sábado, 4 de janeiro de 2014

A mais estúpida de 2013

(Três adendas no final deste texto.)
Quem terá sucedido a Chris Matthews como o/a «orgulhoso(a)» detentor(a) da afirmação mais estúpida, mais ofensiva, mais ridícula do ano nos Estados Unidos da América? Sim, é verdade: para grande tristeza dos seus inúmeros (?) admiradores, o homem cuja perna treme(u) por Barack Obama não venceu o «troféu» pelo segundo ano consecutivo. O que não quer dizer, obviamente, que o «estadista da MSNBC» (Phil Griffin dixit) não tenha dito, ou cuspido, muitas e grandes alarvidades em 2013. Porém, nenhuma delas, «objectivamente», pode ser considerada a pior. Nada do que ele disse desta vez (no ano passado) foi tão mau ou «originalmente» mau…
... Como qualquer das frases «finalistas» que a seguir vão ser recordadas, referidas, reveladas. Nenhuma delas foi antes mencionada no Obamatório – onde, habitualmente, são divulgadas as mais espectaculares idiotices proferidas pelos esquerdistas norte-americanos – porque, precisamente, eram, são, más de mais para serem verdade(s), isto é, para terem sido mesmo ditas e/ou escritas. Mas… são, foram, mesmo, e por isso merecem um «destaque especial». Pode-se começar, precisamente, pelo actual presidente, que afirmou que «não sou uma pessoa particularmente ideológica» (não faltam exemplos do contrário) e que classificou os escândalos que têm afectado os seus mandatos como sendo «artificiais», «falsos» («phony») – porque, claro, «só» é mesmo escândalo quando um republicano está envolvido. Na mesma linha, a sua fiel ex-embaixadora e actual conselheira Susan Rice considerou que Benghazi representa uma «falsa controvérsia» - há que não esquecer que ela mentiu descaradamente (e não foi a única) quanto às causas do atentado que matou quatro norte-americanos na Líbia em 2012. Já John Kerry não quer envolver-se em controvérsias alheias: na Arábia Saudita recusou responder a uma pergunta sobre a luta das mulheres daquele país para conduzirem automóveis, refugiando-se na desculpa de que a questão deve apenas ser debatida a nível interno – ficamos a aguardar a próxima vez em que um seu camarada de partido fale da suposta «guerra às mulheres» perpetrada pelos republicanos. Ainda sobre assuntos «bélicos», de assinalar que: Jeff Shesol, ex-escrevinhador de discursos para Bill Clinton, escreveu para a revista The New Yorker um artigo intitulado «A guerra republicana à competência»… no início do colapso do «ObamaCare»; e que Andrea Mitchell, da MSNBC, acredita que Obama encara o lançamento de ataques militares «sempre de uma perspectiva anti-guerra muito cautelosa»…
Estas afirmações, declarações, opiniões, estão entre as mais estúpidas porque ou denotam uma elevada parvoíce por parte de quem as profere… ou porque os seus autores tomam os outros por parvos. Assinalam extremos de hipocrisia, de desonestidade intelectual… ou de puro e simples alheamento da realidade. Outros exemplos: Colin Powell a asseverar que «não existe fraude eleitoral» nos EUA; e John Podesta, operacional de Bill Clinton e de George Soros, e que, acabado de ser nomeado como chefe de gabinete de Barack Obama, achou por bem dizer que «um culto digno de Jonestown tem a seu cargo uma das casas do Congresso»… No entanto, não são as mais estúpidas das mais estúpidas porque não advogam, implícita ou explicitamente, a violência – agressão ou até mesmo a morte – contra terceiros, habitualmente adversários ideológicos. As seguintes, entre as quais está a «vencedora» de 2013, fazem exactamente isso. Destaca-se, desde logo, e inevitavelmente, Martin Bashir, que sugeriu que alguém deveria urinar na cabeça e defecar na boca de Sarah Palin porque a ex-governadora do Alaska comparou o aumento da dívida à escravatura. Resultado? Duas semanas depois, Bashir saiu da MSNBC. Sim, significou um cúmulo de mau gosto, e de ódio, provavelmente nunca antes alcançado. Todavia, não foi a «mais estúpida» porque não exprimia o desejo de que o «alvo» morresse. O que as seguintes fazem, e de que maneira…
… Sendo a primeira – e «medalha de bronze» - um título de um artigo de Ella Taylor para a NPR: «Conheçam Brandon Darby», activista de base (e rato do FBI)». Porquê «rato»? Porque ele descobriu, e denunciou às autoridades, um plano, e respectivos conspiradores, para colocar uma bomba na convenção de 2008 do Partido Republicano. Repare-se bem: uma «jornalista» de um órgão de comunicação social «público» a criticar alguém que impediu que conservadores fossem mortos num ataque terrorista – e, subliminarmente, a apelar à sua eliminação. Não é um «modelo» para a profissão? A seguir («medalha de prata»), vem Charles Cook, «analista político», que queria (será que ainda quer?) ver Chris Christie ir à garganta de um membro do Tea Party que lhe chamasse «liberal» e «arrancar-lhe os pulmões. Pagaria dinheiro para ver isso». E, finalmente («medalha de ouro), eis «a mais estúpida (afirmação) de 2013», que é…
… «Talvez pudéssemos lançar uma intervenção naqueles Estados que estão a fazer uma guerra à democracia, revertendo direitos eleitorais?», proferida por Katrina vanden Heuvel, editora da (esquerdista) revista The Nation. Por outras palavras, o que este «furacão Katrina» propõe é que Barack Obama realize intervenções militares nos Estados dos EUA (enfim, serão menos do que 57…) que aprovaram leis que obrigam à apresentação de um cartão de identificação com fotografia aquando de uma votação. Enfim, é algo que sem dúvida George R. R. Martin aprovaria e apoiaria – e até seria capaz de escrever um livro sobre isso. E Colin Powell poderia sair da reforma e comandar as operações no terreno!
(Adenda – Ainda há tempo e espaço para, pelo menos, duas «menções desonrosas». A primeira é – porque ela «merece» sempre! – para Nancy Pelosi, que, aquando da «trapalhada» do Sr. Hussein com a «linha vermelha» na Síria, «twitou» que «a liderança do Presidente Obama trouxe as soluções diplomáticas de volta à mesa, e mostra a sua vontade de esgotar qualquer remédio antes do uso da força»… não é para rir? A segunda é para Maria Rodale, CEO do grupo de media com o seu nome, que enviou uma carta ao Nº 44, em que, a propósito também da guerra civil naquele país, escreveu: «Nós não somos melhores. Temos vindo a usar armas químicas contra as nossas próprias crianças, e nós próprios, há décadas, as armas químicas que usamos na agricultura para ganharmos a guerra às pragas, ervas daninhas, e a necessidade falsa de ainda maiores proventos»... marque-se já uma sessão extraordinário do Tribunal Internacional de Haia!)
(Segunda adenda – Aparentemente, Katrina vanden Heuvel fez questão de «confirmar» o seu triunfo… com mais uma estupidez. Nada original, porém: disse que «o racismo é o cerne do Tea Party». Entretanto, e confirmando o que eu escrevi acima sobre o dúbio conceito de «guerra às mulheres» constantemente apregoado pelos democratas contra os republicanos, Richard Socarides, antigo conselheiro de Bill Clinton, afirmou que desafiar, querer derrotar eleitoralmente, mulheres que são congressistas democratas incumbentes é… fazer «guerra» a elas! «Coitadas»! Acabe-se já com a democracia, e essas «afrontas» desaparecem!)
(Terceira adenda – Das muitas «listas» de fim de ano que foram feitas – e que são feitas habitualmente – na viragem de um para outro, é de destacar uma que foi apresentada pela Judicial Watch: «os dez políticos mais corruptos de 2013». Oito são democratas.) 

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