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(DUAS adendas no final deste texto.)
À partida que fique desde já dito, e esclarecido, o seguinte: não, Hillary Clinton não saiu ganhadora, vencedora, «por cima», da (mais recente) audiência, tida na Casa dos Representantes no passado dia 22 de Outubro, sobre o ataque ao consulado norte-americano em Benghazi; não, ao contrário do que se escreveu em
Portugal, ela não saiu «ilesa», e a sua tal «semana de sonho» é uma invenção
dos seus apoiantes…
…
Porque, principalmente, e como resumiu bem Megyn Kelly, ficou demonstrado que
ela mentiu, e descaradamente, numa questão fundamental: a da causa do atentado
na Líbia no dia 11 de Setembro de 2012. Enquanto, privadamente, tanto à filha Chelsea como ao então primeiro-ministro do Egipto, dizia que se tratara de uma
acção terrorista planeada, publicamente ela anunciava que a causa havia sido
uma demonstração espontânea em resposta a um filme alegadamente anti-Islão… de
que poucos tinham conhecimento ou tinham visto; tudo isto para não prejudicar a
campanha de reeleição de Barack Obama, que também participou activamente na
mentira. Poucas ou nenhumas dúvidas restam de que a falsa narrativa começou, efectivamente, nela, por ela. As mensagens de correio electrónico que o
demonstram foram mostradas no Congresso, e só isto deveria ser suficiente para
a desqualificar da candidatura à presidência. Se depois e durante (d)o ataque o
comportamento de Hillary Clinton foi incompetente, irresponsável e lamentável,
antes não o foi menos, porque ignorou múltiplos – terão sido cerca de 600! –pedidos de reforço da segurança no consulado feitos pelo (ou para o) embaixador
Christopher Stevens, que viria ser um dos quatro mortos, assassinados, em
Benghazi.
A
sessão da passada quinta-feira foi fértil, pródiga, em momentos desconfortáveis…
para a ex-secretária de Estado. Em perguntas incómodas a que ela não respondeu
ou fingiu que respondeu, em reacções embaraçosas àquelas. Como, por exemplo:
porque é que, se ele era assim tão amigo dela, Chris Stevens não tinha o
endereço de correio electrónico pessoal, principal, de Hillary Clinton, ao contrário de outros; ela não se lembrava de se, e quando, havia conversado com o embaixador nos meses anteriores à sua morte, mas acreditava que ele estava
mostrar o seu «bom sentido de humor» ao referir-se à sua compra de gradeamentos
aos britânicos (do – encerrado – consulado destes na cidade líbia, mas que se
mostraram de reduzida utilidade); revelou desconhecer as funções de protecção
que os marines desempenham em instalações diplomáticas; acabou por admitir que não respeitou (um)a lei (ao não assinar documentação necessária); porque é que ninguém foi despedido por ela na sequência do ataque; alegou que perdeu mais horas de sono do que todos os membros da comissão em conjunto; e aproveitou para
promover o seu mais recente (e mal sucedido) livro…
Para
aqueles que insistem que a audiência de pouco ou nada serviu, que foi inútil,
uma perda de tempo, Joel B. Pollak enumerou as nove principais revelações que
saíram daquela; menos… diplomático, Ben Shapiro enumerou por sua vez as cinco maiores mentiras ditas por Hillary Clinton. Repare-se, e repito, que são
«apenas» as cinco maiores, porque outras houve, e, com a esposa de Bill, antes
ainda outras existiram e mais existirão… Não que isso preocupe os admiradores dela, incluindo os da comunicação social. Judy Woodruff, da PBS, não dá
importância ao facto de a agora candidata, sobre a causa do ataque, dizer uma
coisa a um grupo de pessoas e, ao mesmo tempo, dizer outra coisa a outro grupo;
Jeffrey Toobin, da CNN, acusou o representante (obviamente republicano) Jim
Jordan de ter sido o «pior», «menos profissional», «mais enganador» durante o
interrogatório quando, na verdade, foi exactamente o oposto; David Brooks, do
New York Times, que (des)classificou os republicanos de «obsessivos» e
«psicóticos»; Carl Bernstein, ex-Washington Post, que (des)classificou os
republicanos de «demagogos» que usam as tácticas de Joseph McCarthy, e que
parecem «macacos» (!!); menos histérico e mais sensato do que o seu colega na
investigação do caso Watergate, Bob Woodward admite que há semelhanças entre
Richard Nixon e Hillary em termos de secretismo.
O
que muitos dos «jornalistas» que são «membros» - assumidos ou não – do «clube
de fãs» da Sra. Clinton raramente ou nunca fazem é falar com os familiares das vítimas, que não escondem a desconfiança e até o desprezo que ela lhes inspira.
Como Patricia Smith, mãe de Sean Smith, cuja frustração antes de dia 22 passou
a indignação depois; Ben Doherty e Kate Quigley, respectivamente pai e irmã de
Glen Doherty, ele muito menos... diplomático do que ela; como Charles Woods,
pai de Tyrone Woods, que escreveu no seu diário que Hillary lhe prometeu que
iriam prender… o cineasta autor do tal vídeo. Também não é de esperar que os
familiares passem a mostrar boa vontade para com a agora candidata depois de no
seu sítio oficial um dos nomes das vítimas ter sido mal escrito… e, muito pior,
de continuarem a vê-la – e a ouvi-la – a rir-se nos momentos, nas ocasiões
menos oportunas, quando confrontada com questões sérias. Isso aconteceu mais
recentemente… na própria audiência no Congresso, e foi imediatamente
repreendida por isso; antes, gargalhara numa entrevista a Jake Tapper, e, antes
disso, quando proclamara querer ser «a presidente das pequenas empresas» (o
que, com efeito, não é para acreditar). Não,
não é por acaso que se faz (enfim, que eu faço) um jogo de palavras entre Hillary e «hillarity»,
hilaridade…
...
E riso foi o que não faltou igualmente no primeiro debate entre os então cinco
candidatos democratas à presidência dos EUA (entretanto, dois já desistiram),
realizado em Las Vegas a 13 de Outubro. A esposa de Bill só o «venceu» porque os seus supostos «rivais» não a pressionaram, e os apresentadores e
moderadores, da CNN, foram… moderados. Porém,
o destaque maior foi indubitavelmente para a afirmação de Hillary de que os
«republicanos» - ela não especificou, pelo que se pode deduzir que ela se
referia tanto aos eleitos como aos eleitores do GOP – são, ou estão entre, os seus maiores «inimigos». Não foi só dos círculos conservadores – candidatos e
comentadores – que, previsivelmente, as reacções de repúdio irromperam; também,
por incrível que isso possa parecer, David Axelrod criticou a afirmação e
ainda, não uma mas sim duas vezes, Joe Biden, que, entretanto, declarou que não
se candidata a Nº 1 (por agora?). No entanto, o reparo feito pelo vice soa a hipocrisia
da parte de alguém que, em 2012, havia dito aos afro-americanos que os
republicanos queriam acorrentá-los outra vez… A própria Hillary pareceu
arrepender-se, e retractar-se, da – divisiva, nada bipartidária, nada consensual –
afirmação mas, vindo de quem vem, de uma pessoa, e política, com uma longa
história de contradições, mudanças de opinião, «virar casacas», o mea culpa (se
o foi) não oferece grande credibilidade…
…
Quanto mais não seja porque, qual camaleão, a Sra. Clinton adapta o discurso
consoante as circunstâncias. Só durante o debate democrata Ben Shapiro detectou
27 mentiras ditas por ela. Até Martin O’Malley, que só pelos seus mandatos de
mayor de Baltimore e de governador do Maryland deveria ser desqualificado de
concorrer a presidente, e cuja estupidez o leva a dizer que as «alterações
climáticas» estiveram na origem do ISIS, é capaz de perceber e de reconhecer
que a sua rival na nomeação já efectuou «flip-flops» em todos os principais assuntos da campanha. E, na verdade: é vê-la fazer angariações de fundos com magnatas de petróleo… apesar da sua oposição à construção do
oleoduto Keystone; é ouvi-la justificar, enquanto recém-convertida ao «matrimónio
gay», a promulgação, há cerca de 20 anos pelo marido, do «Acto de Defesa do
Casamento» como uma «acção defensiva»; enfim, é saber que não obstante a sua –
ocasional e postiça – retórica anti-Wall Street e contra os «gatos gordos»,
recebeu mais donativos de CEO’s do que os candidatos republicanos.
Rand
Paul é de opinião de que, estando as primárias democratas practicamente
reduzidas a uma escolha entre Bernie Sanders e Hillary Clinton (porque Jim Webb
e Lincoln Chafee saíram, Joe Biden decidiu não entrar e Martin O’Malley continua
a não se afirmar como uma opção credível), isso significa escolher entre
«socialismo e corrupção». Impõe-se corrigir o senador do Kentucky e candidato
presidencial: trata-se, na verdade, de uma escolha entre dois tipos de
corrupção.
(Adenda
– Não é só Barack Obama que tem sido comparado com Richard Nixon… e não ao
nível das – geralmente consensuais – realizações positivas do sucessor de
Lyndon Johnson, em especial no campo da política externa; Hillary Clinton
também, e, como Bob Woodward – o homem que, indubitavelmente, mais sabe sobre o
escândalo Watergate – recentemente reflectiu e reconheceu, o caso das mensagens
de correio electrónico da esposa de Bill – e, concretamente, das cerca de 30
mil (metade do total!) que ela decidiu
(tentar) eliminar – fazem-no lembrar o das gravações secretas feitas pelo Nº 37,
das quais uma quinzena de minutos fora apagadas, um acto que tanto dano
político viria a causar ao ex-Nº 2 de Dwight Eisenhower. Porém, o mais
significativo neste domínio é que há, efectivamente, uma ligação directa de
Hillary com Watergate: ela fez parte de uma comissão do Congresso envolvida nas
investigações daquele, e dela foi expulsa por ter tido comportamentos e procedimentos
não éticos e mesmo irregulares! Não, não data apenas da presidência do marido,
há cerca de 20 anos, o envolvimento da Sra. Clinton em atropelos às leis… estes
começaram bem antes, há cerca de 40!)
(Segunda
adenda – Só pode ser «coincidência» que as doações à Fundação Clinton registem um aumento desde a entrada de Hillary na corrida à presidência; e também só
pode ser outra «coincidência» que a esposa de Bill tenha pedido que se faça uma investigação à Exxon… depois de esta empresa ter deixado de financiar aquela
fundação (adenda à adenda - a investigação já começou!). Entretanto, multiplicam-se os indícios de que existem mesmo motivos –
isto é, mensagens de correio electrónico com conteúdo confidencial – para o FBI
propor ao Departamento de Justiça que a ex-senadora e ex-secretária de Estado seja acusada e constituída arguida por ter utilizado uma conta e um servidor
privados. Neste contexto, mais interessante se torna o seu lapso recente – o de
afirmar que os presidentes (ela quereria dizer presidiários) não deveriam ter
de revelar os seus registos criminais após cumprirem as suas penas e quando tentam reintegrar-se na sociedade.)
(Uma adenda no final deste texto.)
Barack
Obama cresceu rodeado e/ou influenciado por marxistas, socialistas, comunistas.
O seu pai era um, e, ainda mais declaradamente, Frank Marshall Davis, que foi seu mentor/tutor, era outro, tendo aliás militado no Partido Comunista dos
Estados Unidos da América. Pelo seu lado, Valerie Jarrett, principal
conselheira de Obama na Casa Branca (e, segundo alguns, o verdadeiro poder na
actual administração), tinha na família três comunistas: o pai, o sogro e um dos avôs. Assim sendo, isso não os tornaria actualmente mais aptos a melhor
lidar com comunistas estrangeiros, assumidos ou não, tanto os da «velha escola» como os «modernizados» à pressão, mas que tiveram sempre na foice e no martelo os símbolos
de eleição (ou sem esta…)?
Depende
do que se entende por «lidar com». Se for (dar mais) «flexibilidade», como o
Sr. Hussein prometeu – e cumpriu – a Vladimir Putin, que não deixou de ser
comunista apesar de agora não se apresentar como tal, isso não poderá trazer –
nem tem trazido – boas consequências para os EUA. Para o presidente russo se
sentir à vontade para afirmar publicamente que a política externa norte-americana (em relação à Síria, pelo menos) é «fraca» e «não tem objectivos», e que alguns dos decisores em Washington parecem ter papa («mush») e não cérebro nas suas cabeças, é preciso que BHO e a sua equipa não infundam
a VP e à sua qualquer receio ou respeito. Pelo que Moscovo se sente à vontade para se instalar na Síria, defender o seu aliado Bashar al-Assad e atacar os opositores daquele… se não o ISIS, então os rebeldes «moderados» apoiados pelos
EUA. Marco Rubio não duvida de qual é o objectivo de Moscovo: forçar Washington a escolher entre os assassinos do ISIS… e Assad, e, ao mesmo tempo, mostrar que o Kremlin é mais digno de confiança do que a
Casa Branca.
E
não é que a intervenção russa tenha sido uma surpresa: ela já se adivinhava, já
se pressentia, há pelo menos mais de um mês, quando se constatou que tanques estavam a ser enviados para Damasco. Antes, e num outro âmbito, verificou-se
que hackers russos atacaram servidores de correio electrónico nos EUA, mais
concretamente um do Pentágono… e o (privado) de Hillary Clinton! Porque é que
Putin e os seus subordinados não se sentiriam à vontade para procederem a
sucessivas demonstrações de força depois de a NASA lhes ter pago quase 500 milhões de dólares para continuarem a transportar norte-americanos para a
estação espacial internacional? E depois de ter surgido a informação de que
Barack Obama se recusou a receber Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO,
quando este se deslocou a Washington em Março último, alegada e principalmente
para discutir o exibicionismo militar de Moscovo pelos céus e mares europeus? E
depois de ter surgido a informação de que Obama terá aconselhado o governo da Ucrânia a não resistir à invasão russa da Crimeia no ano passado? Neste «jogo de
xadrez» que é a geoestratégia mundial as «peças brancas» parecem ter clara
vantagem sobre as «peças pretas», e Garry Kasparov denunciou como «patética» e «perigosa» a atitude de apaziguamento - que envolveu um (falhado) «reset» - do Nº 44 para com o seu homólogo
ex-soviético.
Não
são só comunistas da «escola leninista-estalinista» que a actual administração
norte-americana tem dificuldade em enfrentar. Também os da «escola maoista-kimista».
Que mais é preciso para demonstrar a – assustadora – incompetência, ignorância
e, sim, estupidez que grassa no Nº 1600 da Avenida da Pensilvânia depois de
ouvir Josh Earnest dizer que os EUA não aceitarão que a pátria de Kim-il-Sung se torne numa potência nuclear? Digamos que algumas pessoas no Partido
Democrata não têm prestado atenção ao noticiário internacional nos últimos
anos… Como que em resposta, logo no dia seguinte soube-se que o governo do neto
e actual líder, Kim-Jong-un, reactivara a sua principal fábrica de materiais radioactivos; uma decisão talvez estimulada, cerca de um mês antes, pelo cancelamento dos habituais (anuais) exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os EUA, devido… exactamente, às ameaças de Pyongyang.
Em
relação a Pequim… as suas provocações já não constituem surpresa. Os chineses
interceptaram um avião norte-americano em espaço aéreo internacional e mantêm prisioneira (há mais de seis meses), acusada de espionagem, uma empresária de Houston… e não consta que ambos os incidentes tenham sido discutidos no recente
encontro entre Barack Obama e Xi Jinping. Mais: Yuan Yubai, vice-almirante
chinês, afirmou numa conferência em Londres, e ao lado de um oficial superior
da Marinha norte-americana (e de outro, do Japão) que o Mar do Sul da China pertence… à China. E já quase não merecem uma referência especial os ataques
informáticos chineses a organizações norte-americanas, com destaque para o
Gabinete de Gestão Pública, de onde aqueles retiraram, afinal, não cerca de um
milhão mas sim quase seis milhões (!) de impressões digitais de funcionários públicos dos EUA, com as quais, juntamente com outros dados, o «Império do
Meio» est(ar)á a construir um híper-arquivo relativo ao governo federal em Washington. A situação é tão má que John Kerry já se conformou com a possibilidade de o seu correio electrónico ser regularmente lido por chineses… e por russos. Porém,
apesar de tudo isto, ainda há «burros» receosos de ofender a China… por se
querer dar o nome do dissidente Lu Xiaobo à rua onde se situa a embaixada
daquela em Washington, iniciativa que tem em Ted Cruz um dos seus maiores
defensores.
Um
«cardápio» de comunistas em quantidade, «qualidade» e variedade que os
democratas, com o desastre que tem sido a presidência de Barack Obama, têm
permitido aumentar não ficaria completo sem o especial «sabor»
latino-americano… ou seja, a Cuba dos irmãos Fidel e Raul Castro. Que, como
seria de prever, não alterou a sua conduta depois de o Sr. Hussein se ter
decidido pelo restabelecimento das relações diplomáticas. Desde então – e até
na MSNBC se reconhece isso! – o regime de Havana aumentou a repressão, tendo só
a recente visita do Papa Francisco à ilha acarretado a prisão de dezenas de dissidentes. Sem medo de sanções, Raul exigiu ainda na sede da ONU, durante a
última assembleia geral da organização, a devolução da base de Guantánamo.
Porque não estariam eles confiantes em continuarem a fazer… o que fazem há
quase 60 anos, depois de verem como Andrew Cuomo (em Abril) se comportou
durante uma visita de negócios – e de amizade – a Cuba, em que aproveitou para
beber um mojito, fumar um charuto e elogiar (a brincar?) o modo como naquele país se lida com a imprensa? E depois de ouvirem John Kerry (em Agosto) durante a reabertura
da embaixada dos EUA em Havana, garantindo, em inglês e em espanhol, que os
dois países «já não são inimigos nem rivais», que ele se sente «muito em casa aqui», que «nada há de que ter medo» e que os cubanos poderiam auxiliar os
norte-americanos a combater as «alterações climáticas»? Quase só faltou a Kerry levar James Taylor com ele e repetirem o (triste) recital que deram em Paris em Janeiro...
Afinal,
os castristas continuam a ser, se não inimigos, pelo menos rivais… porque
muitos estão na Síria a combater, não tanto o «aquecimento global», mas sim mais os opositores de Bashar al-Assad, ao lado de
russos… e também de iranianos! Marco Rubio não duvida(va em Abril) de que foi, e é, um
erro por parte do Departamento de Estado retirar Cuba da lista de nações que apoiam o terrorismo. Uma decisão que,
a juntar aos factos conhecidos e acima citados, demonstram que, com Barack
Obama, os EUA como que têm sido repetidamente ceifados e martelados, e deixados a ver estrelas... vermelhas.
(Adenda - Também no Árctico, e por pressão dos ambientalistas extremistas no seu - hipócrita - ódio ao petróleo, os EUA estão a ceder terreno à Rússia.)
(Três adendas no final deste texto.)
Barack
Obama já foi objecto, desde que é presidente, de algumas descrições… menos que
entusiásticas (um eufemismo). Não apenas de comentadores mais ou menos anónimos
na Internet mas também de individualidades conhecidas, prestigiadas e com
responsabilidades nos Estados Unidos da América. Por exemplo, liberais como Ralph
Nader, que (des)classificou o Nº 44 como «criminoso de guerra» e «o maior vigarista que já esteve na Casa Branca», e Patrick Caddell, para quem o Sr.
Hussein é «a coisa mais próxima de Nixon que vimos nos últimos 40 anos». Agora,
é a vez de um conservador proferir o mais violento recente – e justificado – ataque
ao actual residente da Casa Branca…
…
E estou a referir-me a Glenn Beck, que na semana passada se referiu a BHO como
um «um muito pequeno, triste homem». Mais do que isso: chamou-o de «divisor»,
«mentiroso», e autor de afirmações «obscenas». Mas que afirmações foram essas?
As que ele proferiu depois de mais um assassinato em série cometido por um
atirador solitário, desta vez no Estado do Oregon, mais concretamente na
Universidade de Umpqua, em Roseburg. Especificamente: que acontecimentos como estes devem ser «politizados» no sentido de se implementar um maior controlo de
armas, à semelhança do que acontece(u) – e Obama deu esses exemplos – em países
como a Austrália e a Grã-Bretanha… onde, na verdade, a segurança não aumentou
em consequência dessas (apressadas e não pensadas) medidas; que o Partido
Republicano se opõe, uniformemente, a quaisquer leis que aumentem a segurança no
manuseamento de armamento (o que é falso); e que a National Rifle Association não representa a maioria do povo americano (uma sondagem de 2012 reflecte o oposto).
Previsivelmente, outros «burros» não tardaram em ecoar estas palavras do
«querido líder», nomeadamente: Hillary Clinton (que, decididamente, recorre
mesmo a tudo para não descer mais nas sondagens); Chris Murphy, senador pelo
Connecticut; e Linda Stasi, colunista do New York Daily News, que provavelmente
não sabe que o seu apelido é idêntico à sigla da antiga polícia política da
República «Democrática» Alemã, e que, imagine-se, exige ao Departamento de
Estado que passe a classificar a NRA como uma «organização terrorista»! Que eu
saiba – e sem dúvida alguém me corrigirá se eu estiver enganado – nenhum dos
criminosos que comete(ra)m este tipo de crimes é, foi, membro da NRA nem alguma vez pretendeu agir em nome dela.
Nunca
é demais repetir, contra os que, na melhor das hipóteses, são estúpidos (a
ignorância já não é desculpa), ou que, na pior das hipóteses, são perversos: são
precisamente as leis, medidas, restrições, que os «progressistas» reclamam como
indispensáveis sempre que se dão estes acontecimentos… que mais contribuem para
que eles se repitam: aquele estabelecimento de ensino no Oregon era (outra)
«gun-free zone», e estas zonas são, como já expliquei, autênticas «reservas de caça» para facínoras, loucos ou não, que, como é óbvio para alguém minimamente
inteligente, não deixam de (tentar) fazer o que querem só porque tal é proibido,
e, se não encontrarem imediatamente (porque a polícia demora sempre a chegar)
pela frente quem lhes resista… igualmente armado, é quase certo que
concretizarão os seus funestos objectivos. Já agora, porque é que Barack Obama
nunca comenta e nunca «politiza» o que acontece na sua cidade de Chicago, onde
todas as exigências dos democratas no âmbito do gun control foram realizadas e,
como consequência inevitável, as vítimas de armas de fogo não param de aumentar?
Não
percamos tempo em ser ingénuos: a coerência, a justiça, a lógica, a verdade não
interessam aos esquerdistas… tanto de um lado como do outro do Atlântico,
diga-se. Eles não querem saber da segurança dos cidadãos comuns – muito poucos
têm o privilégio de ter uma esquadra ao lado das suas casas – mas sim
assegurarem-se de que aqueles nunca virão a constituir uma ameaça ao Estado
quando este está nas mãos daqueles que o tomam como instrumento central na
«transformação fundamental» da sociedade. Neste âmbito, acaso constitui uma surpresa
o anúncio… e a ameaça vinda da Casa Branca de que BHO estará a preparar-se para
emitir mais uma acção executiva, desta vez tendentes à confiscação,
directa ou indirecta, das armas legitimamente na posse dos norte-americanos sob
a Segunda Emenda à Constituição. Confirmando-se que o Sr. Hussein está a
«considerar» a aplicação de novas medidas neste domínio, como é que ele tem o
atrevimento de se indignar contra as «teorias (e os teóricos) da conspiração»
que alegam que a sua preocupação sobre este tema mais não é do que uma manobra
tendente a que se mantenha «no poder para sempre»? Porém, a verdade é que,
recentemente, ele fanfarronou que, se pudesse candidatar-se uma terceira vez, provavelmente até ganhava… Estará
ele a pensar em redigir outra acção executiva para, precisamente, lhe ser possível
um terceiro mandato?
Tal atitude estaria em consonância com o aprendiz de ditador que ele revelou ser desde 2009… mas os ditadores derrubam-se, em
especial se estiverem em vias de desencadear uma segunda guerra civil dos EUA. Por
enquanto «fria», essa «guerra» passaria a «quente»… a partir do momento em que
o Sr. Hussein passasse das palavras aos actos no «gun grabbing». Entretanto,
ele continua a ser, de facto «um muito pequeno, triste homem». Demonstrou-o em (mais)
um inacreditável – e para alguns «surreal» - discurso perante a assembleia geral das Nações Unidas, em que ele: se manifestou a favor de uma nova «ordem internacional» feita de um «esforço colectivo»; voltou a alertar para os «perigos» de um «planeta mais quente», mas não proferiu uma única vez a palavra «Israel»;
trivializou os cânticos de «Morte à América» que continuam a ouvir-se no Irão; tão «empolgante» foi a arenga que John Kerry foi «apanhado» a bocejar… Demonstrou a
sua pequenez ao, pouco depois de se despedir do Papa, assegurou em Nova Iorque,
a representantes da comunidade LGBT que a agenda desta tem prioridade sobre a liberdade religiosa (a não ser que, pode-se especular, a religião em causa seja
a muçulmana). Demonstrou-o igualmente ao apregoar que «a América está a ganhar agora, a América é grande agora»… e, duas semanas depois, ver-se impotente e portar-se como um queixinhas desfasado da realidade quando a Rússia - que aparenta «estar de volta» - começou a
fazer na Síria o que os EUA prometeram mas não cumpriram. Só em altura Barack
Obama é maior do que Vladimir Putin.
(Adenda
– Outro exemplo da «pequenez» de Barack Obama? Negar – à semelhança de muitos outros democratas – a existência de fraude eleitoral, ou desvalorizá-la como não sendo um «verdadeiro problema». Como que em «resposta», esta semana um «camarada»
seu, Amos Newsome, vereador (city councilman) de uma cidade do Alabama, agrediu um repórter que lhe perguntou sobre eventuais falcatruas daquele tipo em que ele,
ou os seus colaboradores, estariam envolvidos… e foi preso a seguir. Convirá
«politizar» isto? Ou, já agora, os continuados e crescentes tiroteios na também «gun
controled» Baltimore, que cada vez mais rivaliza com Chicago enquanto urbe
democrata mais violenta? Perante a dificuldade revelada à esquerda em admitir o
óbvio, talvez fosse preferível, para evitar que mais crianças e jovens sejam massacrados, que determinadas pessoas passassem pela situação de viverem e/ou
trabalharem em «gun free zones»… talvez assim ganhassem algum juízo.)
(Segunda
adenda – É cada vez mais difícil, mas Barack Obama consegue a incrível proeza
de parecer – e de ser – cada vez mais pequenino. E, ainda por cima, num «terreno»
que à partida lhe seria favorável – o programa «60 Minutos» da CBS. Desta vez o
habitualmente colaborante Steve Kroft não conseguiu ocultar (e inquirir sobre)
o desastre que é a «política externa» do Nº 44 em geral, e a (in)acção na Síria
em particular. Porém, para o Sr. Hussein o mais importante não é fazer frente a
Vladimir Putin – a quem, lembre-se, ele prometeu «flexibilidade»; fundamental,
sim, é ir a Paris mostrar «liderança» na próxima cimeira sobre «alterações climáticas»! No entanto, recorde-se, ele não mostrou a mesma vontade de se
deslocar à capital francesa em Janeiro último para demonstrar, com outros
líderes mundiais, a sua oposição ao terrorismo.)
(Terceira
adenda – E ele lá vai «encolhendo», «encolhendo», «encolhendo»… Agora até o FBI Barack Obama consegue irritar, ao ter desvalorizado, na mesma entrevista a
Steve Kroft, as potenciais irregularidades, e mesmo ilegalidades, decorrentes
da utilização, por Hillary Clinton, de um sistema alternativo de correio
electrónico… algo que aquela agência ainda está a investigar. E que, caso a
ex-secretária de Estado seja considerada culpada, pode custar-lhe 10 anos de prisão. Bem pode Bernie Sanders – num autêntico «tiro no pé» eleitoral –
proclamar, em pleno debate democrata, que os e-mails da rival não têm
importância ou interesse… mas é a opinião do senador do Vermont que não tem
importância ou interesse. Entretanto, confirmando que não tem… estatura para o
cargo que ocupa, o Sr. Hussein decidiu afinal não proceder à retirada total de militares norte-americanos do Afeganistão – e isto porque, sem dúvida, tem bem presente
o que aconteceu no Iraque por causa de uma decisão dele. Nem tudo, porém, é
positivo: em mais um engano fatal, aviões da NATO bombardearam um hospital dos Médicos sem Fronteiras naquele país e causaram dezenas de vítimas; o Nº 44 não
tem, no entanto, de se preocupar que os mesmos observadores «imparciais» na
lamestream media façam com ele o que faziam com George W. Bush, a quem atribuíam
as responsabilidades por todos os incidentes de guerra ocorridos acima do
Índico. Não é o caso, todavia, de Nora Barre, sírio-americana que acusa Obama – em quem votou! – de ter abandonado o povo sírio.)