Mais tarde do que tem sido habitual (costuma ser em
Janeiro), mas ainda bem a tempo.. e hoje, aliás, é terça-feira de Carnaval,
pelo que é a data adequada para uma dose adicional de palhaçada, eis a
revelação da frase por mim considerada a mais estúpida de 2023, escolhida de um
conjunto lato de afirmações ofensivas, ridículas e demonstrativas de falta de
inteligência feitas no ano passado por democratas e esquerdistas dos Estados
Unidos da América, e que incluem políticos no activo e retirados, supostos
«jornalistas» e comentadores e figuras das «artes e espectáculos».
À semelhança de edições anteriores, as frases
finalistas podem ser agrupadas em algumas «categorias» principais. A de
«racismo em tudo e em todo o lado»: «Precisamos de ver também pessoas brancas a serem espancadas antes de alguém fazer alguma coisa?», Whoopi Goldberg; «O que aconteceu a Tyre Nichols foi tão americano como a tarte de maçã», Joy Reid; «Sob (o governador Ron) DeSantis, a Flórida foi de “não digas maricas” a “não digas preto”», Mehdi Hasan; «O livro de instruções de DeSantis sobre raça e educação é apenas uma edição actualizada do que eu vi no Sul nos anos 60», Dan Rather; «Há montes de pessoas que estão perfeitamente felizes com pessoas negras a serem assassinadas numa base regular», Jason Johnson. A categoria de «são tão maus os
republicanos»: «Os republicanos odeiam realmente o século XX», Joy Reid; «É um plano de 320 páginas para matar empregos, encher as nossas cidades com fumo e dar asma às nossas crianças», Karine Jean Pierre; «A Flórida ultra MAGA de Ron DeSantis não é segura para pessoas de cor, pessoas LGBTQ+ ou até corporações de multi-biliões de dólares», Hillary Clinton; «O GOP está a tentar recrutar americanos muçulmanos, uma comunidade que perfaz menos de 2% da população dos Estados Unidos, contra outro diminuto grupo marginalizado de americanos, pessoas trans-género», Jen Psaki; «O favorito no Partido Republicano, Donald Trump, e o segundo candidato pelas sondagens, Ron DeSantis, são ambos fascistas», Michael Beschloss; «Demasiado quente para si? Agradeça a um republicano MAGA. Ou, melhor ainda, vote para os tirar do poder», Hillary
Clinton; «Donald Trump é mesmo mais perigoso (do que Musolini e Hitler)», Claire
McCaskill; «Este é o mesmo extremismo de direita republicano que irrompeu pelo Capitólio, é o mesmo extremismo de direita que se recusa a aceitar os resultados da Guerra Civil», Brandon Johnson. A categoria de «mais do que
hipocrisia, ignorância e mentira, é uma realidade alternativa»: «Os Estados Unidos condenam a prática do corte e da mutilação genital feminina como uma forma de violência de género e um abuso de direitos humanos, com raiz na desigualdade de género», Anthony Blinken; «Quando as nossas crianças dizem-nos quem elas são, é o nosso trabalho enquanto crescidos escutá-las e acreditar nelas; isso é o que significa ser um bom pai», Peggy Flanagan; «Os republicanos extremistas MAGA estão a tentar ser sensacionalistas num assunto (homens a competir em desportos femininos) que não existe realmente da maneira que eles estão falsamente a retratar», Hakeem Jeffries; «Os denunciantes do, e no, FBI são culpados de insubordinação», Nicolle Wallace; «O Supremo Tribunal está a dizer que se pode pôr sinais semelhantes; acontece que estes não dizem “só para brancos”, diriam qualquer coisa como “só para heteros”», Ari Melber; «(Hunter Biden) É uma pessoa capaz, educada, experiente», Abbe Lowell; «O presidente tem feito mais para tornar a fronteira segura e lidar com o tema da imigração do que qualquer outra pessoa», Karine Jean Pierre; «Para a nossa democracia sobreviver, duas coisas têm de acontecer: Donald Trump necessita de ser condenado por 6 de Janeiro, e não pode haver um candidato de um terceiro partido», Rob Reiner; «O Supremo Tribunal do Colorado realizou um julgamento e fez descobertas de facto sólidas como rocha de que Trump “participou numa insurreição”; o Supremo Tribunal dos EUA não terá qualquer base para descartar as descobertas», Ted
Lieu.
Depois de se ler todos estes exemplos de
imbecilidade e, frequentemente, de incitamento à violência, duas conclusões
podem ser tiradas: primeira, a maior parte deles veio da MSNBC, o que não
surpreende, dado que aquele canal é há muitos anos o maior covil me(r)diático
nos EUA para a loucura facciosa e fanática; segunda, Joy Reid, Hillary Clinton
e Karine Jean Pierre conseguiram duas «nomeações» cada uma, o que também não admira,
pois há muito que se sabe o «talento» delas para a parvoíce. Porém, nenhuma
delas é a vencedora. E pela primeira vez
há não um mas sim dois «triunfadores», duas frases mais estúpidas ex-aequo: as
de Michael Beschloss e de Claire McCaskill, que clamam praticamente o mesmo,
que Donald Trump é um fascista pior do que Benito Mussolini e Adolf Hitler.
Saliente-se que nem um nem outra são propriamente maluquinhos desconhecidos: ele é professor e historiador,
e ela foi senadora (obviamente do Partido Democrata, e pelo Missouri) durante
12 anos, o que prova até que ponto a deterioração mental pode atingir quem
escolhe o lado da «sinistra».