Não é
novidade, e já referi aqui no Obamatório, que a campanha de Barack Obama, por
nada ter de positivo a defender, optou por fazer consecutivas críticas e acusações – pessoais e profissionais – a Mitt Romney. Até agora todas –
«bully», «tax cheat», «outsourcer» – se revelaram falsas, mas isso não tem
impedido os «burros» de persistirem e de insistirem em «atirar barro à parede»
- ou lama, ou m*rd* - a ver se alguma coisa «pega».
A mais
recente dessas (risíveis) tentativas tem «Suíça» como palavra-chave. Aparentemente,
o candidato do Partido Republicano e/ou a sua família tem ou teve dinheiro em
pelo menos uma conta de um banco daquele país europeu, alegadamente no valor de
três milhões de dólares – o que, só por si, não significa, logicamente,
qualquer comportamento criminal ou incorrecto. Porém, isso não tem impedido
várias figuras de relevo do Partido Democrata e da lamestream media de lançarem
as mais torpes insinuações. Matthew Yglesias, da Slate, «descobriu» que Adolf
Hitler também tinha uma conta na Suíça – sim, é tão «original» comparar um
conservador ao líder nazi. Robert Gibbs disse que «o autocarro (de Mitt Romney)
provavelmente foi feito na Suíça» - embora, «estranhamente», não tenha falado
no de Barack Obama, que foi feito (de certeza) no Canadá. Martin O’Malley,
governador do Maryland, afirmou – na mesma ocasião em que a sua repetitiva
lengalenga feita de ocos talking points foi estilhaçada pelos factos e números
apresentados pelo seu homólogo do Louisiana Bobby Jindal – que Romney «apostou contra os EUA» ao abrir uma conta na Suíça; no entanto, melhor faria O’Malley
em mudar ele próprio de políticas, em especial as fiscais, que estão a afastar investidores do seu Estado. E não podia faltar Debbie Wasserman Schultz que,
justificando o seu «título» de «A mais estúpida de 2011» e tentando repeti-lo
em 2012, declarou que o ex-governador do Massachusetts não está «comprometido com a América» por ter contas bancárias no estrangeiro, na Suíça e não só;
todavia, vem a descobrir-se que… a própria «Dumb Debbie» colocou parte do seu
dinheiro num fundo de reforma que investiu, entre outras instituições, no maior grupo bancário privado suíço! E em empresas de países como o Reino Unido,
Dinamarca, Alemanha, Índia, China e Japão!
Também não
ajuda muito a credibilizar esta atoarda que George Clooney, não satisfeito com
realizar jantares milionários de angariação de fundos para Barack Obama em Los
Angeles, faça o mesmo… em Genebra. Enfim, que mais se pode dizer de tão deprimentes
demonstrações de dualidade de critérios? Talvez que tais «quebras de memória» se devam a um excesso de
consumo de queijo… suíço.
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