No
Obamatório são vários os jornalistas, comentadores, especialistas, que têm
presença habitual, sendo as suas opiniões, os seus textos, as suas intervenções
citadas e alvo de hiperligações. Um deles é Ben Shapiro, cujo recente artigo na
Breitbart, intitulado «O partido da grande tenda colapsa» merece uma atenção
especial…
…
E não tanto pela crítica que nele se faz à – excessiva, segundo o autor –
diversidade de posições dos candidatos (tanto os já declarados como os que,
supostamente, ainda se vão declarar) à nomeação para Presidente dos Estados
Unidos da América pelo Partido Republicano. Ben Shapiro considera e analisa as
características de Rand Paul, Ted Cruz, Mick Huckabee, Marco Rubio, Scott
Walker, Jeb Bush, Ben Carson, Carly Fiorina e Lindsey Graham, e pergunta: «O
que têm estes candidatos em comum? Realmente,
nada». Não
é verdade, e mais adiante rebaterei esta asserção… mas o mais interessante
deste texto vem logo a seguir: «E essa é a questão: não que eles não sejam
sinceros ou estejam a fingir para ter votos – embora alguns deles estejam – mas
representam eleitorados bizarramente aglomerados que se mantêm juntos, em
muitos casos, por conveniência. Já os democratas aperfeiçoaram a arte da “troca
da prioridade de topo”: para os hispânicos, supostamente, a prioridade de topo
é a imigração ilegal, e assim os negros devem ser relegados para trás neste
assunto; para os negros, supostamente, a prioridade de topo é, são, os
subsídios governamentais, e assim os mais abastados devem ser relegados para
trás neste assunto; para os gays, a prioridade de topo é o casamento entre
pessoas do mesmo sexo, e assim os hispânicos e os negros devem ser relegados
para trás neste assunto; para as elites ricas das costas, a prioridade de topo
é o ambientalismo, e assim todos os outros devem ser relegados para trás neste
assunto. O resultado é um partido com uma coligação coerente de esquerdismo
extremo»…
…
Ou, por outras (minhas) palavras, e o que não é uma novidade, um partido rigidamente
estratificado, fortemente hierarquizado, tendencialmente – ou mesmo declaradamente
– totalitário, em que o «colectivo» (cuja definição, de facto, vai variando
consoante as circunstâncias e as exigências) se sobrepõe sempre ao indivíduo. Entretanto,
e ainda segundo Ben Shapiro, «com os republicanos, nenhuma coligação desse tipo
existe. Os estabelecidos ("establishment republicans") recusam-se a reconhecer
a prioridade de topo para os evangélicos, que é o aborto, e a prioridade de
topo para o Tea Party, que é o fim dos subsídios tanto para os indivíduos como
para as empresas; os evangélicos recusam-se a reconhecer a prioridade de topo
para os libertários, que é o afastamento governamental em assuntos como as
drogas, e a prioridade de topo para os estabelecidos, que é a desregulação. O Partido
Republicano é, por outras palavras, uma barafunda ("mess")»…
…
Mas é precisamente essa «barafunda» que torna o GOP um espaço de verdadeira
liberdade e de autêntica diversidade que, ao contrário do que décadas de
desinformação e de propaganda dos dois lados do Atlântico querem fazer crer,
não existe nos «demoncrats» (ou, se preferirem, «democraps»). E, sim, há convicções,
princípios, valores, que unem – ou que deveriam unir – todos os republicanos: o
respeito pela Constituição, e em especial as suas duas primeiras emendas, que
democratas querem cada vez mais relativizar ou mesmo anular; a desconfiança e
até o desprezo por um governo, um poder central, desmesurado; o combate ao
racismo, cuja expressão máxima, a escravatura, esteve aliás na origem da
formação do partido; a defesa do casamento normal e tradicional, outro dos
factores basilares, logo em meados do século XIX, do PR – então contra a
poligamia e agora contra o «casamento gay», que alguns supostos «conservadores», talvez «esquecidos» da (honrosa) história do partido de
Lincoln, decidiram levianamente apoiar.
Enfim,
se é esta a «coesão» da esquerda, é sempre preferível a «confusão» da direita.
No Partido Democrata o crime é a regra; no Partido Republicano o crime é a excepção.
1 comentário:
Outra especialidade dos democratas, asneira certa na política externa e quem vier a seguir, que arrume a casa.
http://www.wnd.com/2015/05/declassified-docs-hillary-aided-rise-of-isis/
Enviar um comentário