segunda-feira, 4 de julho de 2016

Menos livres e menos bravos

(DUAS adendas no final deste texto.
Mais um 4 de Julho que se assinala, mais um «Dia da (In)Dependência» que se celebra… A data mais importante na história dos Estados Unidos da América, um feriado em que supostamente se reconhece e se festeja o orgulho de ser cidadão daquele país, e a força, o poder, o respeito que dele emana…
… Porém, e na verdade, desde que Barack Obama é presidente, os EUA têm vindo… progressivamente a ter menos motivos para se sentirem seguros da sua superioridade. Não restam dúvidas de que o Sr. Hussein tem procurado, deliberadamente, enfraquecer, diminuir, o papel e o contributo do seu país na cena mundial, o que, mais preocupante, se traduz igualmente numa maior fragilização interna – uma economia que não se expande decisivamente (o que não surpreende, com um Estado, um governo federal, cada vez mais regulador e constrangedor), e uma multiplicação de conflitos «identitários» (raciais, étnicos, sexuais) estimulados e causados por militantes esquerdistas extremistas (uma redundância) que vêem na divisão e no ressentimento, mesmo que artificiais, a sua razão de ser. Tudo isto, claro, permitido e até incentivado por um «comandante-em-chefe» que não mostra – nunca mostrou – qualquer aptidão para o cargo. Ele gosta – sempre gostou – de, isso sim, fazer campanha eleitoral, e prepara-se para voltar à estrada e dar uma ajuda a Hillary Clinton na campanha presidencial – que, depois da conversa privada que o marido teve com Loretta Lynch, deverá muito provavelmente escapar a uma acusação… Afinal, qual é a surpresa? Acaso seria de esperar que a actual administração, e concretamente o Departamento de (In)Justiça, prejudicasse grave e irreversivelmente a candidata que o «chefe» daquela vai apoiar?
Portanto, é «business as usual» para o Partido Democrata, a maior e mais antiga organização criminosa dos EUA. Que se está «nas tintas» para que o país, ainda sob o seu controlo ao nível federal, se tenha «transformado fundamentalmente» numa anedota. E os exemplos disso não só não escasseiam como se vão sucedendo… Uma investigação recentemente completada e divulgada pela Marinha concluiu que os militares que em Janeiro deste ano foram capturados por iranianos não se comportaram à altura das circunstâncias e dos «altos padrões» que deles são esperados. Pelo que não é descabida a acusação de Carl Higbie, ex-SEAL, que a propósito daquele «embaraço nacional» considerou que se tem vindo a verificar uma «wussification» das forças armadas. Como que a confirmar essa «emasculação» já este ano se ficou a saber que soldados na Geórgia tiveram de assistir, em 2015, a uma apresentação sobre os «privilégios de ser branco, macho e heterossexual», e que a proibição da admissão de transgéneros havia sido levantada.
Evidentemente, a «wussification» alastra igualmente entre os civis, e nestes ainda com mais força. Há relatos de que, na Europa, diplomatas norte-americanos têm vindo a ser assediados, incomodados, ameaçados e até perseguidos por elementos das agências russas de inteligência e de segurança; as reacções da Casa Branca não têm sido propriamente marcadas pela firmeza e muito menos pela retaliação, o que vem provar mais uma vez a «flexibilidade» que Barack Obama prometeu a Vladimir Putin se fosse reeleito. Na verdade, as prioridades em Washington são outras: o Departamento de (In)Justiça anunciou que, a partir de 2017, todos os seus funcionários receberão formação e treino contra «bias», «preconceitos» - e isto segundo um modelo que parece decalcado de uma proposta dos «Black Lives Matter»; entretanto, o FBI, organização sob tutela do DdJ, não tem informado e avisado os norte-americanos de que estão em «listas para matar» do ISIS; em simultâneo, o director da CIA, John Brennan, «expressou preocupação» que o «Estado Islâmico» possa realizar nos EUA ataques semelhantes ao do ocorrido no aeroporto de Istambul em 28 de Junho último – o que é… insólito, porque os atentados em São Bernardino e em Orlando, reivindicados pelo «Daesh», foram anteriores ao da Turquia. Porém, nada de preocupações, pois Susan Rice tem a «solução» perfeita para aperfeiçoar os serviços de segurança e de inteligência da nação: recrutar mais junto das minorias, dado que existe uma preponderância naqueles de «white, male and Yale»; registe-se, por curiosidade, que Ash Carter, John Kerry e Samantha Power se formaram naquela universidade…
Obviamente, num contexto conspurcado pelo «politicamente correcto» e pela perversão esquerdista quem se assume como patriota e quer exibir a «stars and stripes» arrisca-se a ter problemas. De facto, não é de agora que o símbolo máximo dos EUA aparenta ser uma bandeira da discórdia. Mais recentemente, e neste âmbito, ela foi queimada por hispânicos que se manifestavam (violentamente) contra Donald Trump, arrancada por uma muçulmana envergando uma burqa (!), pretexto para chamar a bombeiros «terroristas», motivo para despedir um veterano e para ameaçar outro de despejo, e amontoada(s) num cemitério. No entanto, tão ou mais revoltante do que fazem uns com a bandeira na realidade é o que outros têm feito com uma personagem fictícia que é, todavia, uma corporização viva, se bem que simbólica, daquela – o Capitão América. Só no último ano ele já foi colocado (nas revistas, não nos filmes) a defender imigrantes ilegais e a revelar-se como um agente nazi e membro da Hydra, e, porque há quem lamente a sua «virilidade heterossexual» (no cinema), surgiu uma campanha no Twitter para o tornarem homossexual e arranjarem-lhe um «namorado»! Sim, são ideias insultuosas de idiotas de m*rd*, mas é o que acontece quando as «políticas de identidade», que os «progressistas» propagam, nada nem ninguém poupam.
Sim, esta é uma época «excelente» para celebrar o 4 de Julho. América, «land of the free, home of the brave» («terra dos livres, lar dos bravos»), como reza o hino nacional, «The Star-Spangled Banner»? Com Barack Obama, os americanos estão menos livres e menos bravos. 
(Adenda – Tal como eu previ, e outros também (o que, aliás, não era difícil), o FBI decidiu não recomendar uma acusação contra Hillary Clinton por ter usado um servidor privado para enviar e receber informações enquanto foi secretária de Estado – informações essas que incluíram material confidencial; porém, James Comey, director do «Bureau», admitiu na conferência de imprensa em que anunciou a decisão que a candidata do Partido Democrata à presidência dos EUA incorreu em vários comportamentos incorrectos e mesmo ilegais, e confirmou isso hoje (7 de Julho) em audiência no Congresso e em resposta a perguntas de Trey Gowdy. O representante da Carolina do Sul, tal como o senador Ted Cruz e outros observadores reputados, juristas prestigiados ou não, concordam que se está perante (mais) um grave precedente, (mais) uma ameaça ao primado da lei. Entretanto, Loretta Lynch tomou a decisão de encerrar formalmente a investigação… mas ela e os seus cúmplices que não pensem que isso vai apagar (mais) este escândalo da memória colectiva.)
(Segunda adenda – Quatro dias depois do 4 de Julho, Barack Obama terá pedido à NATO, aquando da cimeira de 2016 da organização, realizada em Varsóvia, «firmeza contra a Rússia». Não admira, porque, dele, só há a esperar… flexibilidade.) 

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