domingo, 25 de junho de 2023

1903, 1948, «1984»

Hoje, 25 de Junho de 2023, passam 120 anos sobre o nascimento de Eric Arthur Blair, que ficou famoso mundialmente através do seu pseudónimo literário George Orwell. Tal como acontece com muitas outras pessoas, não é, ou não seria, necessária uma efeméride especial – e esta que agora se assinala é como que uma «composta», cem mais vinte – para se evocar e celebrar a vida e a obra do autor de «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro». Porém, vários têm sido os factos ocorridos na última década, e em especial desde o início desta década, que mais vieram reforçar a pertinência, a permanente actualidade e relevância do seu mais famoso romance. Que, aliás, celebra este ano (a 4 de Dezembro) os 75 da sua conclusão e no próximo (a 8 de Junho) os 75 da sua primeira edição.
Não faltam exemplos que confirmam que a ficção se tornou facto, em especial – o que é mais inquietante – na Grã-Bretanha e em outros países anglófonos com forte ligação política e/ou cultural àquela, como o Canadá (onde Pierre Trudeau se revelou um quase ditador, mantendo-se como primeiro-ministro no momento em que escrevemos), a Irlanda, a Austrália, a Nova Zelândia (onde Jacinda Arden se revelou uma quase ditadora, tendo entretanto, e, felizmente, deixado de ser primeira-ministra), e, obviamente, os Estados Unidos da América após a (ilegítima) ocupação da Casa Branca por Joe Biden. Na verdade, certas pulsões, ou tendências, totalitárias – em especial a predisposição para a censura e para a punição por parte de certas individualidades e entidades contra outras consideradas «inimigas» – que já se notavam antes naquelas nações foram grandemente agravadas pela eclosão da pandemia do vírus Covid-19...
... E a consequente repressão exercida por um Estado sobre uma população não se verificou apenas em países com ditaduras duradouras ou com fracas tradições democráticas. O «modelo chinês» foi como que «exportado», adoptado em quase todo o Mundo, tendo-se multiplicado os casos de cidadãos detidos pelos motivos mais absurdos – como o de estarem sózinhos na rua em vez de fechados em casa – ou punidos por emitirem e/ou partilharem «teorias da conspiração» e «acções de desinformação» que, em última análise, vieram a comprovar-se correctas: o vírus teve origem num laboratório, só é perigoso para segmentos demográficos diminutos, e as vacinas contra o mesmo não tiveram qualquer resultado na redução das infecções e das transmissões e comportaram efeitos secundários perigosos e até fatais; quarentenas, máscaras e confinamentos não proporcionaram quaisquer benefícios assinaláveis.
Nunca até então se havia assistido a uma tal operação repressiva à escala planetária, protagonizada não por um mas sim por vários «Grandes Irmãos». A liderá-la estava a OMS, ou, em Inglês (e numa designação provavelmente mais apropriada a uma organização criminosa internacional), a WHO. Que actuou como um autêntico «apêndice» propagandístico de Pequim, quase como uma câmara de ressonância das posições do Partido Comunista Chinês, atitude tanto mais reprovável, condenável, porque a agência da Organização das Nações Unidas para a saúde deveria ter sido, ser, equidistante em relação a todo e qualquer país membro. Porém, há que reconhecer que a actuação de Tedros Ghebreyesus e dos seus «camaradas» acabou por se revelar bastante consentânea com o que tem sido o panorama geral na ONU durante as últimas décadas, em que várias ditaduras – em especial as muçulmanas – conseguem ser eleitas para integrarem agências e comités (porque é «normal» ter o Irão a pontificar sobre direitos das mulheres), nessas campanhas aproveitando, com o maior descaramento, para aumentar ainda mais a pressão sobre Israel com sucessivas e revoltantes moções condenatórias. Tudo isto quando é secretário-geral um António Guterres cada vez mais ridículo, histérico e execrável, agora uma personificação não nacional mas internacional do «pântano», expelindo intervenções públicas e oficiais que alternam entre o catastrofismo climático – e que, não se duvide, incitam os actos praticamente terroristas de «activistas» como o bloqueio de ruas e de estradas e o vandalismo de obras de arte – e o apelo constante ao alargamento da censura sob o pretexto do combate à «desinformação e ao «discurso do ódio», este tendo ou não «dois minutos» de duração.
Com tais exemplos vindos de «cima», não é de surpreender que irrupções de loucura «orwelliana» aconteçam um pouco por todo o Mundo. Recorde-se aquela que é, muito provavelmente, a mais famosa passagem de «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro: «Todos os registos foram destruídos ou falsificados, todos os livros reescritos, todas as imagens foram repintadas, todas as estátuas e edifícios receberam novos nomes, todas as datas foram alteradas. E o processo continua dia após dia e minuto após minuto. A história parou. Nada existe excepto um presente infindável em que o Partido está sempre certo». A China destruiu os registos referentes ao início da pandemia, e as falsificações quanto àquela foram, são, muitas; registos são também os textos e vídeos sobre este e outros assuntos que os operacionais do Facebook, do Twitter (pré-Elon Musk) e do YouTube têm apagado, e não só os produzidos e publicados por norte-americanos, e a montagem selectiva («repintar»?) de gravações de som e imagem é algo que há muito se pratica. Vários livros têm de facto sido reescritos, reeditados com alterações, recentemente, como os de Agatha Christie, Ian Fleming e Roald Dahl, porque originalmente continham palavras agora tidas como «ofensivas», e há quem queira fazer o mesmo a Eça de Queiroz. Nos EUA assistiu-se também, desde os motins em 2020 que tiveram como pretexto a morte de George Floyd, a um movimento de remoção de estátuas em diversas cidades, não só de esclavagistas mas também de abolicionistas como Abraham Lincoln (!) e de outras figuras históricas que, seria de pensar, são, eram, progressistas consensuais como Theodore Roosevelt, enquanto escolas, quartéis e outras infra-estruturas públicas foram «rebaptizadas»; já em Portugal a estátua do Padre António Vieira e o Padrão dos Descobrimentos foram alvos de vandalismo. Quanto a datas, surgiu nos EUA uma corrente que advoga o ano de 1619, e não o de 1789, como o da «fundação» do país, e, no Brasil, mantém-se a tendência, por parte de alguns, de culpar os «tugas» por tudo o que de mau aconteceu depois da independência em 1822, mas não se hesita em atribuir a uma nação de Vera Cruz, ainda não existente formalmente, certos feitos que, na verdade, se deveram à metrópole.
«Grande Irmão» não é a única expressão inventada por George Orwell que foi tornada realidade muitas e muitas vezes nos anos seguintes. «Memory hole»? A comunicação social «tradicional», em especial nos EUA mas não só, muito se tem esforçado em ignorar, em fazer desaparecer, notícias negativas para as individualidades e as entidades que prefere, todas invariavelmente à esquerda do espectro político. «Groupthink»? Uma vez mais, repare-se nos milhares de pessoas, formando como que um «culto», os «fiéis» que continuam a acreditar nas aldrabices dos alarmistas climáticos apesar das consecutivas «profecias» apocalípticas que nunca se concretizaram. «Ministério da Verdade»? Alguém por Joe Biden (porque este não tem capacidade para tal) tentou oficialmente criar (pelo menos) um. «Thought crimes» cujos respectivos «culpados» são detidos por uma «Polícia do Pensamento»? Dos dois lados do Atlântico casos desse tipo sucedem-se, com várias pessoas a (poderem) ser presas pelo que dizem,  escrevem e até, literalmente, pensam (!!). «Newspeak»? O AO90 em Portugal, e as «justificações» dadas pelos seus indignos impulsionadores, podem preencher os «requisitos» daquela denominação, mas, no entanto, ficam muito aquém das loucuras lexicais dos fanáticos, totalitários integrantes das hordas LGBTQ+, decididos a substituírem as palavras, e designações, mais normais por alternativas retorcidas e ofensivas, inclusive para «mulher». Na sociedade norte-americana, aliás, o panorama é de tal modo degradante e inquietante que, num julgamento em que vários sectores do governo federal são acusados de acções de censura generalizada em conluio com empresas tecnológicas, o juíz perguntou aos representantes daqueles se alguma vez haviam lido «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro»!
George Orwell morreu prematuramente, antes de completar 47 anos, e apesar de breve e difícil a sua vida foi intensa, plena de acontecimentos e de momentos significativos, individual e colectivamente. As suas experiências e as reflexões que delas retirou permitiram-lhe antecipar o futuro. E beneficiou igualmente de estar inserido num meio cultural, literário, muito mais receptivo à diferença, à inovação, à subversão. Se ele tivesse sido português muito provavelmente esta sua obra-prima nunca teria sido publicada, porque receberia repetidas respostas negativas com a «justificação» de que ela não se integrava no plano editorial ou que este já estava fechado. (Também no Octanas e no Simetria.) 

terça-feira, 13 de junho de 2023

Crónicas da Comuno-Confederação (Parte 4)

«Onde está a indignação de líderes eleitos sobre o abuso dos prisioneiros de 6 de Janeiro?», Tim Meads; «Está a América a esboroar-se por dentro?», Larry Johnson; «Do que os rebeldes do GOP na Casa estavam certos», Karen Tumulty; «Os americanos estão cansados da hipocrisia descarada e da dualidade de critérios dos democratas», Steve Hilton; «Quatro absurdas narrativas mediáticas para distrair os americanos dos escândalos simultâneos de Joe Biden», Margot Cleveland; «O crepúsculo da gerontocracia dos democratas», Matthew Foldi; «Como é que os programas nocturnos de televisão ficaram tão estúpidos?», Andrew Klavan; «Washington D. C. fez de si própria a inimiga do povo americano», Lawrence Sellin; «O dilúvio de documentos de Biden e a América a tornar-se uma república das bananas», R. Emmett Tyrrell Jr.; «O 6 de Janeiro foi o pior incidente de brutalidade policial desde a era dos direitos civis», Julie Kelly; «O Departamento de Justiça está a dar cobertura à criminosa família Biden», Mark Levin; «O estabelecimento é a revolução», Victor Davis Hanson; «EUA à venda – Biden é o Calígula da América», Charles Hurt; «Vamos falar de balões gigantes da China», Greg Gutfeld; «Aqui está a vossa prova de uma viciada e roubada eleição presidencial de 2020», Wayne Allyn Root; «Há um presidente sem muito de que se gabar», Jesse Watters; «Como devemos encarar a traição do presidente, como um tema indizível ou uma ameaça existencial?», David Horowitz; «10 mentiras de Biden que as estações de televisão estão a deixar passar», Geoffrey Dickens; «Caro Mitch McConnell, você não foi eleito para licitar por Chuck Schumer e pela CNN», Mollie Hemingway; «Estamos a testemunhar o desfiamento do nosso país», Laura Ingraham; «O que os media fizeram à América é de longe pior do que a pandemia alguma vez foi», Eddie Scarry; «A persecução vingativa de Donald Trump é baseada no ódio dos democratas aos apoiantes dele», Libby Emmons; «Prendam aquele homem, a seguir dizemos qual o crime!», Larry Elder; «O paradoxo TikTok de Biden, enquanto o governo tenta bloquear a plataforma, a administração esta submergida pela sua influência», Brad Slager; «A nossa sociedade está a colapsar», Rob Schmitt; «Na guerra cultural transgénero os esquerdistas dispararam o primeiro tiro», Kylee Griswold; «Os democratas estão a atiçar a violência racial», Tucker Carlson; «Bem vindos à grande guerra espiritual do nosso tempo», Emerald Robinson; «Graças a Biden as galinhas voltaram a casa para assar», Cal Thomas; «Os americanos, não os conservadores, contra atacam o “despertismo”», Erick Erickson; «Os publicistas ávidos das reparações raciais na Califórnia», Tim Graham; «O real crime de George Santos foi fazer os democratas parecerem estúpidos», Tristan Justice; «O “Estado Profundo” não pode cobrir à escala da corrupção de Biden», Miranda Devine; «Deixem as cidades azuis morrerem», Kurt Schlichter; «O Relatório Durham não deixa qualquer dúvida – o FBI é uma ameaça mortal à democracia», John Daniel Davidson; «Numa “democracia” saudável John Brennan já estaria na prisão», David Harsanyi; «O pior escândalo político na história americana?», Ben Shapiro; «Quando as escutas a Trump por causa da Rússia mostraram ser um “buraco seco” o FBI não parou de escavar», Byron York; «Como John Durham documentou o maior truque sujo ilegal na história dos Estados Unidos, e porque ninguém será responsabilizado», Roger Stone; «Os media que batem em Nixon versus os media que abraçam Biden», Jeffrey Lord; «A acuidade mental em declínio de Biden é um grande tapete de boas vindas à agressão pela China vermelha», Shawn Fleetwood; «Indiciar um anterior presidente por tolice é brincar com o fogo», Joel B. Pollak; «O socialismo arruína o ambiente», John Stossel; «Os elitistas odeiam Trump porque ele dá esperança às pessoas erradas», Samuel Mangold-Lenett; «O último indiciamento de Trump prova que o “Estado Profundo” está a tentar viciar mais uma eleição», Jordan Boyd; «É mais do que tempo de os republicanos impugnarem Biden e todos os seus oficiais de topo», Joy Pullmann; «Biden violou a lei, Trump não», Larry Kudlow; «Eles estão a fazer um jogo connosco», Greg Kelly.