sábado, 8 de junho de 2019

Madonna (ainda?) em Portugal

No meu artigo «Euro “festivais”», publicado no (sítio na Internet do) jornal Público no passado dia 30 de Maio, saudei a presença e a actuação de Madonna na final do Festival Eurovisão da Canção deste ano, realizado em Tel Aviv (por ter sido uma cantora israelita a vencedora na edição do ano passado, realizado em Lisboa), assim não aderindo – tal como, aliás, todos os artistas representantes das nações europeias… e da Austrália – ao boicote contra o evento promovido pela súcia de anti-semitas que fazem da (tentativa de) fragilização e até da destruição da nação hebraica o principal objectivo, a grande causa, das suas patéticas vidas. Entre os mais (tristemente) famosos desses anti-semitas está um cada vez mais enlouquecido Roger Waters, que quando não está a expressar ódio contra judeus ao ponto de os comparar a… extra-terrestres (!!) condena os EUA e o seu actual presidente por exigirem que o ditador Nicolás Maduro e a sua «corte» corrupta abandonem o poder na Venezuela.
Esta atitude coerente e, sim, corajosa por parte da cantora de «Like a Virgin» contrasta com a(s) que tomou a seguir à vitória de Donald Trump na eleição presidencial de 2016. Tal como muitas outras «celebridades», «estrelas» do entretenimento e da «cultura», das artes e dos espectáculos, entrou em crises de histeria que a levaram a declarar que tinha pensado muito em fazer explodir a Casa Branca… e isto depois de, ainda antes da votação de Novembro daquele ano, ter prometido sexo oral aos homens que votassem em Hillary Clinton – e, sem surpresa, não cumpriu essa promessa. A boa acção que sem dúvida fez agora compensa as más palavras que então disse? Os leitores – e ouvintes – que decidam. É igualmente interessante apontar que Madonna, ao contrário de muitos dos seus colegas de ofício audio-visual, cumpriu, pode dizer-se, uma outra promessa: a de deixar de viver nos EUA se o bilionário do imobiliário se tornasse no comandante-em-chefe. Veio para Portugal em 2017, e não faltaram a partir daí as notícias e as reportagens sobre a sua vida e as dos seus filhos no nosso país, algumas nem sempre favoráveis para ela e/ou para nós.
O mais recente nessa série de destaques mediáticos é uma entrevista que deu ao New York Times, a propósito principalmente do seu novo álbum, «Madame X», mas também dos 60 anos de idade que completou em Agosto de 2018. A sua afirmação de que achou (acha?) Lisboa algo «fechada» e até «medieval» não deixou de causar, como seria de esperar, controvérsia, mas interessou-nos mais outra: a de que Donald Trump está entre os actuais líderes mundiais notórios que estão, supostamente, a «remover sistematicamente todas as nossas liberdades individuais». Outra justificação para, talvez em breve, ir mesmo tentar fazer explodir a Casa Branca? O Serviço Secreto que se acautele…

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