terça-feira, 2 de agosto de 2011

O «Rubicão», com Rubio

Não sou propriamente uma pessoa de fazer previsões para o futuro, mas esta arrisco: se nada de anormal acontecer entretanto, Marco Rubio será presidente dos Estados Unidos da América. E esta não é uma questão de «se» mas sim de «quando». Aliás, direi mesmo mais: se neste momento não há certezas sobre quem será o candidato (ou candidata…) a presidente pelo Partido Republicano nas eleições de 2012, poucas dúvidas existem sobre quem será a primeira escolha para candidato a vice-presidente: o (segundo) senador pela Flórida, eleito em 2010 numa votação em que ganhou ao independente (ex-republicano) Charles Crist e ao democrata Kendrick Meek por diferenças percentuais, respectivamente, de cerca de 20 e 30%. E note-se que, quando decidiu concorrer, registava nas sondagens desvantagens de dois dígitos!
Após tomar posse a 3 de Janeiro último, Marco Rubio manteve-se mais ou menos discreto durante quase seis meses, sem dúvida conhecendo os «cantos» à sua nova «casa» política (o Capitólio), adquirindo (mais) conhecimento, experiência, segurança. Até que, finalmente, e recentemente, a sua presença e intervenção públicas – ou seja, mediáticas – têm conhecido um crescendo. Por exemplo, levando a melhor sobre John Kerry. Mas, inevitavelmente, o «destinatário» principal das suas declarações tem sido Barack Obama. O actual presidente, que «usa linguagem de um líder de um país do terceiro mundo», está a «competir para o título de pior na história americana», quanto mais não seja porque «qualquer aspecto da vida na América está pior desde que Obama tomou conta» do poder. Representando como que o agregar de todos esses aspectos, a dívida, «que é em si o verdadeiro problema, e não o seu tecto», poderia começar a ser paga não através de «novos impostos, mas sim com novos pagadores de impostos». Os republicanos têm propostas, têm planos – como o de Paul Ryan. E «onde está o plano do presidente?»
Harry Reid, que é quase o exacto oposto de Marco Rubio - em idade, em ideologia, em dignidade, em inteligência - e que apela, sem se rir, ao «regresso ao tipo de disciplina fiscal dos democratas», já percebeu o perigo que constitui o filho de exilados cubanos. Tanto que avisou o senador pela Flórida de que ele «tem de compreender quem é». Mas… ele sabe: é como que uma demonstração definitiva de como alguém com «herança hispânica» pode (e deve) ser republicano. Com Rubio, o GOP – e os EUA – poderão atravessar um novo «Rubicão»: o de resgatar decisivamente a comunidade latina do divisionismo étnico (e não só) promovido pelos democratas. Não através da sorte: os «dados lançados» serão os da competência e da confiança.
(Adenda: Rush Limbaugh concorda comigo... ;-))

Sem comentários: