quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cenas de uma campanha…

… Ou, melhor dizendo, de várias campanhas eleitorais que neste momento ainda decorrem nos Estados Unidos da América, há que merecem uma menção especial.
Por onde começar? Talvez pelo sempre surpreendente Harry Reid, que, apesar de ter perdido o último debate televisivo com Sharron Angle, não desiste de atirar ao seu público «pérolas» de sabedoria como: a de que os maiores americanos «vivos» que conhece são… Edward Kennedy e Robert Byrd; a de que se não fosse ele o Mundo estaria numa depressão (é verdade, rir-nos-iamos muito menos). Entretanto, e como possível demonstração de que, afinal, quem não sai aos seus… regenera, o filho Rory admite que o «ObamaCare» pode prejudicar o Nevada.
Pode-se continuar no Illinois, onde Alex Giannoulias confessou que «não conhecia a extensão» dos empréstimos feitos pelo banco da sua família a mafiosos de Chicago, e onde Rickey Hendon avisa que quem votar em Bill Brady (candidato republicano a governador) é contra os direitos das mulheres e a favor da eliminação dos homossexuais; depois, no Connecticut, onde Richard Blumenthal, além de ter mentido sobre ter combatido no Vietnam, demonstrou que não sabe como se cria um emprego (mas Linda McMahon sabe); no Massachusetts, onde James McGovern disse que «a Constituição está errada». Enquanto isso, Bill Clinton ajuda as campanhas eleitorais… daqueles que ajudaram Hillary a concorrer à presidência, embora nem sempre com grande sucesso: no Michigan só conseguiu encher um terço de um ginásio de liceu; no Nevada afirmou que Harry Reid tem a reeleição em perigo porque há pessoas que têm «dificuldade em pensar».
E àqueles que se «escandalizam» com certas afirmações e atitudes de Carl Paladino ou de Ken Buck, mais concretamente sobre gays (em que apenas reflectem a opinião da maioria dos seus compatriotas), fica o convite para as compararem com outras e decidirem sobre quais são as mais graves. Um exemplo: Patty Murray, que, um ano depois do 11 de Setembro, apareceu a defender e a justificar Osama Bin Laden (!!!), além de, mais recentemente, se vangloriar de ter ajudado a escrever a lei da «reforma» do sistema de saúde. Outro exemplo: Chris Coons, que já foi processado pelo menos três vezes por alegadamente ter prejudicado funcionários públicos por motivos políticos. Leia-se o que Ann Coulter escreveu sobre ele, e ainda sobre Patty e sobre Dick. E quando aludirem à suposta «prisão» de um blogger (que admitiu ter provocado o confronto) por parte de Joe Miller, comparem-na com a agressão a um jornalista por parte de Maurice Hinchey.
Entretanto, de Barack Obama já se sabe que não se deve esperar qualquer «apelo à calma», algum «pôr água na fervura», um pouco de maturidade… muito pelo contrário: pediu aos seus apoiantes para não o deixarem «com mau aspecto»; aludiu à emergência de «atitudes tribais» em tempos difíceis; advertiu que o «Império (isto é, o GOP) está a contra-atacar» (pensará ele que é um novo Luke Skywalker?). É, o «Império» é de tal modo «poderoso» que até tem, segundo Joe «2º na linha de sucessão» Biden, «200 biliões» de dólares para gastar nesta campanha. Mas ainda bem que Michelle Obama é mais «equilibrada» e «consciente»… ou não? Pois, ela pode ter sido «apanhada» a fazer campanha eleitoral dentro de um local de voto (em Chicago, obviamente!), o que não é propriamente correcto… e legal.
Porém, ainda bem que temos Andrew Klavan para elaborar e nos entregar: um guia eleitoral em duas partes, a primeira sobre economia e a segunda sobre guerra; e uma explicação sobre «extremismos» - quem é moderado e quem está nas «franjas», quem é que está à esquerda, ao centro e à direita no actual panorama político dos EUA. Para ver, ouvir e meditar antes de votar!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Liberdade posta a «Soro(s)»

Eis (mais) um facto relevante relativo à actualidade dos Estados Unidos da América que é revelado, em português, pelo Obamatório e não pela comunicação social… lusa nem por outros blogs que se dedicam a estes temas: Juan Williams, democrata, liberal, foi demitido da National Public Radio por ter admitido, numa emissão de «The O’Reilly Factor» da Fox News (de que é colaborador regular e apresentador ocasional) que, por vezes, sente algum receio quando viaja num avião com muçulmanos; um sentimento de que não se orgulha, apesar de ser, sem dúvida, partilhado por muitos dos seus compatriotas, e que é ainda um reflexo do que aconteceu a 11 de Setembro de 2001.
A decisão da NPR não foi apenas um acto da mais evidente e inadmissível censura; representou igualmente (mais) uma demonstração de «double standards», de dualidade de critérios, porque outros colaboradores daquela rádio já proferiram comentários muito piores dirigidos a cristãos e conservadores, e, claro, não foram sancionados. E não há qualquer dúvida de que Juan Williams se tornou um alvo porque era, é, igualmente, colaborador da estação de televisão dirigida por Roger Ailes; este, entretanto, já lhe prolongou e melhorou o contrato. Há de facto males que vêm por bem: tanto republicanos como democratas, conservadores e liberais, criticaram este «saneamento político» feito pela NPR; vários apelam a que se corte o financiamento público que lhe é atribuído, e até que seja criminalmente investigada. Enfim, um pormenor de extrema ironia: Williams era actualmente a única voz afro-americana daquela emissora! Não restam, pois, dúvidas de que a NPR faz parte dos media que devem ser denunciados... iMEDIAtaMENTE
Sobre este assunto sugere-se ainda: a leitura das opiniões do próprio protagonista deste caso lamentável, de Bernard Goldberg, Cal Thomas, Christian Whiton, Fraser Seitel e Mike Gonzalez; o visionamento das emissões dos programas de Bret Baier, Greta Van Susteren, Sean Hannity e, obviamente, Bill O’Reilly dedicadas à presente polémica.               
Entretanto, é impossível não relacionar – ou, pelo menos, não contextualizar – o despedimento de Juan Williams da NPR com o financiamento de 1,8 milhões de dólares oferecidos à emissora por George Soros, através da sua Open Society Foundations, para o recrutamento de uma centena de «repórteres políticos». Sabendo-se que este bilionário especulador financeiro, e colaboracionista nazi (não arrependido) durante a Segunda Guerra Mundial, é um reincidente apoiante das causas democratas, esquerdistas e liberais nos EUA, é legítimo duvidar da «imparcialidade» da iniciativa. A «generosa oferta» é, aliás, tão só a mais recente de uma prática recorrente, pois a NAACP (contra o Tea Party), a Media Matters for America (contra a Fox News) e o senador Russ Feingold também foram destinatários recentes das contribuições do Sr. Soros – um autêntico «Dr. Evil» da actualidade, sem o qual o Mundo seria um sítio muito mais aprazível.

sábado, 16 de outubro de 2010

«Anatomia» de Grayson (Parte 2)

Para nosso «contentamento», o (ainda) congressista democrata Alan Grayson não refreou os seus impulsos após a nossa primeira «rodada», e decidiu «brindar-nos» nestes últimos sete meses com mais demonstrações definitivas da sua inépcia e insolência. Serão os efeitos do sol da Flórida?
Saibam que, vejam-no e ouçam-no a: importunar opositores num restaurante; apoiou o rapto de Karl Rove (!); comparar o Partido Republicano à Al-Qaeda; sugerir que devem ir para a prisão Michael Steele e todas as outras pessoas que disseram «drill, baby, drill»; exigir a demissão de Robert Gibbs, o (ainda) porta-voz da Casa Branca; declarar que George W. Bush «permitiu que o 11 de Setembro acontecesse»; e, talvez o pior, emitir um anúncio televisivo em que, através de uma manipulação falseadora, acusa o seu opositor republicano Daniel Webster de ter opiniões contrárias… às que realmente tem – uma acção que, para o GOP, comprova que o Sr. G exibe um «padrão patológico».
Não é, pois, surpreendente que Grayson esteja já claramente atrás de Webster nas intenções de voto… e que até não seja apoiado por um jornal tão influente como o Orlando Sentinel, que o considera um «embaraço», e que prefere, como «antídoto», o seu adversário! Em «compensação», Alan sempre pode «orgulhar-se» de ter o apoio de Oliver Stone… sim, esse actualmente tão «respeitado» cineasta que tanto admira os irmãos Castro e Hugo Chávez.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dividir, e não «reinar»

Barack Obama afirmou recentemente que «suspeito sempre de políticas que dividem o povo em vez de o unir». Quer isto dizer que ele também «suspeita»… das que ele próprio preconiza e protagoniza? Como a «reforma» do sistema de saúde?
Tem que suspeitar porque, após tornar-se presidente, e apesar das promessas em contrário, parece que quase não perde uma oportunidade para deixar bem «claras» as «diferenças» que existem, precisamente, entre «nós» e «eles». E não é só por culpar George W. Bush, em particular, por quase tudo o que de mal (ainda) acontece nos Estados Unidos. O Sr. Hussein também acusa: os republicanos em geral – uma, duas, três, quatro vezes… apesar de o seu partido (ainda) ser maioritário nas duas câmaras do Congresso; a Fox News, por ser «destructive» - mas a MSNBC já é («surpresa»!) «invaluable»; organizações não governamentais – como a Câmara de Comércio dos EUA – por, alegadamente, actuarem como grupos de pressão a favor da oposição e receberem fundos do estrangeiro.
O peculiar entendimento de Barack Obama sobre o que é «unir» e o que é «dividir» parece ser partilhado por muitos dos seus comparsas democratas, embora estes por vezes caiam em extremos. Como Loretta Sanchez, congressista californiana, que «alertou» que asiáticos estão a tentar tomar «um posto que é dos hispânicos» – o seu oponente republicano, Van Tran, é de ascendência vietnamita, e, segundo a Sra. Sanchez, ele é muito «anti-imigração»(!!); enfim, é uma «excelente» forma de promover a «união» entre diferentes comunidades étnicas. Ou como Jerry Brown, que terá chamado «prostituta» a Meg Whitman, sua adversária na eleição de governador(a) da Califórnia; enfim, é uma «excelente» forma de promover a «união»… entre homens e mulheres!
A perspectiva de o Partido Democrata vir a sofrer, no próximo mês de Novembro, talvez a sua mais pesada derrota eleitoral de sempre tem provocado também uma (ainda) maior radicalização nos discursos do presidente: está «impaciente com o ritmo da mudança», embora «se tenha levado tempo a libertar os escravos» (ele devia saber que foi o seu próprio partido que mais contribuiu para o atraso…); e avisa que uma vitória do Partido Republicano significará um (posterior e permanente) «combate corpo-a-corpo» - esse combate já deve ter começado, por exemplo, em Nova Jersey, onde um colaborador do congressista democrata Frank Pallone agrediu uma colaboradora da sua oponente republicana Anna Little… que reagiu! Estará a política norte-americana, graças aos democratas, a transformar-se numa variante do wrestling? E Linda McMahon ainda nem ganhou no Connecticut!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

iMEDIAtaMENTE!

Mais do que palavras, são números que demonstram, cada vez mais e de uma forma irrefutável, que os velhos media (mainstream media, ou, como já aqui referimos ironicamente, «lamestream media») constituem, além de perenes bastiões da esquerda, de liberais e de «progressistas», também – por isso mesmo – empreendimentos que suscitam cada vez menos retorno a accionistas e confiança a consumidores. Dois exemplos que se complementam: em 2008 o Partido Democrata em geral e Barack Obama em particular receberam 88% das contribuições feitas pelos funcionários da ABC, da CBS e da NBC; em 2010 uma sondagem da Gallup revelou que a maioria da população dos EUA pensa que os «media de massas» têm uma «inclinação liberal»… e não acredita na informação que aqueles veiculam.
Não são «provas» suficientes? Então acrescente-se estas: determinados «jornalistas» a perguntarem a Robert Gibbs porque razão a Casa Branca não é «mais dura» com os republicanos; continuados ataques a Sarah Palin perpetrados na CNN e na Vanity Fair; racismo… contra os brancos (sim, também existe) na The Village Voice; dualidade de critérios no destaque dado (ou não…) a problemas envolvendo apoiantes do Partido Republicano e do Partido Democrata; e uma controvérsia envolvendo um alegado favorecimento do GOP por parte de Rupert Murdoch… que, afinal, já deu mais dinheiro aos democratas do que aos republicanos (aliás, tal como a Viacom)! Este assunto também foi, aliás, referido de forma deturpada em Portugal através de Rita Siza, no Público. Que fique esclarecido de uma vez por todas: foi a News Corp (e o seu presidente), «companhia-mãe», e não a Fox News, uma «subsidiária» entre muitas outras, quem fez aquela doação... o que faz toda a diferença.
Não surpreende, pois, que já haja quem diga «Basta!» e que exija que a MSM «diga (toda) a verdade»... imediatamente. Porém, não é provável que isso vá acontecer, muito pelo contrário; até porque, também nisto, a História mostra uma tendência.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Aquecimento «local»

Se o «consumidor» finalmente se convence de que um determinado «produto» ou «serviço» é um embuste, uma fraude, não presta, não serve, o que deve fazer o «vendedor»? Se ainda tiver um mínimo de decência, de honorabilidade, retira o «dito cujo» do «mercado»; se não tiver, continua a tentar vendê-lo… depois de alterar a designação e/ou a «embalagem».
Foi precisamente a segunda hipótese a escolhida pela actual administração norte-americana em relação ao alegado «aquecimento global». Este, está mais do que provado, não existe, mas decidiram «rebaptizá-lo» como «disrupção climática global»… talvez a pensar também no mais frio Verão californiano em décadas e na neve prematura – em meados de Setembro! – que caiu no Montana. No entanto, a Casa Branca não está, neste aspecto, nas melhores condições para «liderar pelo exemplo»: gastou demasiado combustível na celebração do «Dia da Terra», e não só recusou instalar painéis solares no seu telhado como também a criação de «empregos verdes» já não constitui, aparentemente, uma das suas prioridades. Porém, ainda há políticos – como John Sarbanes, congressista, claro, do Partido Democrata! – que não deixam os factos estragar uma boa teoria, e que continuam a apelar a uma educação escolar que promova a «agenda das mudanças climáticas e do crescimento da população». Mesmo que isso implique o recurso a «curtas metragens»  de ficção (?) em que os «não crentes» são mortos
Aquele «soldado» não é, de facto, um dos mais «valorosos», e, «infelizmente», para piorar o panorama dos ecologistas radicais, o seu «General» Al Gore, o «Guru», este ano não se tem apresentado nas melhores condições nem tem beneficiado de «boas vibrações». A começar com a «chatice» da divulgação - quatro anos depois! - da acusação de assédio sexual por parte de uma massagista, que terá sido aconselhada a «aguentar» (o aquecimento «local» do ex-vice-presidente) e a manter-se silenciosa para «o mundo não ser destruído pelo aquecimento global» (!) Depois, houve o caso de James Jay Lee, eco-terrorista armado que invadiu, fazendo reféns, o edifício do Discovery Channel exigindo deste mais programas contra a «procriação humana»… e que terá «despertado» para a sua «causa» depois de ver «Uma Verdade Inconveniente». Enfim, e como «consagração», o nome do Nº 2 de Bill Clinton foi dado a uma nova escola em Los Angeles «devotada a temas ambientais», só que aquela foi, «apropriadamente», construída em… terrenos contaminados!
E agora, Gore? Antes de mais, ele que não se deixe abater por mais um «disparo» de AK. E, depois, uma sugestão para «revigorar as forças»: «abraçar (mais) uma causa» «verde» e «verdadeira» - a da «acelerada extinção» de espécies animais. Nada melhor do que uma «mentira conveniente» para substituir outra.