terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

«PALINfrasia»* (Parte 4)

(Uma adenda no final deste texto.)
Sarah Palin celebra hoje o seu 50º aniversário, mas não é de esperar que a maioria dos órgãos de comunicação social dos EUA assinale a data da mesma maneira elogiosa, e até entusiástica, como assinalou os 50 anos de Michelle Obama, a 17 de Janeiro último…
… Apesar de a ex-governadora do Alaska ter um percurso pessoal, profissional e político em nada inferior ao da actual primeira-dama, muito pelo contrário. Porém, sabendo-se o que tem acontecido nos últimos seis anos, desde que Sarah Palin se tornou nacional e internacionalmente conhecida após ser escolhida em 2008 por John McCain como candidata à vice-presidência dos Estados Unidos da América pelo Partido Republicano, já será muito bom se ela passar esta data sem mais um ataque, insulto, ofensa, por parte dos seus adversários, e inimigos, ideológicos. O que não será fácil: a doença que eu designei de «PALINfrasia» continua sem ser debelada. Os democratas, liberais e «progressistas» declararam-lhe desde o início uma «guerra às mulheres personalizada» para a qual não há fim à vista; a sua mera existência é uma ameaça para eles, e exemplos mais ou menos recentes desse ódio não faltam. Dan Savage, «candidato» ao título de «”homem” mais nojento da América», expressou o desejo de que Palin se «engasgasse» com bolos de Natal e que morresse. Martin Bashir, já se sabe, «apenas» sugeriu que alguém defecasse na boca dela. Bill Maher, não satisfeito com denegrir a mãe, atreve-se a troçar do filho deficiente. Snoop Dogg (agora Lion) e amigos, fantasiam sexualmente com Sarah – aliás, qualquer homem inclinado à esquerda que diga mal dela muito provavelmente padece do «mal» conhecido como «quem desdenha quer comprar». Também de mulheres supostamente «liberadas» ela vai recebendo remoques… para uma republicana não há «solidariedade feminista». Tina Fey, que, aparentemente, pouco mais consegue fazer do que imitá-la (mal). Halle Berry, prima (distante) da ex-governadora e para quem essa relação de parentesco é «a pior coisa que se pode imaginar»!   
A paranóia, a perseguição e a «poluição» (mental) são de tal ordem que de Sarah Palin até fazem uma vilã de banda desenhada! Assim, por causa destas e de todas as outras atoardas que têm lançado sobre ela, não é de admirar que muitas mentes que não primam pela inteligência e pela tolerância acreditem em qualquer aldrabice que, a brincar ou não, se inventa sobre ela. Como, por exemplo, que: ela ia ser colaboradora da Al Jazeera… (no Washington Post «engoliram» esta); … e professora na Universidade de Harvard; Margaret Thatcher recusou recebê-la (no WP também «engoliram» esta); ela disse que o Dia de Acção de Graças não é um feriado para índios. Esta intrujice, em especial, originou tantas imprecações e tão desvairadas que ficamos sem saber se será mais adequado rir ou chorar… a rir.
No entanto, nem todos na «sinistra» são irremediavelmente, ou constantemente, estúpidos, como aqueles que ainda acreditam, em 2014, no «eu posso ver a Rússia da minha casa». Pelo menos uma vez Marc Lamont Hill, Noah Chomsky (!) e Ted Rall elogiaram e/ou concordaram com Sarah. Outros, muitos, continuam a não se aperceber da sua própria incoerência: se ela é «irrelevante» e «irresponsável» como dizem, então porque é que… continuam a falar dela? Numa sondagem divulgada no final de Janeiro, Palin é, continua a ser, a pessoa, a/o político(a) preferida dos republicanos que votam em eleições primárias. Provavelmente, entre muitos outros factores, porque teve razão antes do tempo ao avisar quanto aos perigos decorrentes do «ObamaCare», em especial a existência de «painéis da morte» e a interferência nas prerrogativas inerentes à Segunda Emenda.
O Alaska deve-lhe muito: Sarah Palin atrai turistas – e, logo, riqueza – para o Estado mais a Norte dos EUA. A família festeja mas também sofre por, e com, ela: só o pai já foi «visitado» pelo IRS seis vezes desde 2008, o que é sem dúvida uma «coincidência». E há os amigos, os colegas de partido, os «camaradas de armas» - literalmente e figurativamente – que lhe dão os parabéns e lhe desejam… feliz aniversário!
(* Palinfrasia – s. f. MEDICINA perturbação da elocução caracterizada pela repetição da última sílaba das palavras e, às vezes, de todas as sílabas de cada palavra (principalmente no atraso mental e na demência precoce) (Do gr. pálin, «de novo» + phrásis, «elocução» + ia) ) (Dicionário da Língua Portuguesa 2006, Porto Editora, página 1240)
(Adenda – Está já confirmada a presença de Sarah Palin na edição de 2014 da CPAC – a Conferência de Acção Política Conservadora.  Conseguirá ela ser mais ácida, mais acutilante do que no ano passado, em que quase ninguém, da esquerda à direita, escapou às suas críticas?)     

3 comentários:

Fernando disse...

“Report: US Drops to 46th in Press Freedom,” by Taheshah Moise

Fernando disse...

Thought Police: Firms must swear ObamaCare not a factor in firings

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

São umas atrás das outras... e todas más.