A
julgar pelo que se escreve e se pode ler em outros blogs, um dos quais, em que abundam «erros ortográficos», é financiado por
uma das três principais estações de televisão em Portugal para ocultar,
manipular, desinformar, enfim, branquear ;-) o comportamento subversivo, ilegal
e mesmo criminoso da actual administração norte-americana, dir-se-ia que o que
de mais importante aconteceu nas últimas duas semanas foi a derrota, numa primária do Partido Republicano, do (ainda) líder da maioria na Casa, Eric Cantor, face a David Brat, apoiado pelo Tea Party, cujos integrantes continuam
a ser acusados – difamados – de «extremistas» porque, muito simplesmente, na
verdade se opõem, com toda a legitimidade, à sistemática (tentativa de)
destruição, por parte do actual presidente e dos seus cúmplices, da Constituição
do país, bem como dos seus principais fundamentos políticos, económicos e
culturais que tanto progresso e sucesso proporcionaram ao longo de décadas…
…
Mas não: apesar de significativo, importante e até inédito, aquele resultado
eleitoral na Virgínia é minúsculo, mesmo insignificante perante o que está a
acontecer em duas fronteiras dos EUA, uma real e outra simbólica. São duas
catástrofes, políticas, militares/policiais, jurídicas, e humanitárias, porque
ambas envolvem a deslocação e a (in)segurança de milhares – quiçá milhões – de
pessoas; já eram previsíveis e foram como que anunciadas com a devida
antecipação por aqueles que têm a lucidez de não se deixaram ofuscar, enganar,
por preconceitos ideológicos; e tanto uma como a outra resultam da
(ir)responsabilidade última de Barack Obama, da suas (más) decisões, ou da
ausência delas…
…
E a primeira dessas catástrofes foi, é, o aumento súbito e drástico do número de imigrantes ilegais que atravessam a fronteira do Sul com o México. Esta mais
recente «invasão» tem como característica agravante e preocupante a de ser
fundamentalmente constituída por crianças e jovens – serão cerca de 150 mil, que
se aglomeram agora principalmente em provisórios e precários centros de
acolhimento no Texas e no Arizona, mas que o governo federal está a tentar
«distribuir» por outros Estados, tornando mais difícil, se não impossível, a
sua expulsão e o seu repatriamento. Estes ii’s, oriundos principalmente da
Guatemala, Honduras e El Salvador, organizados por bandos de criminosos e contando
com a colaboração das corruptas «autoridades» do México, cuja embaixada em
Washington não considera que tenham violado qualquer lei ao terem atravessado a
fronteira sem autorização (!), decidiram fazer a (perigosa) viagem e arriscar a
sua vida e a sua sorte porque souberam: da decisão, tomada pelo Sr. Hussein em 2012, de na práctica amnistiar (desistir de deportar) os jovens latinos trazidos pelos pais, e residentes, há bastante tempo, no país; e, nos dois anos
que entretanto passaram, dos constantes apelos e tentativas por parte dos democratas, começando pelo presidente e pelo vice-presidente, de generalizar
aquela amnistia e, ao mesmo tempo, aumentar o influxo de imigração de uma forma
quase irrestrita de forma a (tentar) alargar definitivamente a futura base eleitoral dos
«burros».
A
segunda catástrofe está a ocorrer no Iraque, fronteira simbólica – ou mais do
que isso – que separa(va) a civilização da barbárie, e cuja (tentativa de)
democratização, iniciada há mais de dez anos, tanto «sangue e tesouro» custou.
Todos os veteranos decerto se interrogam agora se valeram a pena todos os sacrifícios que fizeram, que a muitos – quase cinco mil – implicou a perda da
própria vida, quando vêem um autêntico exército terrorista, às ordens do ISIS
(Estado Islâmico do Iraque e do Levante), que é mais uma organização «filha»,
«aliada», da Al Qaeda, ocupar, vindo do Norte – da Síria – para o Sul, grande
parte do território daquele país, incluindo as cidades de Mosul e de Tikrit, ao
mesmo tempo que vão chacinando com a maior brutalidade (não fazem prisioneiros)
centenas e até milhares de opositores, em especial elementos da polícia e do
exército iraquianos, originando em simultâneo o êxodo de milhares e até milhões
de civis e colocando em perigo, ameaçando cercar, a própria capital, Bagdad… e
isto enquanto apreendem, utilizam e exibem armamento e equipamento norte-americanos! Não pode haver qualquer dúvida sobre o que, em última análise,
causou esta situação: a decisão de Barack Obama em não insistir na obtenção de
um acordo que permitisse a manutenção no Iraque, durante um período alargado de
tempo (dezenas de anos, à semelhança do que acontece(u) na Alemanha, no Japão e
na Coreia), de uma força militar considerável que ajudasse à estabilidade do país e que dissuadisse definitivamente os fundamentalistas islâmicos de
aumentarem os seus ataques; mas, pelo contrário, e infelizmente, o Nº 44 optou
pela retirada total e previamente – e publicamente – calendarizada, que, se lhe
deu mais um argumento para conseguir (ilegitimamente) a reeleição, também
proporcionou aos terroristas tempo e motivação suficientes para prepararem e
executarem esta ofensiva, que ofende todos aqueles que lutaram por um Iraque o
mais livre, democrático e moderno possível.
Se
então, em 2010, já soava demasiado a fanfarronice, agora aquela afirmação de
Joe Biden de que o Iraque ainda iria constituir «um dos maiores sucessos desta administração» põe em perspectiva e em retrospectiva toda a inépcia daquela. Deviam
antes, também neste âmbito, ter acreditado em Mitt Romney… Já em Janeiro deste
ano, bem antes do agravamento da situação, Joel B. Pollak previa que BHO
ficaria (igualmente, e tristemente) conhecido como «o presidente que perdeu o Iraque». Apercebendo-se do mau aspecto da sua posição, o Sr. Hussein (o Barack,
não o Saddam), que, mais uma vez, terá sido, juntamente com os seus incipientes
(quando não delinquentes) assistentes, alegadamente «apanhado de surpresa», lá
veio, contrafeito, dar uma conferência de imprensa e debitar umas quantas generalidades e trivialidades; mas não serão cerca de 300 – não espartanos ;-) -
«conselheiros militares» que farão uma grande diferença. Porém, não reagiu de
imediato aos acontecimentos, tendo preferido então dar prioridade a assuntos
realmente «importantes»: tirar (mais) uns dias de férias para jogar (outra vez) golfe, participar (outra vez) em (dispendiosos) eventos de angariação de
fundos, reiterar ridiculamente a fraude das «alterações climáticas
antropogénicas», e – por si próprio ou através dos seus «camaradas»
no Senado – continuar a fortalecer o lobby LGBT. Enfim, ele parece acreditar que está tudo tão
«cor-de-rosa», tão «arco-íris», que se atreve a declarar que «o Mundo é hoje menos violento do que alguma vez foi»!
Se
ele não o consegue, outros há que têm os pés bem assentes na terra e que não
vivem num mundo de fantasia. Como John Boehner, para quem «as rodas desta administração estão a cair». Não é credível por ser um dos principais
dirigentes do Partido Republicano? Então há Megyn Kelly, para quem «a presidência de Obama está a implodir». Também não é credível por ser uma
jornalista da Fox News? Então há Chuck Todd, jornalista da NBC e da MSNBC e
cuja simpatia pelo Partido Democrata é evidente e inegável, para quem «as pessoas estão a dizer a Obama que a presidência dele acabou». Volto a dizê-lo:
o melhor que ele tem a fazer, e quanto mais depressa melhor, é, obviamente, a demissão.
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