(Uma adenda no final deste texto.)
Apesar de não ser nem se assumir como independente, Charles Krauthammer é reconhecido dos «dois lados da barricada» como um analista competente, inteligente, sensato, pouco ou nada dado à hipérbole. Por isso, quando ele se interroga «em que Mundo, em que planeta é que ele (Barack Obama) vive», o motivo só pode ser sério. A causa desta interrogação? A afirmação, feita no início deste mês de Junho pelo presidente, de que os Estados Unidos da América são presentemente «o país mais respeitado da Terra»!
Apesar de não ser nem se assumir como independente, Charles Krauthammer é reconhecido dos «dois lados da barricada» como um analista competente, inteligente, sensato, pouco ou nada dado à hipérbole. Por isso, quando ele se interroga «em que Mundo, em que planeta é que ele (Barack Obama) vive», o motivo só pode ser sério. A causa desta interrogação? A afirmação, feita no início deste mês de Junho pelo presidente, de que os Estados Unidos da América são presentemente «o país mais respeitado da Terra»!
O
colunista do Washington Post e comentador da Fox News procedeu depois à
enumeração dos casos, dos exemplos, que demonstram precisamente o contrário. Mas
nem seria preciso, pois eles são sobejamente conhecidos e indesmentíveis; Mark
Steyn é outro observador atento que conhece as circunstâncias expõem a actual,
e lamentável, «irrelevância» dos EUA. Além de que tal é sempre uma tarefa fútil
porque, para a esquerda em geral, e para o Partido Democrata «dos Pinóquios» e
o Sr. Hussein em particular, a imaginação (e a utopia) é sempre mais forte do
que a realidade. Nem que os factos «entrassem pelos olhos dentro» ou que fossem
enfiados pelo… enfim, nem assim seria suficiente. Porém, e obviamente, nem
todas as instâncias ilusórias se caracterizam por um obstinado, patético,
voluntarista «triunfo da vontade»: há também aquelas marcadas pela mais óbvia e
descarada mentira…
…
Em que, entre as mais recentes (são já tantas desde 2009!), se destacam ainda:
a de que um dos seus «princípios fulcrais» («core principles») é o de nunca promover políticas que «dividem as pessoas» - tanto que é risível e falso que,
esta semana, e na sequência do ataque de um jovem extremista-racista-terrorista a uma igreja em Charleston que matou nove pessoas, da parte do Nº 44 não se
resistiu a insinuar que a culpa, ou parte dela, é dos que defendem a Segunda Emenda
(o que, claro, não é verdade); e a de que (igualmente relacionada com o
atentado na Carolina do Sul) «este tipo de violência de massas não acontece em outros países avançados» - na França e na Noruega haverá quem discorde, além de
que no Brasil e no México provavelmente se irritarão por não serem considerados
«avançados».
Há
mais, evidentemente, e talvez «melhores» (ou piores, consoante a perspectiva…)
Como a de que o «ObamaCare» é uma «parte crítica» (na verdade, é, tem sido,
muito criticada… ;-)) na sua tentativa de «restaurar a promessa básica da América»; é difícil, se não impossível, discernir em que é que uma iniciativa
que nacionaliza o sector da saúde, que penaliza quem não adquirir um seguro,
aprovada com base numa premissa falsa («se gostar… poderá mantê-lo») e que
subverte o relacionamento dos diferentes Estados com o governo federal segue o «espírito»
do Pais Fundadores… Neste âmbito,
precisamente, a decisão hoje anunciada por parte do Supremo Tribunal dos Estados Unidos de considerar constitucional – contrariando o próprio enunciado
do «(un)Affordable Care Act»! – a concessão de subsídios federais em Estados
que não instituíram o seu próprio sistema de (c)ACA acaba por constituir a mais
recente, e mais grave, das «histórias de horror» relativas ao «ObamaCare» que o
Sr. Hussein assegurou que não têm sido ouvidas ultimamente – na verdade,
existem, e de sobra, só que ou não lhas contam ou ele não quer ouvir…
Barack
Obama poderá, mentalmente, viver em «outro planeta»; todavia, a sua (má)
ideologia, a sua incompetência, a sua imaturidade, estão a prejudicar seriamente
este em que vivemos, a começar pelos EUA. As sondagens mostram-no (George W. Bush,
recorde-se, já é mais popular do que ele!), o New York Times – reflectindo certamente
o que muitos na «lamestream media» pensam mas não ousam verbalizar – condena a
sua «cultura de não-resposta», e vários dos seus «camaradas» (no Congresso e
não só) culpam-no de ter «alienado» alguns deles… Enfim, nada que já não tivéssemos reparado.
(Adenda - Até Jimmy Carter admite, e afirma publicamente, que com o Nº 44 «a influência, prestígio e respeito dos EUA no Mundo é provavelmente menor do que há seis ou sete anos»... ou seja, quando «W» estava na Casa Branca!)
(Adenda - Até Jimmy Carter admite, e afirma publicamente, que com o Nº 44 «a influência, prestígio e respeito dos EUA no Mundo é provavelmente menor do que há seis ou sete anos»... ou seja, quando «W» estava na Casa Branca!)
2 comentários:
Octávio, sou sua leitora já há alguns anos e espero que você não delete o blog após, finalmente, o sr. Hussein sair da Casa Branca - e, esperemos, substituído por um republicano. Seu arquivo é maravilhoso!
Além dos livros que estão exibidos no blog, o que você recomendaria sobre história da política americana?
Obrigada.
Cara Jana, antes de mais muito obrigado pela atenção e pelo interesse que dá a este meu espaço, e já há algum tempo... e não se preocupe: da minha parte não há qualquer intenção de apagar o Obamatório. Tenho, na verdade, consciência de que, com o passar dos anos, o seu valor poderá aumentar pelos testemunhos que nele tenho vindo a acumular.
Quanto a fazer(-lhe) recomendações de leitura, isso já é mais difícil... O meu próprio contacto, e aprendizagem, com/(d)a História dos EUA fez-se quase sempre com base na comunicação social, na imprensa, no audiovisual, até mesmo no entretenimento... áreas que vieram a congregar-se na Internet. Enfim, diria que é conveniente diversificar as fontes... e nunca acreditar cegamente em tudo o que se lê e/ou ouve, em especial se for em «segunda mão».
Enviar um comentário