sexta-feira, 21 de março de 2025

A «resistência» é ridícula

Ontem completaram-se dois meses desde a tomada de posse de Donald Trump para o seu segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos da América, e não é exagerado dizer-se que têm sido os (primeiros) 60 dias mais preenchidos, dinâmicos, activos de todas as presidências norte-americanas até agora; nem o início do seu primeiro mandato foi tão (positivamente) frenético, o que é, afinal, perfeitamente compreensível: DJT teve bastante tempo para reflectir sobre o que aconteceu entre 2017 e 2020, pelo que, para a segunda «rodada», vinha mais do que preparado, juntamente com uma forte equipa governativa cuidadosamente escolhida e motivada na qual se destacam Kristi Noem, Marco Rubio, Pam Bondi, Pete Hegseth, Robert F. Kennedy Jr. e Tulsi Gabbard. Têm sido dias e semanas de grande frenesim, tanto que pelo menos um propagandista já confessou estar exausto e a precisar de férias...
... Mas não deveriam admirar-se, porque Donald Trump tem estado a fazer, e a cumprir, tanto quanto humanamente possível, tudo o que prometeu durante a campanha eleitoral. Aliás, tal havia já sido este o seu comportamento, e o seu método, aquando do primeiro mandato, mas agora a acção executiva está como que a «esteróides» porque há que (tentar) reparar, eliminar, atenuar, todos os danos – e foram muitos! – causados durante os quatro anos da «administração» de Joe Biden. Algumas áreas de actuação eram mais do que óbvias, prioritárias, e poucas semanas depois os efeitos, e as melhorias, são mais do que evidentes: as entradas de imigrantes ilegais foram reduzidas para quase zero, e milhares de criminosos perigosos estrangeiros estão, e continuarão a ser, deportados; todos os programas do tipo «DEI» - significando «Diversidade, Equidade, Inclusão», ou seja, discriminação e segregação com outra designação – extintas, terminadas, em praticamente todas as entidades e instituições do governo federal; proibição de homens em espaços e em actividades femininas, em especial as desportivas; regresso do «drill, baby drill», de incentivos à extracção e à comercialização de combustíveis fósseis – isto com, paralelamente, o fim das falaciosas prioridades «verdes» - para diminuição do preço da energia, e, logo, a diminuição da inflação e do custo de vida em geral; imposição de tarifas aos países que impõe tarifas aos produtos norte-americanos. Isto no plano interno. No plano externo a maior atenção vai para a obtenção da paz entre a Ucrânia e a Rússia, e o apoio – agora não restringido – a Israel na sua luta contra os diversos grupos terroristas que ameaçam constantemente o seu território e os seus cidadãos. Pelo meio também há tempo e oportunidades para decisões só aparentemente simbólicas, como são os casos do «rebaptismo» do Golfo do México para Golfo da América, a abolição do Departamento de Educação, e ainda a disponibilização de todas as páginas dos ficheiros e dos arquivos relativos aos assassinatos de John Kennedy, Robert Kennedy e Martin Luther King.      
Toda esta vontade, todo este dinamismo, todas estas actividades estiveram em evidência no discurso que Donald Trump proferiu no Capitólio no dia 4 de Março último perante os congressistas das duas câmaras, isto é, Casa e Senado, e que constituiu, na prática mas não no nome, um discurso do Estado da Nação. O Nº 47 teve, como habitualmente, um bom desempenho, mas o que mais se destacou foram as reacções dos democratas, caracterizadas por, principalmente, uma total ausência de aplausos a qualquer facto referido pelo Presidente, com uma única excepção: o apoio militar à Ucrânia. No mais, e com talvez uma única excepção, nenhum «burro» bateu palmas e/ou levantou o rabo da cadeira para reconhecer e para homenagear os compatriotas convidados por Trump a estarem presentes na cerimónia: os familiares dos mortos por imigrantes ilegais: o jovem cujo pai, polícia, foi morto em serviço, e que vai para West Point por acção de DJT; o outro jovem, sobrevivente de cancro cerebral, que quer ser polícia e foi nomeado, na ocasião, membro honorário do Serviço Secreto; Marc Fogel, um professor que estava preso na Rússia e foi libertado por acção de DJT. Os «azuis» também não saudaram a captura de um dos autores do atentado no aeroporto de Kabul que matou 13 soldados americanos em 2021, aquando da desastrosa, vergonhosa, retirada do Afeganistão. Na cerimónia várias foram as congressistas democratas – incluindo um homem que pensa que é mulher! – que se vestiram de rosa para protestar alegadas violações de direitos das mulheres cometidas por Trump; porém, na véspera, nenhum(a) senador(a) «burro(a)» votara a favor de uma lei, proposta (obviamente) pelos republicanos, que vedava o acesso de homens a desportos femininos. Estas formas de «protesto», entre as quais sobressaiu igualmente a exibição do que pareceram ser raquetes com inscrições imbecis, não causaram um impacto positivo. No entanto, uma houve que desonrou de um modo inaudito, dir-se-ia inédito, o acontecimento...
... Que foi a disrupção causada e protagonizada por Al Green, representante do Texas, que se recusou a sentar-se e a calar-se mesmo depois de ser avisado por Mike Johnson para o fazer, pelo que o speaker se viu forçado a expulsá-lo da sala sob «escolta» do sargento-em-armas; no dia seguinte, para piorar o seu opróbrio, foi censurado oficialmente pelo plenário da Casa, numa votação em que, pasme-se, 10 democratas se juntaram aos republicanos. Quem disse que não é possível o bi-partidarismo? Deve-se salientar, todavia, que este comportamento lastimável de Green – que é conhecido quase unicamente por estar constantemente a tentar iniciar impugnações de Donald Trump – não é único entre os democratas afro-americanos; estes têm-se destacado, efectivamente, como os mais agressivos, ofensivos contestatários do Presidente e das suas políticas; nomes dos que, por isso, desonram os seus antepassados escravos incluem velhos inúteis salafrários como James Clyburn, Kweisi Mfume e «Mad» Maxine Waters, e novos rufias ordinários como Summer Lee, Maxwell Frost e Jasmine Crockett – esta «notabilizando-se» por se comportar e falar como uma rameira de rua apesar de ter beneficiado de um contexto familiar privilegiado. Contudo, e de um modo geral, «burros» de todos os tons e feitios têm ocupado grande parte do seu tempo desde 20 de Janeiro em manifestações, caracterizados por cantorias e calão, junto a vários edifícios governamentais em Washington.
Sim, a «resistência» é ridícula, e tem como alvo principal, preferencial, não só Donald Trump mas também, e cada vez mais, Elon Musk e o seu Departamento de Eficiência Governamental, ou DOGEDepartment Of Government Efficiency»), que não é verdadeiramente um autêntico, novo, oficial departamento federal mas sim um grupo de trabalho encarregado pelo Presidente de detectar, se possível, todos os casos de gastos supérfluos e mesmo ilícitos em toda a administração pública; este projecto resultou de mais uma promessa feita por Trump durante a campanha eleitoral, e já então o homem mais rico do Mundo estava indicado para o liderar. E a verdade é que, entretanto, Musk e o seu «pelotão» de jovens génios informáticos detectaram bastantes, demasiados, casos de gastos supérfluos e mesmo ilícitos, envolvendo não só programas mas também agências federais inteiras – destas a USAAID evidenciou-se por financiar no estrangeiro acções e actividades ideológicas invariavelmente preconizando objectivos LGBTQ e DEI. Porém, o desperdício é transversal em Washington, e as estimativas apontam para poupanças avaliadas em muitos biliões de dólares, podendo quiçá atingirem pelo menos um trilião. A indignação dos democratas é tanto mais surpreendente porque, num passado recente, Bill Clinton e Al Gore primeiro, e Barack Obama e Joe Biden depois, manifestaram-se publicamente a favor do «emagrecimento» do Estado federal através do corte de despesas não essenciais. Ou então não é, pois há que ter presente a constante hipocrisia dos «burros» que concordam em ir às carteiras de todos menos as deles: economizar, sim, excepto nas «causas» que eles preconizam e nas contas bancárias de colegas, camaradas, amigos e aliados encarregados de implementar essas «causas».
Sim, esta «resistência» é muito ridícula, mas deixa de ser hilariante e torna-se de facto preocupante e perigosa quando passa a praticar actos criminosos e mesmo terroristas. É o que tem acontecido nas últimas semanas à Tesla: como forma de retaliação política por o seu CEO apoiar Donald Trump, e em vários locais dos EUA, concessionários, postos de carregamento e automóveis da marca têm sido alvos de vandalismo, tiros e até fogo posto com engenhos explosivos; bastantes têm sido os incidentes em que condutores ao volante destes veículos são ameaçados nas ruas e nas estradas por desvairados desconhecidos... democratas. Então estes, que clamam ser grandes defensores do ambiente, agora apelam ao boicote e/ou à destruição de carros eléctricos? Uma vez mais os «azuis» mostram claramente as suas «cores» hipócritas... e verdadeiramente fascistas, algo que os idiotas, cá em Portugal e lá fora, que chamam «nazi» a Elon Musk mostram ter dificuldade e morosidade em entender. Alguns dos crápulas já foram detidos, e espera-se que sejam condenados a penas de prisão longas, exemplares e dissuasoras. Não é de prever, no entanto, que este combate seja rápido enquanto irresponsáveis como o (des)governador do Minnesota incitarem à violência, indirecta e directamente: «Tampon» Tim Waltz afirmou recentemente que a descida da cotação das acções da Tesla lhe traz alegria, embora seja de duvidar que muitos dos habitantes do seu Estado sintam o mesmo porque o fundo de pensões daquele investiu em 1,6 milhões de acções da empresa. O ex-parceiro de Kamala Harris na (felizmente) falhada campanha presidencial de 2024 arrisca-se a apanhar uma tareia; todavia, se tal acontecer, ele andou a pedi-la... literalmente

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A mais estúpida de 2024

Novamente mais tarde do que tem sido habitual e «normal» aqui no Obamatório – porque costuma(va) acontecer em Janeiro (e ser o primeiro texto do ano) – mas ainda a tempo, e outra vez perto do Carnaval, o que vem destacar e dar outro «sabor» às «palhaçadas» (sem ofensa aos verdadeiros palhaços) que vão ser recordadas, eis a revelação da frase por mim considerada a mais estúpida de 2024, escolhida de um conjunto alargado de afirmações ofensivas, ridículas e demonstrativas de falta de inteligência, feitas no ano passado por democratas e esquerdistas dos Estados Unidos da América, e que incluem principalmente políticos (no activo ou retirados) e supostos «jornalistas» e comentadores. Como era previsível, o facto de o ano passado ser um de eleição presidencial potenciou e exponenciou a quantidade e a (má, péssima) «qualidade» das bojardas, que alcançaram um baixo nível nunca antes atingido. 
À semelhança de edições anteriores, há «artistas» que conseguiram mais do que uma «nomeação». É o caso de Eric Holder, que foi procurador-geral – e «wing man» – de Barack Obama: «Pensem numa América que eles estão a tentar criar, um Presidente que está para além do alcance da lei, um Departamento da Justiça que vai atrás dos seus oponentes políticos, a democracia americana poderia findar com a eleição de Donald Trump»; «Eles (os republicanos) irão usar os mecanismos do Departamento de Justiça para irem atrás das pessoas que são os seus inimigos políticos, isto é algo que nunca realmente aconteceu na história desta república.» E é também o caso de Joy Reid, talvez a mais odiosa «cabeça falante» da televisão americana (e a competição é enorme), perene «favorita» nesta anual e desprezível competição: «A maioria conservadora no (Supremo) Tribunal, liderada por Samuel Alito e Clarence Thomas, já lançaram um assalto frontal completo à sociedade moderna, incluindo revogando a era dos direitos civis, acesso ao aborto e acção afirmativa, e eles estão correntemente apontando ao acesso a contraceptivos e talvez até ao casamento gay»; «(Se Donald Trump ganhar) haverá campos (de concentração), haverá o Projecto 2025, poderá haver prisões de pessoas como Adam Schiff, Nancy Pelosi poderá ser levada para a cadeia, se não pensam que isso é possível então não compreendem realmente que não existe excepcionalismo americano.» De destacar ainda as presenças dos «historiadores presenciais», nos quais o conhecimento académico é claramente inferior à perturbação mental: «Poderemos ser uma ditadura no próximo ano se Donald Trump for eleito e concretizar as suas ameaças de suspender a Constituição», Michael Beschloss; «Donald Trump é um usurpador de democracia, é uma bola de demolição, (...) é radioactivo, (...) estaremos a andar para um cenário apocalíptico se Trump entrar (na Casa Branca)», Douglas Brinkley.
Outra «categoria» (ou falta dela...) abrangente é a que reúne habitualmente exemplos de uma inacreditável ignorância, frequentemente conjugada com um previsível delírio: «Toda a gente tem de começar a abrir as suas portas (a imigrantes ilegais). Isto é uma responsabilidade partilhada», Julia Mejia; «A melhor maneira de as pessoas fazerem oposição às notícias falsas é ver media como a MSNBC onde a todo o tempo são reportadas notícias reais», Ted Lieu; «Uma simples modificação pode tornar as pistolas Glock em metralhadoras ilegais que disparam 1200 tiros por minuto», Keith Ellison; «Não é necessário contar toda a história do 6 de Janeiro (de 2021)», Nicole Wallace; «O que fez Trump durante os seus quatro anos (do primeiro mandato) para acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia? Nada. Trump é um monte de merda», Alexander Vindman (aqui a «piada» está, obviamente, no facto de a guerra ter eclodido quando DJT não estava na Casa Branca); «Os media nunca cobriram os defeitos mentais e pessoais de Trump para alertar o público», Jennifer Rubin; «(Joe Biden) é um Presidente dos Estados Unidos para o Monte Rushmore», Nancy Pelosi; «(O Partido Republicano apela a que) devemos preservar o que consideramos ser americano, o que está tão fora de moda como as calças de boca de sino», Al Sharpton; «Não há garantia de liberdade de expressão na desinformação ou no discurso de ódio, e especialmente à volta da nossa democracia», Tim Walz.
Enfim, e não surpreendentemente, temos (outr)as atoardas apontadas a Donald Trump e de como ele é uma pessoa desprezível, tão mau ou pior do que Adolf Hitler, o que se iria revelar se ele regressasse à Casa Branca para um segundo mandato: «Ele será reeleito, e então todos vocês ficarão surpreendidos quando, outra vez, as senhoras andarem à volta com vestidos vermelhos com aqueles pequenos capuzes, como no “The Handmaid’s Tale”», Symone Sanders; «Putin faz o que Trump gostaria de fazer, matar a oposição, prender a oposição, levar jornalistas e outros ao exílio, governar sem qualquer controlo ou equilíbrio», Hillary Clinton; «O perigo de Donald Trump é o de que ele absolutamente tentará exterminar um grupo inteiro de pessoas porque ele pensa que os genes delas são de algum modo diferentes dos dele, e deficientes», Aisha Mills; «Ele tem a intenção de usar a Equipa 6 dos SEAL ou os militares para arrebanhar os seus críticos e os seus opositores», Michael Cohen; «Autorizar Trump a fazer um comício no Madison Square Garden é equivalente ao infame comício nazi no MSG realizado a 20 de Fevereiro de 1939. Esta é uma decisão desastrosa (...) que irá pôr em perigo a segurança pública dos nova-iorquinos e tem o potencial para incitar violência generalizada», Brad Hoylman-Sigal; «Porque é que Trump soa como Hitler, Stalin e Mussolini? O anterior presidente trouxe linguagem desumanizadora para a política presidencial americana», Anne Applebaum; «Trump está a matar-nos; estou a falar de nós, mulheres», Mika Brzezinski.
E a «grande» vencedora é... Mika Brzezinski. E é de notar que a afirmação acima reproduzida é apenas uma parte – se bem que a mais escabrosa, é certo – de uma arenga alongada e histérica, proferida a duas semanas da eleição e quando já poucas ou nenhumas dúvidas restavam quanto ao desfecho daquela, deveras demonstrativa do desespero que grassava nos covis esquerdistas. Atente-se que Mika afirma estar Donald Trump, então apenas candidato, a matar pessoas, o que é mais grave – e muito, muito mais estúpido – do que garantir, como outros nesta lista fizeram, que DJT faria isso se e quando vencesse. É, na verdade, um outro e demencial grau de ignomínia. E, claro, aconteceu na MSNBC.  

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Ano Dezassete

O Obamatório assinala hoje o seu décimo sexto aniversário e, ao mesmo tempo, entra no ano dezassete da sua existência. E hoje, tal como aconteceu no seu primeiro dia (e no seu primeiro texto) e ainda outras quatro vezes, em 2013, 2017 e 2021, o seu aniversário coincide com a tomada de posse de um Presidente dos Estados Unidos da América, ou, como lá se designa, a inauguração de um novo – ou o segundo mandato de um prévio – comandante-em-chefe. E, no momento em que publico isto, Donald Trump é já, novamente, e felizmente, Presidente. O 47º, depois de ter sido o 45º entre 2017 e 2021; pode-se questionar a correcção de dar um novo número a um chefe do executivo norte-americano que cumpriu dois mandatos não consecutivos, e Trump é apenas (até agora) o segundo político do país a consegui-lo depois de Grover Cleveland; pelo que, de facto, existiram quarenta e cinco presidentes.
Durante toda a semana passada, e em especial neste último fim-de-semana, viu-se um crescendo de alegria e de expectativa por parte dos republicanos, votantes e apoiantes de Donald Trump, expresso em diversas iniciativas, festas e até num comício ontem em Washington, em que, além de diversos oradores e, claro, do próprio DJT, os Village People cantaram a sua mais famosa canção, «YMCA», que se tornou como que um «hino não oficial» da campanha vencedora. Hoje também é o dia de um – tradicional – baile de gala, e outros artistas como Carrie Underwood, Lee Greenwood (sim, pode dizer-se que este mandato presidencial começa com bastante... wood 😉) e Kid Rock actuaram; além de vários políticos nacionais dos dois grandes partidos (naturalmente, estavam, estão, muito mais felizes os republicanos do que os democratas), estiveram igualmente presentes nas cerimónias políticos estrangeiros (Javier Milei, Nigel Farage, André Ventura, entre outros), diversos empresários – com destaque para os das «gigantes» tecnológicas como Elon Musk, mas também Jeff Bezos, Mark Zuckerberg e Tim Cook – e o presidente do sindicato dos camionistas («Teamsters»), mais uma prova da unidade que DJT pretende – e está a conseguir – alcançar. Porém, os festejos e o entretenimento não obstaram a que, quase desde o primeiro minuto, a nova administração se lançasse ao trabalho: nas primeiras horas a seguir ao juramento que prestou perante o chefe do Supremo Tribunal de Justiça Trump assinou cerca de 200 ordens executivas que lidam, principalmente, com assuntos de segurança – com primazia para a defesa e o reforço da fronteira Sul com o México – e de energia – com o levantamento das restrições abusivas, e deveras prejudiciais ao interesse nacional, impostas pela anterior administração, a acções de extracção e de exploração de petróleo e de gás; igualmente na «mira» está tudo o que se relacione com «ideologia de género» e DEI (diversidade, equidade, inclusão) no governo federal.
Não será de surpreender que muitas, se não mesmo a maioria, das primeiras decisões de Donald Trump nos primeiros dias do seu regresso à Casa Branca se destinem a (tentar) contrariar aquelas que Joe Biden – ou, o que é mais provável, outras pessoas a agirem em seu nome – tomou nos últimos dias, e mesmo nas últimas horas, da sua «presidência», e que revelaram mais uma vez, como se tal ainda fosse necessário, o carácter criminoso, corrupto, degenerado e destruidor dos «azuis». Senão, vejamos: concessão de perdões a membros da sua família, nomeadamente ao filho Hunter, aos irmãos e aos cunhados, o que demonstra que a designação «Biden crime family» é adequada – e, note-se, são perdões «preventivos», ou seja, que cobrem não só actos (ilegais) específicos mas ainda outros, eventuais, prováveis, ainda não definidos, e num horizonte temporal mais alargado; concessão de perdões do mesmo tipo a Anthony Fauci, Mark Milley e aos membros do comité que «investigou» os acontecimentos de 6 de Janeiro de 2021 (o primeiro por co-autoria da pandemia Covid 19, o segundo por traição e os terceiros por obstrução à, e negação de, justiça); clemência, perdão e comutação de penas (incluindo a condenados à morte) de criminosos perigosos, incluindo assassinos em série e violadores; libertação de onze extremistas islâmicos da prisão d(a base d)e Guantánamo, em Cuba, e, quanto ao regime comunista desta, retirou-o da lista de Estados patrocinadores de terrorismo; concessão da maior condecoração civil do país, a medalha presidencial da liberdade, a George Soros, bilionário especulador que é o maior apoiante financeiro dos democratas e que foi um colaborador nazi na juventude; continuação da perseguição policial a (centenas de) pessoas que participaram na manifestação de 6 de Janeiro de 2021, mesmo que não tenham entrado no Capitólio; e, no que constitui certamente um apogeu deplorável (e perigoso?) do delírio e do ridículo, o anúncio de uma suposta – mas de facto inexistente - «28ª Emenda» da Constituição norte-americana.  
Num certo sentido (ou em mais do que um), Donald Trump nunca deixou de ser Presidente desde a sua primeira tomada de posse há exactamente oito anos, não deixou de ser o verdadeiro comandante-em-chefe nos últimos quatro. Não só porque, sim, uma gigantesca fraude eleitoral perpetrada pelos democratas em 2020 lhe roubou a reeleição mas também porque, apesar de não ter estado na Casa Branca, manteve-se como a voz e a presença mais dominantes no quotidiano colectivo dos EUA, sempre activo, sempre interveniente, positivo, independente, algo que a sua terceira corrida presidencial veio salientar; os seus perfis pessoal e político aumentaram com os ataques de que foi alvo, fossem eles perseguições judiciais (sem qualquer fundamento e motivadas por ódio ideológico-partidário) fossem eles tentativas de assassinato; as suas legitimidade e autoridade saem mais reforçadas também porque venceu no voto popular, e por uma diferença certamente maior do que a declarada oficialmente - estimo que, no mínimo, entre dois a quatro milhões de votos que Kamala Harris «recebeu» não terão sido válidos, porque dos Estados que ela «ganhou» só dois exigem identificação com imagem na ida às urnas, e nenhum deles é a Califórnia e Nova Iorque, os mais populosos. Enfim, o triste espectáculo de um Joe Biden senil (embora apenas quatro anos mais velho do que Trump), decadente, decrépito, demente, incapaz de falar coerentemente e até de se mover consistentemente, não mais do que um boneco manobrado pela família e pelos fanáticos que integravam a sua equipa, só veio aumentar, e muito, o contraste. O próximo quadriénio será sem dúvida uma época muito especial e prometedora, cheia de potencialidades, nos EUA, e aqui no Obamatório faremos o possível para a acompanhar e para a comentar o melhor possível.