segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Marchas (im)populares

A 12 de Setembro último ocorreu em Washington uma das maiores manifestações, marchas, de protesto alguma vez ocorridas na capital dos EUA... e que – surpresa! – não teve como destinatário principal das críticas (ainda) George W. Bush mas sim... Barack H. Obama!
Houve divergências quanto ao número total de pessoas presentes. Mais de um milhão? Milhares? Foram, de certeza, muitas... tantas que até se falou de um «Woodstock conservador»! E não eram perigosos racistas de extrema direita mas sim cidadãos comuns, crescentemente preocupados com a perspectiva de um governo, e de uma burocracia, cada vez maiores e mais intromissores nas vidas e nos valores de famílias, de empresas, de toda a sociedade civil.
Para altos dirigentes do Partido Democrata como, por exemplo, a desacreditada Nancy Pelosi (a «Speaker of the House», ou seja, a Presidente da Câmara dos Representantes), o que aconteceu há duas semanas pode prenunciar, incitar uma vaga de violência política (!) Mas é óbvio que ela não teve estas preocupações num passado recente, quando sucessivas manifestações, marchas de protesto contra o anterior presidente norte-americano suscitaram, mais do que insultos, ameaças verdadeiramente preocupantes. A ver... e a comparar. Temos que estar sempre atentos aos sinais.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A ponta de um ACORN

ACORN significa Association of Community Organizers for Reform Now. É uma instituição que, nas últimas décadas, ganhou muito poder nos EUA. Tem como objectivo declarado apoiar pessoas desfavorecidas mas, na verdade, tem-se evidenciado enquanto grupo de pressão e de recrutamento a favor do Partido Democrata. No ano passado, durante as eleições presidenciais, foram divulgados diversos casos de irregularidades no registo de eleitores, envolvendo falsificação de identidades (até o rato Mickey tentaram recensear!), que, após investigação pelas autoridades, implicaram processos e condenações em tribunal.
Este ano novo escândalo: dois jovens activistas deslocaram-se a diferentes escritórios da ACORN em diferentes cidades e, apresentando-se como chulo e prostituta, em todos eles pediram informações sobre... como montar um bordel, «importar» menores latino-americanas e fugir aos impostos! E essas informações foram-lhes dadas! E filmaram, gravaram, tudo! Receberam a ajuda de Andrew Breitbart, e, entre os média americanos, só a Fox News Network, várias estações de rádio e alguns portais da Internet divulgaram o caso logo desde o início; os outros ignoraram-no completamente... ou referiram-se a ele tardia e timidamente, sem dúvida porque a ACORN sempre foi uma grande apoiante de Barack Obama, com a qual, aliás, o actual presidente trabalhou no passado – afinal, ele também foi um «organizador comunitário» («community organizer»)...
O escândalo tem sido tal que até Jay Leno e Jon Stewart já o satirizaram – com o apresentador do «The Daily Show» a querer saber inclusivamente, e veementemente, «onde é que estavam os verdadeiros jornalistas». Enfim, esta é uma história que até poderia dar um filme... mas como não são conservadores, republicanos, os «maus da fita», o mais provável é que ele nunca seja feito...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

«A Hemorróida da Nação»

Só por absoluto atrevimento ou por completo desconhecimento é que se pode atribuir actualmente alguma relevância ao que James Carter diz – incluindo apontar o racismo como causa das críticas às políticas de Barack Obama. Uma acusação que foi rejeitada por muitos... e até pela Casa Branca!
O homem que foi Presidente dos Estados Unidos da América entre 1976 e 1980, e que foi um fracasso tanto interna como externamente, ainda hoje não consegue – ou não quer – compreender o que de facto acontece à sua volta. E que se apresenta como aquilo que realmente é: um velho ressentido, amigo de ditadores, anti-semita... tanto que, recentemente, até Osama Bin Laden terá recomendado um livro dele!
Não irei ao extremo de afirmar, como John McCain afirmou, que James Carter foi «o pior presidente do século XX, talvez da História»; ou, como Rush Limbaugh afirmou, que ele é «a Hemorróida da Nação». Mas se fosse precisa uma imagem que corporizasse o que de mais degradante os EUA têm... seria a dele. Recebeu o Prémio Nobel da Paz? E depois? Também Al Gore! Apenas significou, nos dois casos, que os noruegueses são doidos (afinal, têm tanto bacalhau e não o sabem cozinhar...) e que não gosta(va)m de George W. Bush!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mentira... ou verdade

Na semana passada houve uma grande «comoção» em Washington: durante o discurso de Barack Obama no Congesso, o representante do Estado da Carolina do Sul (e membro do Partido Republicano) Joe Wilson gritou, ao Presidente, «Você mente!», quando aquele garantia que os imigrantes ilegais não seriam cobertos pelo sistema de saúde dos EUA (se a reforma do mesmo que o Partido Democrata propõe fosse aprovada).
Independentemente dos motivos, foi indubitavelmente uma atitude incorrecta; tanto que Joe Wilson apresentou posteriormente o seu pedido de desculpas à Casa Branca, que as concedeu. Porém, tal não foi suficiente para os democratas do Congresso, que exigiram que Joe Wilson se retractasse publicamente no Capitólio, o que ele não fez... e, assim, o representante foi ontem desaprovado publicamente, após votação, no que constituiu a primeira vez que um membro do parlamento federal norte-americano foi penalizado por falar durante um discurso de um Presidente dos EUA!
Vários comentadores conservadores norte-americanos, entre os quais Ann Coulter, Phyllis Schlafly, Rush Limbaugh e Victoria Jackson, condenaram veementemente a manobra dos liberais, porque: Joe Wilson já pedira perdão ao Presidente; a proposta de Barack Obama estará mesmo repleta de... inverdades; e vários democratas já faltaram ao respeito, no passado, a presidentes republicanos. Em particular a George W. Bush: a quem Al Gore chamou de «traidor»; a quem um representante da Califórnia chamou de «mentiroso»; a quem Harry Reid chamou de «perdedor»; que foi vaiado, e até interrompido, pelos democratas durante o discurso do Estado da União em 2005 e em 2006 (aqui sendo de destacar um então senador pelo Illinois...). Enfim, até Obama já acusou Bill Clinton de dizer mentiras!
O respeito não é devido a todos? O que espanta e indigna é, mais uma vez, a dualidade de critérios. Que nem umas inacreditáveis, incríveis, «regras para protestar» parecem ser capazes de atenuar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Há oito anos...

... Aconteceu o dia que, sim, mudou o Mundo. Para ver, ouvir... e sentir, uma evocação, que é também uma reflexão, pelo sempre notável Andrew Klavan. E ler também os testemunhos de Gary Graham, John Nolte e Mark Tapson.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

«Vandalismos»

Apresentando... Anthony «Van» Jones, que, no passado dia 6, se demitiu – ou foi demitido – do cargo de conselheiro da Casa Branca para os... «Empregos Verdes». Porém, este ex-ajudante de Barack Obama era (é) mais do género «melancia»: verde por fora, vermelho (e muito...) por dentro.
Provas? A dificuldade está na escolha, em por onde começar: ele é um dos que acreditam que o 11 de Setembro de 2001 resultou de uma conspiração interna; disse que os republicanos são uns «buracos de rabos»; que o governo de George W. Bush se serviu da bandeira americana para bater nos opositores à guerra no Iraque; comparou o anterior presidente a um drogado; declarou que «apenas os jovens brancos é que disparam nas escolas»; que «poluidores brancos envenenam as comunidades das minorias»; afirmou que o objectivo dos «empregos verdes» é fazer uma revolução que supere o «capitalismo cinzento»; exortou marxistas, anarquistas e (outras) «pessoas espirituais» a praticarem um «activismo convergente». E há mais, acreditem... como o ter sido preso por ter participado num motim!
Anthony «Van» Jones é tão só mais um exemplo do (baixo) nível e da (falta de) classe das pessoas com quem Barack Obama se tem rodeado... no passado como no presente. Sim, lembremo-nos do provérbio: «diz-me com quem andas...» No entanto, este caso pode ter tido, pelo menos, uma «vantagem»: a de incentivar outros comunistas norte-americanos a, finalmente, «saírem do armário»!

sábado, 5 de setembro de 2009

No «comboio» descendente

Quando os índices de popularidade descem acentuadamente (sim, são piores do que os de George W. Bush no mesmo momento do seu primeiro mandato), quando o défice aumenta vertiginosamente, quando os protestos populares se multiplicam contra as suas iniciativas (como a reforma do sistema de saúde ou a – aparente – doutrinação de crianças), o que podem fazer Barack Obama, a sua Administração, o Partido Democrata e os seus apoiantes?
Várias coisas: culpar o Nº 43 (mais uma vez) e criar (mais uma) «cortina de fumo» sobre alegadas «torturas» praticadas pela CIA, tentando demonizar não só o anterior Presidente mas, principalmente, o anterior Vice Presidente (o que, ironicamente, pode consolidar a «reabilitação» de Dick Cheney); dizer que todos os críticos e opositores são «racistas» (mesmo que os assuntos em discussão nunca tenham a ver com etnias e cores de pele), e, se isso não resultar, tentar silenciá-los e boicotá-los; recorrer ao «spam» em larga escala (levando Karl Rove a imaginar o que lhe fariam se ele tivesse implementado algo semelhante); e, como último recurso, entrar em delírio.
O que se esperaria é que, por esta altura, Barack Obama já tivesse cessado a campanha eleitoral e começado a liderar, efectivamente, o país. Como, aparentemente, isso ainda não aconteceu, ele corre o risco de se tornar, rapidamente, irrelevante. E irreversivelmente impopular.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O problema com Harry

Apresentando... Harry Reid, líder da maioria (Partido Democrata) no Senado dos EUA: é um dos mais desacreditados, impopulares e ridicularizados políticos norte-americanos. Três exemplos recentes das suas «qualidades»: afirmou, numa entrevista, que a morte de Edward Kennedy pode ajudar a aprovar a reforma do sistema de saúde proposta por Barack Obama (!); terá ameaçado um jornal do seu próprio Estado (o Nevada) que não lhe é propriamente favorável; e organizou uma «sessão de esclarecimento»... à porta fechada, e por convite!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A senhora na água

Para deitar um pouco de... «água na fervura» na (quase) unanimidade elogiosa ao recém- falecido Edward Kennedy, sugere-se a leitura de três artigos, um de Mark Steyn, um de Dan Gifford e um de Andrew Breitbart, que evocam (principalmente, mas não só) a morte, ocorrida há 40 anos, de uma mulher - sacrificada, pode dizer-se, a bem da carreira política do senador do Massachusetts... que, ao longo da sua vida, revelou ser pouco, ou nada, católico.