Há
textos, artigos, «nacos de prosa» (e de poesia, e de ensaio) tão notáveis que
merecem, mais do que apenas a indicação do título e do autor numa lista publicada e renovada regularmente, uma citação mais longa, demorada. É o caso,
um exemplo entre outros, de um escrito por Wesley Pruden e publicado a 3 de Julho último no Washington Times…
…
Que toma a recente crise na fronteira Sul dos Estados Unidos da América como pretexto principal mas
que também reflecte sobre o que tem sido a presidência de Barack Obama, as suas
características principais… e como a «transformação fundamental» que ele
prometeu está de facto a acontecer. Justifica-se lê-lo todo, mas atente-se em
especial neste excerto: «(…) Fazer dos Estados Unidos um país do Terceiro Mundo
é exactamente o que este presidente pretende. Ele é do Terceiro Mundo. Ele
passou os seus anos formativos no Terceiro Mundo, e quando a mãe dele, obcecada
com o Terceiro Mundo, trouxe-o de volta à América, ele procurou a companhia
daqueles que sonhavam em fazer da América o maior Estado-Providência do Mundo,
como que uma França alargada, com Velveeta em vez de Camembert. Ele e a sua
corte de Chicago feita de drogados, “organizadores comunitários” e sonhadores de
sonhos miríficos entretinham-se a eles próprios com fantasias de como um dia
transformariam a terra dos livres e a casa dos bravos numa nação merecedora de
tomar o seu lugar por direito entre as nações do Terceiro Mundo. (…)»
Uma
vez mais, não se trata de um exagero mas de uma legítima asserção confirmada pelos factos - os que se têm acumulado desde 20 de Janeiro de
2009 e em especial os mais recentes. Sobre o actual presidente incide
frequentemente a comparação, e acusação, de, como Nero, «tocar enquanto Roma arde», mas os melhores paralelismos vêm de facto dos países subdesenvolvidos da
América Latina, da África, da Ásia, enfim… do Terceiro Mundo. Cujos chefes de
Estado, raramente eleitos democraticamente, insistiam em atitudes e em
comportamentos levianos e ostensivos mesmo num contexto de degradação
política e financeira. E, na verdade, num momento em que os EUA, e apesar de
recentes números incompletos e por isso enganadores, vêem a sua economia, o seu
sistema de saúde, a sua diplomacia e a sua segurança a enfraquecerem dia a dia,
Barack Obama não se priva de certos luxos e prazeres que a sensatez
aconselharia a atenuar ou a evitar de todo. São, habitualmente, pequenos
episódios, «incidentes», que têm um impacto (negativo) superior porque agravam
a (percepção da) sua inacção e incompetência em matérias fundamentais…
…
E à frente desses episódios e «incidentes» está o número de dias de férias e os
respectivos custos, que já excederam os de todos os presidentes anteriores: 119 dias a mais de 44 milhões de dólares. Também havia um plano para reparar e reutilizar a pista de bowling da Casa Branca criada por Harry Truman (outro democrata),
mas acabou por ser abandonado… ou adiado. E, na última semana, enquanto a crise
na fronteira – cuja existência a liberal Andrea Mitchell admite mas a liberal
Sally Kohn nega – continuava a agravar-se, Barack Obama foi fotografado e
filmado num bar do Colorado a beber cerveja e a jogar bilhar, e isto nas
vésperas de se deslocar ao Texas… para mais alguns dispendiosos eventos de
angariação de fundos, entre os quais um promovido por Robert Rodriguez, o
cineasta que, através dos seus dois filmes «Machete», defende e até incita a
imigração ilegal. Não foi para visitar os – improvisados e superlotados –
centros de acolhimento de imigrantes ilegais e a pouco e mal defendida fronteira
federal que eles incessantemente atravessam, porque, nas suas palavras, «não
estou interessado em oportunidades de fotos (photo ops) mas sim em resolver os
problemas»! Uma dupla mentira que (previsivelmente) na Fox News e
(surpreendentemente) na CNN criticaram e até satirizaram, porque ele não só não
resolve este problema, e outros, preferindo acusar, como de costume, o GOP,
como também, habitualmente, não perde uma photo op, incluindo selfies em
momentos e locais inapropriados (lembremo-nos do funeral de Nelson Mandela) ….
desde que, claro, lhe sejam favoráveis ou pelo menos agradáveis. E não repara
no ridículo de alegar que a situação a Sul «não é teatral» e, depois, utilizar
uma frase de um filme (de Martin Scorsese) para culpar os republicanos…
…
Embora, na verdade, não sejam só aqueles que se manifestam contra a sua
inacção. E não me refiro apenas a jornalistas normalmente alinhados com os
democratas, como Chuck Todd, que confessou que a administração parece estar
sempre a reboque dos acontecimentos, a «debater-se para dirigir o governo (federal)». Também a políticos, eleitos, activos, como o democrata, representante do Texas, Henry Cuellar, que não tardou em receber um telefonema da Casa Branca a mandá-lo calar depois de ter criticado – designando-a de
«bizarra» - a postura passiva de Barack Obama perante o anormal afluxo de
imigrantes ilegais, em especial de crianças. Apesar de liberal, ele sem dúvida
vê e compreende, tal como os conservadores, que o governo federal está na
práctica não a combater os contrabandistas, os traficantes de pessoas, mas sim
a ajudá-los, a complementá-los, a continuar o «trabalho» deles, levando os latinos para diversos pontos nos
EUA: os ilegais recebem alimentação, alojamento, educação, até aconselhamento
legal. Como é que os residentes em cidades fronteiriças não poderiam ficar indignados
face ao que é, de facto, premiar criminosos? Como Ted Cruz demonstrou no
Senado, «a amnistia está a desenrolar-se em frente aos nossos olhos»…
…
E isso não é um problema para o Sr. Hussein e para os seus mais fiéis
seguidores; muito pelo contrário, faz decerto parte do plano de «transformar
fundamentalmente» os EUA numa nação menos poderosa e mais perto do Terceiro
Mundo por eles mitificado. Aliás, ele disse-o há poucos dias, e não a
brincar: «por quase todas as medidas estamos melhor agora do que quando tomei posse». Obviamente que não é verdade, muito pelo contrário, mas é no que ele
acredita. E os comentadores que (previsivelmente) na Fox News e
(surpreendentemente) na MSNBC notaram um aparente alheamento e até abdicação no
Nº 44, que este terá «desistido» e tem como que «vontade de voltar para casa»,
não parecem ter entendido que, sim, isso acontecerá não por ele estar frustrado
mas sim por se sentir realizado.
1 comentário:
This weak and timid President talks big... and does nothing: A devastating attack on Obama by a top Washington insider
http://www.dailymail.co.uk/debate/article-2698685/This-weak-timid-President-talks-big-does-A-devastating-attack-Obama-Washington-insider.html
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