quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A mais estúpida de 2014

Informo desde já que Katrina vanden Heuvel não repetiu em 2014 o seu «triunfo» de 2013 relativo à autoria da afirmação (declaração, expressão, frase) mais estúpida, mais ofensiva, mais ridícula do ano (passado) nos Estados Unidos da América… 
… E a escolha da «grande» vencedora não foi facilitada – muito pelo contrário – pelo facto de 2014 ter sido um ano de eleições e, ainda por cima, um ano em que aumentaram e se agravaram os casos, os escândalos e as incompetências relacionadas com Barack Obama e a sua administração, tudo factores que propiciar(i)am o multiplicar de «bocas» - ditas ou escritas – bombásticas, controversas e imbecis… todas elas, evidentemente, proferidas por democratas.  E que, feita a recolha das maiores ou «melhores» (neste caso, as piores), podem ser agrupadas em diferentes – mas sempre risíveis – categorias, por exemplo e mais especificamente…
… A de «republicanos e conservadores são tão maus ou piores do que…», com destaques para: «Eles (Tea Party) não acreditam que a União ganhou (a guerra civil)», Charles Rangel; «O ódio nunca, nunca desaparece… o fanatismo daqueles que querem limitar o direito (aplicar leis de identificação) de voto não pode ser abafado pela razão», Joe Biden; «A civilização como a conhecemos hoje estará em perigo se os republicanos ganharem o Senado», Nancy Pelosi; «As acções dos republicanos no Congresso são piores do que as do Estado Islâmico», Jesse Smith; «Isto é o melhor que o GOP tem para oferecer… intimidação, ameaças e escândalos», Debbie Wasserman Schultz. Aliás, a (ainda) líder do Comité Nacional Democrata e, recorde-se, «a mais estúpida de 2011», quase, quase teve direito a uma categoria (ou falta dela) só para si, tais são os dislates que continua a proferir regularmente: no ano passado distinguiu-se desfavoravelmente também por concordar que «é verdade» que os republicanos metem mais medo do que o ébola, e que «é insensível e é errado» aprovar leis que criminalizam a utilização de pílulas abortivas sem o conhecimento e o consentimento da mulher que está grávida.    
Sim, todas estas frases, (in)dignas representantes, e até expoentes, do pior que a «progressista» esquerda norte-americana tem para oferecer, são, eram, fortes candidatas ao triunfo. Porém, nenhuma delas o conseguiu: a vencedora veio da (habitualmente) mais caricata das categorias… a «em vez da realidade prefiro a fantasia». Terá sido Jim Moran com «os membros do Congresso são mal pagos»? Não. Terá sido David Ignatius com «(Barack Obama) tem sido talvez o presidente menos político da história moderna dos Estados Unidos»? Também não. Terá sido Chuck Schumer com «o público sabe no seu íntimo que um governo forte e activo é a única maneira de reverter o declínio da classe média e ajudar a reviver o Sonho Americano»? Esteve quase… mas não. A frase mais estúpida de 2014 é…
«O Sr. Obama está tendo um ano seriamente bom… de facto, há uma hipótese muito boa de que 2014 ficará nos livros de registos como um daqueles anos em que a América virou decididamente na direcção certa»… e é de Paul Krugman! Aqui a estupidez é espantosa a dois níveis: primeiro, porque quando foi escrita (em Junho) já começavam a acumular-se os desaires internos e externos do Nº 44; segundo, porque dar um palpite destes a meio do ano e quando ainda faltava realizarem-se (importantes e decisivas) eleições intercalares é um daqueles actos à partida irresponsáveis e ultimamente falhados que dão razão a John Kenneth Galbraith, que afirmou que as previsões económicas (ou de economistas) contribuem para a credibilidade das previsões astrológicas. Enfim, é mais uma prova – como se ela fosse necessária – de que o colunista do New York Times é um dos mais (ou talvez o mais) sobrestimados dos «pensadores» liberais contemporâneos; é um insulto associar a designação «Nobel» a esta falácia intelectual ambulante… que em Portugal conta, pelo menos, com um fã particularmente dedicado           

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