Já antes aqui chamei a atenção para o facto de o amadorismo – significando «inexperiência» e «incompetência» - ser uma das características principais de Barack Obama e da sua administração. Agora, há um livro que consagra esse conceito. «The Amateur», porém, não tem origem nas esconsas «cavernas» conservadoras. O seu autor é Ed Klein, que trabalhou no New York Times e na Newsweek, mas que, ao contrário dos seus homónimos, manteve a mente aberta para receber e revelar… a verdade. Mais: o título do livro terá tido origem numa afirmação de Bill Clinton. Portanto, as fontes são «insuspeitas».
Por mais
esforços que façam os seus admiradores/adoradores – tanto nos EUA como em
Portugal – para «dourarem a pílula», alterarem a realidade e manterem-se parados no tempo em 2008, através de «sondagens» que sobre-representam os inquiridos democratas em relação aos republicanos mas
não só, já não é possível disfarçar ou ocultar os mais recentes sinais de desespero e de desorientação dados pelas hostes «burras». Para começar, o facto de Barack Obama ter dado o «pontapé de saída» da sua campanha num pavilhão meio-cheio (ou meio-vazio) não constituiu decididamente um bom augúrio…
e significou também uma prova de incompetência: nem sequer arranjaram, mesmo
pagando, gente suficiente para preencher os lugares desocupados? E o que aconteceu
desde então não melhorou o panorama, antes pelo contrário.
O ataque à Bain Capital foi, é, um fracasso, e não só por não terem ficado provadas
prácticas criticáveis atribuíveis a Mitt Romney enquanto esteve naquela
empresa: vários e destacados democratas condenaram o anúncio da campanha de BHO
porque ele configura como que uma guerra… à iniciativa privada. Pior: o próprio
Obama recebeu contribuições de funcionários da Bain Capital e já fez saber que
não as vai devolver! Consequência também desta falta de coerência e de
competência mas não só, as primárias do Partido Democrata (sim, também as há)
ganharam um interesse inesperado pelo facto de o presidente pouco ter passado dos 50% de votos em vários Estados, quer tenha um oponente declarado ou não – e
um desses oponentes, John Wolfe, pôs um processo em tribunal contra o seu próprio partido, já que este não quer reconhecer-lhe e conceder-lhe os
delegados que ganhou. Entretanto, Ron Barber, candidato democrata ao Congresso
pelo Arizona, recusou-se, num debate com o seu opositor republicano Jesse
Kelly, a dizer se votaria no Sr. Hussein em Novembro!
A situação é
tão embaraçosa (para os «azuis») que até o Politico se vê obrigado a admitir –
e logo num dos seus títulos! – que Barack Obama tem estado a «tropeçar», o que
é um eufemismo para as trapalhadas em que o presidente se vê envolvido, e por
culpa própria. Na verdade, foi ele que se referiu – duas vezes! – aos seus «dois filhos» (tem duas filhas), aludiu às «centenas de parques nacionais» (só
existem 58) que encerrariam se as propostas orçamentais republicanas fossem
aprovadas, e elogiou o JP Morgan como sendo «um dos bancos melhor geridos»… no
mesmo dia em que aquele anunciava uma
perda de dois biliões de dólares numa só operação! Até o fiel David Axelrod,
sempre pronto para seguir e imitar o chefe, parece querer não ficar atrás nas incontinências verbais: «A escolha nesta eleição é entre uma economia que
produza uma classe média crescente e que dê às pessoas uma hipótese de
progredirem, e uma economia que continue pela estrada em que estamos.» Com
amigos destes…
Se nos
«negócios nacionais» as perspectivas são (muito) preocupantes, e os números estão aí para o provar, nos «negócios estrangeiros» a diplomacia macia… e
amadora desta administração continua a estimular adversários e a negligenciar aliados. Alguma vez se pode dizer que Barack Obama tem tido «sucesso na
política externa» quando fala dos «campos de morte polacos», levantando um coro
de protestos em Varsóvia? Quando Vladimir Putin recusa um convite para
conversações directas, e isto depois de um dos seus generais ter ameaçado
destruir instalações da NATO? Quando a Casa Branca recebe representantes da
Irmandade Muçulmana e envia milhões de dólares para o Hamas… ao mesmo tempo que
promove fugas de informação que prejudicam Israel? Quando, enfim, Obama repete,
«papagueia» invariavelmente as mesmas palavras de circunstância quando recebe
um líder de outro país?
Barack Obama
é tão incompetente e tão… amador que chega ao cúmulo do descaramento de
criticar a comunicação social quando esta, muito ocasionalmente, não é completa
e permanentemente unânime no enaltecimento da sua pessoa. O que, inevitavelmente,
recupera a já «velha» pergunta: o que aconteceria, o que se diria, se fosse George W. Bush a comportar-se assim? Todos sabemos a resposta…
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