quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Com Koch na boca

(DUAS adendas no final deste texto.)
Será que as férias de Verão estão a ser úteis a Harry Reid para recuperar um pouco do equilíbrio e da sanidade mental que nitidamente foi perdendo na última sessão legislativa? Porém, deve sempre colocar-se a questão de se, para começar, ele alguma vez teve equilíbrio ou sanidade mental…
… Porque o (ainda) líder da maioria democrata no Senado mostrou este ano estar muito agitado e preocupado, nomeadamente com os irmãos Charles e David Koch. Só entre Fevereiro e Março últimos atacou, em pelo menos cinco ocasiões, os dois empresários e filantropos, e com pretextos e «justificações» progressivamente mais ridículas. O Koch nunca lhe saía da garganta (funda), era Koch todos os dias, à frente e atrás, em cima e em baixo, volta não volta estava a puxar Koch… para a discussão… nunca se fartou de Koch! Em Junho lá estava com Koch na boca outra vez, queixando-se sucessivamente do dinheiro que os irmãos gastam em causas… que não as favorecidas por democratas, e comparando-os a mentores de um «culto»» cujos membros se escondem para assim melhor poderem «comprar a democracia»! Aliás, segundo Reid, só o outro lado faz isso: ele afirmou que os democratas «não têm bilionários» do seu lado, mentira tão descarada que até o habitualmente circunspecto – e realmente isento – Jake Tapper, da CNN, se viu obrigado a desmenti-lo!
Blake Seitz, do Washington Examiner, salientou a dimensão do (outro) «culto» recorrendo também a um vídeo no YouTube, montado pelo Washington Free Beacon, que estabeleceu em 134 (!) o número de vezes em que, entre Abril e Junho, Harry Reid mencionou os irmãos Koch no chão do Senado – onde, recorde-se, goza de imunidade (e inimputabilidade) par(a)lamentar e judicial, e, assim, pode dizer toda a m*rd* que quiser. Tanto Koch em tão pouco tempo… Reid deve ter ficado exausto, arrasado! Porém, não se pense que ele não tem outras manias: voltou a demonstrar o seu racismo (inerente a ser-se democrata) ao classificar Clarence Thomas como «homem branco»; e também decidiu alinhar na campanha que quer obrigar a equipa de futebol americano de Washington a mudar de nome… porque «Redskins» é «ofensivo» para os nativos americanos. «Dingy Harry» é que deve andar de pele vermelha, com tanta fricção resultante de… controvérsias. Mas rubor (de vergonha) é que não tem; afinal, como faz notar Matthew Continetti, são tantas as polémicas e as suspeitas em que se viu, e vê, envolvido que merece ser chamado de «padrinho». No entanto, é provável que existam alguns «afilhados» que dispensariam a «protecção».
(Adenda - Não é novidade, e isso tem sido aqui demonstrado constantemente, que os democratas não se distinguem pela coerência, pela consciência... e pela inteligência. Harry Reid e vários dos seus «camaradas» não devem ver a incongruência de afirmarem que é inadmissível a designação «Washington Redskins» e, ao mesmo tempo, participarem em jantares que homenageiam o (democrata) presidente Andrew Jackson, que tem no seu «currículo» a perseguição e a opressão de índios americanos.)     
(Segunda adenda - É também de assinalar que Harry Reid, nesta sessão par(a)lamentar que agora terminou, comparou os republicanos a «pequenos porcos gordurosos». É de «louvar», além da continuada «civilidade» democrata, a exibição de «criatividade»... efectivamente, já era um pouco repetitivo chamar aos membros do GOP criminosos, assassinos, raptores, terroristas domésticos...)

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