sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Festas infelizes

(Uma adenda no final deste texto.)
Um dos aspectos menos conhecidos, menos divulgados, do ataque ao Inland Regional Center em São Bernardino, no passado dia 2 de Dezembro, foi o de o casal de terroristas muçulmanos, Syed Farook e Tashfeen Malik, terem visado especialmente, naquele edifício público californiano onde ele, aliás, trabalhava, uma festa de Natal então a decorrer, e onde quase todas as vítimas (mortos e feridos), também colegas de Farook, participavam. Aqueles que eventualmente tenham considerado um exagero a especulação de Peter Johnson, no FNC, de que se tratou de «uma (acção de) guerra literal ao Natal» deveriam ser informados, caso não o soubessem, do que comentadores em outros canais de cabo disseram sobre o mesmo assunto: na MSNBC interrogou-se sobre se a dita festa poderia ter «engatilhado» («triggered») o massacre, e na CNN que a mesma poderia ter sido «ofensiva» para o devoto muçulmano, que, portanto, prontamente reagiu e fez saber a sua indignação perante um caso de «discriminação religiosa» no local de trabalho…
Sim, parece, e é, um absurdo ter-se este tipo de discussão numa circunstância, num contexto como o do primeiro atentado do ISIS nos EUA, mas tal acontece porque o Natal é, desde há bastante tempo, um alvo privilegiado da «fúria laicizante» de liberais e de esquerdistas na sua campanha de erradicação – ou, pelo menos, de drástica desvalorização – de quaisquer cerimónias, símbolos e/ou objectos ligados a valores cristãos e/ou conservadores, sem dúvida animados nesse sentido por estudos que apontam os cristãos brancos como sendo, agora, uma minoria no país. Já antes se falou aqui no Obamatório em «batalhas» desta «guerra», e seria de supor que os progressistas tenderiam a desistir dela… mas não. Nestas últimas semanas soube-se de vários incidentes, entre o imbecil e o inquietante…
… E em que nem sempre depois regressou, se restabeleceu, a sensatez: na Virgínia, o Centro Médico dos Veteranos em Salem proibiu, e depois deixou de proibir, a colocação de árvores de Natal e de outras decorações alusivas à época nas suas instalações; no Illinois, manifestantes contra a morte de Laquan McDonald por um polícia de Chicago arrancaram lâmpadas (e luzes) da árvore de Natal da cidade; no Tennessee, a Universidade daquele Estado, através do seu Gabinete de Diversidade e Inclusão, emitiu um comunicado apelando a que não fossem organizadas «festas de Natal disfarçadas», e que se promovesse, em alternativa, celebrações que não enfatizassem religião e/ou cultura; em Nova Jérsia, uma autarca de Roselle Park demitiu-se por não concordar que a árvore a ser iluminada naquela vila se designasse… «árvore de Natal»; no Mississippi, a Universidade daquele Estado, através da associação de estudantes, anunciou que deixava de utilizar a palavra «Natal» para designar a festa anual organizada neste período por estar «demasiado conotada com o Cristianismo»; no Minnesota, habitantes de Wadena montaram presépios junto à suas casas depois de uma ameaça de processo em tribunal por parte da Freedom From Religion Foundation ter levado a autarquia da cidade a removerem o presépio oficial da praça principal; no Nebraska, uma associação ateísta conseguiu, ao reservar com antecedência o espaço, ter uma exibição sua no edifício do capitólio de Lincoln a partir de 18 de Dezembro e passando o Natal, substituindo o presépio anteriormente exposto no mesmo local; no Kentucky, a administração escolar do condado de Jackson proibiu todas as referências ao Natal nas festas desta época, chegando ao cúmulo de proibir a representação, por crianças, do famoso programa de animação «A Charlie Brown Christmas»(!); na Flórida, a mayor da cidade de Plantation levou a tribunal uma família que, há vários anos, monta na sua casa e no terreno em volta uma exuberante e luminosa exposição natalícia.     
Evidentemente, não são apenas as festas do dia 25 de Dezembro que os «progressistas» se esforçam por tornar cada vez mais infelizes. Este ano – aliás, à semelhança de anteriores – as hostes esquerdistas norte-americanas procuraram mais uma vez utilizar, manipular, deturpar o dia (e o jantar) de Acção de Graças – que, a um mês de distância, constitui como que o início do período natalício – para (tentarem) persuadir, doutrinar… enfim, aborrecer parentes e amigos à mesa com as suas posições – isto é, ilusões – ideológicas. Josh Earnest, Vox, Think Progress, DNC, Alan Grayson e Hillary Clinton manifestaram intenções, ou também deram mesmo instruções (!), aos seus seguidores para que à mesa, entre garfadas de peru, retoricamente combatessem conservadores e assim demonstrarem novamente, como se tal fosse necessário, que não têm etiqueta nem boas maneiras… Enfim, e como seria previsível, tal «activismo gastronómico-político» poucos ou nenhuns resultados positivos (para os liberais) obteve, tendo muitos dos «guerreiros» (da treta) regressado do feriado desmoralizados e até «chocados» por muitos dos seus familiares não só (cont)i(nua)rem (a) votar em candidatos republicanos mas também, especificamente,  e «horror dos horrores», em Donald Trump!
As incertezas eleitorais para o próximo (e feliz?) ano novo de 2016 não constituem, porém, obstáculo e distracção para que os democratas festejem convictamente o Natal de 2015. Barack Obama não sabe o que se celebra no dia 25 de Dezembro (e depois admirem-se de que aleguem, meio a sério, meio a brincar, que ele é um muçulmano não assumido), mas, pelo menos, ele e os seus camaradas receberam de Paul Ryan e dos RINO’s uma grande, uma enorme «prenda»: um orçamento que financia practicamente todas as principais prioridades dos «burros», incluindo Planned Parenthood, imigação ilegal, libertação de criminosos e cidades-santuário. Seria esta a «dor» que Louis Farrakhan apelava a que se «redistribuísse» nesta quadra?
(Adenda – Ataques à celebração do Natal em espaços públicos por parte das hordas politicamente correctas e cobardes são como cogumelos (venenosos): não param de «nascer»… (Alguns d)os mais recentes foram detectados nos Estados de Nova Iorque (um, dois), Texas e Maine, aos quais se pode e deve acrescentar aqueles dispostos a assinar uma (falsa) petição para proibir a emissão pelas rádios da canção «White Christmas» por ser, claro, «racista». Contra eles, o melhor a fazer é, frequentemente, recorrer ao humor, e foi o que fez Ted Cruz.)      

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