«Barack Obama, o primeiro presidente afro-americano da Revista de Direito de Harvard, nasceu no Quénia e cresceu na Indonésia e no Havai». Este é o primeiro parágrafo de uma das 89 breves biografias contidas numa brochura publicada em 1991 pela agência literária Acton & Dystel, cuja lista de clientes incluía então o futuro presidente dos Estados Unidos da América. Mais: esta afirmação/informação esteve disponível no sítio Dystel.com até Abril de 2007... dois meses depois de o então senador pelo Illinois lançar a sua candidatura ao mais alto cargo da nação; em 2004 a Associated Press declarou igualmente que ele nascera em África.
Se esta for a
prova… verdadeira de que os ditos «birthers» há muito estavam à espera, o Sr.
Hussein cometeu um crime, ocupou ilegalmente a Casa Branca e todos os actos da
sua administração são inválidos. Mais: John McCain seria o legítimo presidente
e Sarah Palin a legítima vice-presidente. Nunca é de esquecer que foi Hillary
Clinton e a sua equipa de campanha, e não os republicanos, quem, há quatro anos, primeiro levantaram a
dúvida sobre o local de nascimento de Barack Obama. E por
mais que alguns digam que o assunto é anedótico e até ofensivo, por mais que
digam que a certidão de nascimento – na forma «curta» ou na forma «longa» - já
esclareceu definitivamente a questão, a verdade é que a suspeita, teimosamente,
regularmente, continua a reavivar-se, porque continuam a aparecer novos
elementos.
E este último
é particularmente importante… e inquietante: porque vem de um representante
autorizado de BHO; e porque não é plausível que ele próprio não tivesse lido, aprovado,
ratificado, aquele texto, antes ou depois de estar impresso e distribuído – e reproduzido
digitalmente durante cerca de 15 anos. Que ganharia ele em mentir sobre a sua
origem? Algum benefício, algum privilégio concedido a estudantes estrangeiros ou decorrente das políticas de «acção afirmativa»? Semelhante, por
exemplo, ao da sua colega de partido Elizabeth Warren, candidata (contra Scott
Brown) ao Senado por Massachussets, e que sustentou – quase de certeza
fraudulentamente – durante décadas que é descendente de Cherokees? (Adenda: afinal, também o Sr. Hussein afirmou ter ascendentes da mesma tribo!)
O passado de Barack Obama continua a revelar-se, mais do que uma «caixinha
de surpresas», uma autêntica «Caixa de Pandora»… Ele comeu cão, ele consumiu drogas,
ele destruiu a sua residência universitária, ele ofereceu 150 mil dólares a Jeremiah Wright para este se calar… Porque muitas destas revelações estavam imediatamente
acessíveis (nos seus próprios livros!) ou não eram muito difíceis de obter, o
que ressalta, inevitavelmente, é, mais do que a incompetência, o colaboracionismo
de quase todos os principais órgãos de comunicação social dos EUA, que,
vergonhosamente, deitaram fora a deontologia para ajudarem a eleger o «primeiro
presidente afro-americano»…
… No que são
imitados pela grande maioria dos seus colegas portugueses, que, além de
omitirem, também mentem sobre o que acontece no outro lado do Atlântico…
continuando assim a justificar a existência do Obamatório. Ontem, enquanto telespeCtador
consciente mas também enquanto jornalista responsável, vi-me forçado a
telefonar à TVI para corrigir uma notícia que haviam dado no jornal das 13: a
de que uma «proposta republicana de orçamento» fora reprovada no Senado. Pelo
contrário, o que se reprovou – com 99 contra e zero a favor, ou seja, por
unanimidade (faltou um), ou seja, também por todos os democratas, que são
maioritários naquela câmara! – foi o orçamento apresentado pela Casa Branca,
pela actual administração, por Barack Obama! Tão ridículo que originou logo uma
tendência no Twitter - «(o que é) mais popular do que o orçamento de Obama». Tão
ridículo que, horas antes da votação, Harry Reid (líder democrata no Senado e
mórmon, tal como Mitt Romney) acusava os republicanos de serem os piores dos obstrucionistas! Não há dúvida, a realidade (norte-americana) é mais estranha,
e mais divertida, do que qualquer ficção!
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