quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Jon Huntsman teria uma hipótese…

… Apesar de pequena e remota, de, enquanto candidato presidencial, conseguir a nomeação pelo Partido Republicano se deixasse de acreditar nessa fraude chamada «aquecimento global». Isto é algo que eu já pensei, que eu já disse para mim mesmo há bastante tempo. Entretanto, e aparentemente, o antigo governador do Utah poderá estar a fazer isso mesmo; e não se pode dizer que se trata de uma mudança de opinião por conveniência política – isto é, um flip-flop – mas sim, pura e simplesmente, por reconhecer que já são mais do que suficientes as provas de que os «dados» foram forjados e de que o alegado «consenso» no assunto é uma mistificação. E, na verdade, o escândalo (o furacão?) conhecido como «Climategate» não só não acalmou como continua, pelo contrário, a causar devastação entre os vigaristas que se apresentam como cientistas.
Se for definitivamente removido dos seus ombros o «fardo» que a crença nas supostas «alterações climáticas» representa para as suas aspirações, poucas ou nenhumas dúvidas restarão: Jon Huntsman é, dos sete que ainda permanecem na corrida, o melhor, o mais consistente e o mais credível dos candidatos republicanos. Também é mórmon e tem experiência executiva tanto no sector público como no sector privado… mas, ao contrário de Mitt Romney, não tem uma «história» de contradições nas suas posições nem fez aprovar algo parecido com o «RomneyCare» - do qual, aliás, é opositor, tal como do «ObamaCare». Também teve enquanto governador um excelente desempenho na economia e na criação de empregos no seu Estado… mas, ao contrário de Rick Perry, nunca foi democrata nem – horror! – apoiante de Al Gore. Enfim, em relação a Newt Gingrich… bem, diga-se apenas que se ficou pela primeira esposa e que não há indícios de infidelidade da sua parte, e o único momento de humor televisivo que protagonizou foi no programa Saturday Night Live e não num anúncio com – maior horror! – Nancy Pelosi.
Outro «pecado» que eventualmente lhe poderão (continuar a) apontar é o de ter sido, até Abril último, embaixador dos EUA na China por nomeação de Barack Obama. Porém, a sua carreira diplomática – com um enfoque especial na Ásia e no Pacífico – vem de longe: por nomeação de George H. Bush foi também embaixador em Singapura. Trabalhou em Taipé, na Formosa. E colaborou igualmente nas administrações de Ronald Reagan e de George W. Bush.             
Jon Huntsman, compreensivelmente, não se cansa, sempre que tem uma oportunidade, de recordar o seu currículo e as suas credenciais – como, por exemplo, numa entrevista recente a Sean Hannity. Erick Erickson, outro conservador influente, admitiu que, perante as más opções que são Gingrich e Romney, iria reconsiderar a sua rejeição inicial do antigo governador. E três das filhas deste não têm regateado o seu apoio bem-humorado ao pai. No entanto, tudo isto, provavelmente, não será suficiente e vem tarde de mais para o tornar um sério competidor. Não obstante o seu apelido, o «caçador» terá deixado escapar a «presa».   

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