Depois de a ACORN ter sido denunciada e desmascarada, chegou agora a vez da Planned Parenthood. É mais um bastião da ideologia e da acção «esquerdista-progressista» nos Estados Unidos da América a ser apanhado num escândalo causado pela disponibilidade manifestada por vários do seus funcionários em... apoiar o tráfico e prostituição de menores!
A acção foi desencadeada pela Live Action, uma organização pró-vida fundada e dirigida por uma jovem estudante da UCLA chamada Lila Rose. E os vídeos recentemente revelados mais não são do que os últimos numa série considerável: desde 2008 que a LA começou a enviar colaboradores, disfarçados de chulos e de prostitutas, para filmarem secretamente conversas com elementos da Planned Parenthood em diversos dos seus centros de «planeamento familiar» em diferentes pontos dos EUA. E em quase todos eles a reacção foi invariavelmente a mesma: não se interrompia a conversa nem se chamava a polícia, mas sim prestava-se assistência e auxílio para a prossecução de «crimes» – isto é, de outros crimes para além da realização em larga escala de abortos, que constitui a actividade principal, e «legal», da PP.
Tal como a ACORN, a Planned Parenthood representa um exemplo concreto da degradação em que caiu o pensamento liberal na América. Previsivelmente, irão sofrer consequências políticas (fim da atribuição de dinheiros públicos) e legais (prisões, processos em tribunal, acusações). Compreensivelmente, os seus actuais mentores e dirigentes entraram em estado de negação. E, finalmente, poder-se-á enfim talvez reconhecer definitiva e consensualmente que a fundadora, Margaret Sanger, celebrada como pioneira feminista, higienista e sufragista, mais não era fundamentalmente do que uma eugenista que discursava em comícios do Ku Klux Klan. Será pois coincidência que mais de 75% das clínicas da PP estejam situadas em zonas maioritariamente ocupadas por minorias étnicas?
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