A campanha para a reeleição de Barack Obama não está a correr bem. Isto, na verdade, é um eufemismo: está a correr mal, não está mesmo muito distante de se tornar num desastre.
O
candidato-presidente não só está a perder vantagem nas sondagens, ou até está
já em desvantagem em várias, como está – ele próprio o admite – a angariar
menos dinheiro do que se esperava, apesar do número recorde de eventos de
angariação de fundos em que participou. O que está a ter consequências
inesperadas, e até ridículas, como, por exemplo: redução da dimensão e da duração da convenção nacional democrata em Charlotte; não pagamento das despesas de (alguns) eventos; pedidos para que sejam doadas à campanha… prendas de casamento! Entretanto, e para «compensar», continua a aumentar o número de
políticos democratas que (anunciam que) não vão estar presentes na convenção,
que não apoiam (publicamente, pelo menos) a reeleição de Obama ou que, pura e
simplesmente, se desvinculam do partido – em especial por causa da nova posição
daquele sobre o «casamento» entre pessoas do mesmo sexo, mas não só. Arthur Davis, no Alabama, e Jo Ann Nardelli, na Pensilvânia, são apenas dois exemplos
de (ex-)figuras destacadas ao nível estadual do PD que decidiram transitar para o PR.
Estas e outras contrariedades e dificuldades mais não são do que consequências previsíveis das desilusões e das deficiências resultantes deste mandato presidencial, que pouco ou nada de bom, de positivo, tem para mostrar. E, nesta situação, como também seria previsível, a reacção «burra» tem sido mais, não tanto a de defender Barack Obama, mas de atacar Mitt Romney. E para isso continuam a contar com a colaboração de bastantes indivíduos e instituições dos media norte-americanos, que, mais do que omitirem, também mentem e caluniam (e apelam inclusive à violência) contra o candidato republicano. Desistiram de ser o Quarto Poder para se tornarem numa Quinta Coluna a favor do status quo «progressista».
Estas e outras contrariedades e dificuldades mais não são do que consequências previsíveis das desilusões e das deficiências resultantes deste mandato presidencial, que pouco ou nada de bom, de positivo, tem para mostrar. E, nesta situação, como também seria previsível, a reacção «burra» tem sido mais, não tanto a de defender Barack Obama, mas de atacar Mitt Romney. E para isso continuam a contar com a colaboração de bastantes indivíduos e instituições dos media norte-americanos, que, mais do que omitirem, também mentem e caluniam (e apelam inclusive à violência) contra o candidato republicano. Desistiram de ser o Quarto Poder para se tornarem numa Quinta Coluna a favor do status quo «progressista».
Exemplos?
Pode-se começar por Martin Bashir, da MSNBC, que, depois de alvitrar que Mitt
Romney não é «material presidencial» porque não bebe álcool (!), fantasiou - com vídeo! - a
explosão do autocarro do antigo governador do Massachusetts. Joy Behar, na
Current (o canal televisivo de Al Gore), «limitou-se» a imaginar o incêndio da casa dele. Na Time, menos violentos, afirmam que o (quase) nomeado pelo GOP está
«demasiado focado na economia» (que chatice!) e que «faz flip-flops em quase tudo» enquanto Barack Obama é «consistente»! Na NBC, continuando o que já é uma «tradição» naquela estação, editaram – deturparam – um registo audiovisual de
Romney de forma a mostrá-lo como ignorante, ingénuo, out-of-touch. «Out» esteve
também a ABC ao repetir a mentira de que Mitt teria, na Bain Capital, promovido
o «outsourcing» através do «envio de empregos (norte-americanos) para a China»…
mentira, aliás, originada no Washington Post, uma de entre as «coincidências»
recentes – na verdade, conluios – entre posições da Casa Branca e «notícias» daquele jornal; e, afinal, foi Obama que se especializou nesse tipo de «exportação»…
O New York Times, em editorial (não assinado), classifica o caso «Fast &
Furious» como uma «luta partidária sem sentido». No Buzzfeed «produzem»
anúncios em que Romney «publicita» Viagra. No Los Angeles Times questiona-se a
utilização, por Ann Romney, e por motivos de saúde, de cavalos de competição.
Enfim, os três principais canais televisivos dos EUA fizeram este ano muitas mais referências à riqueza de Romney do que as que fizeram em 2004 à de John Kerry.
O que é mais
surpreendente é que nem há, da parte de alguns «jornalistas» que à partida poderiam
e deveriam ser considerados mais «equidistantes», qualquer pudor em assumir publicamente
a preferência por um determinado partido – o Democrata – ou candidato – Barack
Obama. Nomeadamente, Dean Singleton, presidente da Associated Press, que
elogiou profusamente o actual presidente num encontro de… editores! Que
garantias de isenção podem dar estes «profissionais»? Poucas ou nenhumas.
Alguns, ao fim de muito tempo, e a custo, «abrem os olhos» e reconhecem a
realidade tal como ela é. Como Greg Kandra, que, depois de 25 anos a trabalhar
na mainstream (lamestream) media, se cansou de «defender o indefensável e de
explicar o inexplicável». Agora um sacerdote, não custa a acreditar que a sua
indignação se estenda ao silêncio quase total que a mesma MSM reservou para os
processos em tribunal postos por dezenas de organizações religiosas norte-americanas contra a actual administração. Não os perdoais… porque eles
sabem o que (não) fazem?
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