segunda-feira, 17 de março de 2014

Sinais de desespero (Parte 2)

(Uma adenda no final deste texto.)
Na frente externa, em resumo, é isto: por causa da «flexibilidade» que prometeu a Vladimir Putin, Barack Obama permitiu o surgimento de uma «nova guerra fria» que tem na ocupação de parte do território da Ucrânia - a Crimeia – por forças militares russas o motivo de maior preocupação (mas há outros). Na frente interna, em resumo, é isto: como ficou demonstrado pela victória do republicano David Jolly na eleição para um lugar na Casa dos Representantes pela Flórida contra a democrata Alex Sink (que até era a favorita, dispôs de maior apoio financeiro e político e corria num círculo eleitoral que BHO venceu em 2008 e 2012), a aprovação e implementação do «ObamaCare» pelo Partido Democrata vai – tudo neste momento o indica – custar muito caro aos seus congressistas nas eleições de Novembro próximo.
Neste contexto deprimente, o que fazem os «burros»? Reagem como estão habituados a fazer: (tentam) desvalorizar a derrota e/ou (tentam) desviar as atenções para outro assunto e/ou causa, frequentemente falsa e/ou ridícula. Agora, e mais uma vez, são as «alterações climáticas» - antropogénicas, isto é, (supostamente) causadas pelo homem – que servem de (fraco) «refúgio» aos desorientados democratas… que não têm vergonha em organizar uma «sessão alongada» - várias horas seguidas, entrando pela madrugada dentro! – no Senado para debitarem todas as idiotices já por demais conhecidas neste âmbito. Note-se que os cerca de 30 «azuis» não conseguiram, porém, aguentar-se mais tempo do que Ted Cruz, sozinho, no ano passado. Além disso, esta «maratona» de manipulação e de mentira terá tido a particularidade de constituir uma «encomenda» de (ou um «frete» feito a) Tom Steyer, bilionário que doou recentemente 100 milhões de dólares (!) para financiar as campanhas eleitorais dos democratas, e que é um «crente» nas «causas ecológicas». 
No entanto, a este seu «benfeitor» - e, já agora, também a George Soros – é que não ouvimos Harry Reid chamar de «não americano» do qual «não tem medo» e acusá-lo de «querer comprar a América», que foi o que ele fez recentemente em pleno Capitólio, não uma, não duas, não três, não quatro mas sim cinco vezes (!!) em relação aos irmãos Charles e David Koch. Que têm o «descaramento» de apoiar candidatos e projectos mais à direita, apesar de não serem, longe disso, os que mais gastam nos EUA, no total dos «mecenas», tanto conservadores como liberais. Têm, todavia, 100 milhões de dólares para oferecer ao Hospital Presbiteriano de Nova Iorque, uma acção de extraordinária generosidade que, mesmo assim, foi alvo de inacreditável contestação por parte de uma turba vil de sindicalistas esquerdistas!
Harry Reid acusa os republicanos de serem «viciados em Koch» mas é ele quem tem estado constantemente com Koch na boca… porca. Tão porca, aliás, que teve o atrevimento de afirmar que «todas as “histórias de horror” (sobre o «ObamaCare») não são verdadeiras», e foram fabricadas para anúncios pagos pelos irmãos Koch – pois, é uma obsessão aparentemente sem remissão. Depois, lá corrigiu para «grande maioria» (dessas histórias). Previsivelmente, os protestos não se fizeram esperar, como o de Julie Boonstra, doente com cancro que perdeu o seu seguro de saúde devido ao (un)Affordable Care Act e que exigiu um pedido de desculpa ao «Rei(d) da Comédia». Ela bem que pode esperar sentada…
Evidentemente, não é só o sacana e senil líder da maioria no Senado a dar (novos) sinais de desespero, seu e do seu partido. Joe Biden fez uma «pausa» na sua normal produção de gaffes mais ou menos risíveis para afirmar que a aprovação de novas leis eleitorais no Alabama, na Carolina do Norte e no Texas que requerem a apresentação de um cartão de identificação para votar são uma demonstração de «ódio» - algo com que George R. R. Martin concordará. Menos conhecido, mas não menos raivoso, é Allan Brauer, democrata da Califórnia, que não se importaria de ver mortos todos os políticos republicanos, e ainda os filhos deles. Em suma, os «burros» estão com medo, em pânico e andam a «passar-se», o que pode explicar algumas «sessões de gritaria» recentes. Eles, sim, são os radicais, na forma como no conteúdo.
(Adenda – Hillary Clinton pode ter comparado recentemente Vladimir Putin a Adolf Hitler, mas isso não apagará a responsabilidade que ela tem no presente (mau) estado das relações com a Rússia, simbolizado naquele ridículo episódio do «botão de reinício» («reset»)… Entretanto, Joe Biden voltou a meter a «pata na poça», desta vez na Polónia; mais uma gaffe… ou mentira? Um «camarada» dos dois, Chris Murphy, também foi «apanhado» a fazer figuras tristes: foi de porta em porta para tentar convencer eleitores do Estado de que é senador, o Connecticut, a se inscreverem no «ObamaCare»! O que, porém, sempre é menos mau do que tentar impingi-lo a uma turista candiana! O que faz o desespero…)     

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