Scott Walker, o governador (republicano) do Wisconsin que está a ser muito contestado por uma parte dos funcionários públicos daquele estado por querer cortar nas despesas e reequilibrar o orçamento, começou a ser alvo de ataques ainda antes de ser eleito! Um elemento da confederação sindical SEIU admitiu que divulgou, em colaboração com alguns media locais, histórias falsas sobre o então candidato para o prejudicar.
Depois de tomar posse, e porque os seus opositores sabiam que Scott Walker iria cumprir o que prometeu, as investidas, directas e indirectas, intensificaram-se. As ameaças (ou «sugestões») de morte contra ele sucederam-se. A sua «vice», Rebecca Kleefisch, foi insultada por um «radialista» radical. E quando começaram em Madison as manifestações, estas proporcionaram vários pormenores... interessantes: cartazes «pintando» o governador como nazi e talibã, além de outros «mimos»; professores que simularam doenças e falsificaram justificações de baixas para assim poderem ir protestar... e levar os seus alunos (que nem sabiam porque estavam lá)! Até Barack Obama teve de intervir, fazendo deslocar para o Wisconsin a sua «máquina política» e acusando o governo daquele estado de estar a «assaltar os sindicatos» (isto é, contra os seus grandes apoiantes aos quais tanto deve e aos quais fez uma promessa que ainda não cumpriu...) Porém, e porque toda esta campanha não parece ser suficiente para demover Walker dos seus intentos, restou aos senadores democratas estaduais um último recurso: fugir, e, assim, impedir a tomada de decisões por falta de quorum! Uma demonstração de cobardia que «contagiou» os seus camaradas do Indiana, que decidiram fazer o mesmo!
Na comunicação social, e previsivelmente, a polémica é dominante. Na MSNBC, como de costume, há quem tenha um conhecimento dos factos diminuto e/ou deturpado. Na ABC, há quem se aperceba de que Obama mais depressa e mais firmemente condenou Walker do que Mubarak... A «Batalha do Wisconsin», pelo que significa, por todas as suas muitas implicações nacionais, em especial para o Partido Democrata, é claramente, neste momento, o assunto principal da política dos EUA. Muito mais relevante, por exemplo, do que especulações – a quase dois anos de distância! – sobre quais vão ser os candidatos presidenciais para 2012.
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