sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Ano Nove

(Uma adenda no final deste texto.)
O Obamatório entra hoje no seu nono – e, provavelmente, último – ano de actividade (mais ou menos) «normal», embora a partir de agora essa actividade seja, como já avisei anteriormente, mais reduzida e menos frequente em comparação com anos anteriores. Não entra, obviamente, no seu último ano de existência, porque, no que depender de mim, este blog estará sempre «ligado», disponível, para quem quiser saber, informar-se, sobre o que de facto aconteceu nos Estados Unidos da América nos últimos oito anos… e antes disso, porque não deixei de fazer ocasionalmente algumas «incursões históricas» ao passado (mais ou menos) recente da grande nação do outro lado do Atlântico…
… E esta entrada no ano nove faz-se num dia feliz… aliás, duplamente feliz: não só Barack Obama deixou finalmente de ser presidente como o(a) seu (sua) sucessor(a) não é Hillary Clinton ou qualquer outro membro do Partido Democrata. É, sim, Donald Trump, que foi empossado como novo comandante-em-chefe, juntamente com o seu vice Mike Pence. Apesar dos (vários) artistas que se recusaram a tomar parte nos espectáculos relacionados com a inauguração, ou por intolerância ideológica ou por terem sido insultados e/ou ameaçados de morte –como Andrea Bocelli e Jennifer Holliday. Apesar das inúteis e ridículas acções em tribunal de última hora. Apesar dos (muitos, quase 70) congressistas democratas, maus perdedores, que não compareceram à cerimónia, que boicotaram a tomada de posse, incluindo o mentiroso, «Uncle Tom», John Lewis. Apesar da violência, ameaçada e concretizada, cometida na capital por vândalos… perdão, «activistas» de esquerda «progressistas»...
… E essa intolerância e essa agressividade dos democratas continuaram a ter no Sr. Hussein o seu fiel reflexo e a sua máxima figura, até mesmo ao derradeiro dia. Na sua última semana que passou enquanto presidente não faltaram demonstrações adicionais de como o Nº 44 despreza o seu país, os cidadãos, as nações amigas, a democracia, a Constituição, tanto em afirmações como em acções. Quanto às primeiras, e como querendo justificar o seu «triunfo» como autor da afirmação mais estúpida de 2016, não se poupou nos insultos nas oportunidades finais (conferências de imprensa, entrevistas) que teve para isso: continuou a culpar a Fox News e Rush Limbaugh por os republicanos não quererem trabalhar com ele (e não as constantes ofensas e provocações, dele e dos seus «camaradas», aos membros do GOP); manifestou-se «surpreendido» pela severidade do partidarismo em Washington (problema que ele em «nada» agravou); e não poderia faltar um derradeiro «disparo» contra Israel, repetindo a ideia (falsa) já propalada por John Kerry de que aquela nação «não pode» ser judaica e democrata ao mesmo tempo. Uma última manifestação de desprezo para com um aliado, «consistente» com os favores finais que fez a ditadores: mais urânio para o Irão, menos sanções para o Sudão, fim do asilo imediato para refugiados cubanos, 500 milhões de dólares para o Fundo do Clima Verde da ONU. E não poderiam faltar, «logicamente», os perdões, reduções de pena, libertações, de criminosos de vários géneros, incluindo: o traidor Bradley Manning (só será «Chelsea» quando cortar o pirilau… o que, a acontecer, não será com dinheiro dos contribuintes), o que demonstrou que, para os democratas, o WikiLeaks só é prejudicial quando as revelações que faz são sobre eles próprios; o terrorista Oscar López Rivera, que estava encarcerado desde 1981 por ter construído e detonado bombas, em Nova Iorque e não só, a favor da independência de Porto Rico… Bill de Blasio, mayor da «Grande Maçã», ficou contente, o que não espanta vindo de um comunista que admira Fidel Castro e Daniel Ortega; e traficantes de droga, entre os quais quatro mexicanos chefes de cartel… só ontem, na véspera de se ir embora, BHO beneficiou 330!
O mais hilariante depois de tudo isto, depois de tanto desrespeito pela lei e pela ordem, pelos bons costumes e pela mais elementar sensatez, é que os democratas, sempre a viverem na sua realidade alternativa, aleguem, com o maior descaramento, que o Sr. Hussein não teve qualquer escândalo nos seus dois mandatos! Aliás, o próprio afirma isso, secundado pelos seus admiradores-adoradores no partido - Denis McDonoughValerie Jarrett, Josh Earnest - e nos media - Brian Williams, Ezra Klein, Susan GlasserAssim, como poderia o Obamatório cessar por completo as suas operações? A experiência acumulada em quase dez anos diz-nos que dificilmente não existirão «ecos» desagradáveis em 2017, e eventualmente depois disso, da presidência de Barack Obama.
(Adenda – Como não era difícil de prever, não foi preciso esperar muito para saber: na manhã de 20 de Janeiro, poucas horas antes de Donald Trump tomar posse, a anterior administração decidiu dar à Autoridade Palestiniana, como «prenda de despedida», mais de 220 milhões de dólares; entretanto, resolveu também entregar… (ainda) não se sabe a quem documentos relativos à operação de localização e de eliminação de Osama Bin Laden. É, pois, de surpreender que Barack Obama tenha registado, ao longo dos seus dois mandatos, uma média de aprovação de apenas 47,9%, inferior às de oito presidente nos últimos 70 anos, incluindo Richard Nixon?) 

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