domingo, 26 de agosto de 2012

Não precisam de agradecer

Como já por mais de uma vez disse e/ou dei a entender, não é só no Obamatório que eu exerço uma vigilância mais ou menos constante e rigorosa – à medida da minha capacidade e da minha disponibilidade – sobre o que se vai dizendo e escrevendo no espaço público informativo português, com especial enfoque na blogosfera, intervindo e comentando, sempre que me parece oportuno e relevante, para corrigir, denunciar e/ou esclarecer erros, mentiras e preconceitos sobre a política (e a cultura) norte-americana – e, claro, sempre sem anonimato. Eis alguns casos recentes… e não precisam de agradecer.
Com os meus «colegas de blogs sobre os EUA» os contactos são regulares, mas practicamente todos num só sentido – raramente (ou nunca) são retribuídos. Muitas vezes são feitos, precisamente, para corrigir erros «simples», sem malícia, como os de João Luís Dias no Máquina Política (um, dois, três) e um de Alexandre Burmester no Era uma Vez na América – escusado será dizer que espero que façam o mesmo se eu me enganar (não, não sou infalível… ;-)) Quanto a Nuno Gouveia, nada de recente da minha parte há a assinalar, mas não porque ele tenha desistido de (tentar) ridicularizar Sarah Palin persistindo em criancices cada vez menos desculpáveis – prefere fazê-lo no 31 da Armada, onde não permite comentários e, por isso, não tem de me «ouvir»… Mas isto não é (muito) grave, ao contrário de, concretamente, juntar, aos dislates demagógicos a favor de democratas, mentiras sobre factos, utilizando-se ainda por cima o aberrante, abominável «aborto ortográfico». Aliás, são dois os blogs a quem eu faço (por enquanto…) o «obséquio» de mencionar em permanência no Obamatório que já capitularam perante os perversores da língua portuguesa. Lamentável, ridículo e vergonhoso.
Porém, há pior no que se refere a delírios e a disparates «tugas» a respeito dos EUA, e isso, inevitavelmente, é encontrado com frequência nos tugúrios «generalistas» esquerdistas. Não é de surpreender que: um comunista empedernido, mesmo que «enfeitado com fruta», não tenha a mínima ideia do que se passa realmente nos EUA; que um «gato» não consiga reconhecer um dos seus «donos ideológicos»; que alguém que se assume como «o terrorista» equiparasse republicanos aos talibãs, e que se revelasse como racista misógino; e que um grupo de pessoas que se assume como de «Esquerda Republicana» mostrasse a sua reduzida capacidade (e a desonestidade) intelectual, individual e colectiva, ao lançar acusações sem provas, ao (tentar) desvalorizar factos, a dar credibilidade a «estudos» fraudulentos, a acreditar que a Fox News «desinforma», a mostrar uma hipocrisia demente e mal-agradecida para com aqueles que os acolhem. No entanto, há que reconhecer e assinalar que também à direita há ingenuidades avaliativas, insuficiências informativas e desproporções opinativas sobre os EUA em geral e os conservadores em particular que não devem igualmente ficar sem resposta.         
Todavia, a gravidade da de(sin)formação atinge níveis verdadeiramente preocupantes quando é practicada por pessoas investidas de especiais responsabilidades, recursos e «respeitabilidades». Como professores e jornalistas.
Para o seu artigo «A ficção furiosa de Hunter S. Thompson», saído no Público em Dezembro de 2011, o jornalista Francisco Valente pediu a opinião de Teresa Botelho, professora e investigadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Universidade Nova de Lisboa, cujas declarações – ou algumas em especial, pelo menos – me levaram a contactá-la por correio electrónico e a escrever que «a senhora poderá ser, eventualmente, “especialista em estudos americanos” mas não é, de certeza, especialista em (conhecedora da) comunicação social norte-americana. E, claramente, não vê, não costuma ver - e, provavelmente, nunca viu - a Fox News. Se visse, não a colocaria ao mesmo (baixo) nível de um “jornalista” drogado e suicida. Então na FNC não há “moderação do riso”? Aconselho-a a ver um programa chamado “Red Eye”. E não duvide de que naquele canal se tem acesso à verdade - a de numerosos factos (acções, decisões, afirmações), erros, lapsos, que são omitidos, deturpados, e/ou, sim, desvirtuados em outros órgãos “inclinados à esquerda”, como a ABC, a CBS, a NBC, a MSNBC, a CNN, o New York Times, o Washington Post... Já ouviu falar dos casos “Fast and Furious” e “Solyndra”? São escândalos que abalam actualmente a administração de Barack Obama, mas dos quais poucas ou nenhumas referências encontrará, sem ser na FNC, naqueles media...» Respondeu-me a Prof.ª Botelho tentando explicar, esclarecer, o que havia dito, ao que eu ripostei que «pela sua resposta, mais fico convencido de que a senhora não vê, e possivelmente nunca viu, a Fox News. Se visse, nunca compararia... o que não é comparável, ou seja, um canal que emite 24 horas por dia com um programa que dura meia hora. São os admiradores de Jon Stewart que procuram no “The Daily Show” uma “confirmação dos seus pontos de vista”, porque, apesar da presença ocasional, rara, de um ou outro convidado não liberal (isto é, de esquerda), a tónica do programa é, claramente, assumidamente, criticar, combater, ridicularizar os conservadores. O próprio Stewart já admitiu que ele e a sua equipa passam horas todos os dias a verem a Fox à procura de material para construirem as suas sátiras... mesmo que se trate de pormenores insignificantes! E quando ocasionalmente fazem troça de democratas e “progressistas” é invariavelmente para criticarem os seus fracos desempenhos na defesa dos seus valores, não os valores propriamente ditos. Stewart é um humorista, não um jornalista; se dá factos é sempre com a sua interpretação, a sua “mundivisão”... Enquanto que na Fox, apesar de ter uma posição assumidamente pró-republicana, conta com a participação constante de democratas, entre trabalhadores permanentes, colaboradores e comentadores. E, se mais não aparecem, é porque não querem...»
Faço notar, novamente, que Teresa Botelho respondeu às minhas mensagens, e isto para diferenciar claramente o comportamento dela do de Nuno Galopim, jornalista do Diário de Notícias, que não o fez. Em Maio deste ano, no blog Sound + Vision que partilha com João Lopes (e onde não são permitidos comentários), decidiu divulgar e comentar uma gaffe – esta, sim, verdadeira (e «gravíssima»!) – d(a equipa da candidatura d)e Mitt Romney, que «transformou», numa aplicação informática, «America» em «Amercia». Escrevi-lhe: «é claro que eu sei que, no vosso blog (que, no entanto, considero excelente e vejo todos os dias), o Nuno e o João Lopes são claramente... tendenciosos, na “política externa” e não só. Aliás, há mais de dois anos, em Fevereiro de 2010, enviei para aí outra mensagem sobre um texto do João em que ele afirmava, mais ou menos, o seguinte: que bastava assistir às paródias de Jon Stewart sobre a Fox News para se perceber o que é e como funciona aquele canal de televisão. Obviamente, apontei e desmontei a falácia de tal “argumento”, inadmissível num jornalista, mas não só. E até hoje ainda “estou” à espera da resposta... Logicamente, Mitt Romney e os colaboradores da sua equipa de campanha sabem como se escreve “America”. Apesar de insólito, nada mais foi do que um erro que terá sido prontamente corrigido. Apesar da experiência e dos meios de que dispõem, não estão livres de, uma vez por outra, meterem uma “argolada” e das grandes (como esta). Eles não são perfeitos, e não alegam sê-lo. Mas o que eu gostaria de saber é porque é que o Nuno até hoje não referiu e não “reflectiu” sobre os muitos erros de Barack Obama & Cia. em termos de Geografia (é claro que há muitos outros relativos a diferentes “áreas do saber”), e muito mais graves do que escrever «Amercia». É por não os conhecer ou por, conhecendo-os, optar por não os divulgar nem comentar? Dou só alguns exemplos... o presidente já disse: que havia visitado “57 Estados” dos EUA; que o Havai é na Ásia; que existe a “língua austríaca”; que a Europa é um país; que estava contente por estar no Texas... quando, na verdade, estava no Kansas. Além de ter escrito, ou pelo menos permitido, que, durante quase 20 anos estivesse numa sua biografia oficial (fornecida pela sua agente literária) que ele havia “nascido no Quénia”. Deixo-lhe um “desafio”: o de descobrir porque é que estes “insignificantes” lapsos nunca se tornaram “anedotas virais que correram o mundo digital nas mais variadas formas e variações”.» 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Boas Férias com Alá

Voltemos ao tema da política externa e, mais concretamente, à viagem que Mitt Romney fez ao estrangeiro – Grã-Bretanha, Israel e Polónia – no início deste mês… Há para aí quem tenha dito (escrito) que a digressão foi um «desastre», um «périplo internacional atribulado», que ele «escorrega na política externa»… Tudo tretas, claro, delírios de obamistas mais ou menos assanhados, e preguiçosos ao ponto de acreditarem cegamente em todas as patranhas espalhadas por uma comunicação social alinhada e desavergonhada… 
Na verdade, as alegadas gaffes de Romney ou não existiram ou foram grandemente exageradas… Mas querem falar de verdadeiras gaffes? Que tal Barack Obama a curvar-se perante chefes de Estado estrangeiros? A prometer ao presidente russo «maior flexibilidade» num segundo mandato? A referir-se aos campos de concentração construídos pelos nazis como «campos de morte polacos»? A devolver aos ingleses um busto de Winston Churchill que eles haviam cedido a George W. Bush? A oferecer DVD’s de filmes a Gordon Brown e um iPod com os seus discursos à Rainha Isabel II? Em Londres o candidato republicano mais não fez do que umas considerações genéricas e inócuas sobre (in)segurança, no que tem toda a autoridade e legitimidade para as fazer dada a sua qualidade de organizador de (outros) Jogos Olímpicos. Em Jerusalém a visita foi significativa apenas pelo motivo (há outros) de Obama nunca ter visitado a pátria judaica… e de a ter excluído como participante num fórum internacional sobre terrorismo. Em Varsóvia Romney recebeu o apoio de Lech Walesa, resistente anti-comunista, fundador do sindicato independente Solidariedade, Prémio Nobel da Paz, ex-Presidente da Polónia… que Obama se recusou a receber na Casa Branca. Em poucas palavras: a visita de Mitt ao estrangeiro correu muito bem.
Querem continuar a falar de autênticas… burradas em matéria de política externa? Que tal Barack Obama a declarar, numa entrevista, que as afirmações e acções de Hugo Chávez nos últimos anos não tiveram «um impacto sério na segurança nacional» dos EUA, apesar de ele próprio não negar que o actual regime da Venezuela é também um autêntico representante do Irão para a América Latina? É certo que Caracas não precisa de enviar para o Norte «agentes infiltrados» a favor do fundamentalismo islâmico, com ou sem treino em Teerão… porque eles já lá estão. Em Maio último o representante do Indiana Andre Carson declarou que as madrassas muçulmanas deveriam servir de exemplo às escolas norte-americanas; adivinhem a que partido ele pertence… No ano passado um juiz da Flórida decidiu que a Sharia poderia ser usada como lei, num caso concreto, em território dos Estados Unidos! E uma universidade católica, privada, foi alvo de uma queixa por não dar espaços de oração sem símbolos cristãos aos seus alunos muçulmanos! Também em 2011 havia sido notada a (apenas?) aparente condescendência do Departamento de Estado liderado por Hillary Clinton para com a criminalização da «difamação da religião», mais concretamente, do Islão – ou seja, a limitação à liberdade de expressão. E há sinais recentes – de há poucas semanas! – de que a actual administração estará mesmo a ceder.
Apesar do 11 de Setembro de 2001, apesar do que aconteceu antes e depois daquela data fatídica, os democratas continuam a dar a impressão de que não levam a sério os avisos, os sinais que se podem ver no horizonte. Lembrando a destruição das estátuas de Buda pelos talibãs no Afeganistão antes da invasão, islamitas loucos, obscurantistas e sanguinários (tripla redundância) destroem túmulos em mesquitas no Mali (!) e apelam à destruição das pirâmides do Egipto! Na tolerante e multicultural Grã-Bretanha uma inglesa foi insultada, agredida, acusada e levada a tribunal por racismo e «crime de ódio» por querer ajudar uma mulher muçulmana assoberbada por objectos que mal podia carregar e por ter criticado o marido que, junto a ela, se recusava a ajudá-la! E nos EUA há quem faça «estudos» que concluem que os muçulmanos são «incompreendidos» e que não querem impor a sua religião, as suas leis e costumes a todo o Mundo! «Coitadinhos»!
Será que, além de Boas Festas com Alá, vamos ter de suportar também Boas Férias? Considerando que os genocidas iranianos continuam a ameaçar Israel com a aniquilação total, arriscamo-nos ainda a passar por um Verão – e/ou um Outono, e/ou um Inverno, e/ou uma Primavera – nuclear(es).   

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

«R & R»

A candidatura do Partido Republicano à eleição presidencial de 2012 vai ser mesmo feita sob a sigla «R & R», quase como se significasse «Rock & Roll»… Porém, a escolha para «vice» de Mitt Romney recaiu não em Condoleeza Rice ou em Marco Rubio mas sim em Paul Ryan. O que constitui(u) para mim, pelo menos inicialmente, uma leve desilusão…
… Mas não porque o congressista do Partido Republicano pelo Wisconsin seja má pessoa, mau candidato, sem qualidades pessoais e profissionais, sem qualificações para ser vice-presidente e, eventualmente, presidente dos Estados Unidos da América. Muito, muito pelo contrário! Paul Ryan é, sob todas as perspectivas, humanas e políticas, simplesmente excepcional. No entanto, o seu alto conhecimento, as suas elevadas competências em assuntos e matérias fiscais, orçamentais e económicas torna(va)m-no, sim, uma opção perfeita para secretário do Tesouro – isto é, e em termos europeus, para ministro das Finanças. A consistência e a coragem com que tem denunciado e demonstrado o excessivo endividamento do país e a necessidade de serem adoptadas, urgentemente, medidas decisivas e efectivas para diminuir esse endividamento – medidas que ele tem proposto – tornaram-no, de facto, o grande especialista, e a grande referência, dos conservadores norte-americanos neste domínio fundamental. E, sem surpresa, também por isso que há algum tempo se convertera num dos alvos preferidos e privilegiados da demagogia e da mentira democratas. Estes, previsivelmente, não tardaram em anunciar que iriam renovar e reforçar os seus ataques, incidindo em especial nas propostas do congressista para a reforma do Medicare.
Dito de outro modo: as «áreas de especialização» de Mitt Romney e de Paul Ryan são, practicamente, as mesmas. São, ambos, gestores, «homens de números», com provas dadas tanto no sector público como no sector privado. A haver complementaridade entre ambos, ela será «apenas» geracional. Ryan servirá para convencer, para consolidar e para motivar – o que já não é pouco – a base eleitoral do GOP, mas, à partida, pouca ou nenhuma capacidade terá para alargar (significativamente) aquela base, para «entrar em territórios» independentes e mesmo democratas, para apelar a outros segmentos – étnicos e/ou ideológicos – da população norte-americana, para oferecer outras capacidades e outras experiências distintas das de Romney. Marco Rubio, Condoleeza Rice e até David Petraeus poderiam, precisamente, proporcionar isso.
Todavia, estas são conjecturas, hipóteses, previsões, susceptíveis de serem desmentidas (ou confirmadas) no decorrer da campanha eleitoral. Aguardemos, pois, pelo que vai acontecer. E em especial pelo debate que os candidatos a vice-presidente vão realizar a 11 de Outubro, em Danville, no Kentucky. «Pobre» Joe Biden! Ele até sabe o que o espera. Vai ser penoso – hilariantemente penoso – vê-lo definitivamente demolido e destroçado… intelectualmente, claro. Não que seja algo difícil… 

sábado, 11 de agosto de 2012

O Rei(d) da Comédia

Mais uma demonstração (como se ela fosse precisa…) de que os democratas não conhecem limites na degradação – política e moral – para que estão disponíveis em cair: Harry Reid acusou Mitt Romney de não pagar impostos há dez anos!
O líder da maioria (actualmente democrata) no Senado – e, logo, uma das figuras mais importantes da hierarquia política dos EUA – já há muito que é conhecido pelas suas afirmações e atitudes insólitas, quando não imbecis. Porém, o que torna esta última atoarda particularmente escandalosa é que: Reid atirou-a no Capitólio (primeiro numa entrevista no seu gabinete, depois repetindo-a na sala do Senado), garantindo assim (existe essa garantia em Washington) a sua imunidade – e inimputabilidade – contra um eventual processo judicial; baseou-a numa declaração que lhe foi feita por uma fonte anónima, que não identificou (alegadamente, um investidor da Bain Capital), sem apresentar provas… e, para cúmulo, e «invertendo o ónus», desafiou Mitt Romney a demonstrar a sua inocência (!!); ele próprio nunca divulgou qualquer das suas declarações de IRS desde que é membro do Congresso; e, na sua autobiografia, queixou-se das acusações, suspeitas e insinuações de corrupção e de ligações à Máfia (nunca provadas) de que foi alvo quando era membro do organismo que regula a indústria do jogo no Nevada, e cujas (más) consequências na sua reputação sofreu durante anos! Harry, Rei(d) da comédia? Se for, é de um humor negro, de mau gosto, sem graça alguma.
As reacções, previsivelmente, não tardaram. Reince Priebus, presidente do RNC, chamou a Harry Reid um «mentiroso sujo». John Nolte classifica a controvérsia como mais uma manobra de distracção, por parte dos democratas, para desviar as atenções dos eleitores do que é fundamental – o fracasso da presidência de Barack Obama. Charles Krauthammer e George Will compararam-no a Joseph McCarthy, tal como Bob Schieffer, que não é conhecido como sendo um conservador… Nem Howard Kurtz, que incluiu a calúnia na categoria de «democratic talking point», nem Dana Milbank, que aproveitou para fazer um breve historial das incontinências verbais de Reid. E Jon Stewart merece um destaque especial por ter «dedicado» ao líder do Senado uma das suas sátiras mais demolidoras dos últimos tempos, incluindo uma menção à sua vergonhosa, inacreditável idiotice de invocar o «fantasma» de George Romney para criticar o filho! É claro que o Sr. Leibowitz lá teve de mandar umas «farpas» à Fox News para compensar, mas, mesmo assim…  
«Dingy Harry» tinha-se queixado antes de que havia o perigo de «17 homens brancos velhos e zangados» comprarem o país (para o candidato republicano), mas ele bem que podia pertencer a esse «clube»… E, ironicamente, a acusação a Mitt Romney aconteceu quase em simultâneo com a revelação de que HR tem estado a apoiar a instalação, no seu Estado, de uma empresa energética estrangeira da qual o seu filho, Rory Reid, é advogado. De que país? Da China… pois, desde que lá não fabriquem os uniformes da representação olímpica dos EUA não há problema… «Felizmente» para Harry, ele sempre pode contar com o apoio de Nancy «os-republicanos-são-Ecoli» Pelosi, que não tem dúvidas de que o seu comparsa disse a «verdade». Sim, Reid só tem «qualidades»: anedótico, difamador, que-faz-aos-outros-o-que-não-gosta-que-façam-a-ele, hipócrita, interesseiro, medíocre, mentiroso, obstrucionista, nepotista, político-carreirista-há-tempo-demais-no-poder-e-(re)eleito-de-forma-duvidosa, racista, superficial… Em suma: um democrata-modelo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Faltam três meses…

… Sim, exactamente três meses para a eleição presidencial nos Estados Unidos da América. Este é, pois, também um momento apropriado para se proceder a balanços, a recapitulações, a «revisões da matéria dada», enfim, a sínteses das principais acções, características e tendências da administração de Barack Obama…
… E uma dessas, bastante abrangente por sinal, foi feita por Sean Hannity, na Fox News. Escusado será dizer que os ignorantes e preconceituosos que tremem só de ouvir o nome daquele canal, que invariavelmente chamam de «Faux News», não precisam de se incomodar em ver e ouvir. A não ser, claro, que estejam interessados em descobrir e em conhecer o «verdadeiro Obama», notório por: promessas quebradas; a conexão Saul Alinsky; (procurar o) poder absoluto; (entrar no) jogo da culpa; a «digressão da desculpa»; a «presidência imperial»; dar as boas-vindas a «Obamaville»; (aumentar a) dívida nacional; trair Israel; «fugir ao guião» (com maus resultados); (ter um) círculo próximo radical; (ter designado um) «czar verde»; muitas partidas de golfe; parecer um «Carter 2.0»; retrocessos em vez de progressos; apaziguamento (com os inimigos dos EUA).
Em resumo, são bem evidentes os modos em que, efectivamente, Barack Obama «transformou fundamentalmente» os EUA. Se essa transformação fundamental é irreversível ou não, saber-se-á em breve.           

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Raparigas da Califórnia

Está-se em pleno Verão, e, nos Estados Unidos da América em especial, e em todo o Mundo em geral, a estação estival nunca está completa sem se recordar e se ouvir os Beach Boys – que em 2012 assinalam os seus 50 anos de carreira (não, não são só os Rolling Stones...) e os 70 de Brian Wilson. De entre as suas muitas e conhecidas canções deve-se destacar também «California Girls», em que eles, depois de descreverem as qualidades de raparigas de outras partes do país, dizem que desejavam que todas elas fossem da Califórnia…
… Mas isso era antes. Agora, é de duvidar que eles sintam o mesmo, tendo em consideração alguns exemplares femininos que vêm daquele Estado – mais concretamente, espécimenes democratas. Os «rapazes da praia» sempre foram republicanos (já tocaram em comícios e em convenções do GOP), e Bruce Johnston, em particular, já fez este ano afirmações muito… fortes contra Barack Obama. Porém, mesmo que não fossem, não é de crer que se sentissem (bem) impressionados com figuras como Nancy Pelosi. A líder dos democratas na Casa dos Representantes já «mereceu» aqui uma e outra referência específica, tais são os dislates que ela dispara com uma assinalável regularidade. Como dizer que John Boehner, o speaker republicano, escolheu ir para o «lado negro»; ou que os democratas tentaram «salvar o Mundo do orçamento do GOP, salvar a vida neste planeta tal como a conhecemos»! E para que não restem quaisquer dúvidas de como Pelosi é degenerada e desavergonhada, ela teve o descaramento de acusar os republicanos, normalmente pró-vida, de não quererem proteger «o pequeno bebé nascido com um defeito» - «esquecendo-se» de que os seus camaradas democratas, como o actual presidente, não se opõem a que se abortem todos os bebés, com ou sem deficiências e para além das 12 primeiras semanas de gestação.  
É evidente que, no «Golden State», o ridículo não se restringe a São Francisco. De Oakland veio Barbara Boxer, que: acusou os cépticos das «alterações climáticas» e do «aquecimento global» de «porem em perigo a Humanidade»; acusou os republicanos de serem «mccartistas» por quererem investigar a Planned Parenthood, e comparou esta ao YMCA; e apelou a todos os «seres humanos que se auto-respeitam» a votarem em Barack Obama! E de Los Angeles veio Maxine Waters que, apesar de suspeita de corrupção e de ter sido acusada de violação de regras éticas pelo respectivo sub-comité do Congresso, ainda arranja tempo e inspiração para chamar «demónios» a colegas republicanos como Boehner e Eric Cantor, e exigir à Casa Branca um novo «programa de empregos» no valor de um trilião de dólares!
Há uma outra rapariga (democrata) da Califórnia que arranjou para ela um específico, interessante e «lucrativo» programa de emprego: Kinde Durkee, que foi tesoureira das campanhas eleitorais de Dianne Feinstein e trabalhou para outros políticos «azuis», foi acusada de ter desviado a cerca de 50 pessoas, incluído a própria senadora, mais de sete milhões de dólares. Não foi decididamente em alguém como ela(s) que Brian Wilson e Mike Love estavam a pensar quando escreveram a canção…