terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Fazer «fitas»

A 84ª edição de entrega dos Óscares da Academia, realizada no passado domingo em Los Angeles, estava a ser uma cerimónia algo «estranha»… até que, «felizmente», Billy Crystal a tornou «normal»: disse uma piada a gozar com republicanos! «Um cavaleiro negro, um psicopata americano e um viciado em crack carismático» são, segundo aquele actor e apresentador, os actuais candidatos do GOP à nomeação para a eleição presidencial. Porém, e o outro? Então não são quatro?! E qual deles é quem? No entanto, um humorista de sinal contrário poderia dizer que o actual residente da Casa Branca tem todas aquelas três características… mas isso seria «desrespeitoso», não é verdade?
Mais uma vez, o problema não é tanto que se implique com republicanos, mas sim mais que os democratas, e em especial Barack Obama, não recebam o mesmo «tratamento». Até parece que os «burros» nada de risível têm dito e feito recentemente… Em Hollywood, quando se trata de meter a política no entretenimento, já se sabe: é invariavelmente sempre no mesmo sentido. Fazer «fitas» é com as «estrelas», e as que apoiam o Sr. Hussein esforçam-se por representar «convincentemente» os apelos à sua reeleição… mesmo que estejam desiludidas com ele. Deve ser por isso que os «argumentos» de algumas são algo… insólitos: Samuel L. Jackson admite que votou em Obama «porque ele é negro», e espera que ele «se torne assustador nos próximos quatro anos»; Don Cheadle sonha em ver o presidente, qual gangster, a «espancar John Boehner num fórum público no meio da América»; Chris Rock, que quer «mais acção», não quer «justiça mas sim vingança», também espera que o Sr. Hussein se torne mais gangster num segundo mandato, para aí fazer «m*rd* de gangster» (posteriormente, o próprio Rock decidiu não esperar e resolveu fazer, ele mesmo, alguns «estragos»); Scarlett Johansson continua igualmente a apoiar o Nº 44 porque «a mudança não acontece de um dia para o outro»; Jane Fonda deseja que ele «se torne mais forte»; Will Ferrell juntou os actos às palavras e organizou um jantar de angariação de fundos para BHO a quase 36 mil dólares por cabeça (típico dos «1%», não dos «99%»…); Eva Longoria participa activamente na campanha; e até Daniel Radcliffe, ainda tão novo, ignorante e inexperiente, atravessa o Atlântico para armar-se em parvo e meter-se onde não é chamado, declarando estar «desgostoso, intrigado, espantado», com as posições dos candidatos republicanos contra os «direitos dos gays», e elogiando o «cauteloso» Obama.
Porque é que tantos «artistas» insistem em insultar e em alienar practicamente metade (pelo menos) da sua audiência potencial? Será que pensam que só os da sua cor política têm dinheiro para comprarem bilhetes e discos? Ou é porque são, simplesmente, estúpidos e hipócritas? Isso tudo e também cobardes: como salienta Ben Shapiro, em Hollywood há uma veneração pelos denunciantes… de outras áreas e sectores de actividade, económica e não só; todavia, continua por aparecer quem se atreva a revelar os maus hábitos – isto é, os cambalachos – contabilísticos e financeiros dos estúdios e das produtoras. Enfim, em LA a coragem não dá para tudo; é a fingir, como no resto.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Santificado é o nome dele

Bem que se pode dizer que… santificado é o nome dele. Alguém com um apelido como «Santorum» - com origem latina e que significa «todos os santos» - dificilmente passaria despercebido (por muito tempo), e o antigo senador pela Pensilvânia e actual candidato presidencial do Partido Republicano tem neste momento uma forte probabilidade de ser o nomeado dos conservadores para a eleição de Novembro. E, sem surpresa, as suas convicções e afirmações enquanto católico practicante têm sido as mais destacadas por uma certa comunicação social…
… E Richard Santorum não as nega e assume-as, obviamente, desde que não sejam descontextualizadas, o que tem acontecido frequentemente. Mas seria de esperar outro comportamento por parte do establishment liberal-progressivo que defende o aborto, a contracepção e a homossexualidade e é tolerante para com o adultério? Ele não diz que quer, ou que vai proibir, essas actividades; o que ele pensa, o que ele diz, é que o Estado, o Governo federal, não as deve apoiar e financiar. Porém, os «suspeitos do costume» querem convencer as suas audiências de que Santorum com nada mais se preocupa para além destes temas… o que não é verdade. Tem opiniões sobre outros, desde o ambiente, a economia e a energia até às forças armadas e as relações internacionais, como lembrou (mais uma vez) numa entrevista recente. Disse David Axelrod, com descaramento, que as posições de Santorum são «divisivas». E a imposição do «casamento» entre pessoas do mesmo sexo (rejeitado em todos os referendos) não é divisiva? E a revogação da «Don’t Ask, Don’t Tell» não é divisiva?
A mais recente «tempestade num copo de água» tem a ver com um discurso de 2008 numa escola católica, e agora recuperado, em que Rick Santorum alerta para o perigo de «Satanás tem os olhos postos nos Estados Unidos». E daí? Saul Alinsky, «guru» de Hillary Clinton e de muitos outros democratas, dedicou o seu livro «Regras para Radicais» a Satanás! Porque é que uns podem recorrer a figuras (de estilo) religiosas e outros não? Barack Obama afirmou recentemente que «Jesus taxaria os ricos». E porque é que o actual presidente pode falar na (suposta) «phony religiosity» dos seus adversários mas Santorum não deve falar na «phony theology» (isto é, a «religião ecologista») do Sr. Hussein?
Para alguns, já se sabe, não há limites para os insultos e para a (tentativa de) supressão da liberdade de expressão daqueles de quem se discorda. Rick Santorum já foi comparado a Josef Stalin, a Dan White (o assassino – democrata! – de Harvey Milk), e já teve o seu apelido «transformado» numa calúnia aviltante – por um homossexualista militante (e revoltante) chamado Dan Savage. Já, desprezivelmente, o atacaram pela sua atitude aquando da morte de um dos seus filhos. No entanto, nem todos à esquerda o desvalorizam: Barbara Walters e Mika Brzezinski expressaram simpatia (moderada) por ele, e Tommy Christopher considera-o «à prova de bala» e que será muito difícil a Mitt Romney «apagá-lo». Com efeito, há a percepção, mesmo entre os liberais, de que ele é o «real deal», que é coerente, que não é hipócrita e que, num certo sentido, e algo insolitamente (para eles), podem confiar nele; não tem as inconsistências pessoais de Newt Gingrich e as políticas de Mitt Romney; este, ao contrário do que muitos previam (e desejavam), é cada vez menos a escolha incontornável - a «narrativa da inevitabilidade» foi rejeitada.
Rick Santorum muito tem contribuído para isso. Poderá não ser o nomeado, mas de certeza que deixará a sua marca. E, para desmentir de uma vez por todas as acusações de que não passa de um homem arcaico, fundamentalista, preconceituoso e racista, dê-se a conhecer apenas um facto: enquanto senador teve como principal assessor Robert Traynham, um afro-americano e homossexual assumido! E que foi uma testemunha privilegiada da actividade de Santorum no Congresso, em especial nas áreas da assistência social, da educação e da saúde, que consolidaram o seu currículo de «conservador compassivo».

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Terroristas de trazer por casa

A Grã-Bretanha teve o IRA. A Alemanha teve os Baader-Meinhof. A França, a FNLC. A Itália, as Brigadas Vermelhas. A Espanha, a ETA. Portugal, as FP-25. E os Estados Unidos da América tiveram os Weather Underground… cujas duas mais famosas figuras, o casal William Ayers e Bernardine Dohrn, foram fundamentais no lançamento da carreira política de Barack Obama.
Trata-se de um facto incontestável e que, durante bastante tempo, todos os que rodeiam o actual presidente tentaram desmentir ou desvalorizar. Porém, o próprio William Ayers confirmou recentemente essa ajuda – uma (primeira) iniciativa de angariação de fundos – que deu na sua casa, algures nos anos 90, a um então desconhecido licenciado em Direito por Harvard. Em 2008, em plena campanha presidencial, Robert Gibbs negou categoricamente que tal evento houvesse ocorrido, considerando a acusação como mais uma invenção da candidatura de John McCain. Afinal, Sarah Palin tinha mesmo razão: Barack Obama andou a confraternizar com terroristas…  
… Que o auxiliaram a iniciar e a desenvolver uma «prometedora» carreira de «organizador comunitário» na cidade mais corrupta dos EUA. E «organizar a comunidade» significava, na verdade, tentar atingir practicamente os mesmos objectivos e adoptar practicamente as mesmas tácticas que, actualmente, os «ocupas» adoptam e querem atingir. Não é, pois, de surpreender que Bill, juntamente com o seu irmão Rick, tenham dado, de bom grado, algumas «lições» - de radicalismo e de resistência (ou combate?) ao capitalismo – aos jovens «estudiosos» e interessados integrantes do «Occupy Chicago».
Há que reconhecer, no entanto, que William Ayers aparenta não ter qualquer problema em revelar os seus pensamentos e as suas acções, tanto no passado como no presente. Não só os assume como ainda hoje se orgulha deles! É isso que explica que tenha acedido a fazer um encontro em que também participou nem mais nem menos do que Andrew Breitbart… que depois classificou o seu anfitrião como «um fantástico conversador e um cozinheiro incrível», apesar de ser igualmente um «sociopata»! E, muito provavelmente, não foi só um bom jantar o que o fundador do Breitbart.com trouxe naquela noite da «windy city»: poucos dias depois, ao discursar na CPAC 2012, o autor de «Righteous Indignation» revelou ter vídeos de Barack Obama dos seus dias enquanto estudante universitário. Finalmente, saber-se-á porque é que o actual presidente ainda não divulgou os seus registos académicosConfirmar-se-á que é por ter sido, segundo um seu antigo colega, um «marxista-leninista ardente» tal como vários dos seus professores?
Este assunto é da máxima importância. Porque o que mais espanta não é apenas que o Sr. Hussein tenha chegado à presidência dos EUA sem possuir qualificações e experiência para tal; é, principalmente, que o tenha feito tendo no seu «armário» alguns «esqueletos» (bem vivos, como Ayers, Blagojevich, Giannoulias, Rezko, Wright) que, normalmente, seriam suficientes para arruinar a carreira de outro candidato. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Amigos da onça

Aqui no Obamatório tenho continuamente divulgado actos e afirmações de estupidez, incompetência e maldade vindos de democratas e liberais contra republicanos e conservadores. Porém, isso não significa que os primeiros não saibam, não estejam conscientes… ocasionalmente, dos seus defeitos, das suas falhas, das suas insuficiências, bem como das do seu «grande chefe» do momento – isto é, do presidente do país, quando ele é «azul». Mais: por vezes até deixam transparecer as suas dúvidas, as suas desconfianças, as suas críticas. Por vontade própria ou forçados por outros… mas fazem-no. E aí fica demonstrado que a certeza quanto à(s) vitória(s) não é completa, que a fanfarronice não tem uma grande base de sustentação.
Chuck Schumer admitiu recentemente… o que (quase) toda a gente já sabe: que o actual presidente foi – é – o candidato que, na História dos EUA, mais dinheiro recebeu das firmas financeiras de Wall Street. Aliás, já antes Michael Moore havia declarado que aquela famosa rua de Nova Iorque «já tem o seu homem e o seu nome é Barack Obama». São factos e afirmações que não são muito favoráveis a quem quer ser visto como o defensor dos «99%», não é verdade? Porém, o senador por Nova Iorque não é o único senador democrata a admitir uma verdade inconveniente sobre o presidente. Outros cinco – Ben Nelson, Bill Nelson, Bob Casey, Joe Liberman e Joe Manchin – contestaram a recente intenção da administração de, no âmbito do «ObamaCare», forçar entidades de saúde (ligadas a igrejas) a fornecerem gratuitamente contraceptivos e pílulas abortivas - no que constitui talvez o maior ataque de um governo federal norte-americano à liberdade de religião no país. Tanto que Kathy Dahlkemper, ex-congressista democrata que perdeu o seu posto por ter votado favoravelmente a «reforma da saúde», veio admitir que teria procedido de outra forma se soubesse que tal afronta iria ocorrer…
… E quando também Chris Matthews classifica como «assustadora» aquela iniciativa da Casa Branca, então não restam quaisquer dúvidas quanto à gravidade da mesma. Entretanto, continuamos à espera que o Sr. «Arrepio pela Perna» revele as tais «histórias que eu ouço e que vocês não acreditariam» sobre a actual administração. Já o seu colega da MSNBC, Lawrence O’Donnell, não duvida de que Barack Obama não quer concorrer contra Mitt Romney. Por seu lado, Tina Brown (ex-Vanity Fair, ex-New Yorker, agora na Newsweek), afirmou que o Nº 44 «não gosta do seu trabalho… e não sabe exercer o poder» - não, ela não é simpatizante do GOP, muito pelo contrário. Até no Washington Post se verificam lapsos momentâneos de razão: aquele jornal criticou o «chumbo» do oleoduto Keystone e apelou ao «regresso» de Bill Clinton…      
… Embora a pessoa de apelido Clinton que continua a ser a mais desejada, entre os democratas, como alternativa é… Hillary! E não apenas como potencial substituta de Joe Biden enquanto vice-presidente, cargo para o qual Douglas Wilder, antigo governador da Virgínia, não reconhece competência ao homem do Delaware. Também para substituir o próprio Barack Obama! Tal é o desejo de Douglas Schoen e de Patrick Cadell, reputados operacionais «azuis», que querem que o actual presidente desista em favor da actual secretária de Estado! E a verdade é que, já neste mês de Janeiro, se verificaram movimentações na Carolina do Sul e no Nevada no sentido de colocarem o nome da ex-primeira dama nos boletins de voto das primárias.   
Nem entre os «irmãos» o apoio é já unânime e incondicional. Emanuel Cleaver, representante do Missouri, disse que o orçamento recentemente apresentado pela Casa Branca - que aumenta (ainda) mais a dívida, contrariando assim uma promessa de 2009 - é como que «um colapso nervoso em papel». E até Harry Belafonte e Cornel West, que ainda recentemente vilipendiavam Herman Cain, viraram-se contra Barack Obama: o primeiro declarou que ao presidente falta uma «bússola moral»; o segundo declarou que lhe falta… «espinha». Palavras muito duras que denunciam uma profunda decepção. E se dos vivos as críticas são o que são, então as dos mortos ganham uma outra ressonância: Steve Jobs, que não era conhecido como sendo um conservador, terá dito a Obama em 2010: «você está a dirigir-se para uma presidência de um termo».
Pode, pois, dizer-se que Barack Obama tem alguns «amigos da onça» entre as suas fileiras… mas merece-os totalmente! E, com «amigos» destes… mais fica facilitado o trabalho dos «inimigos».

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

E se pagassem o que devem?

Na semana passada um ligeiro «arrepio» de satisfação e até de excitação percorreu os «obamistas» mais ou menos convictos, os apologistas do actual presidente norte-americano. A causa? A taxa de desemprego teria (alegadamente) registado o valor mais baixo dos últimos três anos. Porém, como aqui no Obamatório se presta mais atenção a factos do que a ficções e não se hesita em, quando é preciso, desempenhar a função de «desmancha-prazeres», não tardei a descobrir qual poderá ter sido um dos principais (ou até o principal dos) motivos para tal: é que o número de cidadãos activos – isto é, desempregados mas à procura de trabalho – baixou em 1,2 milhões no espaço de um mês. Portanto, o que aconteceu não foi tanto que aumentou o emprego mas sim, mais, que aumentou o número de pessoas que… desistiram de o procurar. E, obviamente, escusado será dizer – mas eu digo na mesma – que George W. Bush não beneficiou das mesmas «ginásticas» aritmético-gramaticais practicadas pelos media; então, em 2004 uma taxa de 5,6% era má mas em 2012 uma de 8,3 é boa?  
Este «episódio» não representa mais do que apenas um entre tantos de uma «série» que caracteriza as «Obamanomics» como uma sucessão de pouco mais do que efeitos especiais, de «smoke and mirrors», mesmo que tenham uma aparência high-tech, de alta tecnologia. E, aqui, a Solyndra continua a ser o pior exemplo, o maior escândalo entre vários de uma aposta nas «energias verdes» em que o verde mais nítido… é o das notas que transitaram dos cidadãos comuns para amigos e apoiantes dos democratas. Enquanto na sede da falida fabricante de painéis solares se destruiam dispendiosos e valiosos materiais, ia-se sabendo que: quase 180 milhões de dólares foram concedidos à Ener1 que… faliu; 1,4 biliões de dólares foram concedidos à BrightSource – empresa de Robert Kennedy Jr.! – que… faliu; 529 milhões de dólares para a Fisker Automotive que… já está a despedir pessoal; aquisição (para as forças armadas) de biocombustível à Solazyme (onde pontifica um ex-conselheiro de Bill Clinton)… a um preço quatro vezes superior ao de mercado. Ou seja, porque os comparsas não pagaram o que deviam… foram os contribuintes que pagaram.     
É inevitável a conclusão: os democratas preferem empresas «limpas»… que fracassam, a empresas «sujas»… com sucesso. Mais uma vez, é a ideologia a sobrepor-se à economia, é a teoria - a utopia, a miopia… - a impor-se à práctica. Só isso pode explicar a rejeição do oleoduto Keystone, para a qual se ouviram «justificações» inacreditáveis: há uma tentativa de «distorção das realizações» de Barack Obama por parte do «grande petróleo»; o «impacto ambiental» seria elevado e havia que proteger «a água e o ar que as nossas crianças bebem e respiram»; 20 mil empregos… «não são assim tantos empregos»; mais postos de trabalho s(er)ão criados pelo «alargamento do seguro de desemprego» do que seriam pelo oleoduto. Esta última afirmação, aliás, é apenas uma entre várias que demonstram a inabalável fé dos liberais-progressistas no Estado como incentivador/interventor/investidor da/na economia; como «explica» o actual presidente, «não somos bem sucedidos apenas por causa de nós próprios»; os cidadãos devem muito aos funcionários públicos, alguns dos quais – como os que estão nas agências federais – são «as pessoas que mais trabalham» no país!
Assim, e porque diminuir a dimensão do Estado, do governo federal, da administração pública, está, para os «burros», fora de questão, a ênfase é colocada não na redução da despesa mas sim no aumento da receita – ou seja, na subida de impostos. É por isso que cada vez mais se ouve Barack Obama e os seus «camaradas» - como Jan Schakowsky (a mesma que disse que 20 mil «não são muitos empregos»), cujo marido esteve preso por evasão fiscal – a insistirem que os «ricos» devem pagar a sua «fair share». Os mais ingénuos e/ou os menos informados poderão talvez ser levados a pensar que existe nos EUA uma fuga aos impostos em larga escala… mas não. Na verdade, e ao contrário do que dizem «ideólogos úteis» como Warren Buffett (que pode beneficiar bastante das políticas de BHO), os ricos já pagam, e muito, a sua «fair share». Por exemplo, em Nova Iorque 1% dos seus oito milhões de residentes paga 43% dos impostos. Entretanto, e curiosamente, soube-se que 36 assessores da Casa Branca devem mais de 800 mil dólares em impostos atrasados. Quem diria?! Logo, uma pergunta impõe-se: e se pagassem o que devem? De preferência antes de, hipocritamente, exigirem mais aos outros?
Não é só por isto que se deve duvidar das declarações de Barack Obama e da sua administração relativamente à economia – note-se que, neste âmbito, o Washington Post já lhes atribuiu a classificação de «três Pinóquios»! Não se deve esquecer, igualmente, que durante o mandato do Nº 44 já aumentaram, e muito: os preços de vários bens essenciais; e, evidentemente, e principalmente, a dívida norte-americana… mais do que todos os presidentes antes dele! E houve um certo senador pelo Illinois que teve o descaramento de dizer que o Nº 43 não era patriota por ter aumentado (mas menos) a dívida! Em resumo: deve-se desconfiar sempre quando é divulgado um indicador – taxa de desemprego, ou outro – positivo por parte deste presidente... aliás, é o que os próprios assessores dele não hesitam em fazer! Contrariamente ao que foi apregoado através de alguns sound bytes, não há (ainda) qualquer, e credível, «retoma económica» nos EUA - o próprio Obama admite que ela só deverá ocorrer dentro de um ou dois anos.