Em
entrevista emitida na CNN a 15 de Novembro último, defendendo-se de acusações
de hipocrisia que lhe foram feitas, entre outros, por John «Jeb» Bush, devido
ao facto de colocar as suas crianças em escolas privadas ao mesmo tempo que faz
a apologia do ensino público, Matt Damon afirmou que «comeria o meu sapato se ele pudesse nomear um Bush que alguma vez tivesse entrado (frequentado) (n)uma escola pública».
Porém,
e «infelizmente»… sim, é verdade: um membro da família Bush esteve mesmo n(um)a
escola pública. Aliás, até foi mais do que um: o próprio Jeb, o irmão George
W., e as filhas deste, Barbara e Jenna, foram aluno(a)s em diferentes escolas não
privadas do Texas, além de que a mãe daquelas, Laura, foi professora, e
bibliotecária, num outro estabelecimento de ensino público. Pelo que se
«aguarda» a todo o instante a confirmação de que Matt Damon cumpriu a sua
«promessa» de comer um dos seus sapatos, de preferência o mais caro. Hoje, o
jantar do dia de Acção de Graças (Thanksgiving) com a sua família poderia ser uma
ocasião apropriada para tal. Uma peça de calçado seria sem dúvida um
complemento – uma sobremesa? – original numa refeição previsivelmente recheada
de pratos apetitosos, refinados e dispendiosos. Se o actor tiver dificuldades
e/ou dúvidas sobre como degustar a «iguaria», pode recorrer ao exemplo e às «instruções» de um grande – talvez o maior – mestre do cinema. E, depois, para
ajudar a engolir, Damon pode beber um café Nespresso, um produto que ele
recentemente publicitou durante 20 segundos a um preço de três milhões de dólares, sem dúvida por sugestão do seu amigo George Clooney.
Matt
Damon não é, evidentemente, a primeira celebridade esquerdista a falar mais do
que devia e a fazer promessas que dificilmente poderia cumprir… ou, por outras
palavras, a fazer figuras tristes. Bill Maher, em Janeiro deste ano, declarou
que ofereceria cinco milhões de dólares a uma instituição de caridade escolhida
por Donald Trump se este provasse que não é filho de um orangotango. Resultado?
O magnata apresentou a sua certidão de nascimento e meteu um processo em
tribunal ao «cómico» depois de se tornar evidente que aquele não honraria a
palavra dada… Não satisfeito com o «susto» que então apanhou, Maher, qual
maníaco compulsivo que não consegue controlar-se, disse na semana passada que,
quando Ronald Reagan foi eleito presidente pela primeira vez, «Sarah Palin tinha pouco mais de 16 anos, estava provavelmente grávida, mas ainda na terceira classe». Das três «asserções» só a primeira está certa…
Todos
os liberais «progressistas» norte-americanos partilham em política, como tem
sido aqui exaustivamente e concludentemente comprovado, uma predilecção pela
fantasia, pela ficção, e uma aversão aos factos, mas essas características são
particularmente evidentes, como não podia deixar de ser, nos da Califórnia e de
Hollywood. Não são só Damon e Maher. Harvey Weinstein acredita que não é Barack Obama que é embaraçoso mas sim o país. Jeffrey Katzenberg, outro produtor que é
também admirador do actual presidente, vai ao ponto de se (tentar) imiscuir na próxima eleição para senador pelo Kentucky, contribuindo ele próprio, e pedindo
os contributos de outros, para a opositora democrata de Mitch McConnell! Vale a
pena ler os comentários neste artigo do Hollywood Reporter sobre o assunto …
Barack
Obama agradece a adulação e o apoio que recebe na Costa Oeste voando
regularmente até lá… para angariar mais dinheiro para os seus «camaradas» (só esta
semana foram mais dois «peditórios» e uma «visita presidencial» à Dreamworks
de… Katzenberg!) e para «engarrafar» ainda mais o trânsito já de si difícil de
Los Angeles e dos arredores. Jimmy Kimmel salientou isto mesmo, acrescentando
que o Sr. Hussein, que é capaz de «transformar (o Oeste de LA) no equivalente,
em tráfego, do sítio do “ObamaCare”», é como «um estudante universitário que só vai a casa para lavar a roupa e roubar restos do frigorífico».
Não
há notícias de problemas causados por George W. Bush e pela esposa quando se
deslocaram, na semana passada, à «cidade dos anjos» para participarem no «The
Tonight Show» com Jay Leno. A audiência não só não atirou sapatos ao anterior presidente
como, pelo contrário, o aplaudiu bastante.
2 comentários:
Você está a falar de um canalha que invadiu o Iraque com base nas mentiras das armas de destruição maciça e das ligações à al-qaeda, e onde, segundo o Los Angeles Times, em 2007, já teriam morrido mais de um milhão de civis iraquianos: homens, mulheres e crianças?
Por que princípios é que você se rege?
Quando se fala de um «canalha» em relação ao Iraque, ou à(s) guerra(s) do/no Iraque, só um nome é possível: o de Saddam Hussein. Um ditador assassino de massas que, ele sim, foi responsável pela morte de cerca de um milhão de pessoas, não só no seu país mas também as que pereceram em resultado das invasões que fez do Irão e do Kuwait. Que usou armas de destruição maciça, químicas, contra curdos. Que abrigou terroristas e que dava dinheiro às famílias de bombistas-suicidas. Que desrespeitou dezenas de resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Há outras fontes de informação, e mais fiáveis, além do Los Angeles Times. E o principal princípio que me rege é o da verdade dos factos.
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