terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Más saídas

Há quem, em Portugal e não só, tenha exultado com a ideia (duvidosa) de que não se tinha confirmado a «morte política» de Barack Obama. Mais: que ele pôde «voltar a sorrir» e que a sua administração «termina 2014 em grande»…
… Principalmente porque decidiu restabelecer as relações diplomáticas com Cuba, e, logo, terminar o embargo económico àquele país que já dura(va) há mais de 50 anos e reconhecer o regime comunista dos irmãos Fidel e Raul Castro. Assim se deu um novo significado, e uma nova compreensão, ao aperto de mão entre o Nº 44 e o irmão mais novo do «ditador comandante» no funeral de Nelson Mandela no ano passado – já então havia contactos, negociações, entre Washington e Havana, que agora estão concluídos, prevendo-se a abertura de uma embaixada, e a consequente nomeação de um embaixador, na capital cubana… a ver vamos se o novo Senado, controlado pelo GOP, concordará, o que é pouco provável. Ao mesmo tempo procedeu-se à troca de um trabalhador humanitário norte-americano por três espiões cubanos condenados por quatro homicídios.
Provavelmente a algumas pessoas não se lhes afigura (ou preferem não assumir) que, à custa da «ressurreição» do Sr. Hussein e da sua «boa disposição», os Estados Unidos da América estão a definhar, e quase que parecem moribundos, no que se refere ao seu poder e prestígio mundiais. A alegada «victória» do presidente ao reabilitar o Estado pária das Caraíbas, rematada com um pedido de desculpa ao líder daquele, criticada tanto pelos republicanos Marco Rubio e Ted Cruz como pelo democrata Bob Menendez (três senadores de ascendência cubana), é uma derrota para o país; e, infelizmente, não foi a única neste (final de) ano.  
Outro desaire auto-infligido, como que um grande «tiro no (enorme) pé» norte-americano, foi a conclusão e divulgação do relatório (alegadamente) do Senado relativo às (alegadas) torturas cometidas pela Agência Central de Inteligência sobre suspeitos (e culpados) de terrorismo depois de 11 de Setembro de 2001. Convém denunciar e corrigir alguns erros que também em Portugal, como não podia deixar de ser, foram espalhados sobre este assunto: o relatório é apenas dos democratas do Senado – nenhum republicano participou na sua elaboração – que nele gastaram cerca de 40 milhões de dólares sem recolherem um único depoimento de um único operacional da CIA indicado – e culpabilizado – naquele texto; o actual e todos os anteriores directores da agência (sim, incluindo os nomeados por presidentes «azuis») o refutam; e, enfim, o documento representa uma enorme «birra» de despeito, de vingança, dos «burros» contra os eleitores que lhes retiraram a maioria na câmara alta do Congresso – é um acto de «terra queimada», uma demonstração de «depois de mim, o dilúvio» por parte de políticos que não têm maturidade nem (sentido de) responsabilidade suficientes para colocarem os superiores interesses da nação acima dos seus ego(ísmo)s. É compreensível que analistas e operacionais se sintam traídos por este (infame) «relatório», quanto mais não seja porque há 13 anos ouviram apelos e receberam instruções – incluindo de democratas como Dianne Feinstein, que agora surge hipocritamente como modelo de virtudes – para fazerem tudo o que fosse preciso de modo a evitar a ocorrência de novos atentados. Além de que muitos dos que tanto condenam as «torturas» – que, repete-se, não causaram qualquer morte – se mantêm silenciosos, ou aplaudem (!) os ataques com drones ordenados por Barack Obama, que, esses sim, provocaram várias vítimas mortais, incluindo inocentes; nem, obviamente, condenam Bill Clinton, em cuja presidência foram definidos e autorizados pela primeira vez os métodos que proporcionariam, indubitavelmente, resultados. O maior dos quais foi a localização e execução de Osama Bin Laden, cujo mérito Barack Obama não hesitou em reclamar para si…
… E que, hoje, tenta desavergonhadamente ocultar afirmando que a actuação da CIA «danificou a posição («standing») da América no Mundo». Na verdade, os maiores danos são causados, precisamente, pelo uso e abuso de drones, e por maus «negócios» como a libertação de quatro chefes talibãs em troca de um desertor como Bowe Bergdahl. Não seria surpreendente que algum – ou dois, ou três, ou todos – daquele quarteto de terroristas estivesse envolvido no recente ataque a uma escola no Paquistão que custou a vida a mais de 100 crianças e jovens. No entanto, é com gente desta que Barack Obama entende que se justifica encetar negociações; e, agora que os EUA vão retirar do Afeganistão (quase) à semelhança do que fizeram no Iraque, é de esperar que as vítimas venham a aumentar. Porque apesar de o Nº 44 dizer que a guerra «terminou» isso não significa que tal seja verdade… porque os inimigos não fizeram qualquer declaração semelhante. Entretanto, a Casa Branca não nega que considera a hipótese de decretar sanções a Israel… ao mesmo tempo que ameaça vetar sanções ao Irão e pondera a hipótese de reabrir a embaixada em Teerão. O regime dos «ai-a-tolas», um «modelo» de respeito dos direitos humanos, responde à boa vontade e generosidade «obamistas» com o descaramento de criticar o «racismo» e o «tratamento inumano» alegadamente evidentes nos casos de Michael Brown e de Eric Garner! Não espanta que até a porta-voz do Departamento de Estado confesse que os «argumentos» que tem de repetir são ridículos.  
Os desaires lá (para) fora acontecem simultaneamente a outros cá dentro. Barack Obama já tinha a sua presidência associada à primeira descida da notação financeira do país – de «AAA» para «AA+», em 2011; agora, três anos depois, aquela fica também associada à descida dos EUA do lugar de primeira potência (produtora) económica mundial; tal posição é agora ocupada pela China, que sem dúvida aproveitará o acordo para a redução de gases de efeitos de estufa assinado com Washington para reforçar ainda mais essa liderança – os ingénuos, os ignorantes que celebram este suposto «entendimento» entre os dois maiores poluidores do planeta como um importante passo para a diminuição do (fictício) «aquecimento global» não conseguem ou não querem perceber que Pequim pouco ou nada limitará a sua capacidade industrial, enquanto do outro lado do Pacífico haverá – pelo menos até Janeiro de 2017 – quem esteja disponível para prejudicar as suas próprias empresas em prol de uma utopia. Só esta «despromoção» para a «vice-liderança planetária» seria suficiente para desmentir, e destruir, todas as atoardas de que a economia norte-americana tem vindo a melhorar sob a condução do Sr. Hussein; porém, e infelizmente, há mais (indicadores desfavoráveis): a dívida pública superou os 18 triliões de dólares; a taxa de desemprego não é tão boa como parece, e não só porque o seu cálculo e apresentação levantam muitas dúvidas – é, principalmente, porque a participação da força laboral (isto é, o número de pessoas que activamente procuram trabalho) há 36 anos que não apresentava um valor tão reduzido… e a situação tenderá a piorar com o (previsível) cada vez maior afluxo de imigrantes (e futuros votantes) ilegais, incentivado e despenalizado por Obama e pelos democratas.
Tudo isto somado, soa ainda mais anedótica a afirmação – e a crença – de Barack Obama de que «o ressurgimento da América é real». Compreensível em alguém que não está consciente – por não poder ou por não querer – da realidade que o rodeia para lá das grades – deficientemente defendidas, pelo que se viu este ano – do Nª 1600 da Avenida da Pensilvânia. Compreensível em alguém que admite que passa muitas manhãs a ver desporto na televisão, concretamente através do canal ESPN. Em alguém que está disponível para «substituir» Stephen Colbert frente às câmaras. Em alguém que não sabe citar a Bíblia e o que nela está escrito (previsível em quem criticou aqueles que se «agarram» a ela). Que recebe pela segunda vez consecutiva o «prémio» do Washington Post para a «maior mentira do ano».    
Não se deve, pois, sobrestimar as capacidades e os poderes de Barack Obama e dos seus camaradas: a Casa Branca, e a própria cidade de Washington, capital onde se situam as sedes de importantes instituições governamentais federais ainda comandadas por democratas, formam como que uma «ilha» no meio de um «mar» de territórios republicanos – Estados e respectivos representantes e senadores, governadores, assembleias legislativas. O Sr. Hussein e os seus mais fiéis capangas estão cercados, isolados; a sua incompetência e a sua irresponsabilidade fazem com que os EUA tenham más saídas de 2014, e o haver boas entradas em 2015 dependerá muito do que o GOP quiser e conseguir fazer quando, a partir do próximo dia 6 de Janeiro, dominar o Capitólio. Nesse sentido, a capitulação de John Boehner ao assegurar a aprovação de um orçamento que inclui o financiamento do «ObamaCare» e da amnistia de imigrantes não representou um bom augúrio… e constituiu, sim, uma prova de que mesmo entre os «elefantes» ainda há muito por esclarecer e endireitar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Natal «branco» mas não racista

(Uma adenda no final deste texto.)
À semelhança do que aconteceu em anos anteriores, o Natal de 2014 em muitas nações, regiões e cidades do Hemisfério Norte vai ser branco, e não apenas em zonas montanhosas. Evidentemente, a predominância da cor branca neste período do ano dever-se-á (deve-se) à neve que tem caído e que continuará a cair neste Inverno, e não a privilégios injustos usufruídos por pessoas de tipo caucasiano, tal como chegou a ser alegado por alguns desequilibrados mentais aquando das manifestações contra as mortes de Michael Brown e de Eric Garner…
… E este é um fenómeno que, segundo os promotores da teoria do «aquecimento global antropogénico», deveria ocorrer cada vez menos, ou até nem ocorrer de todo. Porém, como os factos e as (baixas) temperaturas o demonstram consecutivamente e conclusivamente, o «AGA» é uma charlatanice, uma fraude, uma mentira na qual, por mais incrível que possa parecer, muitas pessoas em todo o Mundo ainda acreditam. Nos EUA é onde esta estupidez ainda atinge as maiores dimensões: Barack Obama não encontrou melhor dia para anunciar o «global warming toolkit» do que aquele em que todos os 50 Estados (para ele faltavam pelo menos sete…) registavam temperaturas negativas… e foi em meados de Novembro! Não se deve esquecer, no entanto, que já no início de Setembro (!), ou seja, ainda no Verão, se andava a tiritar de frio em várias partes dos Estados Unidos…
… E desde então os recordes em arrefecimento local - se não mesmo regional, nacional e até global – não cessaram de se suceder. Só no mês passado foram registados cerca de nove mil mínimos históricos; 400 recordes negativos quebrados ou igualados de Nova Iorque até Houston; Chicago, em especial, só sentiu mais frio há 110 anos; verificaram-se a maior queda de neve no Outono e a mais prematura cobertura de gelo dos grandes lagos; em resumo, e nas últimas décadas, o Inverno nunca chegou tão cedo. Face a estes factos, à realidade «nua e crua» (e fria) que os sentidos podem comprovar, não surpreende que apenas um por cento dos norte-americanos considerem o alegado «aquecimento global» como uma das suas maiores preocupações.
E há mais más notícias para os alarmistas-cultistas-vigaristas: não é o «aquecimento global» a causa para a seca na Califórnia; a camada de gelo da Antárctida (e também, já agora, a do Árctico) está maior e mais grossa (informa o Guardian, pelo que deve ser verdade…); contrariando a (falsa) certeza de «consenso» nesta área, mais um grupo alargado de cientistas – agora, são 100 - veio assumir que o «aquecimento global» parou ou, pelo menos, desacelerou. Pelo que afirmações ridículas e risíveis como as de que «2014 poderá ser o ano mais quente do último século e meio» e que os primeiros dez meses daquele «foram os mais quentes dos últimos 134 anos» só teriam alguma «validade» se nenhuns outros anos fossem considerados… e se não existissem satélites meteorológicos cujos dados que recolhem pudessem ser correctamente analisados.
Todavia, nem todas as evidências são suficientes para certas pessoas renegarem o embuste das «alterações climáticas», e evitarem reincidir, e reafirmar, a sua crença fanática através de declarações cada vez mais (se tal é possível) delirantes. Já se sabe que o «aquecimento global» é o culpado de tudo o que de mau acontece num planeta crescentemente «inabitável», desde a extinção de espécies animais ao recrudescimento do terrorismo, mas, recentemente, Naomi Klein, que tem um apelido «prestigiante» a defender, veio dar uma nova dimensão à «gravidade» do problema ao alegar que os cépticos são «racistas»… porque não se preocupam com os danos causados pelo AGA e países e pessoas de cor(es).
As crises de histeria destes lunáticos não seriam preocupantes se o actual presidente dos EUA não fosse – mas de facto, e infelizmente, é – também um adepto destas ilusórias teorias das temperaturas. E as (más) consequências dessa concordância tanto se fazem sentir internamente – com a EPA a emitir directivas que são consideradas inconstitucionais – como externamente – com Barack Obama a insultar um primeiro-ministro de um país aliado (mais um que o Nº 44 aliena), o australiano Tony Abbott, por este não alinhar na aldrabice do «aquecimento global». O discurso provocatório na Universidade de Queensland, em Brisbane, pode ter sido, na verdade, já uma etapa num processo de «internacionalismo climático» que a actual administração estará disponível para (tentar) implementar com o auxílio da ONU, já que, da parte do (novo e dominado pelo GOP) Congresso, é previsível que pouca ou nenhuma colaboração neste aspecto venha a ter.
Há muitas pessoas que deveriam oferecer a si próprias como «prenda» de Natal, ou tomar como decisão para o Ano Novo de 2015, a desistência de insistirem neste disparate. Tal seria positivo para todo(s) o(s) ambiente(s).
(Adenda - O MRC seleccionou as mais ridiculamente histéricas - ou as mais histericamente ridículas - afirmações de 2014 relativas ao «alarmismo climático».)

domingo, 14 de dezembro de 2014

Tantos «Tios Tomás»!

(Três adendas no final deste texto.)
Para os demagogos manipuladores nos EUA que fazem das cores da pele a «causa» pelas quais se movimentam, melhor do que um caso de alegado «racismo» a envolver forças policiais são dois, ou três casos, ou quatro… Nesse aspecto, as últimas duas semanas têm constituído para eles um período de grande actividade e até de alegria, com dezenas de manifestações e protestos em várias cidades do país – e até no estrangeiro! – e outros tantos surtos de violência, motins e pilhagens…
… Embora, na verdade, os incidentes que resultaram nas mortes, nomeadamente, de Michael Brown, Eric Garner e Tamir Rice em nada tiveram a ver com racismo. Quanto muito, foram (desagradáveis) coincidências, e consequências de excesso de zelo, de algum abuso de força. Mas não foram exemplos, certamente, de «injustiça e discriminação racial» ou de «racismo e violência policial» como, num jornal deste lado do Atlântico, se anunciou; aliás, numa estação de televisão (sim, a TVI) chegou a afirmar-se que Michael Brown havia sido abatido «a sangue frio»! Só que, de facto, o «adolescente desarmado» era maior e mais pesado do que o polícia a quem agrediu e tentou tirar a arma; antes, assaltara uma loja de conveniência e fumara marijuana. Várias testemunhas – incluindo afro-americanas – confirmaram a versão de Darren Wilson, e foi por isso que ele foi ilibado. O caso ocorrido em Ferguson, no Missouri, não é um símbolo de «injustiça», «discriminação racial» e/ou «violência policial (deliberada e generalizada)». Porém, é de facto um exemplo de racismo... no sentido de os habituais agitadores raciais (ligados ao Partido Democrata) terem manipulado emoções e incentivado agressões porque um polícia branco matou (em legítima defesa) um delinquente negro - os mesmos agitadores que não costumam mostrar a mesma «indignação» quando é um negro a matar outro(s) negro(s), circunstância que é, aliás, a mais frequente nos EUA - mais de 90% de afro-americanos assassinados nos EUA são-no… por outros afro-americanos.
Desses agitadores, desses bastantes (demasiados) «race hustlers», «race baiters», com interesses (políticos, mediáticos, financeiros) no constante acicatar de conflitos, e que apregoam a mentira de que o país pouco ou nada progrediu desde os anos 60, destacam-se Michael Eric Dyson (que quer que os brancos sejam «treinados»), Louis Farrakhan, Jesse Jackson, Charles Rangel … e Al Sharpton, amigo, aliado, «assessor» de Barack Obama – e que, apesar de dever cerca de quatro milhões de dólares ao IRS, terá, imagine-se, aconselhado o presidente na escolha da pessoa que substituirá Eric Holder no cargo de attorney-general! As declarações figuradamente incendiárias destas luminárias constituíram como que «deixas» para acções literalmente incendiárias – por exemplo, do padrasto de Michael Brown, que foi gravado a dizer «vou começar um motim» e que depois, efectivamente, gritou repetidamente «queimem esta porcaria!» («burn this bitch down!») no que terá sido não mais do que uma reafirmação, por outras palavras, da declaração da (democrata) senadora estadual do Missouri, Maria-Chappelle Nadal, de que esta era «a guerra racial de St. Louis». Pelo menos uma vítima mortal resultou dessa «guerra racial»: Zemir Begic, imigrante bósnio assassinado à martelada naquela cidade por adolescentes negros que gritavam «matem os brancos!» e procuravam assim «vingar» o que acontecera a Brown; poucos dias depois, e na mesma região, uma compatriota foi igualmente agredida mas não morreu, tendo ficado gravemente ferida; posteriormente, surgiu uma defesa destes actos, em que uma afro-americana fala de «supremacia» da sua raça, de posse de território, face a bósnios, que são considerados «invasores». Estes sim, foram casos de autêntico ódio racial, de verdadeiro racismo, mas onde estão, para os divulgar, os mesmos «jornalistas» que tanto empolaram o caso de Michael Brown?
Em contraste, e felizmente, tanto a esposa (agora viúva) como a filha de Eric Garner negaram que a morte dele tivesse sido por racismo – na verdade, foi mais o efeito da aplicação de taxas excessivas implementadas por liberais-progressistas, que favorecem a criação de mercados negros – no caso, de cigarros, que era o que Garner vendia. Porém, estas não são mais do que excepções – eventualmente momentâneas – à «regra» do racismo existente entre a população afro-americana dos EUA. Neste aspecto, pode dizer-se que o Partido Democrata «triunfou», que «teve sucesso», ao ajuntar aos seus brancos racistas (agrupados no KKK) os negros racistas (agrupados no NAACP), que, invariavelmente, até ainda mais do que os caucasianos, vituperam violentamente os membros da sua etnia que recusam o discurso e a conduta da (permanente) vitimização – ou seja, os afro-americanos conservadores e republicanos, equiparados a, imagine-se, «judeus nazis». Conspurcando, deste modo, a herança de Martin Luther King…     
… Que certamente reprovaria, e sentiria repulsa, por ver como a associação que deveria apoiar e defender todas as pessoas de cor, e os seus dirigentes e associados, nenhuma consideração terem por, nomeadamente: Ben Carson, que é «aconselhado» a não sair da sala de operações; Mia Love e Tim Scott (que já foi chamado de «boneco de ventríloquo»), que foram eleitos para o Congresso (ela para a Casa, ele para o Senado); Clarence Thomas, que já leva décadas a ser vilipendiado pelos seus «irmãos» - «prostituta intelectual», «pior negro da História» e, claro, «Tio Tomás», são alguns dos insultos com que o têm presenteado. A ironia, obviamente, está em que aqueles que lhe chamam «Uncle Tom», todos eles democratas, militantes e/ou votantes dos democratas, é que o são… precisamente por apoiarem o PD. E tantos são os «Tios (e Tias) Tomás» que existem nos EUA!..
… Que, apesar de estarem cada vez pior, económica e socialmente, devido a décadas de «políticas progressistas», continuam a culpar por isso os herdeiros daqueles que os libertaram da escravatura e da segregação: alegadamente, o GOP «é hostil aos interesses dos afro-americanos», tiram a comida «das bocas das pessoas de cor» e fariam com que potenciais «netos bi-raciais fossem abortados». Na verdade, e porque practicamente todos os republicanos são pró-vida, tal seria virtualmente – e virtuosamente – impossível. Pelo contrário, são os democratas, practicamente todos pró-escolha, aborcionistas, que, deliberadamente, tomaram desde há muito tempo as comunidades negras como alvos, como o demonstram a fundação, o funcionamento e a expansão da Planned Parenthood. Organização que, sem um mínimo de vergonha, é aceite enquanto parceira na celebração do «Mês da História Negra» e enquanto participante no movimento «Black Lives Matter» com que se pretende homenagear Michael Brown e Eric Garner. É pena que todas as outras (milhões de) «vidas negras» destruídas pela PP ainda nos ventres maternos, pelo contrário, não tenham importância.
Barack Obama, num certo sentido, até que está correcto quando diz que «o racismo tem raízes profundas nos Estados Unidos». Pois tem, e essas «raízes» estão – sempre estiveram – todas no seu partido, o Democrata, cujos candidatos a/e políticos têm pago aos seus funcionários negros, em média, 30% menos do que pagam aos brancos.
(Adenda – Bertha Lewis, que dirigiu a para-criminosa – e entretanto extinta – ACORN, ressurgiu este ano – sem surpresa, na convenção da NAN, organização de Al Sharpton – e afirmou que aqueles que se opõem à amnistia dos imigrantes (ilegais) e apoiam a identificação dos votantes são a favor da imposição, nos EUA, de um sistema semelhante ao da África do Sul da era do apartheid. Um conceito que talvez seja melhor aplicado à economia sob a presidência de Barack Obama, em que os brancos são 13 vezes mais ricos do que os negros. Um gravíssimo «crime» pelo qual aqueles talvez devessem punir-se cometendo, segundo a sugestão de um professor da Universidade de Cornell, um «suicídio racial».)     
(Segunda adenda – Barack e Michelle Obama parecem ter-se queixado, em entrevista recente à revista People, de racismo de que foram vítimas no passado. A primeira-dama, em especial, recordou um episódio em que uma senhora, branca e de baixa estatura, lhe pediu ajuda para alcançar um objecto localizado numa prateleira alta… Mas, se isso foi uma demonstração de discriminação, Valerie Jarrett também foi culpada do mesmo, porque pensou que um general era um empregado de mesa, e tratou-o como tal…)
(Terceira adenda – Dois polícias brancos, mas não exactamente caucasianos, Rafael Ramos (de ascendência hispânica) e Wenjian Liu (de ascendência asiática), foram assassinados a 20 de Dezembro em Nova Iorque por Ismaaiyl Abdullah Brinsley, um afro-americano convertido ao Islamismo e membro de um bando de Baltimore – e que cometeu o crime (após o qual se suicidou), segundo terá afirmado explícita e previamente na sua página de Facebook, como vingança contra as mortes de Michael Brown e de Eric Garner. Vários foram os que celebraram o duplo homicídio, perpetrado, aliás, na sequência de protestos em que se exigia «polícias mortos, e agora». Não é exagero afirmar-se que Al Sharpton e Bill de Blasio, assim como Barack Obama e Eric Holder, têm responsabilidades (i)morais – alguns falam mesmo, compreensivelmente, em «sangue nas mãos» - pelo sucedido, considerando as afirmações que fizeram nas últimas semanas (e meses, e anos…) Espere-se para ver se o presidente – que, recorde-se, ainda no mês passado concordava que a desconfiança em relação à polícia em «comunidades de cor» tem raízes na realidade – envia representantes seus aos funerais dos dois polícias, à semelhança do que fez com os de Michael Brown e Trayvon Martin. Quem, porém, não deverá comparecer àqueles é o – aparentemente «azul» mas de facto «vermelho» – mayor de Nova Iorque, que nesse sentido já havia sido avisado, qual sinistra premonição, por representantes dos agentes da autoridade. Enfim, nada de novo: ontem como hoje, o ódio, a violência e o crime raciais são os «nutrientes» do habitat em que o Partido Democrata subsiste.) 

sábado, 6 de dezembro de 2014

Rever em baixa (Parte 10)

«Cinco vezes que Obama abandonou aliados dos Estados Unidos», Ben Shapiro; «”Todas as opções” de Obama inclui a rendição», Joel B. Pollak; «A cortina fecha-se sobre a presidência de Obama», Mike Flynn; «Obama falha a sua “Ciência Climática 101” na Universidade da Califórnia, Irvine», James Delingpole; «A “Doutrina Obama” em colapso», Dick Cheney e Liz Cheney; «Disponibilize as mensagens electrónicas de Lerner, Sr. Presidente, para o bem da república», Patrick Howley; «O presidente está a jogar um jogo perigoso», Jeanine Pirro; «O que o Congresso pode fazer acerca da rescrita das leis por Obama», George F. Will; «A desordem mundial de Obama», Victor Davis Hanson; «A dispendiosa falta de foco da equipa de segurança nacional de Obama», Tony Shaffer; «O nosso arrogante Presidente», Cal Thomas; «Dia da Independência 2014 – fomos de um tirano herdado para um eleito», Andrew P. Napolitano; «Porque é que devemos agora processar o Presidente», John Boehner; «Sr. Obama, você não pode culpar o clima pelos nossos problemas económicos», John R. Lott Jr.; «É tempo de impugnar o Presidente Obama», Sarah Palin; «O Presidente Obama mantém-se a norte da fronteira», Bill O’Reilly; «Bloggers, vigilância e o Estado orwelliano de Obama», Justin Lynch; «Os seus cuidados de saúde – a promessa de 18 mil dólares quebrada por Obama», Bobby Jindal; «A fronteira e Obama», Joe Klein; «Obama está a esmagar a “ligação Reagan”, e Putin sabe-o», Larry Kudlow; «Levante-se e lidere», Sean Hannity; «Liderança da Casa Branca – Reagan e o KAL007 vs. Obama e o MH17», K. T. McFarland; «A operação de distracção do escândalo dos VA da Sra. Obama», Michelle Malkin; «O “problema Obama” dos democratas», Aaron Blake; «A acção executiva de Obama no “limite-e-troca” é toda dor, nenhum ganho», David Vitter; «O desprendimento de Obama pode ser filosófico», Charles Krauthammer; «A política de Obama para o Médio Oriente é embaraçosa», Mike Huckabee; «Obama é a lacuna», Ann Coulter; «A presidência do “escândalo falso”», Darrell Issa; «Presidente Obama, Despistado-em-Chefe», Neil Munro; «Obama e o seu jogo da impugnação», Ross Douthat; «O desafio sem precedente de Obama para a impugnação», David Limbaugh; «Até o Havai odeia Obama agora», David Freedlander; «Nixon vs. Obama – sim, Nixon era mau mas Obama é pior», Roger Stone; «O Obama “louco por drones” torna-se tímido perante o poderio aéreo dos EUA vs. os terroristas», Joe Concha; «PedreiroDeParedes-em-Chefe», John Fund; «Obama faz férias enquanto o Mundo arde», Dana Milbank; «O nosso pândita presidencial», Laura Ingraham; «A audácia hipócrita de Obama – Sr. Presidente, as suas regras são as mudanças de jogo erradas!», Jon Kraushaar; «Mais do que ser incompetente, Obama simplesmente não percebe o que significa ser presidente», Keith Naughton; «O golfe do Presidente Obama – o verdadeiro problema», Newt Gingrich; «Escândalo do IRS – a estratégia da administração Obama é atrasar, descarrilar e enganar», Jay Sekulow; «David Cameron faz frente aos islamitas – uma lição para Barack Obama», Nile Gardiner; «A presidência “eu”», Michael Barone; «Presidente cobarde», Bill Whittle; «Cinco mentiras que deram forma à presidência de Obama», Jack Cashill; «O Mundo de faz-de-conta do presidente», Andrew Klavan; «Será que Obama acabou de unificar os inimigos da América?», Clint Watts; «Porque é que Obama não pode dizer que os seus espiões subestimaram o ISIS», Eli Lake; «Os cinco erros estratégicos de Obama na guerra contra o ISIS», Sebastian Gorka; «Recordam-se da promessa fresca de Barack Obama? O que aconteceu àquele tipo?», Howard Fineman; «Um presidente tóxico», Michael Goodwin; «O presidente surpreendido», James Oliphant; «De santo patrono a pária – como Barack Obama se tornou tóxico para os democratas», Peter Foster; «Casa Branca de Obama incomodada, desnorteada e nas cordas», Wesley Pruden; «Avida sob Obama é uma chatice – e estes números provam-no», Tim Stanley; «O americano ambivalente – Obama luta contra o ébola, não o ISIS, recua no campo de batalha mas lança guerra contra o clima», Pete Hegseth; «Pode Obama reiniciar-se? Será que ele até o quer?», Carrie Budoff Brown e Glenn Thrush; «Dez razões porque um Obama enganador, entediante e culpabilizador pode esperar uma surra bem merecida nas eleições intercalares», Piers Morgan; «Intercalares de 2014 – uma rejeição completa do Presidente Obama, da sua agenda e da sua liderança», Douglas E. Schoen; «Intercalares de 2014 – a eleição anti-Obama», Erick Erickson; «Desculpe, Sr. Presidente, mas você não é um Abe Lincoln», Neil Cavuto; «Obama, o nosso John C. Calhoun moderno», J. Christian Adams; «A presidência imperial – César Obama», Patrick J. Buchanan; «A amnistia da imigração por Obama – prova de que o nosso presidente falhou», Liz Peek; «Obama – o precedente mais perigoso», Tim Donnelly; «O Presidente Obama bastardiza o que significa ser uma “nação de imigrantes”», Charles Hurt; «O desagrado derrotará o Presidente Obama», Stuart Varney; «O Presidente Obama é imperador em tudo menos em nome», Lou Dobbs; «Tenham medo – este é o verdadeiro Obama», Joseph Curl. 

domingo, 30 de novembro de 2014

Desguarnecer a defesa

Por entre o alvoroço causado, sucessivamente, pelas eleições intercalares de 4 de Novembro e a grande victória do Partido Republicano naquelas, o anúncio por Barack Obama da sua (segunda) amnistia a imigrantes ilegais (dois assuntos já abordados aqui no Obamatório) e as manifestações e os motins em Ferguson – e em outros pontos do país – após a não acusação do polícia que matou um adolescente negro (assunto que será abordado aqui no Obamatório), quase passou despercebida a demissão de Chuck Hagel de secretário da Defesa
… O que faz dele o terceiro homem a (deixar de) ocupar aquela pasta em menos de seis anos da presidência de Barack Obama – e, assim, a cessar a sua cumplicidade activa no «desarmamento» (material e mental) em curso no Pentágono desde 2009. Será que, tal como os seus antecessores Robert Gates e Leon Panetta, também escreverá e publicará em breve um livro de memórias em que criticará, explícita ou implicitamente, o Nº 44? É muito provável, dado que, ao contrário dos outros dois, Chuck Hagel não se demitiu mas foi demitido. Porquê? Aparentemente, por divergências com BHO em vários pontos de uma política de defesa cada vez mais… desguarnecida. Entre os quais: o envio de militares para África a fim de combater a epidemia de ébola; e, no que terá tido um conflito com a amiga e conselheira do Sr. Hussein (e mentirosa reincidente) Susan Rice, a libertação de presos de Guantánamo (logo, é de supor que não tivesse concordado com a troca que permitiu a libertação de Bowe Bergdahl) – a saída de outros quatro combatentes da Al Qaeda foi anunciada no mesmo dia do discurso da amnistia (provavelmente para passar despercebida), e mais alguns (quantos?) deverão ser soltos em breve. Como Charles Krauthammer notou, e vários exemplos existem que o demonstram, «Obama pode tolerar a desorientação, a incompetência, a preguiça, mas não a crítica.» Entretanto, e compreensivelmente, o ISIS – que Hagel desde logo classificou como uma ameaça séria, ao contrário do Nº 44 – celebrou o que tomou como um «triunfo» seu…
Para se compreender quão polémico (e causador de perturbação) terá sido o «despedimento» de Chuck Hagel bastará referir que até Joe Biden não terá gostado da forma como o seu ex-colega do Senado – que, recorde-se, formalmente continua a ser republicano – saiu da administração e foi transformado como que num «bode expiatório» dos falhanços, dos fracassos, daquela. Falhanços, fracassos inevitáveis quando, nos (frequentemente maus) negócios estrangeiros, a atitude dominante é a de relativismo, hesitação e até de submissão: considere-se a reacção ambígua de Barack Obama ao recente atentado contra uma sinagoga em Jerusalém, e a paciência de John Kerry para com um «diplomata» iraniano que lhe grita (e o insulta?) consecutivamente. Nunca o «Grande Satã» foi tão dócil.      

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Os ditadores derrubam-se

(DUAS adendas no final deste texto.)
Barack Obama já não é um aprendiz de ditador: com o seu discurso do passado dia 20 de Novembro, e a decisão nele anunciada de conceder, na práctica, uma amnistia a cerca de cinco milhões de pessoas, ele já é, de facto, um ditador de… «pleno direito» - ou falta dele. E os ditadores derrubam-se, são – devem ser – destituídos. Porém, o «impeachment», a impugnação, a demissão, já não é suficiente; agora, o Sr. Hussein deve ser também preso, julgado e condenado; ele é – na verdade, e por vários outros motivos, já era – um criminoso; porque está a ajudar criminosos, a premiar comportamentos criminosos e, logo, a incentivar a ocorrência de mais comportamentos criminosos. Com efeito, e como seria de esperar, já há novos «candidatos» para «visitarem», sem autorização, os Estados Unidos da América que se sentem «inspirados» pela iniciativa do presidente…
A atitude de desafio e de desrespeito de BHO para com a Constituição dos EUA, a separação de poderes, o Congresso, a vontade dos eleitores, explica-se pelo seu narcisismo – e um sentimento de infalibilidade e de impunidade – que um culto da personalidade persistente mais não tem feito do que agravar. Culto esse que começa, obviamente, pelos que lhe estão mais próximos: é ouvir, por exemplo, Denis McDonough, chefe de gabinete do Nº 44, dizer que em Washington se trabalharia melhor se «este presidente impusesse a sua vontade»; é ouvir, por exemplo, Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, dizer que «o presidente está sempre disponível para autorizar o speaker a mudar de opinião», e que para BHO «ser chamado de “imperador” é um distintivo de honra».
Jeff Sessions, portanto, não exagerou ao chamar a Barack Obama «imperador dos Estados Unidos». Aliás, essa e outras designações, como «rei» e «monarca», não faltaram nesta última semana a propósito de mais um (grande, e talvez o mais grave) atropelo à lei por parte do Sr. Hussein, utilizadas, nomeadamente, por Joel B. Pollak, Andrew P. Napolitano e Matthew Boyle. Com tal sentimento de superioridade não surpreende, pois, que o Nº 44 não tenha seguido o conselho de Mitt Romney: «aprender (convencer-se de) que perdeu a última eleição» e, por isso, «respirar fundo (…) e deixar o Congresso e o eleitorado tomarem a palavra». Com efeito, após as midterms, Obama afirmou que os resultados daquelas significavam que os americanos queriam que (republicanos e democratas) trabalhassem em conjunto. Mas será que uma acção unilateral, polémica e provocatória é «trabalhar em conjunto»? Claro que não; irritado pela derrota, decidiu fazer uma «birra» para (re)conquistar relevância e, assim, negar que seja um «lame duck».
Saliente-se, no entanto, que o descontentamento não existe apenas entre os republicanos: são vários os democratas que duvidam, e que até discordam, da decisão do presidente. Na CNN, Jay Carney (quem diria!), finalmente liberto da necessidade de mentir diariamente, reconheceu… o óbvio: que o seu ex-chefe decidiu fazer o que antes afirmou, várias vezes, que não podia nem devia fazer. No Capitólio, quatro senadores «burros» - Claire McCaskill, Heidi Heitkamp, Joe Donnelly e Joe Manchin – expressaram a sua oposição à ordem executiva do Sr. Hussein de impedir as deportações de cinco milhões de imigrantes ilegais. E no Oregon, Estado que continuou maioritariamente «azul» em 4 de Novembro, nesta data foi também aprovada – com 66% dos votos! – uma proposta – apresentada por republicanos! – denominada «Medida 88» que proíbe a concessão de cartas de condução a imigrantes ilegais – no que pode ser entendido como que uma rejeição, por antecipação, por parte de (bastantes) liberais de mais uma amnistia obamista – mais grave do que a de há dois anos, porque esta aplica-se a adultos que cruzaram consciente e irregularmente a fronteira.      
BHO, com esta decisão, conseguiu igualmente irritar: segmentos importantes da população afro-americana – que, aliás, já haviam condenado outra «evolução» do Nº 44, mais concretamente a sua «aceitação» do «casamento gay»; todos os imigrantes legais que muito tempo e muito dinheiro gastaram nos seus processos e que agora se sentem, compreensivelmente, defraudados… e alguns exigem até ser reembolsados(!); a generalidade dos agentes da autoridade, que passam a sentir-se desautorizados e até inúteis. Não se pense, todavia, que Barack Obama tem uma grande consideração por aqueles que agora veio proteger: em dois discursos – o primeiro na Casa Branca quando anunciou a ordem executiva, e o segundo em Las Vegas no dia seguinte – referiu-se àqueles como sendo principalmente apanhadores de fruta, trabalhadores domésticos e limpadores de arrastadeiras… o que não tem qualquer importância, desde que votem no Partido Democrata. Apesar de humildes, tais funções são bem mais honrosas do que as de ladrão, violador e assassino, e que caracterizam practicamente todos os quase 170 mil criminosos que são imigrantes ilegais actualmente à solta nos EUA, muitas vezes libertados após pressões da administração junto dos procuradores estaduais.
Barack Obama apresenta como «argumento» principal desta amnistia-que-não-se-chama-amnistia-mas-que-é, marcada por flagrantes mentiras e ilegalidades, e que não deverá servir – que «surpresa»! – de precedente e de pretexto legítimo para que, por exemplo, futuros presidentes diminuam e até eliminem impostos, a impossibilidade de deportar, de expulsar, cerca de 11 milhões de pessoas – pois é, ainda há mais uns quantos por lá que ainda não beneficiaram da magnanimidade de «Barack I»… Mas será que tal não é mesmo possível? Provavelmente é; levaria mais tempo, seria mais difícil, mas, havendo vontade, bastaria aplicar novamente o «método» que Dwight Eisenhower aplicou quando foi presidente, na década de 50 do século passado. 
(Adenda – Os que acreditaram na promessa de Barack Obama e dos democratas de que a «despenalização» de imigrantes ilegais traria benefícios, para a economia em especial e para o país em geral, podem estar interessados em saber que, na verdade, tal «integração» poderá acarretar para os contribuintes um custo de cerca de dois triliões de dólares nas próximas décadas. Porém, não é novidade que os «azuis» têm sempre alguns problemas em fazer contas correctamente: há uma semana soube-se igualmente que os números de adesões ao «ObamaCare» foram artificialmente – e irregularmente – inflacionados com as subscrições de… planos dentários! O que dá uma especial acuidade à expressão «mentir com quantos dentes se tem na boca».
(Segunda adenda - Era só uma questão de tempo - e não muito - até BHO se «descair» e admitir que a sua acção executiva, efectivamente, «alterou» a(s) lei(s) da imigração. O presidente não foi, porém, o único dos «burros» principais a ter recentemente uma «crise» de sinceridade: Chuck Schumer afirmou que, em retrospectiva, não terá sido acertado privilegiar a aprovação e a aplicação do «ObamaCare»; o senador por Nova Iorque pode ser mais um «rato» a abandonar o «navio» do «obamismo»... mas não é um «rato»  qualquer.)  

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

«D» de degenerescência (Parte 2)

Nos Estados Unidos da América o «D» de (Partido) Democrata(s) é – tem sido – também, como já se viu, o «D» de degenerescência, e ainda de desequilíbrio, demagogia, desagregação… destruição. Tanto antes como depois das eleições intercalares do passado dia 4 de Novembro, deputados e dirigentes dos «azuis», a começar pelo actual presidente do país, dão contínuas demonstrações de incompetência, de irresponsabilidade, de indiferença para com o que – de mau – realmente acontece no país e no estrangeiro, e que é – tem sido – a consequência directa das suas debilidades. 
Confirmando, mais do que a expectativa, a já autêntica teoria de que dificilmente passa um mês – ou até uma semana – sem se descobrir mais um abuso de poder, mais uma «bronca», mais um escândalo, perpetrado e/ou protagonizado pela actual administração e/ou pelos seus aliados, o período seguinte às midterms tem sido marcado pela revelação e divulgação de vários vídeos com Jonathan Gruber, economista do Massachusetts Institute of Technology e que foi um dos principais colaboradores – há até quem diga o «arquitecto» - do processo de elaboração do Affordable Care Act, mais conhecido por «ObamaCare. E são mesmo vários: um, dois, três, quatro… O que têm em comum? Basicamente, a admissão de que aquele que é considerando o grande – e único – «sucesso» da presidência de Barack Obama é uma fraude, uma mentira, concretizada à custa da falta de transparência e ainda da convicção de que o cidadão (e votante, e contribuinte) médio norte-americano é «estúpido» - embora útil para pagar a Gruber remunerações no valor de milhões de dólares. Para se ter uma ideia de quão má é esta situação, basta referir o comentário de Howard Dean, que não é propriamente um esquerdista moderado, sobre aquela: o problema principal com a «maldita lei» (o «ObamaCare»), como o demonstra as afirmações de Gruber, é que «foi feita («put together») por um amontoado de elitistas que não percebem fundamentalmente o povo americano». Claro que não, mas isso não interessa, porque, como disse o Sr. Hussein, o objectivo último é… «transformar fundamentalmente» os EUA.
Como já aconteceu anteriormente em quase todos os «incidentes» que têm caracterizado o consulado do Nº 44, é espantoso assistir às tentativas dos democratas em negar o inegável, ou pelo menos em desvalorizá-lo; é hilariante observar o esforço posto em criar uma realidade alternativa, um mundo de fantasia em que, por «artes mágicas», não existem gravações, registos, que desmentem ontem o que eles afirmam hoje. Tanto Nancy Pelosi como Barack Obama garantiram ou não conhecer Jonathan Gruber ou, se o conheceram, apenas vagamente… mas, na verdade, não foi bem isso que aconteceu. Já em 2006 o actual presidente assumia ter «roubado liberalmente» as ideias de Gruber, e este não era só um ocasional «conselheiro»: era uma «figura importante» que, nas suas quase 20 visitas à Casa Branca, terá convencido o Nº 44 a criar os mandatos individual e empresarial, isto é, a obrigação de adquirir seguros de saúde, sob pena de multa, para pessoas e empresas.
A contradição constante, a alteração injustificada de opiniões e de atitudes, a negação de factos, a dissonância flagrante entre o que se diz e o que se faz são «prácticas» que nada têm de novo: afinal, o Sr. Hussein que agora parece tão determinado em amnistiar imigrantes ilegais por acção executiva é o mesmo que, antes, garantia, enquanto jurista especializado em direito constitucional, que não podia nem devia fazê-lo… além de que a legalização de milhões de estrangeiros prejudicaria os «trabalhadores de colarinho azul» norte-americanos; é o mesmo que, enquanto acusa o GOP de ser o partido dos ricos, participa em eventos de angariações de fundos promovidos por bilionários, incluindo um que se chama… Rich Richman! Ou será que os dois não são a mesma pessoa? É caso para perguntar, novamente: onde está o senador Obama? A todos os outros democratas podem e devem ser apontadas culpas pelo actual panorama político nos EUA, porque, por acção (colaboração) ou por omissão, permitiram que um dos seus colocasse consecutivamente em causa os princípios pelos quais o país se rege. De que serve o senador Ron Wyden lamentar a «cultura de desinformação» existente no Departamento de Justiça se a sua colega Kristen Gillibrand admite que «todos nós sabíamos que algumas das promessas do “ObamaCare” eram falsas»?
Mais preocupante, a ousadia demonstrada por BHO para «consumo interno» não tem continuação no estrangeiro: até Chris Matthews regista (e repreende?) que «Obama negoceia com o Irão (sobre armas nucleares) mas não com os republicanos sobre imigração». Não é bem «negociar», é mais «suplicar», como se pode deduzir por mais uma carta («privada») que o Sr. Hussein enviou aos «ai-a-tolas». A fraqueza detecta-se… e é aproveitada: a Rússia envia, provocadoramente, os seus bombardeiros para o Golfo do México e para a ilha de Guam, e na Turquia militares norte-americanos são agredidos. A degenerescência do Partido Democrata, em si, não é, ou não seria, um problema… se não estivesse a causar, também, a degenerescência dos EUA.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Que tem Cuomo para ter medo?

Não foram muitas, nem significativas, as victórias alcançadas por candidatos do Partido Democrata no passado dia 4 de Novembro. Uma que se destacou foi a reeleição de Andrew Cuomo para governador do Estado de Nova Iorque… conseguida também à custa de uma campanha que recorreu tanto à distorção e à demagogia que até Sheila Astorino, esposa de Rob Astorino, o candidato pelo GOP a governador de NY, se sentiu obrigada a responder em vídeo… Porém, e como que para «estragar a festa», nem no «Empire State» os «azuis» viram todas as suas esperanças e expectativas concretizadas… porque, ao mesmo tempo, o Partido Republicano alcançou a maioria no senado estadual!
Para o filho do ex-governador Mario Cuomo, que ainda «espreita» uma oportunidade como eventual candidato a presidente pelo Partido Democrata em 2016, o triunfo da semana passada – quanto mais não seja por ter «aguentado o forte» ao contrário dos seus correligionários no Illinois, no Maryland e no Massachusetts – serviu para reforçar a sua credibilidade como «reserva» dos «azuis» no caso de Hillary Clinton não querer, ou não conseguir, impor-se como nomeada «natural» daqueles. No entanto, e como acontece com practicamente todos os «burros» de alguma envergadura e nomeada, também Andrew Cuomo parece ter alguns «esqueletos no armário»: para além daqueles que «coleccionou» enquanto secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano da administração de Bill Clinton (e que um dia poderão ser objecto de abordagem aqui no Obamatório), há a suspeita de que mais terão sido recentemente acrescentados ao «espólio» a partir do seu gabinete em Albany. Acossado pelas frequentes queixas de corrupção que grassam no funcionalismo público nova-iorquino, Cuomo deu posse, em 2013, a uma comissão de investigação… que dissolveu, já neste ano, quando aquela se preparava para apresentar conclusões e propor acusações! Porquê? Será porque se descobriu que uma das empresas visadas prestara serviços à organização da campanha eleitoral do governador-candidato?
O que é certo é que Andrew Cuomo, na promoção do seu livro «All Things Possible» – do qual vendeu, na primeira semana, menos de mil exemplares (!), e pelo qual recebeu 700 mil dólares de adiantamento (!!) – nem sequer se deslocou, acedendo aos seus convites, à Comedy Central e à MSNBC, espaços que, à partida, e previsivelmente, lhe seriam simpáticos, mas onde, deve reconhecer-se, tanto Jon Stewart como Joe Scarbourough o criticaram pelo seu comportamento relativamente à Comissão Moreland. Que tem Cuomo para ter medo? É de registar que a CNN – onde trabalha o irmão, Chris – practicamente ignorou o escândalo envolvendo Andrew, o que contrasta com a cobertura maciça que aquela estação dedicou a Chris Christie aquando do denominado «Bridgegate». De qualquer modo, e mesmo sendo mínima, a promoção do seu livro já suscitou ao governador queixas por alegada violação de normas éticas e criminais. A ver vamos se Andrew Cuomo ainda irá fazer companhia ao seu camarada Rod Blagojevich.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Para acabar de vez com o Partido Democrata

(TRÊS adendas no final deste texto.)
Não costumo, em qualquer contexto, mencionar, dar (muita) importância e acreditar (incondicionalmente) em sondagens, e, no que se refere à política nos EUA, e depois do que aconteceu nas presidenciais de 2012, essa minha renitência mais não foi do que reforçada. Foi por isso que, na aproximação às midterms – eleições intercalares – do passado dia 4 tentei não ficar (muito) optimista com as previsões que indicavam uma sólida victória do GOP e, em especial, a (re)conquista de uma maioria no Senado. E com razão: practicamente todas as sondagens se enganaram… ao subestimarem a diferença com que, em quase todas as corridas, os candidatos republicanos venceram!  
Indo directamente ao que interessa: estes foram, de um modo geral, os melhores resultados para o GOP no Congresso desde, pelo menos, o final da Segunda Guerra Mundial. Para já, e no momento em que escrevo, o Partido Republicano: na Casa tem por enquanto 243 representantes, significando que ganhou 15 e perdeu dois – um «resultado líquido» de 13, que, neste caso, não é um número de azar…; e no Senado tem 52, significando que ganhou sete e perdeu nenhum – Cory Gardner (Colorado), Joni Ernst (Iowa), Mike Rounds (Dakota do Sul), Shelley Moore Capito (Virgínia Ocidental), Steve Daines (Montana), Thom Tillis (Carolina do Norte) e Tom Cotton (Arkansas); e ainda poderá conquistar mais três, porque no Alaska falta confirmar a victória de Dan Sullivan, na Virgínia haverá uma recontagem em Dezembro, e no Louisiana, também no próximo mês, realizar-se-á uma segunda volta (lá o vencedor tem de ter mais de 50% mais um dos votos).
Alguns dos desfechos para a câmara alta do Congresso merecem ser salientados: no Kansas, Pat Roberts, contra um democrata «disfarçado» de independente (Joe Biden confirmou-o), «tremeu», mas não caiu; no Novo Hampshire, Scott Brown «prometeu», mas não conseguiu; o Minnesota confirma o seu estatuto de esquisitice nacional ao manter o «bobo» Al Franken como senador e, desta vez, com uma vantagem dilatada face ao seu opositor republicano, melhor do que há seis anos, em que ganhou graças a algumas centenas de votos ilegais de presidiários – afinal, convém não esquecer que o Estado natal de Bob Dylan e de Prince foi o único a não dar, em 1984, o triunfo a Ronald Reagan (em 1972 a «excepção à regra» foi o Massachusetts, único Estado onde o então reeleito Richard Nixon não venceu.)
As eleições de terça-feira não foram apenas para as (duas) câmaras federais mas também para (várias) estaduais – onde os democratas se afundaram para níveis de antes da década de 20 - e para cargos de governador. E também aqui os republicanos conseguiram melhor do que se esperava: mais do que compensando a perda da Pensilvânia, alcançaram, nomeadamente, surpreendentes (e desmoralizadores para os democratas) triunfos no Massachusetts (Charles Baker), no Illinois (Bruce Rauner) e no Maryland (Larry Hagan), com a particularidade de neste o candidato «burro», Anthony Brown, ter descido nove pontos nas sondagens após Barack Obama lhe ter feito uma visita e participado num comício de campanha… «obrigado», senhor presidente! Já outro Brown, Jerry, «dinossauro» democrata, conquistou o seu quarto mandato e confirmou o «progressivo» declínio da Califórnia em direcção ao Terceiro Mundo. Entretanto, do lado dos «elefantes», Scott Walker, no Wisconsin, e os dois Rick’s, Scott na Flórida (este contra o «vira-casacas» Charles Crist) e Snyder no Michigan, mantiveram os seus postos apesar de disputas renhidas.    
A «ressaca» da derrota para os políticos democratas e para os seus muitos apoiantes na «lamestream media» tem sido muito dura. Não têm faltado as tentativas – pouco convincentes e mesmo falhadas – de desvalorizar e de diminuir o triunfo do GOP, com alusões à «negatividade» da(s) campanha(s) (na verdade, practicada quase exclusivamente pelos «azuis»), «justificações» de que a abstenção foi elevada (sim, mais nuns Estados do que noutros, principalmente de habituais votantes no PD que, desiludidos com o seu partido, não foram às urnas) e insinuações de que esta victória do Partido Republicano é como que ilegítima, frágil, provisória, não é uma garantia para daqui a dois anos, e «avisos» de que os «encarnados» é que devem «dialogar» e «procurar um compromisso»… com quem nunca quis nem uma coisa nem outra, apenas a submissão! Já antes de terça-feira estas «narrativas» estavam a ser ensaiadas… e até em Portugal tiveram «ecos». Basta ver e ouvir, na televisão (RTP, pela quase desaparecida Márcia Rodrigues, e TVI), breves peças… com alguns «bitaites» rancorosos. 
Tão ou mais hilariante do que constatar, agora, as reacções à derrota, é relembrar a certeza que alguns, importantes, dirigentes do PD alardeavam quanto a, pelo menos, manter o controlo do Senado. Joe Biden, Debbie Wasserman Schultz e Chuck Schumer cometeram essa imprudência, e o senador por Nova Iorque foi até ao ponto de declarar, nesse objectivo, a importância do «trabalho no terreno»ground game») dos democratas. O que não deixou de causar alguns calafrios, porque deduz-se o que essa expressão pode querer dizer. E, na verdade, nos dias anteriores às eleições, e com estas a começarem mais cedo em alguns locais, não faltaram notícias com eventuais exemplos desse «ground game»: no Colorado, democratas disfarçados de (fiscais) republicanos em mesas de voto; no Illinois e no Maryland, máquinas que «transformam» votos nos republicanos em votos nos democratas; na Carolina do Norte (e em mais uma descoberta e denúncia pelo incansável James O’Keefe), adição – e mesmo multiplicação – de boletins de voto; ainda no Maryland e na Carolina do Norte, votação de «não cidadãos», em especial imigrantes ilegais; no Estado de Nova Iorque, ameaças de que cidadãos que não votassem teriam os seus nomes divulgados. Aos que não acreditam, e negam, que a fraude eleitoral, nos seus vários «formatos», existe nos EUA, basta recordar alguns exemplos mais ou menos recentes. Aliás, o próprio Barack Obama sabe isso, pois no Wisconsin, num comício da candidata a governadora Mary Burke, ele avisou que «só se pode votar uma vez, isto não é Chicago» (algumas dúvidas restam sobre como John Kennedy ganhou em 1960?) Após esta visita a Milwaukee do Nº 44, Scott Walker passou a ter uma vantagem de sete pontos nas sondagens… «obrigado», senhor presidente!
E qual foi, precisamente, a reacção, a resposta, do Sr. Hussein ao triunfo do Partido Republicano no dia 4? Aparentemente, a indiferença, ou até o desafio; a habitual atitude de arrogância, de sobranceria, mantém-se, tal como a teimosia em concretizar as mesmas causas «politicamente correctas»… à custa da integridade, da segurança e do (verdadeiro) desenvolvimento do país. Porém, depois do «banho de sangue» e do «desastre» (palavras do Huffington Post!) que as intercalares representaram, e para acabar de vez com o Partido Democrata, Barack Obama mais não tem de fazer do que concretizar a ameaça e legalizar, de uma assentada e por acção executiva, quase dez milhões de imigrantes ilegais. É difícil olhar para os mapas pós-eleitorais, e em especial para o relativo à Casa, e não pensar que o PD está em vias de extinção.
(Adenda – Quanto aos três lugares no Senado que estavam em disputa e não ficaram decididos no dia 4, eis os mais recentes desenvolvimentos… Na Virginia, Ed Gillespie concedeu a victória a Mark Warner, apesar de ter o direito de exigir uma recontagem por a diferença de votos para com o democrata estar acima do mínimo exigido por lei. No Alaska, pelo contrário, Mark Begich teima em não reconhecer a derrota; espera, talvez, que a ele lhe aconteça o mesmo que a Al Franken em 2008, ou seja, que surjam à última hora os votos suficientes para superar a desvantagem que tem relativamente a Dan Sullivan. No Louisiana, Mary Landrieu deve ser a única pessoa que ainda acredita que irá ganhar; como se não fosse suficiente ver o DSCC desistir de comprar espaços publicitários nos órgãos de comunicação social daquele estado (o que indica uma grande «confiança» no resultado), ela teve a infeliz ideia de, para (re)começar a campanha, perguntar onde estava o seu opositor republicano, Bill Cassidy, quando o furacão Katrina atingiu Nova Orleães, e a resposta daquele, que, note-se, então ainda não havia entrado na política, não podia ser mais devastadora (para Landrieu) – como médico, estava a dar assistência aos feridos…)
(Segunda adenda – Mike Huckabee, no seu programa semanal na Fox News, perguntou precisamente – a uma conterrânea do Arkansas, Blanche Lincoln, ex-senadora do outro partido – se os democratas… do Sul dos EUA estarão em extinção. Não só aqueles mas de todo o país correm esse risco se acreditarem, como a equipa de Barack Obama parece acreditar, que a 4 de Novembro «os republicanos tiveram uma noite boa mas os nossos resultados foram melhores»! Nem todos os liberais, contudo, recorreram, além da negação, à raiva ou à paranóia para se consolarem: Bill Maher, que não conseguiu derrotar o representante do GOP – John Kline – que tomara como alvo na sua iniciativa «Flip a District», reconheceu igualmente, com humor, a ocorrência de um «banho de sangue» - e em que o «pirilau» de Anthony Weiner e as «balls» de todos os «burros» em geral estiveram entre as maiores «vítimas»… ;-))  
(Terceira adenda - Custou mas foi: está confirmada, no Alaska, a victória de Dan Sullivan sobre Mark Begich. Foi mais um incumbente democrata a ir abaixo; agora, só falta Mary Landrieu no Louisiana.)