Voltemos ao
tema da política externa e, mais concretamente, à viagem que Mitt Romney fez ao
estrangeiro – Grã-Bretanha, Israel e Polónia – no início deste mês… Há para aí
quem tenha dito (escrito) que a digressão foi um «desastre», um «périplo
internacional atribulado», que ele «escorrega na política externa»… Tudo
tretas, claro, delírios de obamistas mais ou menos assanhados, e preguiçosos ao
ponto de acreditarem cegamente em todas as patranhas espalhadas por uma comunicação social alinhada e desavergonhada…
Na verdade,
as alegadas gaffes de Romney ou não existiram ou foram grandemente exageradas…
Mas querem falar de verdadeiras gaffes? Que tal Barack Obama a curvar-se
perante chefes de Estado estrangeiros? A prometer ao presidente russo «maior
flexibilidade» num segundo mandato? A referir-se aos campos de concentração
construídos pelos nazis como «campos de morte polacos»? A devolver aos ingleses
um busto de Winston Churchill que eles haviam cedido a George W. Bush? A
oferecer DVD’s de filmes a Gordon Brown e um iPod com os seus discursos à
Rainha Isabel II? Em Londres o candidato republicano mais não fez do que umas
considerações genéricas e inócuas sobre (in)segurança, no que tem toda a
autoridade e legitimidade para as fazer dada a sua qualidade de organizador de
(outros) Jogos Olímpicos. Em Jerusalém a visita foi significativa apenas pelo
motivo (há outros) de Obama nunca ter visitado a pátria judaica… e de a ter excluído como participante num fórum internacional sobre terrorismo. Em Varsóvia
Romney recebeu o apoio de Lech Walesa, resistente anti-comunista, fundador do
sindicato independente Solidariedade, Prémio Nobel da Paz, ex-Presidente da
Polónia… que Obama se recusou a receber na Casa Branca. Em poucas palavras: a
visita de Mitt ao estrangeiro correu muito bem.
Querem
continuar a falar de autênticas… burradas em matéria de política externa? Que
tal Barack Obama a declarar, numa entrevista, que as afirmações e acções de
Hugo Chávez nos últimos anos não tiveram «um impacto sério na segurança nacional» dos EUA, apesar de ele próprio não negar que o actual regime da
Venezuela é também um autêntico representante do Irão para a América Latina? É certo
que Caracas não precisa de enviar para o Norte «agentes infiltrados» a favor do
fundamentalismo islâmico, com ou sem treino em Teerão… porque eles já lá estão.
Em Maio último o representante do Indiana Andre Carson declarou que as
madrassas muçulmanas deveriam servir de exemplo às escolas norte-americanas;
adivinhem a que partido ele pertence… No ano passado um juiz da Flórida decidiu
que a Sharia poderia ser usada como lei, num caso concreto, em território dos Estados
Unidos! E uma universidade católica, privada, foi alvo de uma queixa por não dar espaços de oração sem símbolos cristãos aos seus alunos muçulmanos! Também
em 2011 havia sido notada a (apenas?) aparente condescendência do Departamento
de Estado liderado por Hillary Clinton para com a criminalização da «difamação da religião», mais concretamente, do Islão – ou seja, a limitação à liberdade
de expressão. E há sinais recentes – de há poucas semanas! – de que a actual
administração estará mesmo a ceder.
Apesar do 11
de Setembro de 2001, apesar do que aconteceu antes e depois daquela data
fatídica, os democratas continuam a dar a impressão de que não levam a sério os
avisos, os sinais que se podem ver no horizonte. Lembrando a destruição das
estátuas de Buda pelos talibãs no Afeganistão antes da invasão, islamitas
loucos, obscurantistas e sanguinários (tripla redundância) destroem túmulos em mesquitas no Mali (!) e apelam à destruição das pirâmides do Egipto! Na
tolerante e multicultural Grã-Bretanha uma inglesa foi insultada, agredida,
acusada e levada a tribunal por racismo e «crime de ódio» por querer ajudar uma mulher muçulmana assoberbada por objectos que mal podia carregar e por ter criticado o
marido que, junto a ela, se recusava a ajudá-la! E nos EUA há quem faça
«estudos» que concluem que os muçulmanos são «incompreendidos» e que não querem
impor a sua religião, as suas leis e costumes a todo o Mundo! «Coitadinhos»!
Será que,
além de Boas Festas com Alá, vamos ter de suportar também Boas Férias? Considerando
que os genocidas iranianos continuam a ameaçar Israel com a aniquilação total,
arriscamo-nos ainda a passar por um Verão – e/ou um Outono, e/ou um Inverno, e/ou
uma Primavera – nuclear(es).
Sem comentários:
Enviar um comentário