Foi
há cerca de duas semanas, mas os «ecos» de mais uma polémica «progressivamente»
- e artificialmente - empolada ainda podem ser escutados… Houve uns quantos
histéricos, e histéricas, e hipócritas, que como que molharam as cuecas de
indignação por Rudolph Giuliani – numa cerimónia privada, note-se, mas cujos
pormenores foram tornados públicos – ter de alguma forma questionado o
patriotismo de Barack Obama. Mais concretamente, por ter afirmado que «eu não
acredito que o presidente ama (os Estados Unidos d)a América». Posteriormente,
o ex-mayor de Nova Iorque não só não recuou como reincidiu, repetiu, (n)o seu pensamento e
nas suas palavras.
As
reacções «escandalizadas» de muito(a)s do(a)s «suspeito(a)s do costume» não se
fizeram esperar. Desde logo, a de Debbie Wasserman Schultz, que aproveitou
talvez para tentar uma distracção relativamente a uma embaraçosa revelação
relativa a uma sua eventual mudança de posição. Stephanie Miller, Steve Cohen e
Van Jones, à falta de argumentos válidos, recorreram ao (falso argumento do)
racismo como causa dos comentários de Rudy Giuliani… e outros fizeram o mesmo, se
bem que mais sub-repticiamente, como no New York Times. Obviamente, da MSNBC
(uns e outros), da CBS e da NBC, de muitos dos correspondentes na Casa Branca,
vieram os inevitáveis e «isentos» reparos. Até, imagine-se, o fundador da
Starbucks, Howard Schultz (será parente da Debbie e do Ed?), se achou no
direito de «meter o bedelho» na discussão… criticando, claro, Giuliani. Curiosamente,
do Partido Republicano também houve quem manifestasse reservas quanto à opinião
do seu correligionário nova-iorquino. Lindsey Graham, Marco Rubio, Mike Pence e
Rand Paul, nomeadamente, mesmo que criticando a cobertura mediática e injustificada
que o assunto proporcionou, não deixaram de expressar, de uma forma ou de outra,
o seu distanciamento.
Porém,
e evidentemente, Rudy Giuliani, tinha, e tem, toda a razão. E é, foi, o próprio
Barack Obama a dar-lhe toda a razão. Quem por várias vezes andou a pedir, no
estrangeiro e a estrangeiros, desculpa pelos supostos erros dos EUA, e que,
como salientou Mark Levin, anunciou querer «transformar fundamentalmente» o
país, demonstrou não gostar dele, não o amar. Mais: ele disse em 2008 que
George W. Bush não era patriótico por ter aumentado, e muito, a dívida,
acusação com a qual muitos à esquerda concordaram entusiasticamente; pelo que o
Sr. Hussein é o primeiro a declarar-se a ele próprio não patriótico – e, logo,
a não amar o seu país – porque aumentou a dívida muito mais do que o seu
antecessor – algo que Ed Henry, da Fox News, lembrou a Josh Earnest, que deveria
preocupar-se mais com os legados de outros, a começar pelo do seu chefe… Enfim, se
Obama realmente amasse a América não teria assistido, durante cerca de 20 anos,
a Jeremiah Wright lançar imprecações como «God damn America!» E, já agora, Michelle
Obama teria sentido orgulho no seu país antes de o seu marido ter sido nomeado
pelo Partido Democrata como candidato à presidência. Portanto, e por tudo isto,
como é que se pode duvidar, questionar, (d)o que Giuliani disse?
9 comentários:
Não sei se Obama é patriota. Para apurar, seria vantajoso perceber se ele é realmente americano.
O que ele está a fazer com o Irão, pode vir a criar uma confusão bem maior do que os seus disparates no Iraque.
Cumprimentos
A mídia conseguiu blinda Obama, mas será que irá conseguir fazer o mesmo com Hillary e seus sucessíveis escândalos? Você considera Hillary a favorita -- se ela ganhar as primárias -- para 2016?
A emissora russa RT, faz habitualmente propaganda contra os EUA, como se sabe e percebe.
O curioso da questão é que sempre que Obama é atacado pelos Republicanos, ele vêm de imediato em sua defesa. Ahaha!
Os russos são obamistas.
Obama é o presidente que os Russos pediram a deus. Hahaha
(Em resposta tanto ao Fernando como ao Neo...) Rússia, Irão, Cuba, e outros países que não se distinguem propriamente pela democracia e pelo respeito pelos direitos humanos, só têm a agradecer por o presidente dos EUA ser alguém como Barack Obama... e por Hillary Clinton ter sido secretária de Estado. Bastavam os maus «negócios estrangeiros» dos dois para dar «munições» aos republicanos em 2016, mas, de facto, o mais recente escândalo (e são tantos) a afectar a esposa de Bill (e que eu abordarei em breve) parece ser mau demais... tanto que até vários democratas já se estão a distanciar e a questionar a «inevitabilidade» dela.
Sr Octávio, essa pesquisa é confiável, mesmo estando tão longe das eleições?
http://www.rasmussenreports.com/public_content/politics/elections/election_2016/clinton_vs_walker_it_s_very_close
Eu tento não dar muita importância a sondagens... para mim o que conta é o voto, o resultado de uma eleição. Porém, se tiver que ser, mais vale não depender apenas de uma empresa ou de uma pesquisa mas sim da conjugação de várias, como faz a Real Clear Politics.
Mas que Scott Walker é um forte candidato, disso não restam dúvidas...
Que lástima. Não se pode ver a CNN e a CBS. Enchem os informativos com patranhas de racismo, sempre dos brancos contra negros. Não há racismo de negros contra brancos nos EUA? Já enoja!
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