Hoje
assinala(m)-se o(s) início(s) do(s) sétimo ano da presidência de Barack Obama (e do
sétimo ano da existência do Obamatório). 2015 começou, pode dizer-se,
practicamente da mesma maneira que 2014 terminou, ou seja: com uma demonstração de fraqueza e de incompetência por parte da actual administração que prejudica
os superiores interesses dos Estados Unidos da América.
Antes
foi o restabelecimento oficial de contactos, negociações e até de relações diplomáticas
com Cuba, criticado por políticos com ligações àquela ilha, da esquerda (Bob
Menendez) à direita (Marco Rubio e Ted Cruz). Agora, foi a ausência do Sr.
Hussein, de Joe Biden ou de outro alto dignatário norte-americano na marcha
contra o terrorismo em Paris a 11 de Janeiro, criticada com ainda mais unanimidade e veemência através de todo o espectro político, e até na comunicação
social. O que é mais preocupante nem terão sido os motivos (ou a inexistência
deles, pelo menos de válidos e relevantes) apontados para o Air Force One não
ter atravessado o Atlântico – que foram desde a preferência por ficar em casa
(branca) a ver jogos de futebol (americano) na televisão a não querer ser
apenas mais um entre os quase 50 chefes de Estado e de governo de todo o Mundo que
desfilaram nas ruas da capital francesa; sim, estava lá Eric Holder, mas o (ainda) procurador-geral seria um mau representante não tanto por estar demissionário mas sim por ter um
«currículo» - ou «cadastro» - de defensor de terroristas (e de ter enchido o
Departamento de Justiça com mais defensores de terroristas) e de perseguidor de
jornalistas.
O
que é, sim, mais preocupante é a continuada, reiterada renitência da
administração e dos seus porta-vozes em classificar actos como os que ocorreram
a 7 de Janeiro em Paris – ou, para só mencionar os anteriores em cidades
ocidentais, o de Dezembro em Sidney (Austrália) e o de Outubro em Otava
(Canadá) – como de «terrorismo (ou extremismo) islâmico». A parte do «islâmico»
fica invariavelmente de fora. Algo que, em contraste, François Hollande e
Manuel Valls, respectivamente presidente e primeiro-ministro de França, e
socialistas, não fazem, não hesitando em chamar os «bois pelos (verdadeiros) nomes»!
E, entretanto, Obama vai libertando mais prisioneiros de Guantánamo…
Ao
contrário do que dizem e escrevem – e, aparentemente, acreditam – os
admiradores e adoradores de Barack Obama, a imagem dos EUA no Mundo não
melhorou com a chegada dele à presidência, e «esta falta de comparência» em
Paris é tão só o mais recente (de uma longa lista) de «contributos» para a degradação
dessa imagem. E, obviamente, não é só no plano externo que o falhanço do Nº 44
é evidente. Não, o «ObamaCare» não foi, não é, o seu «maior feito»… no sentido
positivo; o ACA nunca deixou de ser – todas as sondagens o demonstraram, e
continuam a demonstrar – impopular, negativo, para a maioria da população, e a
victória do Partido Republicano nas midterms de Novembro último constituiu a
conformação, a ratificação, dessa opinião. Do mesmo modo, a legalização de
imigrantes ilegais tem a oposição da maioria dos norte-americanos, e é outra
questão que serviu para o GOP conquistar o Senado (e manter a Casa, onde
reforçou o seu domínio) no ano passado. E, claro, não se tem verificado uma
autêntica recuperação económica.
Após
seis anos de propaganda esta surge cada vez menos eficaz, e não resiste aos
factos… e aos argumentos baseados em factos. Dana Milbank (que não é
propriamente um extremista de direita) alude à «enervante conversa alegre» de
Barack Obama. Michael Goodwin acredita que «o navio de Obama está a afundar» e
que, entretanto, ele «aponta sempre o dedo da culpa a outra pessoa». Andrew Napolitano
denuncia as «arrepiantes tentativas» da Casa Branca de «silenciar os seus
detractores», e pergunta: «é o presidente incompetente ou fora-da-lei?» Outro
Andrew, o Klavan, põe uma pergunta… «ligeiramente» diferente: «é Obama apenas um pacóvio infeliz?» Se sim, tal talvez aconteça por ele ou «não querer saber»
ou por ser «distraído». E, com efeito, segundo Ben Shapiro, Obama parece «nunca ter um plano», regularmente queixa-se da sua vida enquanto presidente e a sua «doutrina»
é a de «parecer que se importa até não ser preciso». Ou, como refere Keith Naughton, a «política»
do Sr. Hussein – para a imigração, pelo menos – é «identificar o problema e nada fazer». Já para Cal Thomas, a única «carta» que aparentemente está no
«baralho» do Nº 44 é a da raça, do racismo. Isto internamente, porque,
externamente, a tendência é, segundo (o democrata) Douglas E. Schoen, o
abandono de aliados, o que «não é uma estratégia mas sim um desastre». Pelo que
se pode perguntar, como o fez Neil Cavuto: é Obama «leal e racional»? Não, e
também porque, ao contrário do seu antecessor (e democrata) Harry Truman, e
como salienta Josh Kraushaar, BHO não assume inequivocamente as suas responsabilidades…
…
A primeira das quais é certificar-se de que se faz tudo o que for possível para
garantir a segurança da nação. Porém, estará essa tarefa a ser cumprida quando
os EUA estão a diminuir o seu arsenal nuclear ao mesmo tempo que a China aumenta o dela? Quando a actual administração promove o Islão? Bob Woodward
concorda: o Mundo está menos seguro do que há um ano.
Sem comentários:
Enviar um comentário