segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O partido dos Pinóquios

(Uma adenda no final deste texto.)
Até parece mentira… que o Partido Democrata e a candidatura de Barack Obama continuem a inventar mentira após mentira sobre o Partido Republicano e a candidatura de Mitt Romney de modo a (tentar) distrair do fracasso da sua governação – depois da «guerra às mulheres», das declarações de impostos, das contas na Suíça, dos empregos enviados para o estrangeiro, da mulher que morreu de cancro, agora a alegação é de que Romney e Paul Ryan pura e simplesmente… mentem. Mas não é verdade.
Um conselho aos mais inexperientes e ingénuos: desconfiem sempre que um democrata insiste que um republicano mente. Os factos demonstram que, quase sempre, não só o republicano não mente como é o democrata que está a tentar dissimular uma verdadeira (e maior) mentira. O mesmo se aplica aos «idiotas úteis» que infestam o Huffington Post, o New York Times – em geral e as suas páginas de opinião em particular – e a Rolling Stone (que melhor faria em se limitar ao entretenimento), autênticos operativos camuflados (ou nem tanto) do PD; e também aos ditos «fact-checkers», que – eu sei que isto chocará algumas «almas sensíveis» – não são impolutos e isentos, esterilizados, divinos «donos da verdade» mas sim também… autênticos operativos camuflados (ou nem tanto) do PD. Dar credibilidade tanto a uns como a outros... é ridículo.
Para começar, Neil Newhouse, elemento da equipa de Mitt Romney, não disse, obviamente, que «os factos não iriam ditar a mensagem da campanha» dos republicanos; ele referiu-se, sim, aos «fact-checkers». E Paul Ryan não mentiu, obviamente, durante o seu discurso da convenção republicana – o «problema» é que quando são confrontados com factos ditos de forma apelativa por um opositor credível, como é o caso do representante do Wisconsin candidato a vice-presidente, os «burros» fazem «birras», queixam-se de «discurso de ódio» e de «mentiras», embora estas, habitualmente, não sejam mais do que «verdades de que os democratas não gostam». E só mesmo os estúpidos e os mal-intencionados é que podem dar grande importância ao engano de Ryan quanto ao tempo que fez quando correu uma maratona há 20 anos, um assunto «sem dúvida» muito mais importante do que as autênticas mentiras proferidas – e preferidas – pelos (dos) democratas, entre as quais a maior sem dúvida é…
… Que os Estados Unidos da América estão hoje melhores do que há quatro anos. É uma ideia tão idiota que está para além de qualquer diferença de opinião: factos são factos, e os números não mentem. Porém, «obedientes» como são, contrariando as evidências e expondo-se às gargalhadas, Martin O’Malley (que se «descuidara» antes), «Dumb» Debbie Wasserman-Schultz e Stephanie Cutter lá repetiram a «profissão de fé». Mas estas duas meninas merecem uma menção especial por se terem revelado autênticas «Pinóquias» capazes das mais despudoradas «pinocadas» sobre a verdade. Cutter, com um descaramento e uma descontracção característicos de uma profissional já muito batida e rodada, afirmara antes que os republicanos «pensam que mentir é uma virtude» - quando ela, sim, é que mentiu quando disse não conhecer o homem que acusara Mitt Romney da morte da esposa por cancro nem saber da sua «história» antes da transmissão daquele anúncio indecoroso. Schultz, por sua vez, viu-se em apuros ainda maiores quando fez declarações – de que há gravação – garantindo que o Embaixador de Israel nos EUA teria criticado o Partido Republicano, algo que aquele diplomata prontamente desmentiu, e ainda acusou um jornalista de ter deturpado as suas palavras.
O Partido Democrata mente sobre a sua própria história. Rotinado nas patranhas e nos plágios, é um partido de Pinóquios, e eles não faltaram na convenção em Charlotte. «Ó avozinha, porque tens um nariz tão grande? É porque menti melhor, minha netinha…» Michelle Obama mentiu no seu discurso. Bill Clinton mentiu no seu discurso – e o «entusiasmo» com que «apoiou» Obama consistiu apenas num (grande) esforço para depois não ser acusado da derrota do Nº 44, além de querer apagar a má impressão (mais uma) resultante da sua desconsideração (mais uma) de ter dito que BHO, noutros tempos, não faria mais do que «carregar-lhe as malas». E o presidente, evidentemente, mentiu no seu discurso, embora para ele e para os seus cúmplices faltar à verdade não seja algo de anormal. Aliás, o próprio local do discurso representou uma mentira: não foi (a previsão de) um clima adverso que impediu que aquele ocorresse no Bank of America Stadium, mas sim o receio – justificado – de não conseguirem ocupar todos os 75 mil lugares, apesar de ainda terem tentado oferecer bilhetes!
Porém, a mentira mais grave da convenção democrata acabou por ser a resultante da «trapalhada» da (tentativa) de reinserção na plataforma (programa do partido) de referências a Deus e a Jerusalém como capital de Israel, que haviam sido retiradas com a concordância de Barack Obama. Um «espectáculo» (degradante e deprimente) para mais tarde recordar, devido principalmente às vaias com que a proposta foi recebida por uma grande parte dos delegados, mas também por causa do próprio modo displicente com que foi «aprovada», à terceira, sem verdadeira contagem (nem sequer houve braços no ar à maneira comunista): o que contou foi a comparação da «potências sonoras» dos «sins» e dos «nãos»… practicamente idênticas! Pelo que, constrangido e embaraçado, Antonio Villaraigosa disse «que na opinião do chairman (ele) a proposta foi aprovada.» Um resultado por opinião! Aliás, o resultado, o texto, já estava no teleponto que o mayor de Los Angeles leu… Não há qualquer dúvida de que não foram registados os dois terços necessários para fazer a alteração. Mais uma vez, os democratas não quiseram saber de cumprir as regras… nem mesmo as deles! O que não é de admirar: num partido que é contra a apresentação de um cartão de identificação com fotografia nas eleições e em que tantos são a favor de que imigrantes ilegais votem, o que aconteceu na Time Warner Arena não tem muita importância…
Após a convenção, as mentiras continuaram sob a forma de sondagens que davam a Barack Obama um «salto», um aumento da vantagem sobre Mitt Romney – sem qualquer credibilidade porque, habitualmente, as amostras da ABC, CBS, NBC e CNN contêm mais democratas do que republicanos. Nem a Gallup é agora inteiramente confiável, depois de ter sido – no que constituiu um autêntico acto de represália – alvo de um processo em tribunal pelo Departamento de Justiça na sequência de ter realizado e divulgado outra sondagem não propriamente favorável à actual administração…
(Adenda - Barack Obama, o «Pinóquio-Chefe», continua a dizer mentiras descaradamente, com quantos dentes tem na boca... a mais recente é a de que a operação «Fast & Furious» começou na presidência anterior. Quatro anos depois, o principal «argumento» democrata continua a ser «blame Bush»! Sim, continuem a criticar Mitt Romney e a sua campanha, continuem... porque «não há» assuntos mais importantes neste momento!)

2 comentários:

Renato disse...

gostava de viver nesse seu mundo em que os meus tem sempre razão e os outros estão sempre errados..

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Se não vive é só porque não quer...

Claramente, não é um visitante habitual do Obamatório. Porque, se fosse, já saberia que aqui não se assume que uns são totalmente bons e outros são totalmente maus. Porém, aqui também se demonstra, com factos, que uns são melhores do que outros.

Este «mundo» é, pois, uma compensação, se bem que modesta, da contínua, despudorada desinformação sobre a política nos EUA que é transmitida por practicamente toda a comunicação social portuguesa. Continue a vir cá, que é capaz de aprender alguma coisa.