segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Bizarra «bi-polaridade»

É-me difícil admitir isto, mas tem de ser: Nuno Gouveia é em Portugal um dos casos mais graves – e eventualmente incuráveis – de «TDS», ou seja, «Trump Derangement Syndrome». Passou um ano desde que abordei no no Obamatório pela última vez (até agora) a sua insólita credulidade em tudo, ou quase, de negativo, de mau, de desagradável que se afirma nos EUA por parte da lamestream media e dos democratas – ou seja, duas componentes da esquerda anti-democrática e pró-criminosa – sobre Donald Trump… e insólita porque, no que se refere ao panorama político nacional, ele é, continua a ser, um dos mais contundentes denunciantes e críticos da «geringonça» e dos seus «acessórios». Nestes meses foram várias as vezes em que o contactei e o questionei por dar credibilidade às mais ridículas e mais falsas – sim, «fake news» - notícias e acusações que têm por alvo o actual presidente dos EUA, a sua administração, o Partido Republicano…
… Mas, infelizmente, esta bizarra «bi-polaridade» persiste, e os exemplos dela abundam. Como aqui, em que se consegue cometer a «proeza» de escrever três flagrantes falsidades em tão poucas (cerca de 30) palavras; ou de um recorde de ironia que pode ter sido batido aqui ao falar-se em «subterrâneos e esgotos» (informativos) enquanto se cita a Newsweek (e, não, a tal gravação não foi «doctored», manipulada). Pouco  tempo depois, poderia haver esperança de que o  ano novo de 2019 trouxesse a Nuno Gouveia, entre outras coisas (boas), lucidez, honestidade intelectual e rigor no comentário à política nos EUA. Mas, porém, ao ver isto e isto fui, infelizmente, forçado a concluir que (ainda) não. Ou deveria atribuir aqueles disparates «twiteiros» a efeitos etílicos prolongados do revéillon? ;-) Infelizmente, os disparates continuaram logo no dia seguinte com a alusão a um alegado «radicalismo de Trump»! Mas qual «radicalismo»? Em que é que, concretamente, ele é «radical»? Gostaria que alguém o explicasse, o demonstrasse, mas até agora nada de convincente surgiu. Entretanto, os democratas estavam e estão, sim, cada vez mais, e verdadeiramente, radicais, mas não por causa do actual presidente - eles já haviam acelerado a sua trajectória descendente para mais violência, verbal e física, bem antes de DJT ter anunciado a sua candidatura. E reparei, com tristeza, que NG continuava a dar credibilidade a – ao «retuitar», e, logo, a concordar com - essas autênticas anedotas, fraudes, que são Evan McMullin e Max Boot. E que, passados todos estes anos, persiste na sua peculiar, personalizada, misoginia contra Sarah Palin; colocar a ex-governadora do Alaska – que a família de John McCain, e até este, por antecipação, trataram de uma forma indigna, vergonhosa, aquando do funeral do antigo senador do Arizona – ao mesmo baixo nível de AOC é, evidentemente, ridículo.
Quando (ingenuamente?) se pensava que finalmente Nuno Gouveia já «melhorara» nas suas obsessões (enfim, teimosias) «nevertrumpistas», lá vieram mais uns «tuítos» a demonstrarem, infelizmente, o contrário. Entre 13 e 15 de Março foi um rol de novos disparates, incluindo dar credibilidade, mais uma vez, à Newsweek e a Adam «Shit», e ainda elogiar Mitt Romney por se ter portado como um perfeito idiota ao votar contra a declaração de emergência do Presidente - efectivamente explicando porque um venceu e o outro perdeu. NG não compreendera, aparentemente, que não tinha de continuar a sentir vergonha por, à semelhança de tantos outros ditos «especialistas», se ter enganado e não ter acreditado no triunfo de Donald Trump em 2016 - e de, por isso, se sentir na obrigação de «compensar» através da difusão de «fake news» e de demagogias.  Mais significativo, a 26 de Março último eu continuava a não ver na página de Twitter dele - nem no (defunto?) 31 da Armada e no (defunto?) Era uma Vez na América - qualquer comentário à divulgação, no fim-de-semana anterior, das conclusões principais da investigação da equipa de Robert Mueller, principalmente a de que Donald Trump ou qualquer um dos seus colaboradores não entrou em «conluio», em «conspiração» com a Rússia para vencer a eleição presidencial de 2016 - acusação, aliás, que qualquer pessoa minimamente (bem) informada e sensata desde logo perceberia ser falsa e absurda.
Deixando de existir a principal suspeita, a principal acusação, contra Donald Trump, resta(va)m as trivialidades, reais ou imaginárias, para (tentar) embirrar com ele e com os que o acompanham. Como, por exemplo, equiparar Ivanka Trump a uma organização terrorista (!); se era suposto ser uma piada... não teve graça alguma – nem sequer chegou a ser misoginia, foi simplesmente uma parvoíce pueril. Ou então fingir que não se percebe – como qualquer pessoa que é minimamente atenta, considera o contexto completo e não é preconceituosa, percebe – que DJT está a congratular a Polónia pela nação desenvolvida em que se tornou, e não por ter sido invadida pelos nazis. Continuando, havia que perguntar a Nuno Gouveia – e eu perguntei, mas ele não respondeu - quais são essas «mentiras» aos «milhares» que o Nº 45 terá alegadamente dito; ele «não poderia» estar, de certeza, a aludir à lista que o Washington Post, esse suposto «bastião» da isenção e da competência, vem mantendo desde 20 de Janeiro de 2017. E questioná-lo se ele compreende que o fim da «dinastia (política) Trump» já no próximo ano poderia significar o triunfo de Bernie Sanders ou de Elizabeth Warren, que em Portugal militariam, muito provavelmente, no PAN, no BdE ou na ala mais radical do PS – que, aliás, de moderado já pouco ou nada tem. No entanto, é verdade que algumas trivialidades são mais estúpidas do que outras. Por exemplo, acreditar que Trump quer(ia) colocar um fosso com crocodilos na fronteira, algo que Barack Obama teria até «adivinhado»; se é assim, não seria difícil obter a gravação em vídeo e/ou o depoimento escrito do actual presidente a afirmar isso; só que… essa gravação ou depoimento não existe(m), e a atoarda foi desmentida prontamente pelo visado; todavia, quem, de facto, propôs uma tal, e radical, solução foi Joe Walsh, o ex-congressista que agora quer disputar a nomeação pelo GOP com o Nº 45, uma tarefa que se afigura... muito difícil.
Enfim, que melhor prova existe de que Nuno Gouveia anda… desnorteado (no que se refere à política norte-americana) há quase três anos do que a incrível e hilariante «especulação» sobre o que «os republicanos diriam se Obama em 2016 tivesse pedido a governos estrangeiros para investigarem Trump»... quando foi exactamente isso o que aconteceu! Não surpreende, pois, que ele confessasse estar «confuso» quando lhe deram a «novidade», a notícia que decerto não encontrou na CNN, na MSNBC, na Newsweek, no New York Times, no Washington Post, «respeitáveis» órgãos de comunicação social que não têm como prioridade reconhecer e divulgar as várias melhorias, as bastantes mudanças indubitavelmente positivas que a actual administração tem vindo a introduzir, com demonstráveis consequências benéficas não só interna mas também externamente.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Sobre a China, no Público

A partir de hoje, no sítio na Internet do jornal Público, está o meu artigo «Negócios da China». O primeiro parágrafo: «A 4 de Junho de 2019 cerca de 30 mil pessoas protestaram em Londres contra a visita de Donald Trump à Grã-Bretanha – ou seja, contra o chefe de Estado legítimo, democraticamente eleito, de um país aliado. Curiosamente (ou talvez não), naquela multidão ninguém terá considerado mais apropriado redireccionar as energias e protestar frente à embaixada chinesa na capital britânica. E porquê? Porque nesse mesmo dia passavam 30 anos desde o fim das manifestações pró-democracia na Praça de Tiananmen em Pequim, com o massacre perpetrado por soldados do exército chinês. Um dos que participaram então nos protestos contra o presidente norte-americano foi Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista inglês, autêntico comunista, anti-semita e admirador de terroristas, que, “coerentemente”, faltou ao jantar de gala no Palácio de Buckingham oferecido pela Rainha Isabel II a Trump… mas compareceu ao que foi oferecido, anteriormente, a Xi Jinping, presidente da China.»