-se, precisamente, em 2012 na Líbia. Mais do que se ser hesitante ou negligente perante o inimigo, têm existido instâncias, exemplos, casos, em que, na práctica, se colabora efectivamente com ele.  
Esta trágica tibieza não é, contudo, característica de Barack Obama. Já antes outros democratas demonstraram não ser capazes de lidar adequadamente com adversários externos. Corporização, autêntico «fóssil vivo», dessa desonrosa «tradição» é Jimmy Carter que, ainda recentemente, aquando de mais um conflito em que Israel se viu forçado a reagir e a defender-se, reiterou o seu apoio ao Hamas, o que até pode ter constituído um crime. Aliás, e como já referi anteriormente, Israel tem motivos para se sentir enganado, e até traído, pela equipa de BHO. Já Charles Krauthammer indigna-se, e justificadamente, pelo Nº 44 afirmar que o Hamas é (apenas) «irresponsável» quando, mais do que isso, é um bando de criminosos de guerra e genocidas. Facto que, na CNN, não foi, ou não tem sido, devidamente salientado.
Porém, é perante essa nova e assustadora ameaça designada por ISIS, o «Estado Islâmico do Iraque e da Síria», que a incompetência da Casa Branca se revela mais alarmante. Na verdade, não será tão «nova» assim, porque o Sr. Hussein tem vindo a ser alertado detalhadamente quanto ao crescimento deste exército terrorista desde há pelo menos um ano. Ele bem que tentou, mais uma vez, «sacudir a água do capote», isto é, culpar outros, neste caso os próprios serviços (civis e militares) de inteligência (George W. Bush desta vez não servia), mas aqueles não demoraram, mesmo que informalmente, a repor a verdade; e não é de agora, porque há mais tempo asseguravam, contrariando as fanfarronices do presidente, que a Al Qaeda e as suas associadas não estavam em fuga… E se os massacres de cristãos estrangeiros, «temperado» com raptos, violações e escravatura de mulheres, e crucificações, não foram suficientes para arrancar ao presidente uma posição e um plano inequívocos de repúdio e de retaliação, a execução por decapitação, registada em vídeo, do compatriota, jornalista, James Foley obrigou Barack Obama a interromper as férias para uma declaração – pouco convicta – de circunstância, após o que rapidamente (em menos de vinte minutos!) regressou ao campo de golfe… e à alegre confraternização com os amigos.
Após esse episódio vergonhoso, um dos mais indignos desta presidência (o que é dizer muito, pois têm sido bastantes!) e que o próprio BHO admitiu que não devia ter acontecido, a situação não melhorou assim tanto no que se refere à definição de um plano para «vingar» James Foley e combater o ISIS. Abundam as hesitações, as indecisões, as indefinições, as contradições. Há essa – espantosa – admissão do Sr. Hussein de «ainda não haver uma estratégia» para lidar com Al-Baghdadi e os seus (mais de) «40 ladrões»… que depois a Casa Branca, em pleno modo de «controlo de danos», procurou explicar e justificar; há a garantia de que os EUA «não estão em guerra com o ISIS», apesar de a força aérea norte-americana já ter começado a bombardear posições e forças daquele; há a promessa de que o(s) assassino(s) de James Foley seriam encontrados e punidos… mas semelhante promessa foi feita há dois anos a propósito dos atacantes de Benghazi, e até agora, nada…
… E há a revelação de que chegou a ser preparada uma acção para libertar James Foley e outros reféns (como outro jornalista, Steven Sotloff, que também foi decapitado), mas que não se realizou por Barack Obama, que sabia do perigo que a vida de Foley corria, ter demorado a dar a autorização… até ser demasiado tarde. Como se tal não fosse bastante, a administração confirmou a intenção de se fazer a operação, assim dando ânimo aos terroristas que certamente festejaram o fracasso, e que agradecem a revelação do que correu mal para estarem melhor preparados aquando de uma próxima ocasião… Talvez tenha sido por isso que não enviou um representante ao funeral de Foley, apesar de ter enviado um ao de Michael Brown (o jovem abatido pela polícia em Ferguson).
A seguir, bem que se pode falar de «pior a emenda do que o soneto»: se já tinha sido mau admitir que (ainda) não havia estratégia (depois de, pelo menos, um ano a conhecer-se e a analisar-se a ameaça), então afirmar que o ISIS pode ser «um problema “gerível” (manageable) se a comunidade internacional se juntar» foi ainda pior. A flacidez de Barack Obama contrasta com a bravata de Joe Biden, que, imitando John McCain, prometeu que os «homens de negro» seriam perseguidos «até aos portões do Inferno»… mas como, se, segundo revelações de um dos (poucos, e regressados) militares norte-americanos no Iraque, eles nem podem sair de onde estão? Contrasta também com a firmeza de David Cameron, que, ao contrário de Obama, interrompeu as férias e voltou ao seu local de trabalho (no caso dele, o nº 10 de Downing Street) para proferir uma declaração com muito mais clareza e substância… A verdade é que o Sr. Hussein também aqui está a falhar, e muitos dos seus camaradas sabem-no e reconhecem-no; o discurso de ontem pouco ou nada fez para alterar a percepção… de passividade, de insuficiência, de ir atrás dos acontecimentos – curiosamente, tanto Charles Krauthammer como Chris Matthews concordaram nas avaliações que fizeram da alocução. Nancy Pelosi bem pode balbuciar que «a liderança do presidente tem sido forte», mas será que ela acredita mesmo no que diz?
Na verdade, e significativamente, nem a MSNBC está inteiramente confiante, e parece dividida: por um lado, Michael Eric Dyson duvidou que o ISIS fosse um grupo terrorista e Thomas Roberts equiparou uma (maior) intervenção norte-americana no Iraque a uma ditadura, mas, por outro lado, Chris Matthews interrogou-se se o ISIS só seria derrotado após «60 decapitações» e Chuck Todd pôs a hipótese de Barack Obama estar a causar um dano duradouro ao Partido Democrata, ao nível da política externa, ao nível do que Jimmy Carter fez há quase 40 anos. Na verdade, o dano deverá ser superior ao causado, ou possibilitado, pelo plantador de amendoins: este «apenas» perdeu o Irão para os fundamentalistas, enquanto o organizador comunitário quase perdeu o Egipto, e, neste momento arrisca-se a perder, além do Iraque, também a Líbia… Neste país em particular os «fantasmas de Benghazi» continuam a assombrar: há cerca de duas semanas 12 aviões (jactos comerciais de passageiros) desapareceram do aeroporto de Tripoli, practicamente na mesma altura em que milícias muçulmanas ocupavam a (abandonada) embaixada norte-americana e faziam uma festa na piscina… Contra a Fox News é que a Casa Branca está sempre pronta a actuar: uma reportagem com uma investigação sobre o que aconteceu na segunda cidade da Líbia há dois anos, que revelou (outros) pormenores incómodos (para os democratas) sobre a deficiente ajuda aos norte-americanos ali colocados, suscitou uma tentativa de pressão junto da estação de Roger Ailes para que não fosse emitida!
Aqui chegados, como não concordar com Mark Levin, que afirma que os terroristas nunca estiveram tão bem, e que, se fosse esta a liderança que os EUA tivessem aquando da Segunda Guerra Mundial, teriam perdido esta? O presente e desolador panorama não se deve, é certo, exclusiva e directamente à incompetência e à inexperiência «obamistas»: as fugas de informação perpetradas por Bradley Manning e Edward Snowden causa(ra)m muitos e graves problemas, e terão sem dúvida auxiliado grupos como o ISIS… mas também é verdade que tais quebras de segurança ocorreram «under the watch» desta administração. Que, sob a (deficiente) direcção do Sr. Hussein continua não só a mentir sobre afirmações passadas e polémicas, mas também a adoptar procedimentos perigosos… como trocar um soldado norte-americano desertor por cinco altos comandantes dos talibãs, decisão que, confirmou-se agora (mas já se sabia antes), foi, obviamente, ilegal.
Enfim, e tendo tudo isto em consideração, Allen West poderá não estar a ser hiperbólico ou injusto quando ele acusa Barack Obama de ser um islamita. Afinal, e desde que ele é presidente, os democratas, «progressistas» e liberais têm conduzido, não só na sociedade civil mas também na estrutura burocrática central, no governo federal, nas forças armadas, um ataque a instituições e a individualidades cristãs, e até à iconografia, aos objectos e aos rituais da religião de Jesus… ao mesmo tempo que promovem, extemporaneamente, o Islão. Três exemplos (e confirmações) recentes de uma longa série: enquanto exemplares da Bíblia eram retirados coercivamente de alojamentos da Marinha, o Departamento de Justiça intentava um processo em tribunal contra uma cidade do Minnesota (St. Anthony) por os seus autarcas terem reprovado a construção de um «centro cultural islâmico», e o Sr. Hussein celebrava o final do Ramadão agradecendo aos muçulmanos norte-americanos as suas muitas «realizações e contribuições para a construção do próprio tecido da nossa nação e para o fortalecimento do essencial da nossa democracia»!
Mas quais «realizações e contribuições»?! As do arcaísmo, da intolerância e do obscurantismo? As da ameaça, da cobardia e do medo? Há menos de um mês os proprietários de um restaurante no Vermont decidiram retirar um anúncio ao seu estabelecimento em que exaltavam o bacon que servem… depois de uma muçulmana se ter queixado de que o dito anúncio era «ofensivo» (para ela). Treze anos depois do 11 de Setembro de 2001, é a isto que está reduzida a América de Obama?
(Adenda – É evidente que a ameaça islâmica nos EUA tem aspectos muito mais graves do que a mera imposição de hábitos alimentares… provavelmente, não muito diferente da que é preconizada por Michelle Obama. Depois do 11 de Setembro de 2001 outros atentados existiram por parte de muçulmanos que tiraram vidas a norte-americanos, como o de Fort Hood em 2009 e o de Boston em 2013; mais recentemente, pelo menos dois outros casos, já neste ano, ocorreram, um deles envolvendo a morte de quatro pessoas e o outro de uma. Anjem Choudary, repulsivo iman inglês (?), apologista e apoiante de terroristas, avisou Sean Hannity há menos de um mês que a Sharia seria imposta nos EUA, pelo que os «infiéis» deveriam inquietar-se… Entretanto, na administração de Barack Obama, nomeadamente por John Kerry, e mesmo depois do discurso do presidente, continua a não se querer utilizar a palavra «guerra» para caracterizar o combate ao ISIS… O que se compreende: isso implicaria pedir autorização ao Congresso e, simultaneamente, admitir que George W. Bush tinha toda a razão em 2007 quando antecipou o que poderia acontecer no Iraque em caso de retirada total e/ou prematura dos militares norte-americanos. As previsões são agora «factos teimosos» que John McCain recordou a Jay Carney.)     
(Segunda adenda – O ressurgimento do terrorismo islâmico já é suficientemente mau e preocupante, mas pode-se sempre contar com os democratas para o piorarem… quanto mais não seja através do desleixo e da demagogia. Barack Obama, aparentemente, não tem qualquer problema em recorrer a um dispositivo legal implementado por George W. Bush… que ele não só condenou como também tentou revogar enquanto senador. E que dizer das suas divagações enquanto «conselheiro do ISIS»? Mais ou menos afrontosas do que «comemorar» o 11 de Setembro com uma associação chamada «Kaboom»?)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Por vezes neva em Setembro

(DUAS adendas no final deste texto.)
Não é apenas nos Estados Unidos da América, evidentemente, que eles existem, actuam e exercem muita (demasiada) influência e até controlo em entidades políticas, educativas e da comunicação social, mas é sem dúvida do outro lado do Atlântico que os aldrabões, «banhadeiros da cobra» e charlatães que garantem (isto é, mentem) ser verdadeiro o «aquecimento global antropogénico» detêm maior destaque…
… Quanto mais não seja por terem: como «líder supremo (mesmo que informal) do culto», o antigo vice-presidente e candidato a presidente Al Gore, que, num assomo de «coerência» digno de um verdadeiro «progressista», não hesitou em vender um canal de televisão a um grupo com (muitos) interesses na exploração petrolífera; e como principal «convertido» o actual presidente, Barack Obama, que, se não tem estratégia (como ele próprio o admitiu) para combater os terroristas do ISIS, já a tem para implementar a agenda das «alterações climáticas» interna e internacionalmente, mesmo que seja à revelia da lei, da (verdadeira) ciência e da (mais elementar) sensatez.
Não deixa por isso de ser divertido imaginar as caras e as reacções destes (falsos) «profetas da desgraça» ao saberem – se é que souberam – que, no início deste mês de Setembro de 2014, ou seja, ainda em pleno Verão, nevou nos EUA! Sim, no Alaska mas também mais a Sul, abaixo do Canadá, no Wyoming. E, antes, em Agosto, no Maine registou-se a primeira «temperatura de congelação»… desde Junho! Prince cantou «Sometimes It Snows In April», mas, decididamente, não é só no mês quatro do calendário – no deste ano, o estádio dos New York Yankees estava coberto de gelo – que se verificam fenómenos atmosféricos algo insólitos… e nenhum deles caracterizado pelo aquecimento. Por exemplo, no Montana nevou em Junho… Entretanto, a camada de gelo no Árctico tem vindo a aumentar e não a diminuir. E não existe qualquer aumento global de temperatura há cerca de 20 anos, ou, dito de outro modo, há quase sete mil dias. Tudo isto são factos…
… Que, não surpreendentemente, não interessam aos activistas, aos apologistas, aos totalitaristas das «alterações climáticas», adversários da democracia e da liberdade de expressão, vários dos quais pugnam para que os «negadores» («deniers») «leiam a Bíblia» (!), deixem de ser ouvidos pelos media e até, porque não, sejam presos pelas suas «blasfémias». Numa palavra, trata-se de aplicar o comunismo à ecologia e seguir o exemplo da… China, como admitiu Christiana Figueres, diplomata nas Nações Unidas com (ir)responsabilidades na matéria. Barack Obama parece efectivamente querer seguir a doutrina do «quero, posso e mando» nesta área (e em outras…), «bem» coadjuvado por um John Kerry disposto a fazer uma «digressão verde» pela Ásia e a definir como sua tarefa proteger os países islâmicos (!!) dos perigos das alterações climáticas… porque tal é uma responsabilidade que vem de Deus e está expressa nas Escrituras! Nada de mais «oportuno» para dizer quando norte-americanos são filmados a serem decapitados por «pobres» muçulmanos «indefesos» perante a subida das temperaturas…
Na verdade, não cessa de espantar o quanto estas pessoas são ridículas… e não se apercebem disso. Jeffrey Kluger, «editor sénior para a ciência e a tecnologia» da revista Time, chegou a comparar os que duvidam da existência de aquecimento global aos que não acreditam que a Terra é plana (e que o Homem chegou à Lua) – comparação que, aliás, BHO também já fez. Porém, a – autêntica – Sociedade da Terra Plana (Flat Earth Society) dos EUA, através do seu presidente, fez saber que acredita que o nosso planeta, independentemente da sua forma, está a ficar mais quente e por culpa da Humanidade. Enfim, é normal que os verdadeiros vigaristas se entendam e se apoiem uns aos outros.
(Adenda – Àqueles que acreditam que uma presidência de Hillary Clinton poderia ser caracterizada por uma competência, e uma sensatez, claramente superiores às demonstradas pela actual eu digo para lerem e/ou ouvirem a recente declaração dela a respeito do que constitui, no entender da ex-secretária de Estado, o desafio mais urgente a enfrentar, repetindo aliás as palavras utilizadas pelo sucessor no cargo. E, não, ela não se referia à Rússia, ao ISIS ou à ébola…)   
(Segunda adenda – Afinal não foram dois mas sim sete (!) os Estados em que nevou na primeira semana de Setembro… isto é, e nunca é de mais lembrar, ainda em pleno Verão. Entretanto, já é mais do que tempo de a balela dos «97%», propaga(ndea)da por BHO e não só, ser devida e definitivamente desacreditada.)