sábado, 25 de dezembro de 2021

Crónicas da Comuno-Confederação

«As 10 piores coisas que a dispendiosa e partidária lei para as infraestruturas dos democratas fará», Jordan Boyd; «Os novos prisioneiros politicos da América», Lee Smith; «Você é o mau da fita», Kyle Shideler; «O Facebook está agora a identificar e a reeducar você e os seus amigos conservadores “extremistas”», Evita Duffy; «A classe dominante da América e a classe dominante da China são mais similares do que você pensa», Jack Posobiec; «Biden diz que o terrorismo doméstico é uma ameaça de topo, nomeia uma terrorista doméstica para dirigir uma agência federal», Jason Siegelin e Sean Paige; «Bem vindos à brava nova América», Jim Hanson; «”Isso não está a acontecer e é bom que esteja”», Michael Anton; «A Teoria Crítica da Raça aponta para o assassinato das almas das crianças brancas», Jason Hill; «Bem vindos à carnificina americana de Joe Biden», Steve Cortes; «A perda da América no Afeganistão é o ganho da China», Helen Raleigh; «Não à neutralidade», Matthew J. Peterson; «”Meu corpo, minha escolha” foi sempre uma mentira e os mandatos de injecções provam-no», Kristan Hawkins; «Carências estão a fazer com que os Estados Unidos se pareçam mais com a URSS», Joy Pullmann; «Não é preciso ir a Kabul para ver o fim da ordem americana, ele está mesmo aqui entre nós», Christopher Bedford; «Democratas na Casa passam lei para roubar eleições à moda antiga», Cleta Mitchell; «Conheçam o novo governo talibã americano», Charles Hurt; «Lições que não aprendemos do que estávamos proibidos de dizer», J. Michael Waller; «A incurável podridão do FBI», Julie Kelly; «Pela abolição do FBI», Holman W. Jenkins; «Apenas com nove meses e a presidência de Biden falhou espectacularmente», Kylee Zempel; «Hipócritas de Hollywood (e não sobre as máscaras)», Derek Hunter; «53 para 1 – Grandes Tecnológicas censuram membros do GOP no Congresso toneladas mais do que os democratas», Alec Schemmel; «O grande pânico democrata», Byron York; «Biden não está a enfrentar “desafios”, Biden é o desafio», Eddie Scarry; «As eleições na América estão viciadas (e toda a gente o sabe)», Emerald Robinson; «A crise que está a destruir a América», Cal Thomas; «Primeiros socorristas: de heróis a zeros», Grace Curley; «A eleição de 2020 não foi roubada, foi comprada por Mark Zuckerberg», William Doyle; «O propósito do comité selecto para o 6 de Janeiro é suprimir a liberdade de expressão», John Daniel Davidson; «A nação na bolha», Ben Shapiro; «O iminente despedimento em massa dos não vacinados da América», Pedro Gonzalez; «A Esquerda é maléfica e os liberais continuam a votar nela», Dennis Prager; «Se as leis de identificação de votantes são “não democráticas”, então a Europa também não o é», John R. Lott; «Jen Psaki odeia-vos», Spencer Klavan; «A presidência de Biden está morta», Steve Hilton; «Quem está a espalhar ódio na América?», Tucker Carlson; «O regime de Biden irá virar os militares contra o povo a menos que nós lhe façamos frente», Josiah Lippincott; «Como os déspotas do Covid humilharam a América», Jacob Howland; «A administração Biden forçou todas as cidades americanas a acolherem imigrantes ilegais», Jon Feere; «Um conto de duas cidades – Kenosha vs. Waukesha», Victor Davis Hanson; «A viragem», Liel Leibovitz; «Cidades controladas por democratas com procuradores apoiados por Soros estão a ver o crime a aumentar numa espiral fora de controlo», Kay Smythe; «Destrutivamente abraçando a identidade de grupo», Andrew Fillat; «Porque é que o IRS auditou Donald Trump mas não Joe Biden?», Christopher Jacobs; «Uma visita ao gulag de DC», George Parry; «Liz Cheney, Adam Kinziger e o novo fascismo americano», Jeffrey Lord; «Os 12 piores casos de censura pelas Grandes Tecnológicas em 2021», Brian Bradley; «Nancy Pelosi é dona de Janeiro 6», Tristan Justice; «A Direita responde à cultura de cancelamento construindo a sua própria infraestrutura, e a Esquerda endoidece», Margot Cleveland; «A prenda de Natal de Biden para a América – Inflacção, dívida e recessão», Gabe Kaminsky.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Comandando nos comentários (Parte 5)

Um ano depois do último «relatório», eis que mais uma vez dou conta dos comentários sobre a politica nos Estados Unidos da América - nação que a 20 de Janeiro deste ano se tornou uma comuno-confederação - que ao longo dos últimos 12 meses deixei em alguns espaços da Internet....
... E que, mais concretamente, foram: Horas Extraordinárias (um, dois); Blasfémias (um, dois, três); MILhafre; Estado Sentido; Porta da Loja; Corta-Fitas (um, dois, três, quatro). Sobre temas que incluíram: censura de livros feita por grandes empresas como a Amazon; terroristas que são muçulmanos e ainda «anti-Trump» e que, por isso, não suscitam o interesse dos me(r)dia; mentiras sobre a suposta «dificuldade» de votar nos EUA; desavenças entre Joe Biden e Kamala Harris; negócios dúbios da família Biden com entidades ucranianas e chinesas; porquê convidar um político democrata mas não um republicano para um colóquio universitário português; a reconversão da TVI24 em CNN Portugal não vai significar uma melhoria na (má) informação dada; a cada vez maior degradação política, social e económica da Califórnia, que faz desta como que um país do «terceiro (ou quarto) mundo»; os incentivos dos democratas em geral e de Joe Biden em particular à imigração ilegal.
Depois da referência aos comentários (que ainda estão) publicados, faça-se agora uma referência aos que nunca chegaram a sê-lo e/ou aos que deixaram de o ser. Quanto aos primeiros, há um que submeti nesta «notícia» do Zap Aeiou, que contradiz directamente o título daquela mas que (talvez por isso mesmo) nunca foi aceite: «Trump não teve uma “postura complacente” para com Putin. Parem de mentir, caramba!» Quanto aos segundos, há todos aqueles que já inseri no Intergalactic Robot, e que regularmente listei aqui, mas que deixaram de ser visíveis porque o dono daquele blog deixou de permitir quaisquer comentários porque as respectivas caixas «começaram a encher-se de spam».  Porém, deixo assinalados os dois últimos posts do IG que comentei: este, de que não guardei registo do que escrevi, mas que sem dúvida consistiu numa contestação veemente da alusão imbecil à alegada «incompetência criminosa da administração Trump em gerir um problema (a pandemia de Covid-19), de forma caótica, irresponsável e indo contra os seus próprios especialistas»; e este, em que a minha primeira resposta, incidindo sobre os dois últimos itens da «lista» (e que, aliás, estão relacionados) – o «cancelamento» de Naomi Wolf e uma fuga do laboratório de Wuhan como a explicação mais plausível para o início da pandemia – deu origem a uma algo azeda troca de mensagens com Artur Coelho, da qual só guardei a minha última: «(...) Você continua a repetir-se, a equivocar-se (escrevi “esquerdalha” e não “esquerdalhada”), a “arrazoar palavras” (sim, você, não eu), a fazer acusações que não demonstra com exemplos reais. “Fake news tipo Breitbart, onde a opinião acéfala se substitui aos factos”? Prove-o. “A (alegadamente minha) postura de escudo de defensor da liberdade de expressão, desde, claro que seja o (m)eu tipo de expressão”? Prove-o; aliás, esta segunda atoarda (e projecção) é de tal modo insultuosa que, noutros tempos, poderia justificar um par de “bengaladas”… quanto mais não seja porque eu, sim, já fui várias vezes alvo de censura e de discriminação. No entanto, e em última análise, o que mais se torna evidente é que você é um mal-agradecido: alguém além de mim costuma, com alguma regularidade, comentar aqui, animar esta baiuca? Talvez seja melhor eu dar as minhas “pérolas” (de sabedoria e retórica) a outros.» Afinal, e não por vontade ou decisão minhas, vou mesmo.

domingo, 21 de novembro de 2021

Ele ainda anda por aí

A pergunta pode ter alguma relevância: quase seis anos depois de Barack Obama ter deixado a Casa Branca justifica-se a existência de um blog com a denominação Obamatório, ou que esse blog assim continue a designar-se? A minha resposta é, indubitavelmente, «sim». E não só por uma mera questão de, digamos, marketing ou branding: é porque o 44º Presidente dos Estados Unidos da América continua a ser, infelizmente, uma causa, uma força, muito negativa, maléfica até, na política e na sociedade daquele país. Tudo – e é tanto – que de muito mau, ofensivo, perigoso lá está a acontecer actualmente tem as suas origens no período entre 2009 e 2017, e aqui neste espaço fez-se regularmente a crónica factual dessa degradação. Por comparação, os Clinton eram, e são, uns bandidos, mas nunca pretenderam verdadeiramente «transformar fundamentalmente» a América numa «comuno-confederação» como a que agora efectivamente existe. O que o Sr. Hussein andava a ler há 12 anos já deixava antever o que se seguiria. E por muito – e foi mesmo muito – de bom, e de corajoso, que Donald Trump tenha conseguido fazer, tal não foi suficiente – e também porque quatro anos acabou por ser pouco tempo – para contrariar os vícios de uma burocracia federal progressivamente infiltrada por radicais esquerdistas, extremistas que inclusivamente começaram a corroer as chefias das forças armadas e dos principais serviços de segurança e de inteligência. E isto para não falar, obviamente, dos criminosos que se atreveram a organizar uma gigantesca fraude eleitoral que em 2020 roubou a reeleição ao Nº 45.
Não é de todo um exagero dizer-se que a actual (p)residência de Joe Biden, o seu primeiro «mandato», constitui de facto, embora oficiosamente, o terceiro de Barack Obama. E se para o comprovar não for inteiramente suficiente a afirmação de uma cada vez mais caquética, hipócrita e perversa (e alcóolica?) Nancy Pelosi de que o governo deve continuar aberto para assim concretizar o programa de «Build Back Better» de… Obama, então a confirmação por Jen Psaki de que Biden e o seu ex-chefe falam regularmente, e o segundo é até consultado, sobre «uma série de assuntos» talvez seja. O certo é que ele ainda anda por aí, e não se coíbe de mandar uns quantos «bitaites», invariavelmente arrogantes e disparatados, quando não revoltantes. Como, por exemplo, dizer que os admiradores de Bruce Springsteen são racistas… e o próprio, suposto, «Boss», sentado ao seu lado, concordou! Além disso, continua a insistir num mais rigoroso e enganoso «controlo de armas» para tirar a cidadãos comuns a possibilidade de se defenderem. Mentiroso desavergonhado e incorrigível, ele acusou Donald Trump, que tem uma filha, genro e netos judeus, e reconheceu Jerusalém como capital de Israel, de «atiçar as chamas» do anti-semitismo. Se coloca em causa a integridade e a legalidade de eleições ao mesmo tempo que calunia o GOP, não sofre represálias nem é acusado de traidor. E aplaudiu a decisão da Major League Baseball de retirar o «jogo de todas as estrelas» de Atlanta, desde sempre e ainda dominada por democratas (!), na sequência de falsas acusações de «supressão de votos» contra o governador da Geórgia, e assim privando muitos comerciantes daquela cidade de uma grande fonte de rendimentos. Enfim, e evidentemente, como não referir o atrevimento de ir a Glasgow juntar-se à horda de vigaristas, de patéticos palhaços numa alegada «cimeira do clima», perorar contra o (falso) «aquecimento global» que faz com que o nível das águas dos oceanos «suba», vindo da sua mansão de Verão em Martha’s Vineyard, onde em Agosto último ele celebrou o seu 60º aniversário rodeado do maior luxo e desrespeitando recomendações contra a pandemia que os «burros» semprem querem impôr aos outros.     
Barack Obama nem sempre, porém, tem a influência e o «peso» que julga ter. Isso confirmou-se no início deste mês, aquando da eleição para governador da Virgínia, em que o candidato que apoiou, com quem fez campanha eleitoral e participou num comício, Terry McAuliffe (que, aliás, também contou com Joe Biden e Kamala Harris no terreno), perdeu contra Glenn Youngkin, apoiado e «recomendado» por Donald Trump – numa ida às urnas que mudou de «azul» para «encarnado» a «côr» daquele Estado, pois a nova vice-governadora, a afro-americana Winsome Sears, e o novo procurador-geral, Jason Miyares, também são republicanos; o Sr. Hussein não deixou, no entanto, de deixar uma marca de infâmia naquela disputa política regional, desvalorizando como «guerras culturais empoladas» e «falsa indignação» as preocupações de muitos pais, na Virgínia mas não só, com a proliferação acelerada nas escolas da abjecta, neo-segregacionista, Teoria Crítica da Raça, além da degenerada e degenerativa «agenda LGBTQ». Entretanto, nesta semana que passou mais um «endorsement» de BHO não surtiu efeito, e a actual mayor de Columbia, na Carolina do Sul, cidade tida como fiável reduto «burro», foi derrotada pelo seu opositor «elefante». Todavia, estas nem serão as maiores preocupações ou desilusões para Obama este ano, já que em Julho um juíz federal declarou o programa DACA (para protecção de imigrantes ilegais menores) ilegal, e em Junho foi divulgado um relatório governamental dinamarquês que denuncia a NSA por espionagem em países europeus entre 2012 e 2014. Os «fantasmas da presidência passada» começam a assombrar o Nº 44, e é de esperar que o seu número venha a aumentar. 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Dos contrastes aos confrontos

Muito sinceramente, não vejo, neste momento, como uma segunda, autêntica, guerra civil – sim, com combate directo, armado – será evitada nos Estados Unidos da América, ainda até ao final deste ano, ou durante o próximo.
Os democratas não têm a mínima preocupação em esconder, ou em disfarçar, aquele que, afinal, sempre foi o seu objectivo desde há mais de 150 anos: destruir o país pela progressiva divisão entre vários segmentos da população – e não só pela raça – e pela ostensiva perseguição e punição dos seus opositores ideológicos, nestes estando incluídos tanto figuras de nomeada nacional como cidadãos comuns e (mais ou menos) anónimos, destes, aliás, fazendo prisioneiros políticos. Perderam toda a vergonha, se é que alguma vez a tiveram verdadeiramente. A sua hipocrisia extrema – fazem aquilo de que acusam falsamente os outros de fazerem – já vai para além de estar expressa em episódios notoriamente embaraçosos, e coloca em causa directa e diariamente a coesão interna da nação e a sua credibilidade externa. Eles sentem-se à vontade para dizerem e fazerem o que quiserem, e porque não haviam de sentir-se? Afinal de contas, «ganharam» a presidência através da maior fraude eleitoral da História, e convenceram-se de que, mais uma vez, o crime compensou porque da parte da liderança nacional do Partido Republicano, do «establishment» deste, instalado em Washington e no Congresso, nenhuma reacção, nenhum protesto veio, com poucas e muito honrosas excepções. Donald Trump, obviamente, não pertencia, nem nunca pertenceu, a esse «grupo» de «insiders», cujos longos anos no Capitólio os fez amolecer e esquecer o que os seus representados realmente pensam e querem – Mitch McConnell será o exemplo máximo, mas há outros, incluindo, no que foi uma terrível decepção, Mike Pence, que ainda não se sabe se foi acometido de cobardia ou de traição (ou ambos?) ao aceitar validar, sem ter de facto qualquer obrigação de o fazer, os resultados eleitorais falsificados, viciados, de vários Estados. Quanto ao Supremo Tribunal, supostamente com uma maioria «conservadora» de juízes, revelou-se demasiado assustado em relação às ameaças da esquerdalha nojenta para, efectivamente, «pôr ordem na casa» - e isso confirmou-se logo quando recusou apreciar, e decidir, os vários casos de irregularidades na votação em 2020 que lhe foram submetidos sucessivamente. É por isso que, actualmente, a maior resistência à campanha avassaladoramente fascizante do Partido Democrata vem predominantemente de Estados com governadores republicanos, e não são todos – destacam-se, pela positiva, a Flórida com Ron DeSantis e o Texas com Greg Abbott. Porém, e em última instância, é a cada indivíduo, e a cada família, que cabe constituirem os últimos bastiões de liberdade e de sanidade numa nação que infelizmente é cada vez menos «a terra dos livres e o lar dos bravos»; e porque muitos têm armas, e certamente não hesitarão em utilizá-las contra os bandos bidenescos que ousarem passar os últimos limites, confrontos generalizados são cada vez menos improváveis…
… Porque os contrastes são cada vez maiores, inaceitáveis, insuportáveis. As provocações sucedem-se. Seguem-se alguns exemplos…
Pais e encarregados de educação, um pouco por todo o país, que se insurgem e se revoltam, com toda a razão, em reuniões com os directores das escolas dos seus filhos contra o «ensino» que lhes é ministrado, e que inclui o mais aberrante e virulento neo-racismo – sim, o que está na base da «teoria crítica da raça» - e ainda activismo sexual que abrange a promoção de pornografia e de disforia de género (que inclusivamente já propiciou a ocorrência de pelo menos uma violação, na Virgínia, de uma menina numa casa de banho), são acusados por perversos professores acoitados em sindicatos apoiantes dos «burros» de serem «terroristas domésticos», e logo o Departamento de (In)Justiça elabora um memorando avisando que vai vigiar tais reuniões. Porém, esta disponibilidade por parte do governo federal sob (ilegítima) tutela «azul» de prevenir e de punir «actividades criminosas» não se estende, aparentemente: aos ecologistas extremistas que tentaram invadir neste mês de Outubro o edifício em Washington do Departamento do Interior, numa acção em tudo semelhante, ou pior, do que a perpetrada em 6 de Janeiro deste ano no Capitólio; aos imigrantes ilegais que perseguiram e intimidaram a senadora democrata (!) Kyrsten Sinema por ela não apoiar o demencial programa de despesa do seu partido (com custo superior a três triliões de dólares!); aos rufias que, no ano passado, ameaçaram e quase agrediram Rand Paul e a esposa nas ruas da capital.     
Profissionais em várias áreas de actividade, incluindo médicos e enfermeiras, polícias, militares de todos os ramos, pilotos civis e outros funcionários de companhias aéreas, trabalhadores municipais (em especial na cidade de Nova Iorque, mas não só), estão a ser despedidos às centenas e aos milhares, ou a serem ameaçados disso, por se recusarem a serem vacinados contra a Covid-19 como condição para manterem os seus empregos, recusa essa motivada por ou já terem sido infectados, e, logo, terem adquirido imunidade natural, ou por, não tendo sido infectados, não quererem introduzir nos seus corpos substâncias que a cada dia se demonstra mais que não só não oferecem a protecção apregoada como, pior, acarretam graves perigos para a saúde; esta maciça, sem precedentes, campanha de discriminação tem origem na actual «administração» usurpadora da Casa Branca que manifestou a vontade de ver instituído um «mandato nacional» coercivo de vacinação, mas que, por não ter autoridade constitucional para o implementar, «delegou» tal tarefa em aliados nos governos estaduais e locais e nas grandes empresas. No entanto, esta determinação inflexível em prol da «saúde pública» tem, curiosamente, uma excepção, pois aos imigrantes ilegais que atravessam aos milhares a fronteira sul dos EUA não é exigido que se vacinem; nem que façam testes, e, aliás, os democratas na Casa rejeitaram uma proposta nesse sentido; entretanto, são regulares, oficiais mas feitos na «calada da noite» os voos que distribuem em quase todo o país muitos daqueles invasores, assim aumentando as hipóteses de virem a existir novos focos e novas zonas de contaminação.      
O general Mark Milley é uma vergonha total para as forças armadas norte-americanas: permitiu, e provavelmente até incentivou, a infiltração de ideias marxistas em vários sectores daquelas; é também o (ir)responsável principal, juntamente com o secretário da (In)Defesa Lloyd Austin, do descalabro que foi a desastrosa debandada do Afeganistão, que deixou no seu rasto 13 soldados dos EUA mortos, e dezenas de civis afegãos, por um bombista suicida, ainda quase 400 cidadãos retidos, biliões em armas e uma base aérea para os talibãs, e todas as mulheres daquele país em risco de serem violadas e mortas novamente por qualquer motivo fútil; mais, soube-se recentemente que contactou, quando Donald Trump ainda estava na Casa Branca, as chefias militares chinesas, e mais do que uma vez, garantindo-lhes que os avisaria antecipadamente se o Nº 45 planeasse algum ataque contra o sinistro «Império do Meio», em insidiosa, maligna manobra de bastidores que contou com a cumplicidade da vil, execrável Nancy Pelosi; numa sociedade e com instituições que não se tivessem degradado, corrompido, e que ainda se dessem ao respeito, Milley já teria sido condenado como o traidor que indubitavelmente é, e experimentado a pontaria dos elementos de um pelotão de fuzilamento, mas, em vez disso, lá continua no seu posto, e não se antevê qualquer sanção, mesmo que mínima. Todavia,  o tenente-coronel Stuart Scheller foi preso e posteriormente julgado em tribunal marcial por ter divulgado um vídeo de si próprio em que critica a forma como se processou a retirada do Afeganistão e as chefias militares e políticas que tão mal planearam e conduziram aquela.
Mais exemplos como os acima referidos poderiam ser acrescentados aqui, e contribuirem para a caracterização da situação actual nos EUA como sendo anedótica, e não com muita graça. Porque têm acontecido episódios que se julgariam mais consentâneos com uma farsa, com uma «ópera bufa»: Joe Biden, cuja deterioração mental não pára de aumentar, acumula tantos erros bizarros e tantas falhas insólitas em cada aparição pública que a sua «fiel» equipa se vê obrigada a desmenti-lo e a corrigi-lo – isto é, a desautorizá-lo – em tempo real; a utilização de cenários imitando a Casa Branca… na própria Casa Branca não ajuda igualmente a aumentar a confiança no «líder»; e que, é muito provável, não sabe que «nomeou» para cargos de alta responsabilidade, e entre outras criaturas dúbias, uma terrorista (já confirmada pelo Senado) e uma comunista nascida e educada na União Soviética; o alheamento de Biden foi confirmado por John Kerry, que assegurou que o «residente» desconhece por completo o incidente diplomático com a França relativo à polémica venda de submarinos à Austrália, de tal modo grave que, pela primeira vez em quase 250 anos, Paris ordenou o regresso do seu embaixador em Washington, e Emmanuel Macron depois declarou publicamente que a Europa se deveria distanciar dos EUA… então ele não havia ficado contente por Donald Trump ter «perdido» a eleição e, assim, as relações inter-atlânticas poderem voltar a «normalizar-se»?
Na grande nação do outro lado do Atlântico parece estar a confirmar-se o aviso – e a previsão – de Ronald Reagan de que a liberdade nunca está a mais de uma geração de distância da extinção. Neste momento lá existe uma espécie de «comuno-confederação». E isto não vai acabar bem, ai não vai não.

sábado, 11 de setembro de 2021

Retorno à casa de partida

Hoje assinalam-se – não, não se celebram… lamentam-se – 20 anos desde os maiores ataques terroristas de sempre contra os Estados Unidos da América no seu território. Atentados com aviões a jacto de passageiros capturados e desviados por muçulmanos fanáticos que visaram, com sucesso, as «torres gémeas»-grandes arranha-céus-edifícios de escritórios do Centro Comercial Mundial (WTC) em Nova Iorque e o Pentágono (Departamento de Defesa) em Washington, e, sem sucesso, mas ainda com perda de vidas (caídas perto de Shanksville, Pensilvânia), o Capitólio (Congresso) dos EUA na capital. Seria de esperar que, passadas duas décadas, a terrível ameaça à civilização que o extremismo islâmico constitui estivesse definitivamente, ou quase, debelada, e que os países onde aquele é fomentado e «fermentado», como o Afeganistão dos talibãs a partir do qual a Al Qaeda de Osama Bin Laden planeou e lançou os ataques, estivessem actualmente devidamente «pacificados». Porém, e por mais incrível que pareça, não é isso que acontece: 20 anos depois aquele país está mais perigoso do que nunca, graças ao usurpador, falso presidente, Joe Biden, à sua ilegítima «administração», enfim, a essa organização criminosa asquerosa denominada Partido Democrata. Houve como que um retorno à casa de partida num «jogo» mortal mas em piores, muito piores condições. Uma palavra apenas resume tudo o que aconteceu neste âmbito no último mês: traição. 
Já há vários anos que se sabia – por sondagens e não só – da existência de um consenso nacional, bi-partidário, relativamente à necessidade de os EUA saírem do Afeganistão enquanto força ocupante quase omnipresente, embora mantendo, no próprio país ou nas proximidades, um contingente militar com suficiente poder dissuasor para manter os principais ganhos de duas décadas no que respeita a democracia (eleições livres e governo representativo) e aos direitos humanos, em especial os das mulheres; manter as embaixadas dos EUA e de outros países ocidentais em Kabul abertas e os talibãs fora do poder eram também requisitos fulcrais dessa saída. Estes eram os pontos principais do plano que Donald Trump e Mike Pompeo haviam delineado, e o «quando» e o «como» da sua implementação seriam fundamentais para que a transição se efectuasse de uma forma o mais ordeira possível e, logo, para que a anarquia e o caos se reduzissem ao mínimo ou até fossem inexistentes. Porém, na sua ânsia estúpida e demente de apagar, destruir, reverter, substituir tudo o que o Nº 45 havia feito, a brigada de bandidos que o corrupto e senil de Delaware supostamente lidera não hesitou em também deitar fora esse plano de retirada do Afeganistão, que incluía directrizes concretas para a evacuação de pessoal civil e militar. É por isso que é ridículo alegar que a culpa pelo que aconteceu é de DJT porque Joe Biden foi «obrigado» a seguir o que aquele estipulou. Se o actual «residente» suspendeu o oleoduto Keystone, «re-aderiu» ao acordo climático de Paris e voltou a negociar com os «ai-as-tolas» iranianos sobre armas nucleares, o que o impediria de definir a sua própria estratégia para o Afeganistão? Nada, obviamente. O problema é que essa alegada «estratégia», subscrita por generais incompetentes que antes haviam sabotado Trump, em mais não consistiu do que «todos ao molho e fé (não necessariamente) em Deus (talvez mais em Alá)». Pelo que a catástrofe foi inevitável e, a partir de meados de Agosto, os episódios terríficos sucederam-se – e, segundo o deficiente mental de Wilmington, não poderia ter sido de outro modo… mas, previsivelmente, contradisse-se poucos dias depois, classificando a retirada como um «sucesso extraordinário».
Em Junho a embaixada norte-americana em Kabul celebrava o mês do orgulho LGBT – mas melhor teria sido ocuparem o tempo com outras actividades, pois os talibãs já preparavam a sua ofensiva final que os levaria a reconquistar o país; em Agosto a Casa Branca ordenava àquela embaixada que destruísse as bandeiras dos EUA, e pedia aos talibãs que… poupassem a embaixada (que acabou por ser ocupada). Os terroristas igual e facilmente ocuparam a base área de Bagram, infra-estrutura vital durante as duas décadas de ocupação, porque os «génios» em Washington decidiram… passá-la para o controlo do exército afegão, uma ficção dispendiosa que ruiu assim que os talibãs lhes apareceram à frente; duas consequências gravíssimas desta perda foram a captura de armamento de guerra (aeronaves, veículos, armas e munições várias) no valor de mais de 80 biliões de dólares, recolhido tanto em Bagram como das unidades militares «regulares» afegãs, e a libertação de milhares de terroristas detidos na prisão da base. Ainda quanto a ex-prisioneiros, soube-se que quatro dos cinco detidos em Guantanamo trocados em 2014 por Bowe Bergdahl – em mais uma «brilhante» decisão estratégica de médio-longo prazo de Barack Obama! – ocupa(va)m posições destacadas no comando dos talibãs e, depois, no novo governo formado por aqueles… governo esse que, queixou-se Anthony Blinken, «não é inclusivo» (não tem mulheres nem gays, dá para acreditar?!) mas, ao invés, integra indivíduos com «currículos muito questionáveis» (quem diria?!) Porém, foi precisamente a estes indivíduos que Joe Biden e companhia (limitada) confiaram a «protecção» do aeroporto de Kabul, para onde mandaram as últimas tropas americanas retirar – na prática, ficaram acossados – para assegurarem a aterragem e a descolagem de aviões que, supostamente, serviriam principalmente para evacuar cidadãos dos EUA mas que acabaram por levar, principalmente, afegãos, e não necessariamente aqueles que foram aliados durante a guerra. De Washington não só veio uma proibição aos soldados de sairem do aeroporto para procurarem na cidade (e arredores) norte-americanos e trazê-los para aquele mas também uma lista – para os talibãs!! – com os nomes desses cidadãos e ainda de afegãos que os haviam ajudado… para supostamente, os «auxiliarem» na retirada! No entanto, pelo menos britânicos, franceses e mesmo alemães não hesitaram em (tentar) recuperar os seus compatriotas, o que terá causado o desagrado de um general dos EUA, que acusou os seus colegas estrangeiros da NATO de «deixá-los (aos americanos) mal vistos». Enfim, foi no aeroporto de Kabul que ocorreram as piores atrocidades: afegãos aos milhares invadiram as pistas para tentarem arranjar um lugar nos aviões que partiam, e se não conseguiam dentro deles alguns, mais afoitos (ou loucos), iam por fora, agarrando-se aos trens de aterragem mas depois caindo centenas de metros para a morte; muitos foram os americanos que não conseguiram passar os postos de controlo colocados pelos talibãs ao redor do aeroporto, tendo vários sido agredidos; mas pelo menos um bombista suicida conseguiu (porque seria?) furar as barreiras e fez-se explodir, matando 13 soldados dos EUA (11 homens, duas mulheres, todos jovens). Em «retaliação», de Washington veio a ordem para um ataque com drone... que, todavia, vitimou uma família de inocentes, incluindo crianças, em vez de uma célula de terroristas. Depois, veio a confirmação de que o colapso iminente não foi uma surpresa para a «administração», através da revelação de um documento do Departamento de Estado que avisava para tal, e da transcrição de uma conversa telefónica entre Biden e Ashraf Ghani, presidente do Afeganistão, e em que o primeiro pedia ao segundo para mentir, ou seja, para publicamente nunca dar a entender que a situação no terreno era má.
Este, sim, foi um telefonema que justificaria uma impugnação, ao contrário de outro. E, previsivelmente, vários foram os políticos republicanos que exigiram a impugnação ou a demissão de Joe Biden pelo descomunal desaire afegão, embora, há que reconhecer e registar, alguns democratas tais como Richard Blumenthal e Leon Panetta o tenham também criticado, embora sem exigir o seu «despedimento»; tão ou mais significativas foram as condenações vindas do estrangeiro, mais concretamente de países aliados dos EUA, com destaque para o Reino Unido, onde no parlamento várias foram as vozes que deploraram duramente o comportamento infame do seu principal aliado, às quais se juntou a de Tony BlairContudo, nestes quase oito meses que passaram desde a «tomada de posse» a 20 de Janeiro último sucederam-se os motivos verdadeiramente válidos para a remoção de Biden da função que usurpou através de uma gigantesca fraude eleitoral. E o menor não será auxiliar por negligência, se não mesmo deliberadamente, os inimigos dos EUA, ao mesmo tempo que prejudica por negligência, se não mesmo deliberadamente, os cidadãos dos EUA. Uma dupla perfídia em que, não surpreendentemente, conta com a colaboração dos seus camaradas do PD, tudo num contexto aberrante tornado mais insultuoso pela proximidade de mais um aniversário – e logo o vigésimo – do 11 de Setembro. Numa Casa dos Representantes ainda dominada pela maléfica Nancy Pelosi, democratas rejeitaram propostas de membros do GOP solicitando: a leitura dos nomes dos 13 soldados mortos em Kabul; uma investigação à perda de material bélico para os talibãs; a aprovação urgente de legislação para facilitar o salvamento dos cidadãos ainda retidos no Afeganistão, isto enquanto o Departamento de Estado bloqueava a realização de voos privados com esse objectivo – sim, no momento em que este texto é publicado, ainda existem (centenas de?) norte-americanos escondidos no Afeganistão e abandonados pelo «governo» do seu país, apesar da cooperação bastante «profissional e como de homens de negócios» por parte dos terroristas. Contudo, e como seria de esperar na sua «qualidade» de «cabeça» (muito deteriorada) do «monstrengo» «liberal» e subversivo, cabem a Biden as ofensas mais insanas. Durante este período em que colocou de facto inúmeros compatriotas em perigo, e foi o responsável indirecto, ou quiçá directo, pela morte de 13, o incompetente corrupto senil com manias de ditador atreveu-se, uma e outra vez, a acusar governadores republicanos de serem rufias irresponsáveis que têm de ser «tirados do caminho» por se recusarem - correctamente - a estabelecer a obrigatoriedade de máscaras e de vacinas.
Não seria necessário este recente desastre ocorrido no Afeganistão para se ter a certeza de que a (sinistra) esquerda norte-americana em geral e o Partido Democrata em especial mostram uma notória e persistente tendência para se comportarem vergonhosamente aquando e/ou a propósito do 11 de Setembro. Não apenas por invocarem nesta data a alegada, inventada, «islamofobia», o que Joe Biden e Kamala Harris agora, desavergonhadamente, fizeram. Mas também, e principalmente, por apoucarem, relativizarem, trivializarem os atentados de 2001, comparando-os com fenómenos e incidentes imaginados ou, se reais, muito, muito menos graves. Mais do que a «crise climática», a dita «insurreição» de 6 de Janeiro último em Washington é cada vez mais apontada por muitos imbecis como o acontecimento mais traumático das suas patéticas vidas, apesar de familiares das vítimas de há 20 anos apelarem a que se deixem dessas parvoíces. Tudo isto comprova, em última análise, que os «progressistas» norte-americanos, herdeiros espirituais e materiais dos segregacionistas e secessionistas do século XIX, constituem uma ameaça maior do que os terroristas islâmicos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Reabilitar Harding

Hoje, 2 de Agosto de 2021, passam 98 anos desde a morte de Warren G. Harding. Nasceu a 2 de Novembro de 1865, cerca de sete meses depois da morte, por homicídio, de Abraham Lincoln. E porque é isto relevante? Porque Harding também foi Presidente dos Estados Unidos da América, e pelo Partido Republicano – o 29º, mais especificamente: tomou posse no dia 4 de Março de 1921, pelo que no terceiro mês deste ano se assinalou o centenário do início do seu mandato como comandante-em-chefe da nação. E, no dia 30 de Maio de 1922, presidiu em Washington, acompanhado, entre outros, de Robert Todd Lincoln, filho do 16º presidente, à cerimónia de inauguração, ou de dedicação, do Memorial a Lincoln – um monumento que celebrará, portanto, 100 anos de existência em 2022.    
A presidência de Warren G. Harding foi relativamente curta: apenas dois anos e quatro meses. Mas, à época, foi considerada, apesar disso, como tendo sido de grande sucesso – o que, admita-se, não seria muito difícil, dado que o seu antecessor no cargo foi o democrata e execrável racista (óbvia redundância) Woodrow Wilson. Harding começou sob muito bons auspícios ao ordenar a libertação de prisioneiros políticos que o Nº 28 se recusou a amnistiar, todos, ou quase, opositores à participação dos EUA na Primeira Guerra Mundial. Ao que se seguiu a revitalização da economia pela diminuição de impostos e a redução da burocracia – isto na política interna; na externa, WGH pugnou pela contenção mundial na expansão e no (re)armamento das forças armadas de cada país. Porém, o seu prestígio viria a ser colocado em causa por casos de corrupção envolvendo alguns dos membros da sua administração – dos quais nunca houve, no entanto, provas ou indícios que o comprometessem como um cúmplice. Pior, surgiram revelações após o seu falecimento – por ataque cardíaco em São Francisco – de ter mantido pelo menos duas (prolongadas) relações adúlteras, uma das quais resultou no nascimento de uma filha que, com quatro anos aquando da morte do pai, e a despeito dos esforços da mãe, nunca chegou a ser reconhecida oficialmente por aquele…
… E isso foi suficiente para que revisionistas e «progressistas» historiadores começassem, quase imediatamente, a desvalorizar a presidência de Warren G. Harding e a classificá-lo sistematicamente como um dos piores presidentes na história dos EUA. Vários desses «historiadores» nunca tiveram, é legítimo supôr, qualquer problema com as infidelidades conjugais de John Kennedy, Lyndon Johnson e Bill Clinton. Veja-se, por exemplo, esta lista da Time dos 10 presidentes «mais esquecíveis», em que, como seria de esperar, Harding está incluído – aliás, metade, e todos depois da Guerra Civil, são republicanos. E esta, não menos ridícula e risível, da C-SPAN, em que WGH ficou em 37º lugar – acima, todavia, de Donald Trump, que ficou em 41º, e muito abaixo, como não podia deixar de ser (e demonstrando que a tabela é uma aldrabice e os que a elaboraram uns vigaristas), de Barack Obama, que ficou em 10º. Esta contínua condenação é uma injustiça, como explicaram James D. Robenalt em 2015 e Kyle Smith em Março último, aquando, precisamente, do centenário da tomada de posse. Poderá levar algum tempo, mas, tal como aconteceu antes com Ulysses S. Grant, Harding será certamente crescente e merecidamente reabilitado.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Roletas, e escarretas, russas

Como seria de prever por quem é realmente conhecedor e intectualmente honesto, a situação politico-social nos Estados Unidos da América está a agravar-se a cada dia que passa. O país que era uma referência máxima na liberdade, na democracia e no (autêntico) progresso está a ser transformado gradualmente numa distopia. O que não é de surpreender: com efeito, que outra coisa seria de esperar depois de o Partido Democrata ter roubado a eleição presidencial de 2020 e colocado na Casa Branca um corrupto senil, isto enquanto corrói os fundamentos da nação através de uma (tentativa) de generalização em toda a sociedade de um novo segregacionismo – porque é disso que se trata com a dita «teoria crítica da raça» - e da instrumentalização do aparelho estatal, com especial e sinistro destaque dos departamentos da (in)justiça (que inclui o FBI, agora indiferenciável de uma polícia política) e da (in)defesa, contra os seus opositores ideológicos? O degenerado e demente de Delaware tem razão quando afirma que «enfrentamos o mais significativo teste à nossa democracia desde a Guerra Civil»; porém, logicamente, ele e os seus «camaradas» é que são, tal como há 150 anos, os culpados disso.
Ter nos EUA um regime autoritário ilegítimo já é demasiadamente mau. Pior, muito pior, é esse regime estar recheado de elementos que não gostam e até odeiam a sua pátria e a bandeira que a simboliza – óbvio, porque, afinal, é de democratas que falamos – e que, para cúmulo, passiva e mesmo activamente contribuem para a fragilização daquela perante potências estrangeiras hostis. Alguém disse que os democratas não têm inimigos externos mas sim apenas internos, e, efectivamente, considerando o que tem acontecido desde 20 de Janeiro passado, isso confirma-se. Sim, podemos acusar os «burros» de vil traição: com o Irão voltou o aliviar de sanções e o apaziguamento para com os «ai-as-tolas» anti-semitas, homofóbicos, misóginos e terroristas; com a China de Xi Jinping, não muito diferente quanto a ameaças e a perigos para todo o Mundo hoje da Alemanha de Adolf Hitler ontem, é o reatamento de relações como se nada entretanto tivesse acontecido… do tipo, sei lá, uma pandemia devastadora que o Partido Comunista Chinês permitiu que alastrasse, desse modo causando a morte de milhões de pessoas e a deterioração de dezenas de economias nacionais – o que se compreende porque são muitos os «azuis» que foram comprados e estão no «bolso» de Pequim, a começar por Joe Biden; e com a Rússia, que, entre 2016 e 2020, foi apresentada como o «bicho-papão» mais assustador, acontece o servilismo mais ridículo – e que por isso merece aqui e agora uma análise mais detalhada.
Antes, há que recordar novamente, não esquecer nunca, este «axioma»: os democratas acusam falsamente os republicanos de crimes que eles próprios verdadeiramente cometem; levam a projecção, e a hipocrisia, ao máximo do descaramento e da perversidade. Eles acusaram Donald Trump e membros da equipa dele de conluio («collusion») com a Rússia e com Vladimir Putin, que o regime de Moscovo havia auxiliado o bilionário nova-iorquino a tornar-se presidente – o que era uma (verdadeira) grande mentira de uma campanha de desinformação engendrada pela candidatura de Hilary Clinton, também com o objectivo de fazer esquecer que ela tinha autorizado a venda de urânio norte-americano a uma empresa russa. Enquanto presidente, Trump nada fez que pudesse ser encarado como uma ajuda a Moscovo, muito pelo contrário, e o exemplo máximo disso terá sido – juntamente com os 200 mercenários russos eliminados na Síria – a imposição de sanções à empresa construtora do oleoduto Nordstream 2, cuja função é o transporte de petróleo e gás da Rússia para a Europa Ocidental e em especial para a Alemanha, deste modo impedindo efectivamente a continuação do projecto. O que decidiu Joe Biden – ou, mais correctamente, aqueles que decidem por ele – assim que se viu na Casa Branca? Levantou as sanções, assim permitindo a Putin dispor de um importante instrumento de pressão sobre os cada vez mais frágeis países do Oeste do Velho Continente; e certamente terá sido uma «coincidência» que entidades ligadas àquele oleoduto tenham feito doações à campanha de Biden para a presidência. Incrivelmente (ou nem tanto, porque, mais uma vez, é de democratas, essa corja asquerosa, que falamos), previamente outra decisão havia sido tomada pela actual e ilegal «administração» que esclarece sem margem para dúvidas quais são as prioridades daquela: a revogação da autorização da construção do oleoduto Keystone, que liga(ria) o Canadá aos EUA. Isto é, e quase em simultâneo, o PD reforçou a indústria petrolífera russa e enfraqueceu a norte-americana, de que resultou igualmente a eliminação de centenas (talvez milhares) de empregos directos e indirectos, o aumento dos preços dos combustíveis, e a colocação de um processo em tribunal exigindo uma indemnização de 15 biliões de dólares.
Poderiam os democratas ser mais ridículos, comprometidos, incompetentes, vendidos? Uma pergunta inútil porque, evidentemente, podem. Em Junho, e depois de uma cimeira do G7 na Grã-Bretanha em que Joe Biden deu diárias, consecutivas demonstrações de fragilidade e de insegurança mental e intelectual para todo o Mundo ver, realizou-se um encontro com Vladimir Putin na Suíça em que, na sequência de elogiar o presidente russo (algo que com Donald Trump seria, e foi, considerado prova de «kompromat») e de vituperar o GOP, o depravado e destroço de Delaware entregou ao chefe do Kremlin nada mais nada menos do que uma lista de 16 entidades que integram a infraestrutura crítica dos EUA e que, por isso, deverão, ou deveriam, estar fora de alcance («off limits») de ataques electrónicos vindos de Moscovo! Ou seja, disseram aos russos, na prática, que o resto pode(ria) ser atacado! E, sem grande surpresa, menos de um mês depois centenas de empresas foram alvo de um «não usual e sofisticado ataque de ransomware» - na véspera do feriado de 4 de Julho, o que «salienta» ainda mais a «independência» de que o país goza sob o jugo absurdo e obtuso dos democratas…
… Que, fica provado, não se incomodam, e até provavelmente apreciam, estes jogos de «roletas russas» que podem sair – na verdade, já estão a sair – muito caros aos cidadãos cuja protecção, em teoria, eles teriam estrita obrigação de assegurar. No entanto, são escarretas, mesmo que virtuais, que eles recebem unicamente. Em última análise, este lamentável e inacreditável (ou nem tanto) comportamento mais não é do que a continuação da famigerada promessa de «maior flexibilidade depois das eleições», que Barack Obama fez há quase dez anos, levada às últimas consequências. Todavia, se encararmos, como vários observadores fazem, esta «residência» dos EUA como o «terceiro mandato» do Sr. Hussein, tal torna-se inquietantemente compreensível.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Rever em alta (Parte 5)

«Primeiro lutar! Depois ganhar!», Kevin McCullough; «Trump ainda está a ganhar na economia», Cal Thomas; «O legado de paz de Trump», Caroline Glick; «O conluio da Rússia não era sobre Donald Trump, foi desenhado para proteger Hillary Clinton», Lee Smith; «O conseguimento de Trump com o Irão», Reuel Marc Gerecht e Ray Takeyh; «O leão da América», David Prentice; «Saboreiem os triunfos de Trump antes de Biden pôr a China no topo», Laura Ingraham; «Trump saindo com um “registo económico historicamente mau”?Vamos olhar para os factos», Andy Puzder; «Os quatro anos de Trump foram produtivos, contenciosos, energéticos… e engraçados», Liz Peek; «Presidente Trump estabeleceu o recorde de mais votos para um presidente em exercício na história dos Estados Unidos, todos os republicanos deveriam estar indignados e levantando-se pela justiça, onde estão eles?», Joe Hoft; «Parem de chamar hipócritas aos apoiantes dos desafios de Trump à eleição», Donald Devine; «Trump termina o período de 12 anos de Obama como “o homem mais admirado” da América», Tim Pearce; «Trump não apenas admirado mas apreciado», Tammy Bruce; «Os 10 maiores conseguimentos de Trump em 2020», Steve Cortes; «Os 15 maiores momentos MAGA para o Presidente Donald Trump em 2020», Charlie Spiering; «Donald Trump tem sido o mais iluminante presidente em décadas», Rachel Bovard; «O telefonema de Trump revela de facto um presidente profundamente atento aos detalhes, com os republicanos do estabelecimento em debandada, sem vontade e rejeitando a transparência», Raheem Kassam; «Porque me vou juntar à marcha de 6 de Janeiro em Washington por Trump», Jenni White; «Ignorar as preocupações dos apoiantes de Trump irá destruir a América», Jason Whitlock; «A agenda de Trump deve sobreviver à sua presidência», David Limbaugh; «Não, Trump não é culpado de incitamento», Jeffrey Scott Shapiro; «Se você pensa que Trump é o pior presidente de sempre, ou é ignorante ou foi enganado pela propaganda dos media», Cabot Phillips; «Se Trump é culpado de “incitamento” então também o são metade dos democratas no Congresso», Matt Walsh; «A impugnação apenas alimenta divisões, eleva Trump aos olhos dos seus apoiantes», Josh Hammer; «Se o srepublicanos põem a América primeiro eles removerão Liz Cheney e não Donald Trump», John Hanson; «O apoio a Trump é mais sobre políticas do que personalidade», David Marcus; «A aprovação de Trump aproxima-se quietamente de um máximo de três anos», Sharyl Attkisson; «A maior mostra política na Terra aproxima-se de um final espectacular», Charles Hurt; «Parem de difamar os apoiantes de Trump», Noor Bin Ladin; «O legado de conseguimento de Donald Trump com Israel viverá», Deborah Brand; «O relatório “1776” de Trump é uma maravilha, faz-me sentir vergonha de ser britânico», James Delingpole; «Não, não se pode julgar um anterior e impugnado presidente», Alan M. Dershowitz; «Trump lutou contra o pântano, e o pântano ganhou», John Hinderaker; «O verdadeiro legado do Presidente Trump será as suas ideias transformativas», John Nolte; «74 216 722», Larry O’Connor; «O “trumpismo” necessita de Trump, não da orientação de vigaristas», Elizabeth Harrington; «Mantenham o movimento em andamento», Benny Johnson; «Os conservadores deveriam parar de tentar justificar a impugnação de Trump», John Daniel Davidson; «Ido mas não esquecido – O legado de Trump, as promessas e os desafios para a próxima época eleitoral», Ron Bassilian; «A “satisfação” nos Estados Unidos foi mais alta sob Trump do que Obama e Bush, a melhor em 16 anos», Paul Bedard; «Trump irá regressar», Sebastian Gorka; «Classificando os 15 mais engraçados “tweets” de sempre de Donald Trump», Ben Zeisloft; «Os críticos que chamaram a Trump “autoritário” estão silenciosos quanto ao desvario de ordens executivas de Biden», Jordan Davidson; «A narrativa do “incitamento” por Trump do motim no Capitólio está a cair aos bocados perante os nossos olhos», Kyle Becker; «O regresso de Trump começa – O plano para fazer Trump e a América grandes outra vez», Wayne Allyn Root; «Compare o legado de Obama ao de Trump, decida você quem merece o Prémio Nobel da Paz», Ian Haworth; «Trump mudou-se da Casa Branca para dentro das cabeças deles», Kurt Schlichter; «Porque os conservadores do estabelecimento ainda não entendem o significado de Trump», Pascal-Emmanuel Gobry; «Os ganhos do ódio a Trump», Victor Davis Hanson; «Uma sugestão para Donald Trump», R. Emmett Tyrrell Jr.; «Sobre a China, Trump tentou salvar Washington de si própria», Bradley Thayer; «Sondagem da NBC mostra más notícias para os democratas, boas notícias para o GOP e o poder de Trump», Nick Arama; «O legado da política externa do Presidente Trump – Quatro realizações para recordar», Jacob Falach; «Revaliando Trump e Covid», Byron York; «Trump mostra sinais de ser mais fazedor de reis do que rei», Miranda Devine; «Donald Trump deixou-nos com uma economia muito mais forte do que alguém pensou», John Carney; «Sim, Presidente Trump, a nação sente dolorosamente a sua falta», Elad Hakim; «Não, Trump não criou a crise na fronteira, os democratas sim», Chad Wolf; «Os media corruptos que acusaram Trump de “incitar” à violência ficam silenciosos quando a democrata Maxine Waters faz justamente isso», Tristan Justice; «Presidentes democratas deram empregos no governo maioritariamente a partidários esquerdistas enquanto Trump foi o mais equilibrado em décadas», Catherine Salgado; «Novos dados mostram que a maioria dos votantes de Trump em 2020 foram mulheres e minorias», Gabe Kaminsky; «A cobertura mediática de crises sob Biden seria bastante diferente se Trump estivesse em funções», Ashe Schow; «Como Donald Trump estava certo sobre Jeff Bezos usar o Washington Post para ganho pessoal», Nick Monroe; «Os media não conseguem deixá-lo – Quase 40% de todas as histórias sobre Joe Biden mencionam Donald Trump», Ben Johnson; «Trump queria interrogar publicamente Fauci sobre o financiamento do laboratório de Wuhan e cobrar à China pela pandemia», Sharri Markson; «Mais uma vez, Donald Trump estava certo», Paul Murray; «A mayor de Washington foi homenageada na convenção do Partido Democrata pela resposta ao motim – Novos relatórios revelam que ela, e não Trump, lançou gás lacrimogéneo contra manifestantes», Mollie Hemingway; «A nova e firme posição de Biden contra Pequim é um tributo a Donald Trump», Rich Lowry; «O que Biden fez à Ucrânia é pior do que o que Trump fez», Joel B. Pollak; «Trump estava certo, e nós também», Jenny Beth Martin.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Afinal, houve outras

Um dos livros que li no terceiro quadrimestre de 2020 foi «Política de A a Z», escrito por Pedro Correia e Rodrigo Gonçalves. Publicado em Janeiro de 2017 pela editora Contraponto e apresentado pela primeira vez em sessão realizada no El Corte Ingles de Lisboa no dia 27 daquele mês, em que estive presente, o meu exemplar foi aí adquirido, e autografado pelos autores. Na capa da obra está uma frase que funciona talvez como subtítulo e descrição, «um guia para compreender o sistema político português», o que não é exactamente correcto porque nele estão dezenas de palavras, expressões, conceitos que abrangem praticamente todo o Mundo, bem como a História daquele nos últimos três séculos. De qualquer forma, trata-se, no cômputo geral, de um trabalho do tipo dicionário (mini) enciclopédico bem pensado e elaborado…
… Apesar de conter algumas falhas, alguns lapsos, não muito graves apesar de surpreendentes, como, por exemplo, na entrada «Populismo» (páginas 220-222), Silvio Berlusconi ser apontado também como (ex-) proprietário do clube de futebol Inter de Milão – na verdade, e obviamente, foi-o do outro clube daquela cidade, o AC. Porém, bem pior, e deveras incompreensível vindo de alegados «especialistas», os casos de «impeachment», isto é, de (tentativas de) impugnação e destituição de presidentes dos Estados Unidos da América são referidos e recordados não com um, não com dois, não com três mas sim com quatro erros graves, e não uma mas sim duas vezes. A primeira, precisamente, na entrada «Impugnação» (páginas 145-146), onde se lê: «Aconteceu em Julho de 1974, quando o Presidente norte-americano Richard Nixon foi alvo de um inquérito desencadeado pelo Congresso com vista à sua exoneração compulsiva – um mecanismo constitucional nunca antes utilizado em quase 200 anos de história dos Estados Unidos como país independente. (…) Vendo-se sem saída, Nixon antecipou-se, abandonando o cargo a 9 de Agosto.» A segunda na entrada «Watergate» (página 291), onde se lê: «Nome de um conhecido edifício na capital norte-americana, para sempre associado a uma investigação jornalística do diário Washington Post que culminou no primeiro – e até hoje único – processo de impugnação de um Presidente norte-americano no Congresso. O jornal descobriu que durante a campanha para a sua reeleição, em 1972, o Presidente Richard Nixon ordenara a instalação de escutas ilegais no quartel-general do seu opositor democrata, George McGovern, situado naquele edifício. A impugnação, justificada pelo abuso de poder executivo, só foi travada pela demissão de Nixon, a 9 de Agosto de 1974.»          
Eis os quatro erros. Primeiro, Richard Nixon nunca foi alvo verdadeiramente de um processo de impugnação – este só começa efectivamente se e quando os respectivos artigos de acusação são votados e aprovados no plenário da Casa para depois serem entregues no Senado, onde se procede ao julgamento final; o 37º presidente demitiu-se antes de essa votação ocorrer. Segundo, Nixon não ordenou a instalação de escutas na sede do Partido Democrata no edifício Watergate – embora, sim, tenha tentado posteriormente ocultar a participação de elementos da sua campanha na operação. Terceiro, existiu antes da não impugnação de RN o primeiro, autêntico, processo desse tipo, em 1868 e contra Andrew Johnson, democrata que havia sido vice-presidente de Abraham Lincoln e que lhe sucedeu no cargo após o assassinato daquele em 1865; acusado de abusos de poder presidencial, Johnson acabaria por não ser condenado no Senado por insuficiência de votos (bastava somente mais um!) para tal. Quarto, e acentuando o absurdo de se afirmar que o processo de «impugnação» de Richard Nixon (que, repita-se, não existiu) foi o «único» (à data da publicação de «Política de A a Z»), entre Dezembro de 1998 e Fevereiro de 1999 – ou seja, há pouco mais de 20 anos, o que levaria a crer que os autores se recordariam – aconteceu o mais famoso «impeachment» norte-americano de sempre, em que o também democrata Bill Clinton foi acusado de perjúrio (mentir sob juramento) e ainda de obstrução à justiça, e isto num contexto dominado pela revelação do adultério do 42º presidente com Monica Lewinsky, então apenas o mais recente dos vários em que o ex-governador do Arkansas incorrera; tal como acontecera com Andrew Johnson, as acusações aprovadas na Casa não obtiveram no Senado o número mínimo de votos favoráveis (dois terços), e o marido de Hillary cumpriu até ao fim o seu (neste caso segundo) mandato.
Afinal, houve outras… genuínas, tentadas, impugnações contra presidentes norte-americanos, mas não contra Richard Nixon. E, apenas três anos depois da publicação do livro mencionado, em 2020, ocorreu a primeira tentativa de «impeachment» de Donald Trump, e em 2021  a segunda – ambas baseadas em acusações falsas, mentiras torpes, alegações ridículas, e que de facto em mais não consistiram do que meras manobras de distracção em relação a reais crimes cometidos por democratas. Enfim, o que é de concluir do caso analisado é que mesmo supostos «entendidos» podem fazer (dizer, escrever) disparates, pelo que uma atitude razoavelmente céptica é sempre aconselhável.  

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Sobre máscaras, n’O Diabo

Na edição de hoje (Nº 2311) do jornal (semanal) O Diabo, e na página 14, está o meu artigo «Desmascarar os déspotas». Um excerto: «Xi Jinping e o seu comité central continuam a sentir-se à vontade para agredir: Taiwan, com repetidas intrusões nos seus espaços aéreo e marítimo; Hong Kong, com o encarceramento de oposicionistas; Macau, com pressões sobre a TDM que resultaram em demissões de vários jornalistas. Entretanto, aos cultos da personalidade e à repressão – cada vez mais tecnológica e sofisticada – vieram juntar-se campos de concentração onde milhares de muçulmanos uigures são maltratados, em especial as mulheres, vítimas de alegadas, e repetidas, violações e esterilizações; é um quadro de terror que Joe Biden, sempre incompetente, mentiroso e agora também senil, desvalorizou recentemente como sendo o resultado de “diferentes normas”. A corrupção explica igualmente a passividade, e até a cobardia, dos actuais ocupantes da Casa Branca: são às dezenas os destacados elementos do Partido Democrata, não apenas em funções governativas – e, nestas, a começar pelo “Nº 1” e a sua família - mas também nos meios empresarial e académico que têm ou tiveram duvidosas relações, financeiras e outras, com entidades chinesas ligadas ao PCC. Neste âmbito e não só, o contraste – negativo – com Donald Trump e o Partido Republicano é flagrante e inquietante.»

sexta-feira, 26 de março de 2021

Revisionismo discrimino-censório

No início desta semana que agora termina, e em dias consecutivos, duas pessoas que podem ser colocadas (eu coloco-as) entre os mais destacados «bloguistas» portugueses publicaram «postas» sobre o que é, praticamente, o mesmo tema: as consequências do que vamos designar de um extremo revisionismo dicrimino-censório – versão mais recente e demente do já de si duradouro e detestável «politicamente correcto» - na literatura mundial e até no mercado literário português e nos autores nacionais, revisionismo esse que tem origem em muitas universidades dos Estados Unidos da América, e que a partir daí «contaminou» bastantes – demasiado(a)s) – indivíduos e instituições (incluindo empresas privadas), não só naquele país mas também noutros.
A 21 de Março, no Malomil e em texto intitulado «A traição dos intelectuais», António de Araújo aborda as controvérsias decorrentes da tradução do primeiro livro daquela que é supostamente a mais jovem vedeta das letras norte-americanas: «(…) Porque é que Amanda Gorman e os seus agentes levantaram objecções a que a sua poesia fosse traduzida para catalão por um branco, Victor Obiols, mas não objectaram a que fosse traduzido para espanhol por uma branca, Nuria Barrios, dita “sem historial activista”? Porque é que só agora, à boleia desta nova polémica, é que Grada Kilomba vem questionar e criticar a tradução para português do seu livro, “Memórias da Plantação”, feita por um homem branco, Nuno Quintas, e nada disse nem objectou quando essa tradução foi feita, em 2019? (…) Que características de um determinado autor devem ser valorizadas na escolha do seu tradutor? No caso de Amanda Gorman, vemos apontadas as seguintes características: “jovem”, “mulher”, “negra”, “filha de mãe solteira”. Dessas, qual a decisiva na escolha do tradutor? Apenas uma, a etnia? Todas? Porque não o facto de ser mulher? Ou jovem? Ou filha de mãe solteira? Com que legitimidade se erige a etnia em detrimento do género, por exemplo? Se escolhemos a etnia como ponto decisivo do “lugar da fala”, isto significa que apenas negros podem traduzir negros e brancos podem traduzir brancos? Se sim, porquê? Se não, porquê? Porque é que a etnia de um tradutor lhe confere especiais qualificações para o seu ofício? Isso não será racismo, no fim de contas? (…) Quem pode traduzir Amanda Gorman? Uma homem de meia-idade pode fazê-lo? Ou apenas Amanda Gorman pode traduzir-se a si própria? Um homem pode traduzir literatura feminista? Um heterossexual pode traduzir escritos gay? Um agnóstico pode dar voz à “Bíblia”? E quem pode traduzir os clássicos, Aristóteles ou Platão, Joyce ou T. S. Eliot? Um judeu não pode traduzir “Mein Kampf”? Ou, pelo contrário, só um judeu pode fazê-lo? Não haverá aqui o risco, mais do que evidente, de se criarem novos casulos e barreiras, contrariando a essência própria, universalista, dialogante, do acto de traduzir? (…)»
A 22 de Março, no Horas Extraordinárias e em texto intitulado «Estupidez», Maria do Rosário Pedreira aborda a – inesperada – dificuldade em conseguir editar nos EUA um (por ela não identificado) escritor nacional: «Disse-se ao longo de mais de uma centena de anos que a América era a terra das oportunidades; infelizmente, passou a ser a terra da oportunidade de ficar calado, pois não se pode agora falar de nada sem que todas as nossas palavras, por mais inocentes que sejam, acabem julgadas da pior maneira. Recentemente soube que recusaram a obra de um autor português com um relatório em que, antes de mais nada, o descreviam como muitíssimo talentoso; mas esse talento era secundário para a editora norte-americana que decidiu não o publicar porque um dos romances falava de forma muito directa de um tema que, para a imprensa norte-americana, era muito sensível (a deficiência); e o outro tinha, entre as suas personagens, uma transsexual (mas, como o autor não o é, certamente iria ser acusado de falar do que não sabe; ainda pensaram pedir um segundo relatório de leitura a alguém da comunidade LGBT lá do sítio, mas não encontraram nenhum trans que lesse português). (…) É uma outra forma de preconceito que em nada ajuda as minorias, fingindo que as protege. Se os autores não podem falar do que não sentiram na pele, não é isso uma negação da imaginação? (…)»
Nestes seus textos tanto António de Araújo como Maria do Rosário Pedreira colocam questões pertinentes, resultantes também do que parece ser genuína supresa e até indignação perante o que acontece – no âmbito cultural, pelo menos – no outro lado do Atlântico. Porém, ambos não podem alegar que não foram avisados, e nomeadamente por mim, sobre as mais do que prováveis e previsíveis consequências de a pérfida perversão, atentatória dos mais bons e básicos valores civilizacionais, inerente à esquerda norte-americana e núcleo perene do Partido Democrata se expandir e se consolidar, talvez e infelizmente de uma forma permanente. Recordo que o actual consultor da Presidência da República me «convidou» a deixar de comentar no Malomil depois de eu ter respondido, discordando (com factos), a alguns posts em que criticava Donald Trump; e que a actual editora da Leya não pareceu ter reconhecido o erro que cometeu ao elogiar uma bibliotecária luso-descendente de Boston que rejeitou livros oferecidos por Melania Trump, e, na prática, ofendeu a primeira-dama… e no meu comentário já alertava para o perigo de a proibição de certas obras e artistas por parte dos novos «inquisidores» se tornar uma rotina – e o certo é que, menos de quatro anos depois, são (alguns d)os de Theodor «Dr. Seuss» Geisel, que Liz Soeiro desprezou, que estão entre os primeiros (porque, sim, há outros) a serem «apagados» na vigência do regime que foi instaurado a 20 de Janeiro passado numa Washington pejada de soldados e de barreiras com arame farpado.    
No entanto, nestes seus textos António de Araújo e Maria do Rosário Pedreira dão igualmente mostras de uma surpreendente ingenuidade… ou de algo pior. Ele também pergunta: «Como é possível conciliar este debate com o propósito de união anunciado no discurso da tomada de posse de Joe Biden, sem o qual poucos saberiam sequer quem é Amanda Gorman?» Obviamente, isso não é possível, porque os democratas não são nem nunca foram pela união e pela integração (racial e outras) mas sim pela secessão e pela segregação; e estar na Casa Branca um ilegítimo e xexé «chefe de Estado» é uma garantia de que vai continuar a invasão por imigrantes ilegais, a perseguição policial e judicial de opositores políticos e a promoção de campanhas de menorização (ou seja, de discriminação e mesmo de ódio) contra brancos, além de que se irá tentar proceder ao desarmamento da sociedade civil e a «purgas» ideológicas nas forças armadas – tudo acções que provavelmente levarão, não à unidade, mas à implosão do país, quiçá até a uma nova guerra civil; quando alguém que tem uma licenciatura em Direito e um doutoramento em História, e com actividades importantes e influentes, e que apesar disso revela não ter um conhecimento suficiente de factos fulcrais relativos aos EUA, é de duvidar da qualidade dos conselhos políticos que dá no Palácio de Belém. Ela também pergunta: «Então hoje para uma editora o talento é menos importante do que o assunto de um romance? E um agente cultural como uma editora mete o rabo entre as pernas, recusa-se a arriscar e abdica de mudar mentalidades mesmo quando diz que o autor tem muito talento?» A verdade é que – e sei-o por experiência própria – MRP já se recusou a arriscar por causa do assunto de um romance e não ponderou devidamente o talento do respectivo autor; todavia, é elementar e da mais básica justiça reconhecer que, neste aspecto, ela está longe de ser um caso único.
Ainda sobre o texto citado do Horas Extraordinárias, é quase certo que o autor nele mencionado é Afonso Reis Cabral, trineto de José Maria Eça de Queiroz. E este, curiosamente, tornou-se igualmente uma «vítima» do revisionismo PC devido a alegados «preconceitos raciais» existentes n’«Os Maias», que foram primeiro «denunciados» por uma «investigadora» que estudou… nos EUA. Ela será certamente bem vinda se quiser participar no segundo congresso – por mim proposto, e organizado pelo Movimento Internacional Lusófono – sobre EdQ, que deverá decorrer no próximo mês de Outubro e que terá como temas os 150 anos da publicação de «O Mistério da Estrada de Sintra», da realização das Conferências do Casino e do início da edição d’«As Farpas». Imagine-se o que ele teria dito e escrito sobre estes novos «puritanos» da treta! (Também no Octanas.)