Eis (mais) um facto relevante relativo à actualidade dos Estados Unidos da América que é revelado, em português, pelo Obamatório e não pela comunicação social… lusa nem por outros blogs que se dedicam a estes temas: Juan Williams, democrata, liberal, foi demitido da National Public Radio por ter admitido, numa emissão de «The O’Reilly Factor» da Fox News (de que é colaborador regular e apresentador ocasional) que, por vezes, sente algum receio quando viaja num avião com muçulmanos; um sentimento de que não se orgulha, apesar de ser, sem dúvida, partilhado por muitos dos seus compatriotas, e que é ainda um reflexo do que aconteceu a 11 de Setembro de 2001.
A decisão da NPR não foi apenas um acto da mais evidente e inadmissível censura; representou igualmente (mais) uma demonstração de «double standards», de dualidade de critérios, porque outros colaboradores daquela rádio já proferiram comentários muito piores dirigidos a cristãos e conservadores, e, claro, não foram sancionados. E não há qualquer dúvida de que Juan Williams se tornou um alvo porque era, é, igualmente, colaborador da estação de televisão dirigida por Roger Ailes; este, entretanto, já lhe prolongou e melhorou o contrato. Há de facto males que vêm por bem: tanto republicanos como democratas, conservadores e liberais, criticaram este «saneamento político» feito pela NPR; vários apelam a que se corte o financiamento público que lhe é atribuído, e até que seja criminalmente investigada. Enfim, um pormenor de extrema ironia: Williams era actualmente a única voz afro-americana daquela emissora! Não restam, pois, dúvidas de que a NPR faz parte dos media que devem ser denunciados... iMEDIAtaMENTE!
Sobre este assunto sugere-se ainda: a leitura das opiniões do próprio protagonista deste caso lamentável, de Bernard Goldberg, Cal Thomas, Christian Whiton, Fraser Seitel e Mike Gonzalez; o visionamento das emissões dos programas de Bret Baier, Greta Van Susteren, Sean Hannity e, obviamente, Bill O’Reilly dedicadas à presente polémica.
Entretanto, é impossível não relacionar – ou, pelo menos, não contextualizar – o despedimento de Juan Williams da NPR com o financiamento de 1,8 milhões de dólares oferecidos à emissora por George Soros, através da sua Open Society Foundations, para o recrutamento de uma centena de «repórteres políticos». Sabendo-se que este bilionário especulador financeiro, e colaboracionista nazi (não arrependido) durante a Segunda Guerra Mundial, é um reincidente apoiante das causas democratas, esquerdistas e liberais nos EUA, é legítimo duvidar da «imparcialidade» da iniciativa. A «generosa oferta» é, aliás, tão só a mais recente de uma prática recorrente, pois a NAACP (contra o Tea Party), a Media Matters for America (contra a Fox News) e o senador Russ Feingold também foram destinatários recentes das contribuições do Sr. Soros – um autêntico «Dr. Evil» da actualidade, sem o qual o Mundo seria um sítio muito mais aprazível.
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