É-me difícil admitir isto, mas tem de ser:
Nuno Gouveia é em Portugal um dos casos mais graves – e eventualmente
incuráveis – de «TDS», ou seja, «Trump Derangement Syndrome».
Passou um ano desde que abordei no no Obamatório pela última vez (até agora) a
sua insólita credulidade em tudo, ou quase, de negativo, de mau, de
desagradável que se afirma nos EUA por parte da lamestream media e dos
democratas – ou seja, duas componentes da esquerda anti-democrática e
pró-criminosa – sobre Donald Trump… e insólita porque, no que se refere ao
panorama político nacional, ele é, continua a ser, um dos mais contundentes
denunciantes e críticos da «geringonça» e dos seus «acessórios». Nestes meses
foram várias as vezes em que o contactei e o questionei por dar credibilidade às
mais ridículas e mais falsas – sim, «fake news» - notícias e acusações que têm
por alvo o actual presidente dos EUA, a sua administração, o Partido
Republicano…
… Mas, infelizmente, esta bizarra «bi-polaridade»
persiste, e os exemplos dela abundam. Como aqui, em que se consegue cometer a «proeza»
de escrever três flagrantes falsidades em tão poucas (cerca de 30) palavras; ou
de um recorde de ironia que pode ter sido batido aqui ao falar-se em
«subterrâneos e esgotos» (informativos) enquanto se cita a Newsweek (e, não, a
tal gravação não foi «doctored», manipulada). Pouco tempo depois, poderia haver esperança de que
o ano novo de 2019 trouxesse a Nuno
Gouveia, entre outras coisas (boas), lucidez, honestidade intelectual e rigor
no comentário à política nos EUA. Mas, porém, ao ver isto e isto fui,
infelizmente, forçado a concluir que (ainda) não. Ou deveria atribuir aqueles
disparates «twiteiros» a efeitos etílicos prolongados do revéillon?
;-) Infelizmente, os disparates continuaram logo no dia seguinte com a
alusão a um alegado «radicalismo de Trump»! Mas qual «radicalismo»? Em que é
que, concretamente, ele é «radical»? Gostaria que alguém o explicasse, o
demonstrasse, mas até agora nada de convincente surgiu. Entretanto, os
democratas estavam e estão, sim, cada vez mais, e verdadeiramente, radicais,
mas não por causa do actual presidente - eles já haviam acelerado a sua
trajectória descendente para mais violência, verbal e física, bem antes de DJT
ter anunciado a sua candidatura. E reparei, com tristeza, que NG continuava a
dar credibilidade a – ao «retuitar», e, logo, a concordar com - essas
autênticas anedotas, fraudes, que são Evan McMullin e Max Boot. E que, passados
todos estes anos, persiste na sua peculiar, personalizada, misoginia contra
Sarah Palin; colocar a ex-governadora do Alaska – que a família de John McCain,
e até este, por antecipação, trataram de uma forma indigna, vergonhosa, aquando
do funeral do antigo senador do Arizona – ao mesmo baixo nível de AOC é,
evidentemente, ridículo.
Quando (ingenuamente?) se pensava que
finalmente Nuno Gouveia já «melhorara» nas suas obsessões (enfim, teimosias)
«nevertrumpistas», lá vieram mais uns «tuítos» a demonstrarem, infelizmente, o
contrário. Entre 13 e 15 de Março foi um rol de novos disparates, incluindo dar
credibilidade, mais uma vez, à Newsweek e a Adam «Shit», e ainda elogiar Mitt
Romney por se ter portado como um perfeito idiota ao votar contra a declaração
de emergência do Presidente - efectivamente explicando porque um venceu e o
outro perdeu. NG não compreendera, aparentemente, que não tinha de continuar a
sentir vergonha por, à semelhança de tantos outros ditos «especialistas», se
ter enganado e não ter acreditado no triunfo de Donald Trump em 2016 - e de,
por isso, se sentir na obrigação de «compensar» através da difusão de «fake
news» e de demagogias. Mais significativo, a 26 de Março último eu continuava a não ver na página de Twitter dele - nem no (defunto?) 31 da Armada
e no (defunto?) Era uma Vez na América - qualquer comentário à divulgação, no
fim-de-semana anterior, das conclusões principais da investigação da equipa de
Robert Mueller, principalmente a de que Donald Trump ou qualquer um dos seus
colaboradores não entrou em «conluio», em «conspiração» com a Rússia para
vencer a eleição presidencial de 2016 - acusação, aliás, que qualquer pessoa minimamente
(bem) informada e sensata desde logo perceberia ser falsa e absurda.
Deixando de existir a principal suspeita, a
principal acusação, contra Donald Trump, resta(va)m as trivialidades, reais ou
imaginárias, para (tentar) embirrar com ele e com os que o acompanham. Como,
por exemplo, equiparar Ivanka Trump a uma organização terrorista (!); se era
suposto ser uma piada... não teve graça alguma – nem sequer chegou a ser
misoginia, foi simplesmente uma parvoíce pueril. Ou então fingir que não
se percebe – como qualquer pessoa que é minimamente atenta, considera o
contexto completo e não é preconceituosa, percebe – que DJT está a
congratular a Polónia pela nação desenvolvida em que se tornou, e não por ter
sido invadida pelos nazis. Continuando, havia que perguntar a Nuno Gouveia – e eu
perguntei, mas ele não respondeu - quais são essas «mentiras» aos «milhares»
que o Nº 45 terá alegadamente dito; ele «não poderia» estar, de certeza, a
aludir à lista que o Washington Post, esse suposto «bastião» da isenção e da
competência, vem mantendo desde 20 de Janeiro de 2017. E questioná-lo se ele
compreende que o fim da «dinastia (política) Trump» já no próximo ano poderia
significar o triunfo de Bernie Sanders ou de Elizabeth Warren, que em Portugal
militariam, muito provavelmente, no PAN, no BdE ou na ala mais radical do PS – que,
aliás, de moderado já pouco ou nada tem. No entanto, é verdade que algumas
trivialidades são mais estúpidas do que outras. Por exemplo, acreditar que Trump
quer(ia) colocar um fosso com crocodilos na fronteira, algo que Barack Obama teria até «adivinhado»; se é assim, não seria difícil obter a gravação em vídeo
e/ou o depoimento escrito do actual presidente a afirmar isso; só que… essa
gravação ou depoimento não existe(m), e a atoarda foi desmentida prontamente pelo visado; todavia, quem, de facto, propôs uma tal, e radical, solução foi Joe Walsh, o ex-congressista que agora quer disputar a nomeação pelo GOP com o Nº
45, uma tarefa que se afigura... muito difícil.
Enfim, que melhor prova existe de que Nuno
Gouveia anda… desnorteado (no que se refere à política norte-americana) há quase
três anos do que a incrível e hilariante «especulação» sobre o que «os republicanos diriam se Obama em 2016 tivesse pedido a governos estrangeiros para investigarem Trump»... quando foi exactamente isso o que aconteceu! Não surpreende,
pois, que ele confessasse estar «confuso» quando lhe deram a «novidade», a notícia
que decerto não encontrou na CNN, na MSNBC, na Newsweek, no New York Times, no Washington
Post, «respeitáveis» órgãos de comunicação social que não têm como prioridade reconhecer
e divulgar as várias melhorias, as bastantes mudanças indubitavelmente
positivas que a actual administração tem vindo a introduzir, com demonstráveis consequências
benéficas não só interna mas também externamente.
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