Em
Portugal (e não só) a defesa do Partido Democrata dos EUA e dos seus membros
não é feita apenas através da omissão sistemática de factos «desagradáveis»
àqueles – esta é a «táctica» preferida pela generalidade da comunicação social
nacional. Outra «táctica» preferencial, seguida por um ou outro «blogger
especializado» deste lado do Atlântico, é a de não abordar e comentar de todo a
actualidade – o que obriga(va), quase necessariamente, referir os escândalos,
as incompetências e as ilegalidades de Barack Obama e dos seus «camaradas» - e,
em vez disso, optar por «fugir para a frente» e fazer previsões fúteis para as
eleições presidenciais de 2016…
…
O que implica, quase inevitavelmente, mencionar a analisar o «favoritismo»
(prematuro?) de Hillary Clinton, não só nas primárias democratas mas quiçá no
confronto posterior com o candidato que vier a ser escolhido pelo Partido
Republicano. Muitos são os que, a mais de dois anos de distância, consideram o
triunfo da ex-primeira dama, ex-senadora de Nova Iorque e ex-secretária de
Estado como algo de inevitável, como um dado practicamente adquirido. A ver
vamos… mas, até lá, muito pode acontecer. Para refrear os ânimos dos mais
entusiastas basta recordar que, no início de 2008, poucos eram os que duvidavam
de que ela obteria a nomeação, e no entanto… foi o que se viu. De qualquer
modo, candidate-se ou não, seja seleccionada pelo seu partido ou não, não
faltarão «argumentos» aos seus opositores, factos desagradáveis no seu passado
que serão utilizados, legitimamente, contra ela…
…
E se, antes de aceitar fazer parte da administração de Barack Obama, Hillary
Clinton (e o marido) já dispunha(m) de uma apreciável «colecção» de «esqueletos
no armário» (literalmente, cerca de 50 amigos e colegas que morreram em circunstâncias suspeitas), depois de deixar a pasta dos Negócios Estrangeiros a
John Kerry aquela «colecção» aumentou. Antes de mais, porque foi a principal
(ir)responsável pelo que aconteceu em Benghazi em 2012 – se não, claro, como
culpada do atentado em si, pelo menos da falta de ajuda antes, durante e depois
do ataque contra o consulado norte-americano na segunda cidade da Líbia, e da posterior
campanha de mentiras; aquela frase, pergunta, que ela proferiu no Senado, «que
diferença é que faz?», irá ser, que ninguém duvide, repetida até à exaustão. Tal
como, eventualmente, se continuará a querer saber o que aconteceu a seis biliões de dólares que «desapareceram» do Departamento de Estado. Além disso, e
apesar de ter sido o Sr. Hussein a prometer (maior) «flexibilidade» a Vladimir
Putin, foi ela a encarregada de concretizar o suposto «reinício» («reset») das
relações com a Rússia, que, cinco anos depois e em vésperas do centenário do
começo da Primeira Guerra Mundial, conduziu a que a grande nação do Leste da
Europa esteja a ocupar território(s) de outro(s) países – a Crimeia já foi retirada à Ucrânia, e veremos o que se seguirá na «lista» do «senhor do Kremlin»…
Não
são apenas comentadores conservadores como Charles Krauthammer que salientam o
óbvio e apontam que o «rei»… ou, neste caso, a «rainha»… vai «nua». Hillary
Clinton não será mais do que um «tigre de papel» e cuja principal «qualidade» é a
de ter sido (e ainda é, apesar de tudo) casada com um (ex-)presidente. Na MSNBC
(!) também se questiona se ela, de facto, tem algumas realizações de vulto para
apresentar, e, pior, especula-se que Elizabeth Warren poderia ser vítima de uma «cabala» para a «fazer desaparecer» se tivesse a ousadia de também se
candidatar à presidência! Na CNN os convidados de um programa riram-se… da incapacidade que a porta-voz do DdE mostrou de dar pelo menos um exemplo de um
sucesso de Hillary enquanto esteve à frente da (macia) diplomacia norte-americana!
Este
caso não foi o único, recente, de «Hillarity», de hilaridade causada, directa
ou indirectamente, pela quase avó Sra. Clinton. Jimmy Fallon disse uma piada no
«The Tonight Show», cuja audiência não lhe proporcionou muitos risos, bem pelo contrário (contudo, «cá fora», não faltaram as gargalhadas)… O
que foi? Atreveu-se a «pôr em dúvida» a feminilidade da mãe de Chelsea, e, por
causa disso, até no Huffington Post o «avisaram»… Talvez ainda vá parar à «hit list»,
à famigerada «lista de inimigos»! Aconteça o que acontecer, já deu para
perceber que os defensores de Hillary Clinton, na comunicação social e não só,
não hesitarão em recorrer às acusações de «machismo», «misoginia» e «sexismo» contra os adversários que ousarem criticá-la política e ideologicamente… tal
como sempre, ou quase, fala(ra)m em «racismo» sempre que Obama era – e é –
criticado... e sem se rirem.
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