sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O «Evangelho» segundo Matthews (Parte 3)

Chris Matthews «viu» em Janeiro deste ano o seu «mandato» enquanto detentor da «frase mais estúpida» chegar ao fim («ganhou» a de 2012), mas isso não significou que ele tenha deixado de soltar, e sucessivamente, afirmações controversas, ofensivas e mesmo ridículas. Mais do que qualquer outra personalidade à esquerda, Matthews continua a ser o «barómetro humano» mais fiável para se aferir do (deplorável) estado de espírito de «progressistas», «liberais» e outro que tais nos EUA…
… Que está permanentemente orientado, à falta de verdadeiros sucessos da parte deles que mereçam ser enaltecidos, para criticar, difamar, demonizar conservadores, todo o GOP. Chris Matthews não hesita, por exemplo, em: (mais uma vez) insinuar – isto é, mentir – que os republicanos são (historicamente) racistas e que o partido deles se está a transformar no de Jefferson Davis – para quem não sabe, Davis foi o (democrata) presidente da Confederação durante a Guerra Civil; comparar Donald Rumsfeld a um bombista, Ted Cruz a um «animal enjaulado num jardim zoológico», todos os participantes na CPAC a alienígenas saídos da «Guerra das Estrelas» e candidatos do PR a prostitutas de Las Vegas; chamar «filho da p*t*» a Mitch McConnell e imaginar Chris Christie a esmagar a esposa durante o acto sexual; difamar os opositores das ordens executivas de Barack Obama como… novos «birthers» e os do aumento do salário mínimo como… racistas (não, ele não é muito original); dedicar a emissão de Natal de 2013 do seu programa «Hardball» a vilipendiar 11 (onze) republicanos!
Porém, a maior paixão de Chris Matthews, mais do que denegrir constantemente os «elefantes», é elogiar o «burro» Barack Obama. Aliás, e também no Natal do ano passado, ele não conseguia dissimular a sua adoração, a sua «excitação», por quem provavelmente constituía para ele uma reencarnação do rei mago Baltazar… sim, o Sr. Hussein, que lhe concedeu uma entrevista na quadra festiva e que – aleluia! - «veio até nós»! Matthews ainda se orgulha de que o «arrepio pela perna acima» lhe tenha sido causado pelo Nº 44 e não por Sarah Palin (estará ele no «armário»?), quer que ele readquira a sua «estatura heróica», o que pode provavelmente implicar que o actual presidente meta um processo (em tribunal) ao Congresso, como resposta ao que John Boehner anunciou e intentou contra o ocupante da Sala Oval. De qualquer forma, já se sabe, todos os críticos de BHO são, no fundo, de um modo declarado ou latente, racistas (não, ele não é mesmo muito original).
Na verdade, e isso não é novidade, Chris Matthews sofre de óbvios problemas mentais. Antes de mais, de memória: afirmou que não houve democratas a contestar a eleição de George W. Bush em 2000; condenou um republicano pela sua retórica «hiperbólica»… como se ele próprio, e por muitas vezes, também já não a tivesse utilizado; indignou-se por Ben Carson ter comparado os progressistas americanos aos nazis… como se ele próprio já não tivesse comparado os conservadores americanos aos nazis. E, depois, provavelmente padece ainda de psicose: incitou os democratas a «assustar» e a «enfurecer» a sua base eleitoral…. e liberal; e tais medidas drásticas são necessárias porque essa mesma base não parece aperceber-se da capacidade de apreender a «complexidade dos nossos tempos» por parte dos representantes «azuis»; já do outro lado está um «inimigo» (o GOP) empenhado numa «campanha de terror verbal e de negatividade» contra «um homem (Obama) que quer fazer grandes coisas».        
Todavia, Chris Matthews é capaz de reconhecer que, por vezes, o Sr. Hussein faz… pequenas coisas, que tem falhas. Concretamente, a troca do soldado Bowe Bergdahl por cinco líderes talibãs e a (frouxa) resposta ao assassinato, pelo ISIS, do jornalista James Foley. Afinal, e como se costuma dizer, até um relógio avariado está certo duas vezes por dia… Talvez seja por isso que, pelo sim pelo não, como precaução, Matthews já se juntou ao coro dos entusiastas por Hillary Clinton. Com «Chrissy» tudo, ou quase, é possível… tanto assim é que ele já concordou com os comunistas soviéticos!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

E a favor dos brancos, nada?

Impõe-se que se faça aqui no Obamatório – obedecendo, como sempre, à sua «missão» expressa no cabeçalho («contra a hipocrisia e a histeria») – uma enunciação e uma explicação lúcidas sobre o que tem vindo a acontecer na cidade de Ferguson, no Missouri, há cerca de uma semana.
Para começar pelo mais importante: neste momento nada há que aponte, que prove, que a morte de um (jovem) negro por um polícia branco tenha sido um crime, um assassinato, motivado por racismo. E as recentes revelações de que Michael Brown – sim, apenas com 18 anos mas com quase dois metros de altura e mais de 100 quilos de peso – havia antes assaltado uma loja, fumado marijuana e ameaçado - e até mesmo agredido - agentes da autoridade não têm contribuído para tornar credível a alegação de que o falecido era indubitavelmente uma vítima inocente e indefesa.
Muito provavelmente, tratou-se de mais um caso de incompetência e/ou de excesso de força policial, um entre muitos que ocorrem regularmente nos EUA, de que são vítimas tanto homens como mulheres… de toda as etnias. Porém, por causa da continuada acção de manipulação promovida por race hustlers – democratas – como Al Sharpton, Jess Jackson… e Eric Holder, a quem lhes interessa – política e financeiramente – manter viva a narrativa (a mentira) de que o ódio e a discriminação racial contra afro-americanos pouco ou nada diminuiu desde os anos 60, quando um daqueles é morto… por um caucasiano, a probabilidade de que tal se torne num assunto de primeira página e de enorme polémica aumenta exponencialmente. Contudo, o mesmo não costuma acontecer nos casos de «black on black violence» (constantes em Chicago), ou quando um branco mata (ou agride) um branco, ou um negro mata (ou agride) um branco… aliás, está demonstrado que existiu, ou ainda existe, uma sucessão de actos de violência deliberada e não provocada por parte de negros contra brancos. Então, e a favor destes, nada? Nenhuns protestos? Nenhumas acções de solidariedade? Nenhuns motins e pilhagens? Nenhuma declaração em directo nas televisões por parte do presidente?
Em Ferguson não tardaram a aparecer os «amigos do alheio» que, a pretexto de uma alegada «injustiça», aproveitaram para aumentar os seus «espólios» pessoais… Porque é que, quase sempre, em determinadas comunidades, queixas de brutalidade policial – e de injustiça penal – se transformam em roubos? Porque, habituados e conformados a serem (eternas) vítimas, cidadãos de segunda classe, tal como os seus «donos» democratas lhes dizem, muitos negros sentem-se legitimados a procurarem «indemnizações», «reparações»… seja por que meios for. Que não se acredite em mentirosos, sejam eles famosos ou nem tanto: não há nos EUA qualquer «guerra ao macho negro» ou «guerra aos (ou genocídio de!) rapazes negros».  
Os (sucessivos) incidentes em Ferguson constituem, infelizmente, a confirmação de que mais uma promessa eleitoral de Barack Obama não foi cumprida: a de uma «América pós-racial». A violência naquela cidade do Missouri representou, como salienta Ben Shapiro, pelo menos o quinto grande confronto de características étnicas no país desde a tomada de posse do Nº 44. A actual administração, como não podia deixar de ser, mostrou igualmente a sua incompetência neste assunto, a começar pelo presidente que, mais uma vez, pronunciou-se prematuramente, sem saber todos os pormenores do caso, do que até ele se apercebeu que fez em ocasiões anteriores – vá lá que, ao menos, desta vez não disse que Michael Brown poderia ser filho dele, como fizera em relação a Trayvon Martin...
No entanto, quem considerar que é talvez excessivo, e até algo injusto, culpar principalmente o Sr. Hussein pela agitação no Missouri, então deve atribuir a responsabilidade pelo que tem acontecido ao governador daquele Estado, Jay Nixon. Que não só contribuiu para a aquisição de material militar pela polícia de Ferguson mas também chegou a apoiar, num passado menos recente, e como «bom» democrata que é (ou seja, racista mais ou menos assumido), a segregação nas escolas do Missouri. Surpresa? Só para quem não conhece minimamente a história dos EUA…   

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Sem «lanças» em África

(Uma adenda no final deste texto.)
Não será incorrecto afirmar que a Casa Branca encarou a realização, em Washington, da recente (entre 4 e 6 de Agosto último) «Cimeira de Líderes dos Estados Unidos e da África» - se não na sua concepção, quase de certeza na fase final de concretização – como uma tentativa de melhorar a imagem pública de Barack Obama e da actual administração, em especial no plano internacional.
E todos os democratas na Avenida da Pensilvânia (e não só) bem que precisam de boas notícias: na verdade, perante crises causadas ou agravadas pelo Nº 44 e pela sua equipa – Rússia e Crimeia («maior flexibilidade» para com Vladimir Putin), Síria e Iraque («linha vermelha» transposta sem retaliação, retirada total de tropas que permitiu a expansão do ISIS), fronteira com o México assaltada por milhares de ilegais (atraídos e incentivados pela amnistia concedida em 2012) – que até fazem com que Michael Tomasky, um jornalista-«comentadeiro» liberal dos mais assanhados que existem, pergunte «o Mundo está a explodir, então porque é que Obama não está a fazer mais?», um sucesso numa enorme «operação de relações públicas», para mais envolvendo o sempre problemático continente negro, vinha mesmo a calhar…
… Porém, e «infelizmente», não foi exactamente isso que aconteceu. Se o objectivo de BHO era (simbolicamente) «cravar» algumas «lanças» em África, tal não foi propriamente alcançado. Resultados concretos, e positivos, não surgiram para já, apesar de algumas boas intenções – concretamente, planos para investimentos num total de cerca de 14 biliões de dólares por parte de empresas norte-americanas. Enfim, nada suficiente para anular ou mesmo atenuar as consequências da incompetência do Sr. Hussein e dos seus comparsas. No entanto, o que não faltaram foram as falhas, os erros, as gaffes. John Kerry não achou incongruente falar em «alterações climáticas» perante representantes de nações sub-industrializadas. Tanto Joe Biden como Nancy Pelosi se referiram a África como sendo um… país. Steny Hoyer entendeu avisar a audiência de que, apesar do seu cargo no congresso se designar «whip», isso não significava que estava ali para chicotear africanos. Na comunicação social, Chris Jansing, da NBC, afirmou em directo que «o facto de ele (Barack Obama) ser do Quénia» poderia contribuir favoravelmente para o desenrolar do evento… o que, note-se, não pode ser considerado um lapso porque, há que nunca esquecer, o actual presidente manteve durante cerca de 15 anos a informação de que tinha mesmo nascido naquela nação…
É igualmente justificado colocar-se a hipótese de esta iniciativa ter sido implementada por inveja… de George W. Bush, pelo prestígio que o anterior presidente conquistou pela sua acção contra a SIDA em África. Se foi esse o caso, a tentativa redundou em fracasso. Como se não fosse suficiente ter Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, a elogiar o Nº 43 na cimeira promovida por Barack Obama, Hillary Clinton declarou à CNN uma semana antes do início daquela que o contributo de Bush Filho para o combate contra a terrível doença a deixava «orgulhosa de ser americana». Na verdade, não é necessário ter «sangue africano a correr nas veias» para amar aquele continente e ser útil a ele. Por exemplo, e concretamente, ajudando a combater outra terrível doença dele originária, a ébola, tema que tem causado controvérsia nos EUA.
(Adenda - «Eu posso ver a Rússia da minha casa» não é a única (falsa) afirmação, a única mentira, de índole «geográfica» (bastantes, de diversos tipos, existem) a ser atribuída a Sarah Palin: outra que circulou em 2008 era a de que ela acreditava que África é um país… Depois, como o próprio New York Times noticiou, descobriu-se que tal foi inventado por uns brincalhões que se fizeram passar por consultores conservadores que apoiavam a candidatura de John McCain… Pois bem, seis anos depois, ainda há quem acredite naquela patranha. Como Michael Cunnilingus… perdão, Michael Cunningham, que, curiosamente, é alguém que, à partida, tomaríamos como leitor fiel e atento do NYT. Será que ele sabe que Joe Biden e Nancy Pelosi, figuras que ele certamente reverencia, é que de facto afirmaram que África é um país? Quase de certeza que não, porque pessoas como MC, autêntica personificação, «caricatura viva» do intelectual de esquerda, «liberal e progressista»… e completamente desfasada da realidade, vivem nos seus próprios «mundos de fantasia»… e nem têm de ser ficcionistas.)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Com Koch na boca

(DUAS adendas no final deste texto.)
Será que as férias de Verão estão a ser úteis a Harry Reid para recuperar um pouco do equilíbrio e da sanidade mental que nitidamente foi perdendo na última sessão legislativa? Porém, deve sempre colocar-se a questão de se, para começar, ele alguma vez teve equilíbrio ou sanidade mental…
… Porque o (ainda) líder da maioria democrata no Senado mostrou este ano estar muito agitado e preocupado, nomeadamente com os irmãos Charles e David Koch. Só entre Fevereiro e Março últimos atacou, em pelo menos cinco ocasiões, os dois empresários e filantropos, e com pretextos e «justificações» progressivamente mais ridículas. O Koch nunca lhe saía da garganta (funda), era Koch todos os dias, à frente e atrás, em cima e em baixo, volta não volta estava a puxar Koch… para a discussão… nunca se fartou de Koch! Em Junho lá estava com Koch na boca outra vez, queixando-se sucessivamente do dinheiro que os irmãos gastam em causas… que não as favorecidas por democratas, e comparando-os a mentores de um «culto»» cujos membros se escondem para assim melhor poderem «comprar a democracia»! Aliás, segundo Reid, só o outro lado faz isso: ele afirmou que os democratas «não têm bilionários» do seu lado, mentira tão descarada que até o habitualmente circunspecto – e realmente isento – Jake Tapper, da CNN, se viu obrigado a desmenti-lo!
Blake Seitz, do Washington Examiner, salientou a dimensão do (outro) «culto» recorrendo também a um vídeo no YouTube, montado pelo Washington Free Beacon, que estabeleceu em 134 (!) o número de vezes em que, entre Abril e Junho, Harry Reid mencionou os irmãos Koch no chão do Senado – onde, recorde-se, goza de imunidade (e inimputabilidade) par(a)lamentar e judicial, e, assim, pode dizer toda a m*rd* que quiser. Tanto Koch em tão pouco tempo… Reid deve ter ficado exausto, arrasado! Porém, não se pense que ele não tem outras manias: voltou a demonstrar o seu racismo (inerente a ser-se democrata) ao classificar Clarence Thomas como «homem branco»; e também decidiu alinhar na campanha que quer obrigar a equipa de futebol americano de Washington a mudar de nome… porque «Redskins» é «ofensivo» para os nativos americanos. «Dingy Harry» é que deve andar de pele vermelha, com tanta fricção resultante de… controvérsias. Mas rubor (de vergonha) é que não tem; afinal, como faz notar Matthew Continetti, são tantas as polémicas e as suspeitas em que se viu, e vê, envolvido que merece ser chamado de «padrinho». No entanto, é provável que existam alguns «afilhados» que dispensariam a «protecção».
(Adenda - Não é novidade, e isso tem sido aqui demonstrado constantemente, que os democratas não se distinguem pela coerência, pela consciência... e pela inteligência. Harry Reid e vários dos seus «camaradas» não devem ver a incongruência de afirmarem que é inadmissível a designação «Washington Redskins» e, ao mesmo tempo, participarem em jantares que homenageiam o (democrata) presidente Andrew Jackson, que tem no seu «currículo» a perseguição e a opressão de índios americanos.)     
(Segunda adenda - É também de assinalar que Harry Reid, nesta sessão par(a)lamentar que agora terminou, comparou os republicanos a «pequenos porcos gordurosos». É de «louvar», além da continuada «civilidade» democrata, a exibição de «criatividade»... efectivamente, já era um pouco repetitivo chamar aos membros do GOP criminosos, assassinos, raptores, terroristas domésticos...)