E,
agora, um texto «especial» com «adendas»… a textos anteriores mais ou menos
recentes. Todas poderiam ter uma «etiqueta» em comum: «eu não disse?»
Em
Janeiro, no texto «”The (New York) Times isn’t a-changin’”», escrevi: «(…) No conjunto de órgãos de comunicação
social dos Estados Unidos da América que formam a habitualmente
designada mainstream media – ou lamestream media, como lhe chama
Sarah Palin – e que funcionam oficiosamente, quando não declaradamente,
como extensões, suportes do Partido Democrata e da esquerda norte-americana,
nenhum é mais antigo, fulcral e preponderante do que o New York Times. (…)
A todos os ignorantes, iludidos, ingénuos, que ainda tomam o NYT como uma (boa)
referência de jornalismo fica o conselho: deixem de o fazer. (…)» Depois de nos
últimos anos a apelar, regularmente, ao fim da «discrepância salarial» entre
homens e mulheres, o NYT foi «apanhado», tal como a Casa Branca, na situação
«olha para o que eu digo, não para o que eu faço»: a administração despediu Jill Abramson de editor(a) executivo(a) – a primeira mulher a ocupar aquele
cargo no jornal – porque ela terá protestado por receber menos do que o seu
antecessor… e, pior ainda, por alguns dos seus subordinados (homens) terem
vencimentos superiores ao dela! Porém, e segundo quem já lá trabalhou, esta
discriminação sexista até já é bem antiga no mais «progressista» dos jornais.
Em
Fevereiro, no texto «Brincar aos médicos e enfermeiras», escrevi: «(…) Nos EUA só quem tem estado a dormir
ininterruptamente desde Outubro é que não sabe que o “serviço nacional de
saúde” que os democratas votaram e implementaram sozinhos continua a ser o
desastre que se tornou evidente desde o princípio. Correcção: é um desastre
ainda maior porque continuam a acumular-se novos factos sobre os (maus) efeitos
da aplicação da lei. (…) É o que acontece quando idealistas inexperientes e
irresponsáveis com demasiado tempo e poder nas mãos decidem brincar aos médicos
e enfermeiras... fazendo de todo um país como que um enorme, imenso "hospital" para as suas experiências.» Antes da aprovação e implementação do «ObamaCare»,
já existia, na realidade, uma «experiência» estatal (de várias décadas) na prestação de cuidados de saúde: a que era, e é, conduzida pelo Departamento de
Assuntos de Veteranos. Na semana passada soube-se que dezenas (talvez até uma
centena) de antigos combatentes morreram nos últimos cinco anos enquanto,
inscritos em listas de espera, aguardavam tratamento – uma situação que em
Portugal conhecemos, infelizmente, demasiado bem. Barack Obama, como tem sido
habitual nos vários escândalos que têm marcado a sua presidência, só terá sabido pela comunicação social. Sim, é um prenúncio do que o «(un)Affordable
Care Act» poderá trazer a todo o país.
Em
Março, no texto «Onde está o senador Obama?», escrevi: «(…) Que, certamente, não organizaria uma
iniciativa denominada “My Brother’s Keeper”, destinada a auxiliar as famílias
carenciadas afro-americanas, e mantendo ao mesmo tempo, hipocritamente,
uma relação problemática com… irmãos dele. Na verdade, ele não tem sido o
“guardador” do seu meio-irmão George Hussein Obama, que (sobre)vive num
bairro de lata em Nairobi, a capital do país (Quénia) onde ele antes dizia
ter nascido. (…)» Ele distancia-se tanto dos parentes que estão em África como
dos que estão nos EUA: em Abril a tia Zeituni Onyango morreu e o Sr. Hussein,
em vez de comparecer no funeral (para cujo pagamento de despesas, vá lá, ao
menos contribuiu), foi – mais uma vez – jogar golfe. O que não é
particularmente insensível para os seus «padrões»: recorde-se que, após quatro
norte-americanos terem sido mortos em Benghazi, ele foi para um evento de
angariação de fundos em Las Vegas…
Também
em Março, no texto «NA(u)S(e)A», escrevi: «(…) Barack Obama não autorizou, directa ou indirectamente, o desenvolvimento
de um projecto de “regresso à Lua” nem a concretização de uma alternativa aos
vaivéns após estes terem deixado de ser utilizados… definitivamente. Tão
avessos a poupar, os democratas decidiram fazê-lo exactamente onde não
convinha… Resultado? Os norte-americanos viram-se, e vêem-se, desde então na
contingência – e na (dispendiosa) humilhação – de dependerem dos russos, seus
históricos rivais desde o lançamento do Sputnik, para transportarem os seus
cosmonautas até à Estação Espacial Internacional. Agora, a pergunta óbvia é: e
se Moscovo decidir que as “boleias” nas Soyuz acabaram? (…)» Aparentemente, já decidiram, o que era quase inevitável desde que o Sr. Hussein aplicou algumas
(tímidas) sanções à Rússia pela intervenção desta na Ucrânia… o que só
aconteceu, recorde-se, porque o Nº 44 prometeu, se fosse reeleito, «maior flexibilidade» a Vladimir Putin, este é quem, na práctica, agora controla o
programa espacial norte-americano… se é que ainda existe algum.
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