sexta-feira, 2 de setembro de 2011

«Silly Season» (Parte 2)

Já o afirmámos aqui: nos EUA, e para algumas individualidades e instituições, a «Silly Season» dura todo o ano… aliás, nunca é interrompida para qualquer tipo de descanso ou de férias. Porém, e voltando a cumprir a «tradição», vejamos alguns episódios não propriamente edificantes que aconteceram do outro lado do Atlântico neste Verão que está a terminar…
… E a prioridade primeira e principal tem de ser dada, novamente e quase inevitavelmente, a Barack Obama. Que se deslocou, mais uma vez, a Martha’s Vineyard, um bastião democrata cada vez menos receptivo ao seu famoso visitante. Jay Carney negou que fossem umas «férias presidenciais»… no que constituiu uma atitude radicalmente – e previsivelmente – diferente da que ele tivera anteriormente, enquanto «jornalista» da Time, para com George W. Bush. Mas eis o mais «silly»: o presidente decidiu, antes de se deslocar ao Massachusetts, fazer a sua própria digressão de autocarro pelo país para «contactar com o povo»… ou, pelo menos, uma (pequena) parte dele. E desta iniciativa dois aspectos principais, pelo menos, imediatamente se destacam: primeiro, que se tratou de uma imitação descarada – e com menos sucesso, com menor impacto – da que Sarah Palin fez; segundo, o próprio veículo era, em si mesmo, deprimente – totalmente negro, como uma limusine três vezes maior… ou como um carro funerário três vezes maior. Uma comparação adequada tendo em consideração os números «fatalistas»da economia norte-americana. Em especial os referentes ao desemprego, maiores entre os afro-americanos, facto que terá levado a congressista Maxine Waters a apontá-los como o motivo para Obama não visitar certas cidades e comunidades no seu autocarro. No entanto, ela não é a única entre os democratas que parecem estar a distanciar-se cada vez mais do seu «querido líder». E, como se tudo isto não fosse suficiente para causar fastio no Estio ao Sr. Hussein, há relatos de que ele criticou a sua esposa pelos elevados gastos em turismo que ela tem feito desde que passaram a residir na Casa Branca.
Habituados a levar uma vida de luxo, sem dúvida que Barack e Michelle Obama compreendem e se «solidarizam» com as (diferentes) «angústias» sentidas neste Verão por dois multimilionários que são seus apoiantes e financiadores. Um, Warren Buffett, deu início – ou reavivou – uma campanha transcontinental (porque teve «ecos» na Europa) de demagogia ao apelar para que sejam aumentados os «impostos sobre os ricos»… incluindo, aparentemente, ele próprio; todavia, as verdadeiras intenções do patrão da Berkshire Hathaway não serão propriamente inocentes e desinteressadas. Outro, George Soros, viu a sua missão de «patrono de caluniadores» perturbada com as acusações da sua ex-namorada – jovem, brasileira e actriz! – já concretizadas num processo judicial de, não só não lhe ter oferecido um apartamento que lhe prometera, mas também, muito pior, de a ter agredido! Quem diria? O influente e intimidante especulador internacional ridicularizado e reduzido a um papel de vulgar, e violento, «sugar daddy»! Não é tão silly? Sim, como é «difícil» a vida d(e algum)as celebridades…         

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