(Três adendas - sobre o debate dos «vices» - no final deste texto.)
Hoje realiza-se o debate entre os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos da América, entre Joseph «Joe» Biden e Paul Ryan, o que constitui um pretexto apropriado para se fazer uma espécie de «best of», um apanhado (não exaustivo) – há outros, como este – das melhores (ou piores…) gaffes do actual detentor do cargo…
Hoje realiza-se o debate entre os candidatos à vice-presidência dos Estados Unidos da América, entre Joseph «Joe» Biden e Paul Ryan, o que constitui um pretexto apropriado para se fazer uma espécie de «best of», um apanhado (não exaustivo) – há outros, como este – das melhores (ou piores…) gaffes do actual detentor do cargo…
… E, logo
para começar, há a curiosidade em saber se Joe Biden voltará a designar o seu
opositor como «governador Ryan». Ele também já chamou «presidente» a Mitt Romney. Enganou-se no século em que vive, enganou-se (tal como Barack Obama) no Estado em que estava (na Virgínia, e não na Carolina do Norte), chamou aos
Everglades «Evergators», e confundiu os San Francisco Giants (equipa de
baseball) com os San Francisco 49’ers (futebol americano). Gozou com o nome do mayor de Los Angeles (seu camarada de partido) e com a maneira de falar dos
indianos. Fez o sinal da cruz numa convenção de rabis. Insultou os
canalizadores. Já considerou Al Franken (ex-humorista e actual senador
democrata pelo Minnesota) como um «eminente jurista académico». E pareceu não ter a certeza sobre se o seu pai já tinha morrido…
Que bom que
seria se Joe Biden limitasse as suas falhas a questões de tempo e de espaço, de
geografia, de identificação de indivíduos e de instituições… Pior é quando decide
rebaixar o seu próprio país: além de tomar como fonte de informação fiável a
agência noticiosa oficial… da China, para ele as grandes cidades estão naquele país, não na América; e esta é que «era o problema» quando se discutia o
programa nuclear do Irão. Ou quando espalha – a brincar ou não – o medo entre a
audiência: saudou os sindicatos, aliados dos democratas, por terem «disparado o primeiro tiro» contra os republicanos; estes «mudam as leis» para «prender os que votam» (nos «burros»); as violações e os homicídios iriam aumentar se a
jobs bill da Casa Branca não fosse aprovada; algumas das «reformas» da actual
administração foram como «legalizar cobras cascavéis nos átrios de hotéis do Arizona»; e «ameaçou» que um dos agentes do Serviço Secreto dispararia sobre o
comissário da conservação da vida selvagem da Flórida por este o querer «obrigar» a
lutar com crocodilos…
Em
«compensação», Joe Biden também pode ser divertido e malicioso… ao ponto de ser
embaraçoso. Já divagou sobre as desvantagens das paredes… pouco grossas, e
sobre o significado da palavra «lubrificado». Confessou que se sente
«absolutamente confortável com o "casamento" gay», e jurou que Barack Obama
«tem um grande pau»… deste modo «revelando», indiscretamente, algumas dos
pormenores mais «íntimos» desta administração. ;-) E por vezes «a boca foge-lhe
para a verdade», o que não deixa de ser útil: admitiu que a sua administração
pretende (ou pretendia) criar uma «taxa mínima global», aumentar os impostos em
cerca de «um trilião de dólares», e que a classe
média tem sido (economicamente) «enterrada nos últimos quatro anos»… Só pode ser o resultado dos tais «shovel-ready jobs» prometidos por BHO...
O – por
enquanto – vice-presidente é habitualmente apontado como uma «autoridade», um
«especialista» em política externa, mas, como demonstrou Charles Krauthammer,
ele quase de certeza «detém o recorde nacional pelo maior número de opiniões e de posições erradas» naquele âmbito… além de, provavelmente, dados os seus
constantes deslizes verbais, precisar de um «ajustamento na medicação» -
Krauthammer sabe do que fala, pois é também médico psiquiatra. Causou alguma surpresa
o facto de ele ter estado uma semana «fora da campanha», «isolado», «retirado»,
a preparar-se para o debate de hoje com Paul Ryan? Se sim, não deveria, porque:
ele está há mais de cinco meses (!) sem dar uma entrevista (talvez porque numa
das últimas foram muitas as… «imprecisões»); participou (pelo menos) num encontro
sobre «transparência» à porta fechada, vedada à comunicação social; e diversos
elementos daquela queixaram-se de, durante uma recente visita à Virgínia, terem
sido pressionados, e até controlados, por assessores de Joe Biden no sentido de
relatarem favoravelmente o evento. O que «só pode ser» um exagero: como é
possível dizer algo de negativo sobre um homem, adulto, político veterano, que
tão alegremente participa com crianças num «combate» com pistolas de água?
«Não há»
dúvida: Joe Biden tem «dignificado» o cargo de vice-presidente; as suas
afirmações e as suas acções foram, têm sido, constantemente caracterizadas pela
«contenção», pelo «equilíbrio», pela «sabedoria», pela «sensatez». Poucos, se é
que alguns, seriam tão ou mais «qualificados» do que ele. Agora imagine-se por
um momento – o «horror»! – que era Sarah Palin a ocupar o mesmo lugar. O que
aquela mulher não seria capaz de fazer e de dizer! Sei lá, por exemplo, que o
«ObamaCare» prevê a criação e actuação de autênticos (embora com outra designação,
claro) «painéis da morte»! Incrível! Inacreditável! Impossível! O pior é que, sim, é mesmo verdade...
(Adenda – Brent Bozell, como de costume, tinha razão: bastaria que Joe Biden se mostrasse mais animado e energético do que Barack Obama – o que, aliás, não era difícil – para os seus apoiantes no partido e na imprensa o considerarem vencedor do debate e proclamarem que a candidatura democrata estava «de volta». Porém, ambos acabaram por se comportar mal, embora de formas diferentes. O actual «vice» foi mal-educado, desrespeitoso, condescendente, arrogante, com um sorriso - ou um esgar – constante (mais do que uma pessoa evocou o Joker!), interrompeu sucessivamente (85 vezes!) Paul Ryan, e tudo isso terá contribuído, em última análise, para prejudicar, e não para beneficiar, a campanha dos «burros». Pior do que tudo, as mentiras acumularam-se, mas isso já é «normal» para os lados «progressistas».)
(Segunda adenda - Em especial para os que pensam que Joe Biden «ganhou» o debate e que ainda não acreditam que ele é, apenas, uma anedota ambulante, deixo a sua mais recente (grande) gaffe, cometida no dia seguinte àquele: «por lei a Planned Parenthood não pode fazer abortos».)
(Terceira adenda - Depois das correntes, as balas (dos republicanos). Mas é certo que Biden havia dito que eles (os democratas) haviam disparado «o primeiro tiro»...)
(Adenda – Brent Bozell, como de costume, tinha razão: bastaria que Joe Biden se mostrasse mais animado e energético do que Barack Obama – o que, aliás, não era difícil – para os seus apoiantes no partido e na imprensa o considerarem vencedor do debate e proclamarem que a candidatura democrata estava «de volta». Porém, ambos acabaram por se comportar mal, embora de formas diferentes. O actual «vice» foi mal-educado, desrespeitoso, condescendente, arrogante, com um sorriso - ou um esgar – constante (mais do que uma pessoa evocou o Joker!), interrompeu sucessivamente (85 vezes!) Paul Ryan, e tudo isso terá contribuído, em última análise, para prejudicar, e não para beneficiar, a campanha dos «burros». Pior do que tudo, as mentiras acumularam-se, mas isso já é «normal» para os lados «progressistas».)
(Segunda adenda - Em especial para os que pensam que Joe Biden «ganhou» o debate e que ainda não acreditam que ele é, apenas, uma anedota ambulante, deixo a sua mais recente (grande) gaffe, cometida no dia seguinte àquele: «por lei a Planned Parenthood não pode fazer abortos».)
(Terceira adenda - Depois das correntes, as balas (dos republicanos). Mas é certo que Biden havia dito que eles (os democratas) haviam disparado «o primeiro tiro»...)
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